São exatamente 4:15 da matina de um novo dia. Não, infelizmente não tive uma crise de insônia. Nem precisei acordar cedo demais. É que ainda estou trabalhando - desde as 7h de ontem, horário ingrato em que diariamente a coordenação da campanha se reúne. A vida é ingrata, amigos.
Não é a primeira vez que isso acontece, nem será a última. Saber disso, no entanto, não me acalma nem um pouquinho, nem muito menos faz com que o sono se vá. Dose pra leão é ser refém da tecnologia - acreditem, estou esperando que um computador capte perfeitamente as imagens, os dados e os efeitos de um programa de TV. Há exatos 80 minutos estou nesta espera.
Tentei cochilar um pouco, mas a potência dos aparelhos de ar-condicionado não deixa. Estou num estúdio, afinal de contas. Num estúdio no Sul de Minas. Mais precisamente, num estúdio de gravação no Sul de Minas no mês de agosto. Faz frio, acreditem. E como saí de casa às 6h30 e nunca mais voltei, não estou com roupa apropriada.
Sabe o que é melhor? É bem possível que eu só vá conseguir chegar em casa hoje à noite, após a exibição do programa eleitoral.
Se um dia os filhos de vocês inventarem de se meter com política, dêem uma surra bem dada neles. Um dia eles irão lhe agradecer.