I.P.
"Vivendo hoje no anonimato memorialístico, Cândida Aires de Magalhães deixou para a posteridade não só a delicadeza inspirada dos seus versos, mas também o lamento do vate filósofo Teixeira de Pascoaes: “Eis aí o destino dos nossos poetas. Não vivem, porque ninguém os lê nem compreende. São fantasmas a falar só, como lhes chamou Lopes Vieira, um outro fala-só (…) [;] Cândida Aires de Magalhães vive recatada na sua modéstia, esse divino crepúsculo…”.
Cândida Aires de Magalhães nasceu na Casa de Pintéus, solar da família Vaz de Carvalho, na freguesia de Santo Antão do Tojal, em Loures, no dia 17 de agosto de 1875. Conhecida nos meios literários seus contemporâneos como Cândida Aires, cresceu no seio de uma família de tradição intelectual, sendo filha do General Cristóvão Aires de Magalhães Sepúlveda, também poeta, e de D. Maria do Carmo Vaz de Carvalho Aires de Magalhães, e sobrinha direita de D. Maria Amália Vaz de Carvalho.
Considerada à época como “uma das mais talentosas poetisas da actualidade” ..." (ler+)