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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A vida vai seguir e ninguém vai reparar?



“Eu cansei de ser assim, não posso mais levar...”
A gente cansa de ser máquina, de usar as máquinas, de ter a capacidade de sentir e de se entender comprometidas pelas máquinas.

“Só resta eu me entregar...”
A gente precisa se dar a chance de largar essa mecanização de tudo e nos entregar ao nosso autoconhecimento, como meio para obter algum tipo de alívio para essa loucura que a gente faz com a nossa própria loucura.

“Se tudo é tão ruim, por onde eu devo ir?...”
Talvez nadar contra a corrente do emburrecimento, cair fora do comodismo, largar do clichê de ser só mais um reclamão, arriscar novos métodos de descobrir por você mesmo e para você, como continuar resistindo às suas próprias desistências de si mesmo.

“Cansei de procurar o pouco que sobrou...”
Parece que não sobra o que não tinha que acabar, o que é para ser é medida exata. Sobrou um pouco?  É um pouco de nada, amigxs. 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Do cotidiano de uma mulher normal






Ouço vários argumentos de como hoje em dia é de boa ser mulher, muita gente acha que já está tudo lindo, que nós já temos liberdade\espaço em tudo (aham, ok!), mas no mundo real mesmo, AINDA estamos sempre passando situações extramente constrangedoras, e isso me deixa cada dia mais descrente de que essa galera que acha que tudo é exagero e que tudo está ótimo, comece a enxergar melhor... 

Uma dessas tais situações vou descrever agora:

Colega liga na farmácia para pedir uma pílula do dia seguinte, no decorrer da ligação, resolve pesquisar mais porque achou o preço alto, agradece e diz que qualquer coisa volta a ligar, eis que o vendedor responde: “De nada, minha linda”.


Então, tal colega resolve ligar em outra farmácia, o vendedor diz que tem a pílula, ela então resolve comprar, o vendedor pergunta os dados dela para cadastrar a entrega, ao dizer ao vendedor que esqueceu o nº do seu CPF, escuta como resposta “pelo visto você anda muito esquecida, ein, haha” . Colega dá uma respirada e mesmo assim termina de efetuar o pedido, achando que estava livre já de gente engraçadinha, mas eis que chega o entregador, com maior cara de tarado da novela das oito e entrega o remédio encarando, com aquela cara de "eu sei o que você faz, ein!".

E aí, sabe o que ela faz? O que todo mundo faz, se quiser, claro. 

Mas esses caras, resolveram que hoje ela merecia ser tratada de um jeito todo especial.  ¬¬

Cansada de ver histórias desse tipo.

Ah, e um forte abraço para a galerinha do "Nossa, que exagero!"

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Os radicais


Sempre tive dificuldade em mudar rapidamente minhas ideias. Tenho um apego por cada ideia boa que formulei com todo amor e carinho dentro da minha cachola e até de outras não tão boas que ainda tenho apego por certas partes delas. Mesmo achando que ideias são feitas mesmo para explodirem e criarem outras centenas delas, tipo um -big bang-diretamente-nos-miolos-, creio ser ali um campo frágil, que requer minuciosidade para muda-las.

Confesso que tenho um pouco de receio dos radicais, que conseguem mudar todo o rumo de suas ideias de uma hora para outra, como se seus cérebros tivessem um mecanismo diferencial, mecanismo este que aparentemente veio com defeito no meu. Também tenho outra porção de receio dos que "amassam o mesmo barro", das mesmas ideias, por infinitas vezes, até seus cérebros parecerem bugados. Talvez esses me assustem um pouco menos do que os radicais, por serem mais habituais a mim.

Talvez eu inveje os radicais. Talvez eu realmente não consiga entende-los por pura covardia, talvez. Ou, realmente só me falte aprender de forma prática, todo esse desprendimento de dormir gostando mais do cinza, acordar gostando mais do preto, e usar de toda indiferença para com o cinza pelo resto dos dias. 

Mas, talvez eu só esteja presa numa péssima ideia minha sobre a temporalidade das coisas e das mudanças...  É... Talvez seja realmente isso. 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Das filas eternas

Dez anos passam rápido demais, ou talvez a fila da saudade seja mais rápida do que as outras todas. Sabe, tenho entrado em muitas filas demoradas desde então, mas pouquíssimas são tão acolhedoras quanto a fila das memórias que tem a gente, a gente e aquela casinha lá longe no meio do nada, a gente e aquele tanto de cachorrinho que você me deixava cuidar, a gente e aquele inesquecível trágico dia em que você me deixou esperando demais no colégio e eu fugi de lá e nos perdemos um dia inteiro, a gente viajando escorregando naquelas estradas de puro barro, a gente enfrentando as minhas gripes mensais e você imitando minha voz de nariz entupido, a gente andando de bicicleta no calçadão e eu desesperada pra você não sentar na minha bike de rodinhas e quebrar, a gente comendo quibe recheado de ovo escondido da dona mãe, a gente brigando pelo canal da TV, a gente lutando no sofá da sala e eu sempre saindo machucada, a gente bebendo nossa coca-cola geladíssima, a gente assistindo filme e eu acabar dormindo em cima da sua barriga, a gente implicando o povo aqui de casa, a gente ensinando a tabuada pro menininho preguiçoso, a gente brigando pelo horário que eu não queria voltar para casa, a gente e a nossas gordices, a gente como éramos bons juntos... E o que é legal nisso tudo? Certamente é ter essa nossa fila particular, quando todas as outras filas estão impossíveis, Saudades. 

terça-feira, 21 de maio de 2013

Não pare na pista





“Quem sofre é quem fica parado...”
Ele disse.




Foi isso então que ele fez, mandou o aviso na lata, quase em néon pra ela... Disse que não era pra ela ficar ali parada, que não importava qual fosse o movimento, o menor movimento a faria sair do sofrimento de estar ali inerte, de parecer insignificante nessa brincadeira de roda que muitas vezes é a vida... E que se movimentando diminuiria também aquela necessidade de acompanhar os movimentos desalinhados dele, mas de que qualquer forma o livrava desse mal, do mal que agora era dela, mas só enquanto ela não entendesse o aviso.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Quem não tem está se coçando pra ter



Desenvolvi uns tipos de alergia após os dezesseis anos, foi esquisito depois de praticamente sobreviver semanas da minha vida comendo apenas peixe fritinho, tive uma experiência de quase morte depois de comer peixe, e desde então esqueci que gostava de peixe e tenho realmente medo de que um peixe se disfarce de carne de frango e me mate.

Hoje me apareceu mais algum tipo de alergia ainda não detectado. Torço para que seja algum tipo de alergia de gente, porque é o tipo de alergia que realmente estou precisando desenvolver, porque se tem uma coisa que me enlouquece é coçar e se tem uma coisa que me aborrece é gente. Queria unir o útil ao desagradável dessa vez.

Apenas um desabafo dramático.

domingo, 20 de maio de 2012

Preocupação? Que nada!


“Não estou preocupado com isso!”

Não que eu esteja preocupada com isso, mas não é difícil perceber uma quase adoração por essa frase aí que demonstra que você pode até tá achando foda tal coisa, mas não tá ligando, esse troço de preocupação é para quem não sabe refrescar a cuca e lembrar que o mundo é pra isso mesmo, lascar com a cabeça da gente.

Tudo bem que para uma pessoa muito preocupada, ela sempre vai ser preocupada, porque a preocupação existe para ser preocupante, não existe momento nenhum que não a preocupe, até porque pra ela um momento de paz pode já vir seguido de uma explosão de catástrofes. E essa pessoa vai te dizer que não é neurótica, ela é apenas preocupada e prevenida, e mesmo assim consegue manter certo otimismo, porque também pode ser otimismo acreditar em algo bom, mesmo que ele venha seguido de algo ruim.

Agora a pessoa que não se sente preocupada constantemente, pode ser a do tipo que sabe que certas coisas tendem bastante a dar errado, principalmente se uma vez já deu e ela então pode chegar a acreditar que as pessoas só mudarão depois de outro dilúvio e mais uma arca de Noé. Só que talvez essa mesma pessoa possa te dizer que não parece que está tudo perdido, que podem existir sim coisas boas que duram uma vida toda e que as coisas ruins para ela nunca serão ligadas às coisas boas que antecederam.

E tem o despreocupado  por despeito, que depois que viu/viveu/sofreu por coisas que não deram certo uma primeira vez, resolve dizer que não se preocupa mais com elas, que vive muito bem sem, ou resolve dizer que não quer saber, porque simplesmente ele não está preocupado, ele só está preocupado em como continuar mantendo a pose de durão despreocupado. E aí meu amigo é que eu te digo, não tá fácil pra ninguém, mas não se preocupe. Ah é, foi mal, você não está preocupado.
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Quando não temos nada de prático nos atazanando a vida, a preocupação passa a ser existencial

Obs.: Caso você se encaixe nos 3 grupos inventados neste post, não se preocupe, conheço pelo menos mais 1 pessoa na mesma situação.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Miedo que da miedo del miedo que da




“Fulana é muito antissocial, se ela não quer sair do quarto, como irá perder o medo de conviver com as pessoas?”.


(Ahn?!)

Bom, já tive exemplos bem próximos de pessoas que realmente chegaram num nível de amor muito elevado pelo quarto (também tenho essas minhas fases), eu só via a pessoa no dia do aniversário dela e olhe lá... Antigamente até achava legal quando certas pessoas que estavam num isolamento total ficavam doentes, porque aí eu arranjava um jeito e fazia uma visita, mas lógico que algumas dessas pessoas a gente vai fazer a visita e fica num baita medo de abrir a porta e a pessoa enfiar uma agulha no seu olho, pois pessoas isoladas sabem muito bem o que querem.

O negócio é que mesmo sendo difícil aceitar o isolamento alheio, temos que aceitar. Eu já pensei assim também: “a gente tem que ser jogar nesse mundão e perder o medo das pessoas”, mas confesso que conviver com muitas pessoas não resolveu a minha síndrome do “pé atrás com a humanidade”, muito pelo contrário. E sei que isso não é exclusividade minha, para o azar de vocês.

Mas, como chega uma hora que é inevitável ter que sair do seu “quarto-bolha”, pra correr atrás dos seus anseios, você vai se decepcionar bastantão, porque o mundo não é confortável igual sua cama e nem cheiroso como seus lençóis. E os homens não são tão especiais e promoters de encontros mágicos, nem as mulheres são delicadas e dedicadas a amar como nos livros lidos deitado nos seus quatros travesseiros com ou sem pena. O que é uma pena e também não é.

As pessoas crescem... (minuto de silêncio, segure o choro!).

Só que alguns crescimentos não significam um sofrimento forever and ever. (TOMARA!) Pois muitas coisas ruins e crescidas podem simplesmente acabar, serem deixadas de lado, saírem da classificação de prioridades ou simplesmente diminuírem, diminuírem, até que não transtornarem mais.

Vou terminar meus devaneios devaneando ainda mais... Nosso medo de gente deveria ser tipo roda-gigante, que quanto mais a gente cresce, menos ela parece tão gigante.


Só que né, tem que ver isso aí!

terça-feira, 13 de março de 2012

Quando a gente dança não quer parar

A espera já pareceu melhor do que correr o risco de enfiar os pés pelas mãos?


Quando criança passei horas e mais horas imaginando como eu conseguiria praticar esta segunda opção(era complicado imaginar como alguém encaixava os pés no lugar das mãos, um tanto sinistro!), não parecia nada fácil... Sempre aparecia essa expressão quando alguém contava "causo" escabroso ou algum "causo" de burrice e pelo tom de reprovação que ecoava sempre que alguém estava a contar, achava que seria difícil demais eu chegar a praticar algo desta natureza.


Mas com o tempo chegam tantas dúvidas... Cada tropeço de arrancar o tampão do dedo... E qualquer hora você pode se deparar com pensamentos do tipo: Quem/onde ando pisando, eu deveria estar dando uma mãozinha? Onde/quem estou  afagando, eu deveria estar chutando para bem longe? 

Malditos lugares de enfiar os pés e as mãos que deixam as pessoas confusas!

Bom, e já teve gente mais sabida do que eu a me dizer que isso é coisa inevitável nessa vida, e que trocar/enfiar os pés pelas mãos é o ciranda-cirandinha de gente grande(todo mundo dança)...

Tô dançando!

sábado, 14 de janeiro de 2012

Daquela expressão pré-fabricada



 "Me perdoa
daquela expressão pré-fabricada
De tédio,
tão canastrona
que nunca funcionou nem funciona"
(A vida é doce-Lobão)




Quando criança achava que perdão era sempre coisa boa, era sempre um ato de renovação, era coisa de gente que queria viver de coração leve. A mãe vivia dizendo que era falta de educação não pedir desculpas.

Acho que os meus primeiros pedidos de desculpas foram para meu irmão, quem tem irmão sabe como são essas coisas, ainda mais se ele for mais novo. Sempre tinha a tal da “brincadeira sem graça”, nada melhor do que essa brincadeira com o irmão, com os primos ou com os amiguinhos da escola.

Quando criança eu pedia perdão por tudo, lembro uma vez de pedir desesperadamente desculpa pro meu coelhinho depois que o segurei pelas orelhas para limpar a casinha dele, lembro de trapacear nas brincadeiras com os primos mais novos e ao perceber que alguém tinha machucado ficava toda desconfiada pedindo para que me desculpassem.

E vocês acham que depois de ser desculpada eu nunca mais fazia tais coisas? Nada, fazia novamente, algumas vezes até pior e correndo o risco de uma conseqüência mais drástica. Sorte foi a do coelho que nunca me desculpou.

E depois que a gente cresce isso muda totalmente? Creio que não....

Só que as pessoas vão ficando mais duras em pedir desculpas e em perdoar. Elas vão deixando histórias bonitas de lado porque não aprenderam a pedir perdão, alguns perdoam para não terem mais que discutir e outros perdoam mas não matam o rancor. Talvez o medo de pedir perdão e não ser perdoado equivale ao mesmo de não pedir perdão e continuar se sentindo culpado, mas aí cada um paga o preço que deseja ou que sua covardia deixa.

Hoje em dia não vejo o direito/dever de pedir perdão como algo tão positivo como achava quando criança, não é sempre bonito positivo perdoar, gente grande complica tudo. E o perdão em excesso parece criar uma estabilidade das pessoas no erro, na mentira, na hipocrisia... Parece que quanto mais você perdoa alguém, menos você se perdoará na próxima vez que tiver de perdoá-lo.

Perdoem a incredulidade, mas é isso aí!





quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O bom velhinho pode ser o dezembro



Tenho medo do espírito que se apodera das pessoas no último mês do ano. Tenho dó do infeliz do dezembro, ele comprova muito bem a furada daquela teoria e que realmente o último não será o primeiro, ele não pode nem escolher a cor da 'roupitcha', é vermelho e pronto, nem perguntaram se ele era a favor das uvas-passas na farofa do peru(sem contar que chester é bem mais gostoso) e ninguém contratou o terapeuta para o coitado, afinal... aguentar todas essas pessoas dramáticas desde seu primeiro dia é trauma pra-mais-de-metro todo ano.

O dezembro tem uma grande responsabilidade para cumprir até o dia 24, nesse dia acontece o juízo final, o  dezembro então fica encarregado de julgar: quem merece perdão e quem vai ficar na sua vida no ano novo que está q-u-a-s-e chegando, quais familiares que andaram pulando a cerca do juízo devemos passar a mão na cabeça e convidar para a ceia de natal, quem em especial merece ser convidado para beber aquele champagne ou vinho caro que você namorou o ano todo e comprou para festejar as novas expectativas felizes que supostamente virão com esse ano que está q-u-a-s-e chegando.

Ah! Não se pode esquecer que o coitado do dezembro também serve de terapeuta 0800, normalmente as pessoas começam a contar para ele o tanto que o ano foi bom, ou foi ruim... fazem os balanços das mortes de pessoas, mortes de amizades, mortes de animais, mortes das esperanças.... E o dezembro tá sempre ali tentando dizer que tudo ainda pode ficar bem, que novas esperanças devem ser bem recebidas... o dezembro exerce assim o papel também de curativos para os machucados que duraram até 11 meses.


E ainda dizem que o bom velhinho do natal não é o dezembro???

Andei pensando em fazer uma comparação entre o final do ano e as novelas mexicanas, mas confesso que fiquei com peninha do dezembro, imaginei ele segurando o lencinho e chorando muito dizendo: Laila, pare, não me lembre da novela mexicana que é minha "vidinha".



sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Operação, Ópera & Pilsner Urquell



Analisando meu concerto de ontem com uma operação qualquer aí...

Bom, primeiramente, é importante avisar que não tem como alguém submeter-se à uma operação sem antes estar apto para tal.

Para começar, relaxe... É muito importante que você esteja preparado emocionalmente. É preciso deixar as pessoas lá fora que gostam da sua pessoa no modo silencioso, aproveita e deixa também o maldito celular desligado, pois estará iniciando um processo anestésico, neste momento nada fora do seu corpo terá realmente extrema importância.

Antes de uma operação é importante que você não esteja gripado, nem com alguma crise alérgica forte, então caso você não esteja num dia bom para operar, posso lhe garantir que você não estará também num dia bom para ir ao concerto, espirrar-tossir-tossir-e-espirrar descontroladamente dentro do teatro, fazendo com que as pessoas ouçam Tchaikovsky misturado com sua tosse de cachorrinho pode ser fatal, principalmente se eu estiver bem pertinho.

Durante a operação não cabe conversar com o médico ou com os enfermeiros sobre o tanto que a operação está desanimada, que o tempo está passando devagar, que parece que isso não tem fim. Caso você não seja a pessoa que está operando, e sim a que estava no concerto falando isso, só tenho uma coisa a dizer: fica em casa com seus discos animados, colega.

Durante uma operação, mesmo se você achar que está tudo indo uma maravilha, que injetaram vida nova em suas veias e isso é maravilhoso, nunca do nada bata palmas, pule ou assobie, o médico corre o risco de assustar e errar o rumo do bisturi. Também não se comporte deste mesmo modo num concerto, se você não sabe a hora certa de bater palmas, não bata. Evite matar os músicos do coração, de raiva ou de vergonha alheia.

Depois da operação, se tudo estiver bem, se lhe for permitido, comemore... Não é sempre que tudo acaba bem. Já depois da ópera, se sua alma estiver lavada e você for convidada para um coquetel com cerveja tcheca, comemore... Não é sempre que tudo acaba bem e com cerveja de graça.


terça-feira, 8 de novembro de 2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Too woman to Rock’n’Roll

“Esse tipo de música que você gosta é mais homem que escuta, né?”


Sim, eu tive a grande oportunidade de escutar isso, não sabia se ria ou se chorava, acho que fica óbvio qual das duas coisas eu não fiz.

Tentei imaginar um show apenas com platéia masculina e não pensei em nada que não fosse uma zona ou um show de pole dance.

Cara, se hoje em dia não existe mais nem roupa íntima direcionada somente para os homens, porque haveria um estilo musical específico para os moçoilos?

Conheço tanta mulher que bate mais cabeça em show de metal do que qualquer cabeludo com cara de malvadão. Conheço homem que escuta Cat Power e sofre dos cotovelos muito mais do que qualquer mulher com cara de frágil. Conheço mulher que escuta música de bêbado e até mesmo bebe muito mais do que qualquer cara que está no bar só para contar vantagem sobre o tamanho do seu... grau etílico. Conheço homem que escuta e dança Madonna tanto quanto qualquer mulher de mini-saia “dando tudo de si” no arrastapé.

Então, acho que música jamais deveria ser classificada como uma preferência conexa com o sexo. Discutam qualquer coisa perto de mim levando em consideração o sexo, mas música não. Esse crime eu não sei perdoar.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pequenas pessoas, grandes azedumes

Amargura:
s.f. Tristeza, pena, angústia, aflição: curtir a amargura.
Acerbidade, acrimônia, azedume: criticou com amargura. 



Estando vivo você corre perigo de um dia... alguém que nada sabe sobre você... lhe chamar de amargurado.

Aí...

Você poderia lhe responder à altura e mandá-lo de volta para o canil de onde nunca deveria ter saído. Mais isso seria uma pena e você se tornaria amargurado por isso.

Você também poderia ficar se questionando porquê o mundo não conspira para que não nasçam seres humanos tão repugnantes assim e fica triste por ter tido o desprazer de algum infeliz dia ter dado espaço para esse tipo de gente entrar na sua vida. Mas isso é desnecessário e você se tornaria amargurado caso sentisse isso.

Caso essa pessoa que tenha lhe chamado de amargurado tenha sido ignorado por você anteriormente, conclua: uma crítica com amargura só poderia ter vindo mesmo de uma pessoa amarga por ter descoberto que você nem se lembra da existência dela, sentada bem na esquina da Rua da amargura contando estórias para burro ouvir, boi dormir, anta iludir e vaca tossir.

;)

domingo, 17 de julho de 2011

Brechó de passado

Já foi cantado por aí: "e o passado é uma roupa que não nos serve mais"... Mas o que me intriga é porque vira-e-mexe tiramos esse bendito do guarda-roupa e achamos que algum modelito que não caiu tão bem em uma estação passada irá fazer tendência agora.

Não entendo essa mania de guardar para tentar usar na próxima estação, vestir com o sentimento de que ‘agora vai’ e depois se deparar com aquela transparência constrangedora que insiste em nos mostrar que isso já não nos cai tão bem.

Rasgar » desbotar » desfiar » tornar inapropriado para o uso, qual a dificuldade em procurar novos planos?

Não acredito que seja uma boa ideia criar um brechó de passado, no qual teria no estoque vários sentimentos já usados: mágoas de manga longa, amizades falsas de pele de onça, sustos de calças curtas, lutos de pretinho básico, tesão de camisa xadrez e as ilusões sempre usando tons claros e trazendo sentimentos lúgubres.

Sim, aparecem situações em que o presente aperta tanto, tanto, que falta o ar. Então, caso o passado esteja ali guardadinho, pouco usado, você se sentirá tentada a tirá-lo da gaveta e experimentar para saber se ainda lhe cabe.

Mas a pergunta é: Por que ao invés de ficar criando algum tipo de brechó de passado, você não vai às ‘compras’ de presente para o seu presente de presente?

terça-feira, 12 de julho de 2011

Caso de adolescente

Dias atrás conversando com uma adolescente, isso mesmo, estava tentando dialogar com um ser que de tudo sabe, ela me disse algo como: “eu gosto do fulano, mas ele parece que não gosta muito de mim, só quer me levar para o motel”. Bom, ficaria tudo certo se eu respondesse: “homem é tudo assim, só pensa naquilo”, ela com certeza aceitaria minha opinião e até me convidaria para uma night bombante com as outras amigas adolescentes dela. Mas não, com toda naturalidade respondi: “o cara deve achar que você não gosta muito dele também, você só quer levá-lo para conhecer seus pais”... Minutos de silêncio... Oi, tem alguém ai?

(Agora vem a ficção)

Quem inventou que é preciso um script para se alcançar algum fim sexual na vida, certamente foi uma mulher safada esperta, que morava em uma vila cheia de homens barbudos e bebedores de cerveja, ela pregou para as mulheres da vila que o casamento era algo magnífico, que elas deveriam se “guardar” para o futuro marido e o bônus seria um homem que seria seu para sempre... Aí, ela aproveitou e se esbaldou com todos os homens da vila enquanto as outras mulheres estavam sonhando com o marido perfeito e assediando o travesseiro.

E desde então os homens vieram aperfeiçoando o modo de pular os scripts e algumas mulheres vieram aperfeiçoando o modo de detectar quando o homem está tentando pulá-los, e arrumando sempre algum modo de manipulá-los por conta disso. 

E essa brincadeira é um tédio.

Fim.



Ps.: Ainda bem que esses scripts só existem mesmo para os homens, ufa! 
E você não estava esperando um post interessante com um título desses, né? 

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Intelligence is my boyfriend

Vivo lendo por aí “inteligência é afrodisíaco”, eu não discordo, em verdade eu vos digo: eu concordo plenamente.

Sou do grupo que acha que bastam dois dedos de prosa com um cara inteligente e a mulher já fica mais empolgadinha com ele. Nem de longe é a beleza de um homem que encanta a mulher, para a sorte deles ou azar, vai saber... Não que esse seja o critério para seduzir todas as mulheres, digamos que tenha um segundo grupo onde estarão as mulheres que irão preferir seus bíceps, sua barriguinha sarada ou sua carteira recheada.

Só que alguns exemplares de homens inteligentes não ligam em se envolver com mulheres deste segundo grupo, afinal, os homens sempre estão ‘esperando’ alguém que infle seu ego, que demonstre excitação com suas artimanhas, e que acate suas opiniões (decisões). As adeptas do segundo grupo chegarão de uma forma mais simples e rápida na realização dessas ‘esperas’ masculinas.

Já me contaram uma vez, e foi até um homem que julgo bastante entendido, que os homens inteligentes têm medo das mulheres inteligentes, acham que pela quantidade de discussões sobre assuntos variados com formas de entendimento contrárias, isso pode lhe causar uma falta de domínio sobre a mulher, sim, os homens sempre querem dominar a mulher e a relação, ficar 'por cima' é algo que eles só abrem mão se for algo relacionado ao sexo.

E já as mulheres inteligentes sempre irão tentar se relacionar com caras que elas sintam coisas em comum, nem que seja preferência pelo gibi do Chico Bento, literatura da boa, né!?. E na maioria das vezes não irá importar nada além do que um bom gosto para música ou bebida, e uma boa educação. Sim, a beleza dos homens para as mulheres do primeiro grupo é tipo um vale-brinde, caso ela ache vai ser legal, se não achar vai ficar contente com o que já tem e vai lembrar que sorte realmente não é uma coisa muito feita para as mulheres.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Fusão desastrosa

No meio de uma conversa informal com dois amigos, um disse que não levará foras de mulheres nesse novo ano, afinal não chegará em nenhuma. O outro disse que levaria talvez uns 4 foras mas não afirmou que tentaria apenas 4 mulheres.

Fiquei pensando se as duas coisas não são a mesma coisa, nada de significativo, não são? Talvez eu aja como o primeiro cara, afinal tenho preguiça de contatos superficiais dessa natureza, e pra abrir a boca pra alguém sem vontade de repetir, para isso eu já tenho o dentista.

Mas tenho preguiça mesmo é de um terceiro tipo de cara, o cara que talvez seja a fusão desses dois amigos que comentei no inicio, o que não tenta com nenhuma mulher diretamente, e ao mesmo tempo tenta todas, por exemplo, aquele que xaveca várias ao mesmo tempo, os sites de relacionamento ajudam muito este tipo de empreitada, aí o que acontece é o seguinte, todas as xavecadas acham que aquela frase super romantizada que ele escreveu em sua frase pessoal é para si, que o cara está realmente muito afim mas tem muitas outras mulheres dando em cima dele, e aí começa a guerra de egos.

Não sei um método de não cair nesse tipo de emboscada, mas se você for mulher e quiser honrar o cérebro que ganhou, vamos lá, pondere bastante, esse tipo de malandro não vai pra cadeia, e você está correndo o risco de prender um desse tipo no seu coraçãozinho. Tsc!



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O esquecimento em forma de barquinho de papel...

Hoje eu fiz um “barquinho de papel”...

Fazia bastante tempo que eu tentava... Tentava... Até chegar o dia de hoje, até chegar a minha grande oportunidade, até minhas mãos conseguirem ter uma habilidade tão normal para os outros e quase impossível para mim.

Sim, pode parecer idiota florescer tanto um acontecimento desse, mas isso foi melhor do que aprender a amarrar os cadarços(se bem que não sei muito bem fazer isso até hoje). Foi libertador, foi realmente um momento bonito que fiz de mim para mim.

Ah! No barquinho tinha um verso antigo da folha de um caderno antigo de que fora feito, que dizia assim:

**“(...) e a gente esquece sabendo que está esquecendo.”

E me senti aliviada por não ter esquecido essa minha vontade de construir barquinhos de papel, e mais aliviada ainda por esquecer muita coisa sem perceber que estava esquecendo.

Ah! Chuva...vou lá colocar o meu primeiro barquinho para ir embora. E é nele que está tudo que se foi e que eu quero que nunca mais seja.

(Como é meu 1º post depois das festividades, Feliz Ano Novo e ‘velejem’ bastante nesse ano)