Minha voz chifrim e talvez ainda uma timidez interiorana, impedem-me de ficar à vontade para dizer meus poemas. Por sorte, tenho amigos que fazem leituras, cada um a sua maneira, cada um como sente, cada um como loteasse um pedaço do meu coração onde o poema nasceu. Isso é bom. Do lado de cá, vejo o meu poema sendo do outro. Vejo como não via. Descubro o que dele não sabia. E é sempre um complemento, uma continuação. Por isso, minha poesia é, como diz o título do livro, provisória.
O poema Asas foi lido por tantas pessoas queridas, tantas vozes, tantos jeitos. Acolho todos. Foi também musicado e interpretado pelo cantor Rubi
, e será gravado em disco. Neste domingo ainda pandêmico recebo o dizer de Meire Viana
, poeta, de Fortaleza. Um voo no isolamento. Gratidão, cara amiga. Uma fartura de abraços! Do livro Poesia provisória, 2019