sábado, junho 15, 2013

Tão longe

Foto "Sansouci Sunset" by ruiluís


Tão longe


Hoje, vejo-te tão longe
 teu cabelo cor de abóbora
 que cheirava a alfazema pálida

Tão longe...
 como um horizonte nú,
 uma viagem inacabada,
 num comboio que não sabe onde parar

E hoje, tudo é meu,
 e enfeito a minha vida
 a semear quivis,
 que esperam pelo verão.

É a inocencia da flor da amendoeira,
 É o silencio de uma nuvem que passa

E vejo-te tão longe, tão longe...


Em alemão:

Heute sehe ich dich so fern,
Dein Haar in Kürbisfarbe,
Das nach blasser Lavendel roch.

So weit entfernt...
Wie ein nackter Horizont,
Eine unvollendete Reise,
In einem Zug, der nicht weiß, wo er anhalten soll.

Und heute gehört alles mir,
Ich schmücke mein Leben,
Säe Kiwis aus,
Die auf den Sommer warten.

Es ist die Unschuld der Mandelblüte,
Es ist die Stille einer vorbeiziehenden Wolke.

Und ich sehe dich so fern, so fern...

Ruiluís 

Para canção:
Hoje, vejo-te tão afastado,
Teu cabelo cor de abóbora,
Com aroma de alfazema ao meu lado,
Mas tão distante, ó minha senhora.

Como um horizonte nu e desolado,
Uma viagem inacabada sem demora,
Em um comboio perdido e desencontrado,
Sem saber qual será sua parada.

E hoje, tudo me pertence,
Enfeito a vida com esperança,
Semeio quivis, frutos da paciência,
Esperando o verão com alegria e bonança.

É a inocência da flor da amendoeira,
É o silêncio passageiro de uma nuvem faceira.

E vejo-te tão longe, tão distante...
Mas meu coração mantém-se constante.

So fern




Foto "Sansouci Sunset" by Ruiluís



So fern


Heute seh' ich dich so fern,
 dein kürbisfarbenes Haar,
 dass nach blassem Lavendel roch.

So fern,
 wie ein nackter Horizont,
 eine nicht zu Ende gegangene Reise
 in einem Zug, der nicht weiß,
 wo es anhalten soll.

Und heute, gehört mir alles.
 Und ich schmücke mein Leben mit Kiwisamen,
 die auf den Sommer warten.

Es ist die Unschuld der Mandelblüten.
 Es ist die Stille einer
 vorbeiziehenden Wolke.
 Und ich seh' dich so fern, so fern...


Ruiluís