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Ora, eu nunca na minha vida tive um mealheiro! Em miúda, escondia as notas e moedas na gavetinha da mesinha de cabeceira e nem sequer sabia a importância do dinheiro, portanto, juntava-o, quando juntava, só porque sim. Já crescida, o dinheiro que restava na conta à ordem ao fim do mês, transitava para a poupança. Ponto final.
Não sei para que queria o mealheiro, mas comprei-o.
Em casa, ficou dentro de uma gaveta para “ir juntando umas moedas”, coisa desconhecida até então. Escusado será dizer que passaram uns meses sem qualquer moeda – tirando a inicial – cair no hipopótamo. Mas um dia lá comecei a levar aquilo a sério e passou a ser frequente meter lá as moedas de 1 e 2 euros que estavam na carteira ao fim do dia.
Era apenas uma experiência… Mas o hipopótamo lá encheu, uma e outra vez, e as moedas foram transitando para um novo mealheiro de lata, maior, que ia ficando cada vez mais pesado…
Comprei um MP3 rasco (muito rasco!) e pouco mais com aquelas moedas. Mas dava-me prazer vê-las ali, todas juntas, muitas… Moedas que eu tinha tido a disciplina de juntar. Fazia-me bem.
“Este dinheiro é para as extravagâncias!”, decidi.
MUITO pouco tempo depois desta decisão, surgiu a oportunidade de ir a Londres. E foram aquelas moedas que tornaram a viagem possível!
Depois desta extravagância fantástica o hipopótamo adquiriu uma importância especial e as moedas eram lá colocadas com uma vontade e disciplina feroz. Em seis meses juntei o que tinha juntado em todos os anos anteriores.
Decidi que estava na altura de pôr aquele dinheiro no banco. Mas não podia juntá-lo às “contas de sempre”. As minhas extravagâncias não fazem parte das contas “de sempre”.
Por puro capricho (como são todas a minhas boas decisões) fui a um banco e abri uma conta. Só depois, decidi preocupar-me a fundo com tipos de aplicação, taxas de
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Pura sorte… Capricho? Ou intuição? ;)