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Sculpture

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , | Posted on 11:25


Unfinished Sculpture. I always made strange people in sculpture....


«« de Xamã a Grande Sacerdotisa, e desta, a Grande Imperatriz. Nas noites, teus olhos são lumiares; nos dias, as tuas canções fazem as histórias das Almas Velhas do Mundo. Achegando-me sei que sempre Morro e Vivo, cuja  Terra me amacia o passado que trago tragado nos fios de cabelo! Sonho com Auroras Boreais no teu rosto a cada segundo, apenas para crer que a Vida é maior que o Mundo e os Homens. »»


« do corpo do homem, não sai corpo nenhum. do corpo da Terra, saem todos os corpos que forem permitidos moldar e esculpir com as mãos... toda a ancestralidade está mergulhada nela... é o sopro e o palco da existência da carne viva e, num último estágio,  da morte!!! »

NãoSouEuéaOutra in « Até ao último sopro, a Escultura  »



Escultura inacabada. Desde sempre,  esculpi pessoas estranhas. Por isso, não faço-as com muita frequência.  A Argila (quase todas elas)  sempre foi a minha primeira casa. Nunca foi uma coisa do qual gostasse falar. Porque ela sabe mais do que eu, e eu nada sei dela... sou sempre uma Dama ao seu serviço...



Pinturas

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , | Posted on 16:34




alguns esboços de pinturas abstractas...

« neste vão perdido, nesta escada que desce e sobe... do Nada sei, e, do Sei nada. mergulho às tantas na permanente e absurda existência de uma saudade que nunca temi e que me ofende. no relógio, vejo marcar duas vezes aquele numero 12, e sei que a terra deu a sua volta completa... e depois, olho a minha vida e encravo nas doze garras... dizem que os obeliscos tremem quando cruzo os olhos e me ferro ao veneno das picadas das serpentes e dos escorpiões. sei da morte, sei da vida e nada sei do que sei, e atiro-me à parede como quem atira barro nela. 
cruzo dimensões, e rio-me deste jogo absurdo. há no sangue tanta coisa que nem a Santa Fé tem poder, e há tanta coisa no veneno de Deus que nem a ciência chega. 

sabem, prenderam-me à masmorra e os séculos vieram e vivi mil vezes... uma e outra e mais outra e aqui está o momento, este Agora... fulminante. »

Hello Babies...

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , , | Posted on 16:37


Original illustration by Dobrosav Bob Živković
    Via: Živković
Via : abvh 

Vida Natural - Natural Life

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , , , , , , | Posted on 09:43

gifmovies


« Há uns anos, tive o privilégio de ver sequências de um programa que passou na RTP 2, cujo nome, era  Tv Rural, com o Engº. Sousa Veloso. Podíamos aprender alguma coisa decente. O leite, para a maioria das crianças hoje em dia, é um coisa subjectiva. É da vaca, mas está empacotado no supermercado. Pessoalmente,  se não tivesse visto em criança, jamais pensaria como é que o leite saía da vaca ao natural.. se não o soubesse,  cairia no ridículo de dizer babosices  e, mais do que ridículas, ignorantes.
Antigamente, ao que parece, nas zonas rurais de Portugal, era tirado para dentro de um púcaro -  nada pulcro -  pela manhã e fervido  e servido na hora. Directamente da vaca a pastar na herdade para o fogão, claro, mudando para um outro púcaro e coado...e depois de fervido, pronto a servir com um pouco de cacau ( às  vezes nem isso se colocava) e uma torrada de pão, também ao estilo caseiro.
Hoje, sai do supermercado para a casa de cada um, e, depois frigorífico e depois boca... sem se saber a sua proveniência e nem o que foi feito com ele até ser empacotado!!
Hoje, não se aprende sobre a vida e sim, sobre como ser imbecil e, cada vez mais animal.

Confesso, tenho saudades dos patos, das cabras, dos lobos, das raposas, das cobras, dos escorpiões, dos coelhos, das vacas, dos carneiros, dos cavalos, das éguas, dos burros, das fontes, das herdades, dos escaravelhos, dos morcegos, das águias, das corujas, dos falcões, das ribeiras, dos riachos, dos prados, dos pintos, dos galos da Índia, das codornizes, das cegonhas, das searas, dos mantos de centeio, de trigo e de cevada  a perderem de vista; dos sobreiros, dos castanheiros, das rãs, dos lagos, dos lagartos, das lagartixas, dos perús, dos pavões, das cabras, dos porcos pretos, brancos e vermelhos e malhados; das ovelhas, das colmeias e o manto de abelhas a dançar no ar; das cebolas, das couves, dos tomates, dos morangueiros, das favas, das ervilhas, dos coentros, das salsas, das batatas doces, da couve flor, das pêras, das maçãs, das nespereiras, das parreiras, das pereiras, das macieiras, do alambique na adega; da nora, do moinho, do medronho, das máquinas grandes de debulhar trigo nas eiras; dos relâmpagos e trovões a explodirem em planícies extensas; das andorinhas, das cotovias, dos pintassilgos, dos pardais, dos corvos, das formigas, dos lacraus, dos sardões, das centopeias, das salamandras, das minhocas, dos gafanhotos, dos trevos, das silvas, das amoras, das bolotas... da vida selvagem e natural e limpa!!... »


Nota. tenho de referir que sou disléxica a escrever. portanto, antes de criticar, tenha em atenção que está lendo uma disléxica, embora não tenha problemas de leitura. tenho uma boa dicção a ler (segundo testes audiométricos), depois de muitas marradas na parede...também é normal, de vez em quando voltar a corrigir as frases aqui escritas, ou outras que têm o mesmo som, mas não são as que deviam estar escritas... por mim, corrigia a vida inteira este texto e outros... mas quanto mais insisto, mais fica confuso...  um exemplo: pulcro tem semelhança com púcaro... e sou capaz de escrever pulcro o texto inteiro onde deve estar púcaro, ou seja, recipiente que contem algo!!  o mesmo com a palavra social versus sexuais... em tempos, em antropologia fiz um teste, em que tudo foi escrito com a palavra sexuais, em vez de social. o cérebro não reconhecia o erro, e apenas associava se - ais... levei chumbo no teste por conta disso!! nem por um momento os meus olhos e ouvidos soubera reconhecer os sons e as letras escritas no papel!!

The Art Of Brotron

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , | Posted on 15:28








Magnifico trabalho este, de Greg Brotherton!! Fiquei rodando a cabeça e tentando encaixar ''sei lá onde''... é METAL e não só...
« um espectáculo, a forma como foi soldado o aço, por pontos, criando assim uma dimensão diferente no objecto, além do acabamento rústico. »
2010 Size: 25 " x 13 " x 6 "
Materials: Welded steel, concrete, teak, magnifying lens,
wrist watches, ceramic, needle-nose pliers, typewriter key

Site: Brotron

Visões paralelas

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in | Posted on 21:39

 (source)

Spine, 2009
Monotype on paper

Joseph Zuccarini 
 American , born 1952

Women

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , , , , | Posted on 17:10






La Belle Fille
"Portrait of a woman," circa 1900.


The Human Torch: 1942
DeLand, Florida. "Aircraft construction class."


Evelyn Nesbit
New York circa 1901. "Evelyn Nesbit, age 16, brought to the studio by Stanford White."


Fast Woman
Washington circa 1915. "Women auto racers. Miss Elinor Blevins."


 Queenie Ladovitch
Washington, D.C., circa 1920.

Hybrid Vehicle
Washington, D.C., circa 1918. "Woman on motorized bicycle."

.junipergallery - (Source) - women


Objects - Obsession

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 09:14


Vá lá um desenhito... vá lá!!!

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , | Posted on 09:07


Rabiscos «coroado dentusas»

Men - homem Escultura

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , | Posted on 21:20



« tu és o Diabo, oh homem!! »

White Aphrodisiac Telephone

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , | Posted on 20:38



Salvador Dalí
O famoso ''White Aphrodisiac Telephone'' (1936)

Telefone em baquelite,  lavagante em madeira pintada.

Vania Zouravliov

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , | Posted on 07:22



Pinturas de Vania Zouravliov - Nascido na Rússia, menino prodígio, aos 13 anos era um verdadeiro caso de sucesso. Considerado um génio por muitos.

A ARTE - THE ART

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 02:18


  

Por Editor VOPUS 

À medida que o ser humano foi se precipitando pelo caminho da involução e da degeneração, e foi se tornando cada vez mais materialista, seus sentidos também foram se deteriorando e degenerando.

Vem-nos à memória uma escola da Babilônia que se dedicava a estudar tudo o que se relacionava com o olfato. Eles tinham um lema que dizia: “Buscar a verdade nos matizes dos odores obtidos entre o momento da ação do frio congelado e o momento da ação em decomposição cálida”..

Essa escola foi perseguida e destruída por um chefe terrível. Tal chefe mantinha negócios duvidosos e logo foi denunciado indiretamente pelos afiliados da escola.

O sentido do olfato extraordinariamente desenvolvido permitia aos alunos daquela escola descobrir muitas coisas que não convinha aos chefes do governo.

Havia outra escola muito importante na Babilônia: a Escola dos Pintores. Essa escola tinha como lema: "Descobrir e elucidar a verdade só por meio das tonalidades existentes entre o branco e o negro".

Naquela época, os afiliados dessa escola podiam utilizar normalmente e sem dificuldade cerca de 1.500 matizes da cor cinza.

Do período babilônico até estes tristes dias em que milagrosamente vivemos, os sentidos humanos foram se degenerado espantosamente devido ao materialismo que Marx justifica ao seu modo através da sofistaria barata de sua dialética.

O eu continua depois da morte e perpetua-se em nossos descendentes. O eu complica-se com as experiências materialistas e robustece-se às custas das faculdades humanas.

Conforme o eu se fortaleceu através dos séculos, as faculdades humanas foram se degenerando cada vez mais.

As danças sagradas eram verdadeiros livros informativos que transmitiam deliberadamente certos conhecimentos cósmicos transcendentais. Os Derviches dançantes não ignoravam as sete tentações mutuamente equilibradas dos organismos vivos.

Os antigos dançarinos conheciam as sete partes independentes do corpo e sabiam muito bem o que são as sete linhas distintas do movimento. Os dançarinos sagrados sabiam muito bem que cada uma das sete linhas do movimento possui sete pontos de concentração dinâmica.

Os dançarinos da Babilônia, da Grécia e do Egito não ignoravam que tudo isto se cristalizava no átomo dançarino e no planeta gigantesco que dança ao redor de seu centro de gravitação cósmica.


Se pudéssemos inventar uma máquina que imitasse com plena exatidão todos os movimentos dos sete planetas do nosso sistema solar ao redor de seu sol, descobriríamos com assombro o segredo dos dervixes dançantes. Realmente, os dervixes dançantes imitavam perfeitamente todos os movimentos dos planetas ao redor do sol.

As danças sagradas dos tempos do Egito, Babilônia, Grécia etc., vão ainda mais longe. Transmitiam tremendas verdades cósmicas, antropogenéticas, psicobiológicas, matemáticas, etc.

Quando começaram a aparecer na Babilônia os primeiros sintomas do ateísmo, do ceticismo e do materialismo, a degeneração dos cinco sentidos acelerou-se de forma espantosa.

Está perfeitamente demonstrado que somos o que pensamos e que se pensamos como materialistas, degeneramos e nos fossilizamos. 
 Marx cometeu um crime imperdoável. Tirou da humanidade os valores espirituais. O marxismo desatou a perseguição religiosa. O marxismo precipitou a humanidade na degeneração total.

As idéias marxistas, materialistas, infiltraram-se em todas as partes, na escola e no lar, no templo e no escritório, etc. Os artistas, a cada nova geração, converteram-se em verdadeiros apologistas da dialética materialista. Todo alento de espiritualidade desapareceu da arte ultramoderna.

Os artistas modernos já não sabem nada sobre a Lei do Sete, nada sabem de dramas cósmicos, nada sabem sobre as danças sagradas dos antigos mistérios.

Os tenebrosos roubaram o teatro e o cenário; profanaram-no miseravelmente e prostituíram-no totalmente. O sábado, o dia do teatro, o dia dos mistérios, era muito popular nos antigos templos. Neles eram representados dramas cósmicos maravilhosos.

O drama serviu para a transmitir valiosos conhecimentos aos Iniciados. Por meio do drama, transmitiam-se aos Iniciados diversas formas de experiência do Ser e de manifestações do Ser.

Entre os dramas, o mais antigo é o do Cristo Cósmico. Os Iniciados sabiam muito bem que cada um de nós devemos converter-nos no Cristo deste drama, se é que realmente aspiramos o reino do Super-Homem.

Os dramas cósmicos baseiam-se na Lei do Sete. Certos desvios inteligentes dessa lei foram usados sempre para transmitir ao neófito conhecimentos transcendentais.

É bem sabido em música que certas notas podem produzir alegria no centro pensante, outras podem causar pesar no centro sensível e, por último, outras podem produzir religiosidade no centro motor.

Realmente, os velhos hierofantes jamais ignoraram  que o conhecimento integral só pode ser adquirido através dos três cérebros; um único cérebro

A dança sagrada e o drama cósmico sabiamente combinados com a música serviram para transmitir aos neófitos tremendos conhecimentos arcaicos de tipo cosmogenético, psicobiológico, fisioquímico, metafísico, etc.

Cabe aqui mencionar também a Escultura. Ela foi grandiosa em outros tempos. Os seres alegóricos cinzelados na dura rocha revelam que os velhos Mestres não ignoraram nunca a Lei do Sete.


Recordemos a esfinge de Gizé, no Egito. Ela nos fala dos quatro elementos da natureza e das quatro condições básicas do Super-Homem.

Depois da Segunda Guerra Mundial, nasceram a arte e a filosofia existencialistas. Quando vimos os atores existencialistas em cena, chegamos à conclusão de que são verdadeiros enfermos, maníacos e perversos.

Se o marxismo continuar se difundindo, o ser humano vai acabar perdendo totalmente seus cinco sentidos, os quais estão em processo de degeneração.

Já está comprovado pela observação e pela experiência que a ausência de valores espirituais produz degeneração.


A pintura atual, a música, a escultura, o drama, etc., não são senão o produto da degeneração.

Já não aparecem no cenário os Iniciados de outros tempos, as dançarinas sagradas, os verdadeiros artistas dos grandes templos. Agora só aparecem nos palcos autômatos enfermos, cantores degenerados, rebeldes sem causa, etc.

Os teatros ultramodernos são a antítese dos sagrados teatros dos grandes Mistérios do Egito, da Grécia e da Índia.


A arte destes tempos é tenebrosa, é a antítese da luz. Os artistas modernos são tenebrosos. A pintura surrealista é marxista, a escultura ultramoderna, a música afrocubana e as bailarinas modernas são o resultado da degeneração humana.

Os rapazes e as moças das novas gerações recebem por meio de seus três cérebros degenerados dados suficientes para se converterem em vigaristas, ladrões, assassinos, bandidos, homossexuais, prostitutas, etc.

Ninguém faz nada para acabar com a má arte e tudo caminha para uma catástrofe final por falta de uma Revolução da Dialética.

Capítulo: A Arte, A revolução da Dialética, SAW

The Stranger and The Small Girl

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , | Posted on 19:22



» Apertaste-me a mão, e eu gritei tanto, que os meus pés ficaram em bicos de pés no alto-mar. Ainda hoje, dizem, os marinheiros, que há ruídos de pés a chorarem  naquelas águas salgadas e fundas! «




 » Dançando na Luz dos tempos/espaços, as memórias nunca se apagarão! Elas são o próprio Universo. A Eternidade do que sempre existiu. Nada é um/por acaso, e tudo, é Mónada! «

The Art of Wall

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 19:05



  1. Salvador Dalí
  2. Cry Me a River (my love)
  3. Silent (do you understand (my) darling?)

Objectos

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 08:21



Foggy Days

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , , , , | Posted on 21:30



« nunca saberás! tão claro quanto isso. as palavras são simples, apenas  para te confundir. disseram que a neblina subiu-lhe pela pele acima. poderia ter sido pela pele abaixo. mas não ocorreu desse modo. poderia, poderia... mas não foi! ficou mortificada a observar a ínfima dimensão de ser um rato enlouquecido. estava presa num alpendre. quem duvidaria de tal semelhança com a realidade? ninguém! ele era infinitesimal. poderia alguém saber disso? não, não!!! a insignificância das suas patas, não lhe permitiam subir pelas paredes; e se é que era possível subir pelas paredes. 

tu sabes que não estou a falar de ratos. eu nem sei o que é um rato. acreditas? deverias acreditar. vou dizer-te o porquê! no planeta onde vivo, há um aparelho mágico que projecta imagens, tudo é silencioso. nem um som. de vez em quando surge em grande plano a palavra, Rato. determinei que tudo o que fica preso na malha do tempo, é rato. contanto, não sei o que é um rato. posso dizer-te, que de tempos a tempos surgem outras palavras, tais como, Queijo. é tão irracional que não percebo. queijo?? esta semana, li uma nova palavra, Ratoeira. estou a tentar perceber. só que eu sou uma casa. estou inserida num aglomerado de edifícios, sou o último, o 14º andar e em cima da minha cabeça, existe uma piscina. podem ver como é confuso o meu cérebro »


NãoSouEuéaOutra, in, « queira deus que o rato seja mentiroso ».

26 de Dezembro de 2011

Lola, a Escorpiónica

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , , , , , , | Posted on 20:26



  © NãoSouEuéaoutra 
18 de Julho  2006
(reeditado - antigo blog)


Lola, era o seu nome. Nascida de um caso furtivo e oculto entre uma dona de casa e um caixeiro-viajante. Segundo a sua mãe, o seu pai era um homem de personalidade ambígua. Vendia escorpiões de terra em terra a curandeiros. Amava mais os escorpiões do que a sua própria vida e a eles se devotava. Deste romance breve e intenso nascera Lola e cujo pai nunca soubera da sua existência, porque tal como inusitadamente chegou àquela terra, assim desapareceu sem deixar rasto. Não houve, como se diz, tempo, posto que, todos os viajantes são rápidos na chegada, na conquista e na partida.

Lola nascera diferente. Porquê? Uma das suas mãos era dupla. Do seu pulso desprendia-se uma cauda. Uma cauda de escorpião. Por muitos anos sua mãe a escondeu dos olhares de terceiros. Julgou-se suja por ter dado à luz um ser tão estranho. Acreditou que cometera um crime ao envolver-se de alma e corpo com um homem de índole duvidosa e ter vivido os mais escaldosos, escandalosos e ardentes desejos libidinosos, e por consequência do seu pecado gerara uma filha fruto dessa ligação, como marca da sua aventura tão proibida e censurada à alma humana. 

Lola e a sua mão com cauda de escorpião cresceram fechadas numa redoma, longe de todos e até da própria mãe. Conservou a pureza e a inocência de coração. O único alimento que a sua mãe lhe dava, eram livros. Os livros deixados pelo seu pai outrora. Apesar de ser um homem muito estranho e vender escorpiões, tinha uma faceta de livreiro. Livros estes que eram a titulo enigmáticos e cuja Lola apreendeu e deles absorveu todo o ensinamento oculto da cauda de escorpião. Já adolescente, depois de muitas lutas com a sua cauda, aprendeu a domá-la. Foi neste momento que Lola também se abriu para o mundo e sua mãe devolveu-lhe o olhar de Mãe e com ele a liberdade.

 Nunca ninguém descobriu que Lola tinha uma cauda de escorpião quando se adentrou pelo mundo, tal a sua rigorosa aprendizagem e disciplina para domar a matéria escorpiónica contida no seu punho e extrair dela o exilir da libertação. Da sua mão, invisivelmente brotavam pétalas de rosas de cor branca envolvidas em gotas que lembram o orvalho da manhã.  O preço da sua alquimia encontrou-a na pesada prisão dos que não a souberam amar!!






Shine on You

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , , | Posted on 08:47






os grãos continuam a ser algo que gosto trabalhar/colocar nas fotografias. provavelmente isto se deve ao desenho com lápis de carvão e o esfuminho. sempre tive obsessão por ilustração, desde menina. sempre foi muito privada esta tendência e também muita obsessiva a busca pelo volume e luz e sombra no desenho. sempre descontente pela minha imperfeição em desenhar, origem de grandes dores de cabeça. (talvez a minha maior zanga em vida, para compreender todo o processo de desenhar!!) viciada em linhas finas durante muito tempo, e um dia, um mestre de impressionismo deu-me uma grande e esplendorosa bofetada que alterou a minha estúpida mania de perfeição, e nunca mais me preocupei tanto com a linha do desenho e acabei por olhar mais para a noção de luz e sombra e volume. apenas mudei o foco da obsessão e da perfeição. sempre ando com um notebook da Ambar, como também ando sempre com um livro. 



A Diva 6

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , , , , , , , , , , | Posted on 18:06


 Louise Brooks



Suspiro profundo:

- Vejam-me demorando por aí.
- Salto fundo. É um poço.
- Tem fundo. Como tudo tem fundo.
- Claramente, como todos os sóis estão ali…
- Sim, ali no Universo.
- Demoro muito. O trabalho é intenso.
- Intenso como é todo o acaso.
- É moroso, exige provas de força.
- Força não é qualquer coisa. É uma atitude.
- Atitude acaba sendo a aliada. Ela vem por clareza.
- Clareza não está em todas as coisas. A clareza escolhe-nos.
- Escolhe-nos como a flor existe na terra. Nunca somos nós que decidimos.
- Um dia, quando sempre fomos burros, ela chega e abre-se.
- Abre-se a caixa que fechava o interruptor que nos faz ligar a lâmpada.
- Sem se perceber… nem um pouco sequer, encontramos o destino.
- O destino nos olha e dá-nos a verdadeira missão.
- Há quem espere metade de um século. Há quem nunca espere e se vai sem saber sequer.
- Acendeu-se a lâmpada, acendeu-se o destino, acendeu-se tudo para sempre.
- Se choro, talvez. Muito. Há preços que chegam assim. Há preço para tudo.
- A vida é tão curta. Curtíssima. Tão curtíssima como esta escrita – monólogo.

NãoSouEuéaOutra in « Sei lá, é assim as coisas! »

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