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Showing posts from May, 2017

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A amizade. Aquele sentimento bom, feliz e livre. Livre de convenções, de barreiras, de segredos, de constrangimentos.  Aquele estar, amplo e leve, apenas por estar, não importa o que se diga. Aquele querer sempre estar, aqui, além, do infinito ao ante finito, que é o pouco tempo que nos resta.  Aquele amar sem vergonhas, sem rodeios, sem medos. Aquele gostar que aumenta sempre, sem que nos importem as contrariedades, nem as venças e desavenças, desfeitas num abraço sentido. Por isso, por ser tão verdade, a amizade não tem fim nem hora marcada para o regresso.  A amizade é um reencontro constante, é brisa doce que ondula ao verde-mar do campo, da terra perfumada.  A amizade é sermos humanos, é sabermos que somos falhos e imperfeitos, é reconhecer os nossos erros e os dos nossos irmãos-amigos, e recebê-los com delicadeza, compreensão e respeito.  Porque nesta vida andamos todos a aprender, todos, sem exceção.

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não existe modo perfeito ou justo para começar  um poema escrevo  de forma seca na língua-mãe que ignorantemente desconheço falta-me o cheiro o verde húmido dos campos que sonhei está longe o mar foi-se a vontade em poeira e vento e o meu corpo moído das cãibras impregnado de xilitol e menta barata todo ele se envolve e emaranha de forma consentida e (in)sensata em papéis e metas e prioridades alheias ditadas por quem nada sabe do amor claro e inquieto das coisas simples do silêncio são e imperfeito que é nesta manhã despovoada e doce