Resenha de Celly Borges
Eu adoro histórias de Natal. Na verdade sou apaixonada pelo clima natalino, as luzes, árvores, presentes. Adoro tudo isso. Então, já que estamos nessa época, resolvi ler o livro O Presente (Editora Novo Conceito, 320 páginas), de Cecelia Ahern. Embalada pela capa, acreditei que fosse isso, mas na realidade tem pouco do clima natalino. A história se inicia perto da data, tem a questão do espírito de natal, que transforma e modifica as pessoas – que nesse caso é de forma bem diferente –, mas poderia ser em qualquer época.
Eu adoro histórias de Natal. Na verdade sou apaixonada pelo clima natalino, as luzes, árvores, presentes. Adoro tudo isso. Então, já que estamos nessa época, resolvi ler o livro O Presente (Editora Novo Conceito, 320 páginas), de Cecelia Ahern. Embalada pela capa, acreditei que fosse isso, mas na realidade tem pouco do clima natalino. A história se inicia perto da data, tem a questão do espírito de natal, que transforma e modifica as pessoas – que nesse caso é de forma bem diferente –, mas poderia ser em qualquer época.
A leitura no início foi muito gostosa e rápida, mas depois deu uma bela diminuída, parecia que não caminhava tanto e que metade foi mais para enrolar e ter um livro longo.
Começa com o narrador contando sobre o que o leitor encontrará. No segundo capítulo encontramos o sargento Raphael O’Reilly, ou simplesmente Raphie, que apreende um menino por ter tacado um peru congelado na vidraça da casa de alguém. A partir daí, enquanto o garoto aguarda que sua mãe venha buscá-lo, Raphie conta uma história que aconteceu com ele, ou melhor, aconteceu com outras pessoas, mas ele estava no caminho algumas vezes.
Lou Suffern é um homem cheio de trabalho, daquele tipo que não tem tempo para nada, principalmente para a família, pois ela estará lá quando ele precisar – típico de quem desaprendeu a amar. Já traiu a esposa algumas vezes. Tudo o que ele precisa é só pedir à sua secretária, como quando tira, sem explicações, das mãos de sua irmã a organização da festa de aniversário de 70 anos do pai – festa essa que ele nem está interessado, pois no mesmo dia há o evento de confraternização da empresa em que trabalha e, claro, para ele isso é muito mais importante.
Depois que um funcionário precisa ser afastado, várias pessoas tentam se mostrar ainda mais eficientes para ficar com a vaga – da boca para fora todos falam que desejam sua melhora, mas internamente não estão nada preocupados com isso, aliás, torcem contra a sua recuperação. E a situação é bem comum. Da mesma forma em que muitos pensam em ganhar dinheiro e se esquecem do que importa, como faz Lou. Na verdade esse nem é o seu nome verdadeiro.
Mas um dia Lou se depara com um mendigo, por algum motivo oferece a ele um café e começam a conversar sobre os sapatos das pessoas que passam por ali todos os dias. Cada um fala algo sobre seu dono. Tanto que Lou descobre segredos de seus colegas do trabalho, o que o preocupa muito. Desta forma Gabe, o mendigo, acaba entrando em sua vida de fato.
A partir daí temos a ação da história, mas a forma que se dá não é exatamente comum, pode até colocar um pouco de literatura fantástica aí, pois o que acontece é um pouco fora da realidade. A autora tenta, através desta história, dar um aviso sobre a falta de tempo para o que importa, mas algo ficou faltando, a ideia é boa, o começo prende, o meio cansa um tanto, mas um pouco antes do final, os acontecimentos são bem descritos e deixam quase sem fôlego, porém, o final é muito rápido e algumas partes parecem ficar sem explicações.
Esse é um livro para somente uma leitura.
Cecelia Ahern é irlandesa, autora dos romances A vez da minha vida, Onde terminam os arco-íris, Aqui é o melhor lugar, Se você me visse agora e As suas lembranças são minhas, e do livro que foi adaptado para o cinema P.S. Eu te amo.
Serviço
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581633145
Ano: 2013
Páginas: 320
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