domingo, 18 de dezembro de 2016
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
terça-feira, 18 de outubro de 2016
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
segunda-feira, 18 de julho de 2016
domingo, 3 de julho de 2016
terça-feira, 14 de junho de 2016
segunda-feira, 25 de abril de 2016
ENTREVISTA DO JORNAL DE ANGOLA A ÓSCAR CARDOSO
Tendo recebida esta entrevista dou-a como credível para ser transcrita
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quarta-feira, 20 de abril de 2016
sexta-feira, 25 de março de 2016
VINTE ANOS DA CPLP
INTERVENÇÃO NO IV CONGRESSO DA CIDADANIA LUSÓFONA
20
anos da CPLP
UM
OLHAR E UM SONHO
Caríssimos
Permitam-me umas breves
palavras iniciais para os fundadores do Movimento Internacional Lusófono, na
pessoa do Dr. Renato Epifânio para fazer o público reconhecimento pela
associação criada há alguns anos e em especial pela realização destes eventos.
Estou ciente que a realização destes congressos anuais, faz o seu caminho e
leva uma mensagem adaptada aos tempos modernos que tão breve quanto necessário,
produzirá efeitos globais no espaço lusófono. Não se erguem colunas de espaços
sem o esforço de muitos, e a compreensão de outros, só desse modo se vencem
obstáculos que à partida se pensariam intransponíveis, por outro lado o
mediatismo por vezes tem sido perverso para consolidar projetos e o MIL é um
projeto global que hoje caminha discreta e paulatinamente.
No âmbito destes
congressos temos aprendido com o testemunho de muitos, divergimos de alguns,
mas estamos unidos em pontos de convergência da lusofonia. Mesmo, quando o
conceito de lusofonia seja ainda algo controverso, porque na essência estamos a
designar falantes em língua portuguesa que podem ser lusos, brasileiros,
angolanos, cabo-verdianos, moçambicanos, são-tomenses, timorenses, guineenses
entre outros.
Uma palavra de
agradecimento à administração e reitoria da Universidade Lusófona, pelo fato de
nos acolher nestas instalações. Sem desprimor para qualquer outra universidade
pública ou privada em Portugal, é justo enaltecer o contributo que esta
instituição tem dado na formação de muitos quadros superiores e intermédios nos
países lusófonos, sejam eles pertencentes à administração pública ou à
atividade económica privada. Também esta Universidade tem tido a sabedoria em
ultrapassar as adversidades que têm surgido no mundo mediático, no entanto, é
justo fazer este público reconhecimento e agradecimento.
Nos últimos anos tenho
tido pequenas intervenções nestes eventos, as quais apesar de ocorrerem no
tempo destinado a uma associação no caso a Casa de Angola, em nada vinculam a
associação nem os angolanos, apenas e somente sou o responsável por esta intervenção,
por isso o título: Um olhar e um sonho!
O título base deste
congresso é a comemoração dos 20 anos da CPLP. Apesar de amplamente
referenciado recordemos os objetivos gerais da CPLP:
Artigo 3º
“a) A concertação
político-diplomática entre os seus membros em matérias de relações
internacionais, nomeadamente para o reforço da sua presença nos fora
internacionais;
b) A cooperação em todos
os domínios, inclusive os da educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa,
agricultura, administração pública, comunicações, justiça, segurança pública,
cultura, desporto e comunicação social;
c) A materialização de
projetos de promoção e difusão da Língua Portuguesa, designadamente através do
Instituto Internacional de Língua Portuguesa.”
Não pretendo ocupar
demasiado tempo na análise estatutária sobre o funcionamento da CPLP mas de
forma pragmática terei que considerar que os objetivos gerais são de tal modo
tão alargados que por vezes pode pressupor que a estrutura da CPLP tem
capacidade de intervir em todas as áreas, o que na realidade não acontece
porque existe a autonomia dos Estados que compõem a CPLP.
È neste emaranhado de
contradições e /ou desilusões entre a conceção teórica da CPLP e a sua prática
que por vezes é linguagem corrente que a CPLP não serve para nada e torna-se
inútil no apoio aos povos. Talvez aqui referir que os cidadãos e no caso em
Portugal tem o modelo de comparação com a estrutura da União Europeia. Será
injusto tecer esta comparação ou não? Digamos que em parte o comum do cidadão
tem razão.
Entendemos que a CPLP
surgiu num momento oportuno após a independência dos países africanos de língua
portuguesa e como aglutinador de fechar o ciclo colonial e promover a
identidade comum consolidando as convergências, na busca da paz que tanto se
desejava e hoje estendida a quase todos os territórios. Também outras
organizações internacionais surgiram para consolidar processos de paz entre
povos.
Na CPLP ao invés de outras
estruturas internacionais as decisões são tomadas por unanimidade na maioria
das decisões e o peso de voto é igual “interpares”. Mas, tenhamos consciência
que o mundo tem mudado ao longo destas duas décadas, países como Angola tem um
envolvimento internacional como não ocorria no passado devido a diversos
fatores internos e externos.
Caríssimos,
Assumo a minha
angolanidade e com estas palavras não pretendo desrespeitar ninguém, mas com o
olhar de um angolano com carreira e vida feita em Portugal, acredito que a CPLP
pode e tem que ser mais forte e envolvente dos Estados e Povos que a constituem.
Num futuro muito próximo, é já ali, faltarão duas gerações e pouco para que
existam no mundo 400 milhões de falantes e dois terços viverão no Brasil e
Angola. Como tal, o eixo de relevância é deslocalizado para o hemisfério sul.
Em 2016 o centro do mundo
industrial e do desenvolvimento não está centrado na Europa, mas sim
descentralizado, e como tal urge introduzir dinâmicas unificadoras entre os
povos membros da CPLP. Se assim não acontecer, os interesses económicos e
financeiros do mundo global que vivemos facilmente destruirão este sonho de
irmandade que tanto apregoamos como exemplo para o Mundo, apesar de todos os
focos de conflitos que existiram e outros surgirão.
Com muito pragmatismo
defendo a existência de um acordo ortográfico único, seja ele qual for, só
assim haverá contributo para que se cumpra o papel da língua portuguesa em
diferentes áreas que vão desde o direito internacional ao reconhecimento de
patentes, porque há força económica também para isso.
Não esqueçamos o espaço
marítimo internacional que é controlado ou deve ser controlado pelos Estados
lusófonos e subindo no ar, tem implicações no espaço aéreo porque, tenhamos
consciência e assumamos infelizmente alguns dos nossos países lusófonos
delegaram esta autonomia e responsabilidade em Estados vizinhos; daqui advém a
perda recursos financeiros e questões de defesa vulneráveis.
Há um longo caminho ainda
a percorrer no reconhecimento de competências profissionais e curriculares,
entre Estados, quando assistimos a constância de preletores nomeadamente
portugueses a deslocarem-se por exemplo a Angola lecionarem matérias que depois
não são reconhecidas em Portugal.
Minhas Senhoras,
Meus Senhores,
Poderia continuar a
elencar inúmeras questões do âmbito social, económico, cultural e desportivo,
entre outras pelo que há a fazer no âmbito da CPLP. Tenho o sonho e a visão em
acreditar na cidadania lusófona idêntica à livre circulação de pessoas e bens
na União Europeia, porque hoje o dinheiro já circula de uma forma fácil e
legalmente entre os Estados da CPLP, apesar dos casos ilegais e nefastos que
são públicos. Tal como afirmei no ano passado prefiro capital proveniente de
Angola e injetado numa empresa portuguesa e o inverso também ao invés capital
vindo de Espanha ou de outras paragens.
Para aqueles que pensam o
contrário e que respeito, olhem para a História da humanidade e constatem onde
está o progresso e desenvolvimento em crescimento. Não esqueçamos de ter uma
leitura bíblica para encontrar referências a povos que saíram do agora
denominado médio-oriente e estacionaram no planalto angolano, onde por acaso
existem as então denominadas “Minas de Salomão”.
Acredito na CPLP como
estrutura de suporte à cidadania lusófona e eventos desta natureza, como este
congresso, que tem que olhar para uma saudade de futuro e não passadista, pode
dar contributos valiosos e conjugar esforços. Vivemos um tempo em que as
politicas têm que ser mais exigentes e transparentes e os cidadãos contribuírem
para influenciar os decisores políticos.
A terminar sem colocar em
causa o papel promotor do MIL, urge criar uma plataforma que aglutine as
associações das comunidades lusófonas residentes em Portugal para darem
contributos sérios e valiosos na busca de soluções para resolver problemas de
primeira necessidade às pessoas, desde a educação, à saúde, emprego entre
outros.
Dou-vos um exemplo: faz
sentido que artista oriundo de um país africano residente em Portugal há mais
de dez anos e como é artista trabalha sem contrato de trabalho, no sistema de
famosos recibos verdes, não lhe é concedida residência permanente porque não
tem contrato vinculativo de trabalho?
Temos que dar sinais
significativos para a plena cidadania lusófona, criando nos curricula do ensino
nos diversos Estados conhecimentos sobre a lusofonia.
A união faz a força!
Apesar das divergências, muitas resultantes das questões pontuais dos
interesses a convergência é bem maior, e no caso angolano – português é um
exemplo pragmático dos casos de amores e zangas existentes.
Agradeço a atenção
dispensada e sonho que daqui a 20 anos possamos alguns de nós a comemorar outra
data da CPLP e dizer com maior convicção: Valeu apena!
Está na hora!
Estamos juntos!
Disse!
domingo, 21 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
4 de FEVEREIRO
Hoje dia 4 de Fevereiro comemora-se o dia da luta armada em Angola. Naquele dia em 1961, deu-se a fuga de dezenas de prisioneiros da prisão de Luanda, tem sido importante o papel do Cónego Manuel das Neves. Hoje, o país vive uma crise tremenda, que saberá ultrapassar e durante estas décadas o povo angolano soube manter a sua unidade territorial e preservar valores culturais, que são identificativos no interior e exterior da Pátria.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
O deputado que quis boicotar o 10 de Junho
A
primeira manifestação do 10 de Junho depois do golpe de Abril foi alvo de uma tentativa
de boicote violento por parte da extrema-esquerda. A PSP foi obrigada a abrir
fogo para defender os cidadãos que pretendiam celebrar o Dia de Portugal e
homenagear Camões. Um contra-manifestante morreu e outro ficou paraplégico: o
agora deputado Falcato Simões, eleito pelo Bloco de Esquerda.
Um dos novos deputados mais falados pela comunicação social tem sido Jorge Falcato Simões, eleito pelo círculo de Lisboa nas listas do Bloco de Esquerda. O arquitecto de 61 anos, paraplégico desde 1978, apresentou a sua candidatura “independente” como uma forma de dar voz às pessoas com deficiência.
Um dos novos deputados mais falados pela comunicação social tem sido Jorge Falcato Simões, eleito pelo círculo de Lisboa nas listas do Bloco de Esquerda. O arquitecto de 61 anos, paraplégico desde 1978, apresentou a sua candidatura “independente” como uma forma de dar voz às pessoas com deficiência.
O facto de se deslocar em cadeira de rodas vai obrigar a construir
rampas no hemiciclo e fazer várias obras em S. Bento para permitir a criação das necessárias
acessibilidades à circulação do novo membro do Parlamento, conforme foi contado nos jornais
e nos canais de TV. Até aqui tudo bem.
O que as
televisões não contaram,
foi como é que Falcato Simões ficou paraplégico.
Liberdade só
para alguns
Em meados de
1978, apesar da derrota militar imposta às forças totalitárias – comunistas e
extrema-esquerda – quase três anos antes, a 25 de Novembro de 1975,e das
sucessivas derrotas políticas infligidas às mesmas forças em todas as eleições
(legislativas, presidenciais e autárquicas), a rua, em Portugal, continuava a
ser considerada monopólio das esquerdas.
Apesar das vicissitudes do período revolucionário, o 10 de Junho nunca deixara de ser reconhecido, pelo povo e pelas autoridades constituídas, como o Dia de Portugal e de Camões (a que se acrescentou, precisamente a partir de 1978, das Comunidades Portuguesas). Quando, pela primeira vez desde o golpe de 25/4/1974, alguém se lembrou de comemorar o 10 de Junho com uma manifestação de rua em Lisboa… caíram o Carmo e a Trindade.
Mas a convocatória da manifestação cumpriu todos os requisitos legais. E, naquele feriado patriótico, acabou mesmo por realizar-se no lugar marcado: o Largo de Camões, em homenagem ao Poeta.
Apesar das vicissitudes do período revolucionário, o 10 de Junho nunca deixara de ser reconhecido, pelo povo e pelas autoridades constituídas, como o Dia de Portugal e de Camões (a que se acrescentou, precisamente a partir de 1978, das Comunidades Portuguesas). Quando, pela primeira vez desde o golpe de 25/4/1974, alguém se lembrou de comemorar o 10 de Junho com uma manifestação de rua em Lisboa… caíram o Carmo e a Trindade.
Mas a convocatória da manifestação cumpriu todos os requisitos legais. E, naquele feriado patriótico, acabou mesmo por realizar-se no lugar marcado: o Largo de Camões, em homenagem ao Poeta.
Esquerdistas,
totalitários e violentos
O problema é
que, para os totalitários – em particular, os comunistas marxistas-leninistas,
então organizados no PCP (R), Partido Comunista (Reconstruído), apoiado pela
respectiva “frente de massas”, a UDP, que está na génese do actual Bloco de
Esquerda –, à boa maneira estalinista, a liberdade, a democracia e o direito
de manifestação só se aplicam a eles próprios e às suas causas…
Perante uma
manifestação que se atrevia a descer à rua com o objectivo de celebrar Portugal
e homenagear Camões, erguendo bandeiras nacionais e ousando declarar-se
patriótica, os esquerdistas não tiveram a mais pequena dúvida. Havia que
boicotar os “fascistas” e “nazis” (sic). E vai de convocarem uma
contra-manifestação destinada a impedir, pela violência, o exercício da
liberdade dos manifestantes pró-10 de Junho.
Quem
mandou disparar
Para evitar
confrontos, as autoridades – convém lembrar, hoje mais do que nunca, que estava
em funções o II Governo Constitucional, sendo primeiro-ministro Mário Soares e
ministro da Administração Interna Jaime Gama, ambos socialistas e ambos
fundadores do PS – mandaram a PSP avançar.
E assim foi. Quando os agressores esquerdistas atacaram, a polícia foi obrigada a responder, para se proteger e para proteger os cidadãos que se manifestavam de forma ordeira, a coberto da lei.
Houve tiros. Um dos contra-manifestantes, um estudante de medicina de 18 anos, morreu. Outro participante na contra-manifestação violenta foi ferido com gravidade, acabando por ficar paraplégico. Era professor e, segundo um comunicado dos seus correligionários, “membro da UDP”. Chamava-se Jorge Falcato Simões.
E assim foi. Quando os agressores esquerdistas atacaram, a polícia foi obrigada a responder, para se proteger e para proteger os cidadãos que se manifestavam de forma ordeira, a coberto da lei.
Houve tiros. Um dos contra-manifestantes, um estudante de medicina de 18 anos, morreu. Outro participante na contra-manifestação violenta foi ferido com gravidade, acabando por ficar paraplégico. Era professor e, segundo um comunicado dos seus correligionários, “membro da UDP”. Chamava-se Jorge Falcato Simões.
37 anos
depois
Passados
37 anos, Falcato Simões foi, com toda a legalidade, eleito deputado. A UDP
deixou de existir como partido, mantendo-se como associação política dentro do
Bloco de Esquerda. Nunca pediu desculpa pelo seu passado estalinista nem
renunciou à via revolucionária para conquistar o poder.É com esta força política que o actual líder do PS, António Costa, assinou um acordo para formar Governo. Que teve, naturalmente, o voto favorável do deputado Falcato Simões. O mesmo que foi boicotar uma manifestação de homenagem ao 10 de Junho, levou um tiro da polícia e ficou paraplégico
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