quarta-feira, 10 de maio de 2023
PENSAMENTOS ABERTOS E LIVRES - 17
23. LIMPEZA DAS INSTALAÇÕES
Assumimos com total humildade e não nos causa nenhuma perturbação que tivemos de alterar os procedimentos de limpeza das instalações. Mantivemos inicialmente, a pessoa que fazia a limpeza, até por questão de justiça dos comportamentos passado, como dizíamos mantivemos a senhora Cidália. Exigimos lealdade e respeito, apesar das suas ligações à anterior presidente, infelizmente tal não aconteceu, muita intriga foi gerada a partir desta senhora e acrescido ao custo de um serviço mal executado, foi entendimento que a partir de 2017 toda a limpeza passasse a ser executada pelo signatário e pela diretora cultural. Estamos cientes que a nossa dedicação e empenho à Casa de Angola trouxe-nos melhorias consideráveis também neste aspeto.
Não podemos deixar de referir bens pessoais que a diretora cultural, Márcia Dias trouxe para a Casa de Angola dando outro “glamour” e nas compras que efetuou.
Paulatinamente a beleza das instalações foram sendo notada, incluindo as pinturas das paredes efetuadas.
Seguidamente apresentamos o quadro dos pagamentos feitos à senhora Cidália, onde pagamos dividas da anterior presidente.
DATA DESCRITIVO PROVEITOS CUSTOS ASSINATURAS OBS
14-Out-16 limpesa atrasado 20,00 € entregue por ZB
14-Nov-12 limpesa atrasado 40,00 € entregue por ZB
14-Dez-12 limpesa e atrasado 40,00 € entregue por ZB
15-Jun-18 limpesa 20,00 € entregue por ZB
15-Out-02 limpesa 20,00 € entregue por ZB
16-Fev-05 limpesa Cidália 12,00 € entregue por ZB
16-Jun-09 limpesa Cidália 20,00 € entregue por ZB
16-Jul-29 limpesa Cidália 10,00 € entregue por ZB
16-Set-09 limpesa Cidália 32,00 € entregue por ZB
16-Dez-19 limpesa Cidália 20,00 € entregue por ZB
17-Abr-20 limpesa Cidália 42,00 € entregue por ZB
17-Jun-20 limpesa Cidália 24,00 € entregue por Paulo Soares
final do 2016 0,00 € 300,00 € 6 Euros / hora
Em anexo juntamos uma declaração como prova das ligações desta senhora à anterior presidente porque foi ela fiel depositária de cerca 16 caixotes que estavam distribuídos nas instalações com bens pertencentes à anterior presidente e disso é testemunha a associada Eugénia Araújo Santos que em determinada altura pretendia chamar alguém do Consulado ou da Embaixada para abrirmos os caixotes, ao que sempre nos opusemos.
Não podemos deixar de recordar um episódio triste e por nós presenciado com ida à Casa de Angola do filho do falecido António Magina, procurando uma determinada peça do pai. Tendo falado à nossa frente com a anterior presidente em 2014, esta acusou-nos de ter roubado a peça, ao que ele retorquiu dizendo que era impossível ele tinha quase certeza que aquela peça estaria num dos ditos caixotes.
24. BENS OFERECIDOS
Como temos um passado histórico na Casa de Angola de algum conhecimento, descobrimos em 2014 o desaparecimento, de inúmeros livros e até pontualmente tivemos a reclamação de um ou outro artista do desaparecimento de peças disponibilizadas ou mesmo colocadas à consignação da Casa de Angola.
Fomos confrontados com uma situação surreal, em 2014, relatada atrás e damos de novo relevo.
Estavam espalhados pelas instalações mais de uma dezena de caixotes com denominação Susete Antão, indagamos o que se tratava foi-nos dito que eram pertences pessoais da anterior presidente, assim foi nossa preocupação transportar todos para um único local e mais próximo da saída, para que alguém com a sua autorização os viesse buscar, assim aconteceu.
Desconhecemos o seu conteúdo apesar de um deles entretanto se ter rompido e estava à vista um livro com dedicatória à Casa de Angola, apesar de pressionados recusamo-nos sempre a abrir os caixotes.
Todos os bens que durante estes anos foram ofertados à Casa de Angola estão devidamente guardados ou expostos, apesar de com o eventual arrombamento das portas desconhecemos qual o destino possam ter esses bens.
25. PENHORA DA SEGURANÇA SOCIAL E CONTRATO DE TRABALHO
Uma das situações herdadas foi uma penhora periódica de verbas na conta bancária revertendo para Segurança Social, demoramos a perceber, porque sabíamos que da anterior colaboradora Georgina Belo não seria possível porque tínhamos inteirado do processo e na direção de Gervásio Viana deixaram de pagar.
Aliás, naquele período foram cometidos ilícitos fiscais de considerável grandeza. A funcionária em causa estava de baixa há anos e auto remunerava-se devido a fato de a a conta estar penhora e sem liquidez. As ilicitudes na Casa de Angola foram abundantes, no passado.
Mas, voltando ao tema em causa fizemos pesquisas até que descobrimos que a divida para com a Segurança Social tratava-se do colaborador Flávio Pedro contratado unilateralmente pela então presidente e que juntamos documentação profícua como prova da sua desonestidade.
Não pagou ao funcionário, não liquidou à Segurança Social e a culpa é sempre situações externas às suas irresponsabilidades. Assinou um contrato sem conhecimento dos elementos da direção e só uma assinatura.
FW: contrato
Caixa de entrada x
flávio pedro
20/01/2015, 21:07
para mim
inglês
português
Traduzir mensagem
Desativar para mensagens em: inglês
Flávio Kivoloka
________________________________________
From: fpk85@hotmail.com
To: jef.007@gmail.com
Subject: contrato
Date: Tue, 21 Oct 2014 15:30:17 +0100
Boa tarde,
Em anexo envio o contrato,
Cps
...
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12 anexos
ResponderEncaminhar
Processo nº 110 220 110 110 3563
CASA DE Angola
segunda, 4/12/2017, 13:08
para nuno.santos.silva
Dr. Nuno
Vimos por este meio expor o seguinte:
1. Há algum tempo atrás começamos a receber notificações do nosso banco sobre valores penhorados para liquidação à Segurança Social;
2. Em 2014 assumimos responsabilidades nesta associação e não encontramos nenhum documento sobre situações pendentes com a Segurança Social;
3. Não temos nenhum dado de referência, que alguma vez a Casa de Angola tivesse tido funcionário ou colaborador remunerado;
4. Posto isto, gostaríamos saber o que se passa em concreto e se existe alguma dívida por outra razão.
Os melhores cumprimentos
Pel' A Comissão da Casa de Angola
Zeferino Boal
26. DISCURSOS DIVERSOS
De Márcia Dias
Com muito orgulho e honra vos agradeço a presença.
Como angolana é de enorme satisfação fazer parte desta equipa dirigente da Casa de Angola e comemorarmos mais um aniversário.
Nos últimos anos fizemos um esforço que os presentes e muitos dos ausentes poderão fazer a avaliação, tendo contribuído para o embelezamento e dignidade da Casa de Angola.
Temos procurado que nas nossas agradáveis instalações: artistas, escritores entre outros se possam promover e crescer nas suas carreiras.
Pessoalmente, como artista e com carreira de mais de duas décadas, sei o que é subir a pulso e que a Obra seja apreciada por muitos, para além do valor material que lhes possa ser atribuído.
Por ter essa alma de artista e sensibilidade tenho dedicado boa parte do meu tempo aos outros através da Casa de Angola, convidando para exporem na nossa associação.
Nos últimos anos proporcionamos mais de uma centena de eventos que vão desde exposições, apresentações de livros sem esquecer divulgação de peças de vestuário.
É sempre agradável como artista e sempre que tenho a possibilidade em expor, ouvir palavras bonitas sobre o modo como recebemos na Casa de Angola os artistas.
Um artista é um mensageiro de paz, estamos cientes que é essa a missão que tenho procurado transmitir a todos sobre a Casa de Angola. Na certeza, que as condicionantes físicas ou de outra natureza serão sempre ultrapassadas com o maior envolvimento dos agentes culturais.
Pessoalmente, não posso deixar de agradecer a presença particular de um amigo e também artista-plástico e que neste momento cumpre uma missão difícil mas convictamente está a desempenhar de forma exemplar o seu mandato. Estou a falar de nosso Adido Cultural da Embaixada de Angola em Portugal, Dr. Luandino Carvalho.
Ao invoca-lo, pretendo salientar o equilíbrio que é necessário fazer no desempenho de determinadas tarefas e atividades, para as quais muitas vezes não temos ovos para as omeletes.
Como artista-plástico e angolana, para além das minhas responsabilidades na Casa de Angola, acredito que o meu país muito em breve sairá da crise económica e surgirão mais apoios para a cultura.
Termino, com renovados agradecimentos pela vossa presença e o caloroso apoio que nos têm dado.
Do signatário:
Amigos e amigas:
Há 47 anos, no dia 25 de Junho de 1971, um grupo de jovens nascidos em Angola e a viverem e estudarem em Portugal constituiu a associação Casa de Angola. Sem dúvida que foi um passo que naquela época muitos não pensariam dar; e que ao fim de quase 5 décadas tem a merecida a projeção, significativamente no espaço da comunidade angolana e em particular na área de Lisboa.
Porque muitos o desconhecem, estatutariamente vou referir todos os fundadores da Casa de Angola: António Burity da Silva, Fernando Silva Laires, Júlio Alberto de Lacerda Corrêa Mendes, José Santos da Costa Oliveira, Maria Eduarda Bento Alves Ferronha, José Norberto Costa Alegre Januário, Eleutério Rodrigues de Sá e Sanches, Gervásio Ferreira Viana, Vitor Sampaio Caetano Ramalho, Maria Helena da Conceição Viana, Rui Romano, António Augusto de Almeida, Mário Luís Serra Coelho, João Sucena, Óscar Jaime Fernandes, Aristides Mendes, José Maria Loio, Fernando Pombeiro, Jofre Van-Dunem, Carlos Belli-Bello, Mário Van-Dunen, José Troufa Real, Aurora Verdades.
Em boa hora os fundadores da Casa Angola colocaram nos ideais da associação entre várias premissas, o seguinte:
- Congregar os angolanos, os naturais de Angola e todos aqueles que a ela ligados material ou espiritualmente, queiram contribuir para o seu progresso cultural, económico e social;
- Promover e divulgar em várias áreas a cultura angolana;
Poderíamos neste momento citar outros objetivos mas, todos pretendem nos dias de hoje cimentar a amizade e fraternidade na componente humana no seio da comunidade angolana na língua portuguesa particularmente na região de Lisboa.
Estamos cientes dos esforços de que muitos fizeram para manter a associação viva e ativa. Tal como os seres humanos se vão adaptando de acordo com o ambiente social em que se integram, a Casa de Angola foi e é um espaço de intervenção relevante em diferentes áreas no decorrer destas décadas.
Hoje e em tempo de paz e crescimento económico no seio da comunidade angolana, a Casa de Angola tem sido um espaço predominantemente cultural, mas não exclusivo. É uma associação aberta a todos e de partilha na boa-fé dos valores do humanismo.
Apesar de alguns condicionalismos inerentes da própria atividade associativa, os atuais responsáveis pela dinâmica própria da Casa de Angola entenderam assinalar e comemorar o 47º aniversário.
Uma associação só tem História e vida se tiver dinâmica no seu seio, com almas humanas em partilha dos ideais comuns, independente do seu património material; o lado espiritual da história associativa é que se vai perpetuando no tempo.
Estamos cientes que no mundo cosmopolita em que vivemos, as (ofertas e) solicitações a cada um nós, são imensas; a concorrência mediática é enorme, ao contrário do que acontecia no passado! A escassez de apoios de diferente natureza é imensa. No entanto, o amor a esta causa e a obstinação de quem tem estado a liderar esta associação, fez com que fosse possível chegar ao patamar onde a Casa de Angola hoje está, com merecido respeito, reconhecimento e dignidade. Reconhecimento, este, feito quer por entidades oficiais, quer pelos aristas, quer pelo público em geral e em especial, a comunidade angolana.
Somos daqueles que acreditam que a força do individualismo só é maior a partir da unidade do coletivo.
Nos últimos anos as soluções para a resolução de problemas na Casa de Angola foi feita com muita criatividade de gestão de quem dá a cara e porque muitos artistas, escritores, estilistas, editores, e outras personalidades têm acreditado em nós.
Queremos que esta Casa de Angola seja uma associação ímpar no seio da comunidade angolana e da língua portuguesa na área de intervenção em que estamos inseridos, mas não descuramos os acordos de cooperação que temos promovido com outras associações.
Consideramos que as partilhas associativas são a forma mais eficaz e eficiente para captar recursos.
Queremos uma Casa de Angola inclusiva de todos e não exclusiva de um qualquer irmão ou irmã em dificuldades, sejam elas de que natureza, forem. Neste âmbito temos procurado atender a situações de solidariedade social, que nos é possível.
A Casa de Angola como marca reconhecida e apesar da sua natureza jurídica autónoma no direito português pode e deve interagir com outras associações congéneres no Mundo, e por isso, temos cooperado com alguns angolanos espalhados pela Europa e até na América do Norte.
Tudo isto e muito mais só será possível e viável, manter este rumo estável de crescimento e se captarmos mais associados, colhermos outros apoios institucionais e até mesmo angariarmos patrocínios privados que queiram utilizar esta marca digna que é, a Casa de Angola. Com a ajuda de todos!
Minhas senhoras e meus senhores, amigas e amigos:
Não vos pretendo ocupar mais tempo. Este é um momento de festa e convívio.
Renovamos o agradecimento em nome da Casa de Angola pela vossa presença e apelamos que sejam portadores da nossa mensagem de paz e crescimento cultual e social para todos.
Pessoalmente, há muitos anos que assim penso e assim delineei esta estratégia por amor e paixão a Angola e em especial à Casa de Angola; foram poucos os que acreditaram que este seria o caminho.
Aqui deixo uma palavra de agradecimento especial e correndo o risco de algum esquecimento entre os presentes ao senhor Adido Cultural da Embaixada de Angola, Dr. Luandino de Carvalho, ao Vice-cônsul Geral de Angola, Dr. Mário Silva, à Embaixada de Cuba na pessoa da Dra. Anabela Hidalgo pelas relações que temos mantido com as senhoras Embaixadoras.
Um agradecimento às associações com temos assinado protocolos: Associação Cabo Verde em Lisboa, Associação Kilombo, Associação dos Estudantes Angolanos em Portugal, Academia do Bacalhau de Lisboa, AECODE, Associação dos Artistas de Setúbal. Acreditamos que outros se seguirão.
Por fim e muito em particular, não tanto na qualidade de líder de momento da Casa de Angola, mas a nível pessoal, há muito que sonhei com a concretização deste projeto, tal só é concretizável retirando, algum conforto da vida pessoal e familiar e porque surgem na vida pessoas que acreditam nos nossos projetos.
O maior agradecimento neste momento vai para a Márcia porque também ela soube apaixonar-se e entregar-se a estes ideais em torno da Casa de Angola. Aprendi muito de arte e saber lidar com artistas; não tem sido fácil mas tudo o que não tiver obstáculos pouco ou nada terá êxito na História.
Não se esqueçam que ela também é artista-plástica e tem dado muito espaço a outros, o que num Mundo tão competitivo e individualista por vezes é ingrato o esforço.
Márcia, obrigado por teres acreditado em mim e lutarmos por este ideal.
A todos vós chegou o momento e estando connosco, afirmar-vos convictamente que ninguém é eterno, e o muito que há a fazer só terá continuidade com o apoio e cooperação ainda maior, não por reconhecimento a esta dupla mas por respeito aos nossos fundadores.
Obrigado pela vossa paciência e tolerância.
Estamos juntos!
Viva a Casa de Angola.
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