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Showing posts from October, 2017

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A amizade. Aquele sentimento bom, feliz e livre. Livre de convenções, de barreiras, de segredos, de constrangimentos.  Aquele estar, amplo e leve, apenas por estar, não importa o que se diga. Aquele querer sempre estar, aqui, além, do infinito ao ante finito, que é o pouco tempo que nos resta.  Aquele amar sem vergonhas, sem rodeios, sem medos. Aquele gostar que aumenta sempre, sem que nos importem as contrariedades, nem as venças e desavenças, desfeitas num abraço sentido. Por isso, por ser tão verdade, a amizade não tem fim nem hora marcada para o regresso.  A amizade é um reencontro constante, é brisa doce que ondula ao verde-mar do campo, da terra perfumada.  A amizade é sermos humanos, é sabermos que somos falhos e imperfeitos, é reconhecer os nossos erros e os dos nossos irmãos-amigos, e recebê-los com delicadeza, compreensão e respeito.  Porque nesta vida andamos todos a aprender, todos, sem exceção.

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não consigo sentir não consigo chegar a ti meu desejo antigo mudo-me inconstante sem sentido de ali para sem onde por esta terra seca e lábil inerte e só já nem a noite nem a lua-mar me trazem a brisa viva de outros tempos nem os lugares que vivemos eu e tu meu velho peito vazio aberto nem a música nem o calor brando das noites de poesia nem o frio que escasseia neste outono por demais claro e rasgado à vida que é escassa e frágil não há abraço que me abrace neste sonho desavindo neste querer infinito e vago que se não mostra e não explica neste projecto que se vai gastando em condicionalismos ambiciosos absurdos tudo é denso e transitório o mundo pesa tanto sempre com pressa sempre com um objectivo a mais na calha sempre com um sempre a mais no sempre que s