25.2.15

a morena


o tempo de uma mulher sempre espera um pouco mais, em qualquer janela de todas as casas, de tantas pinturas e de uns quantos livros mal escritos. tu me perguntas de novo se é muito tempo, se o tempo acabou adoecendo de tanto doer e travou. qual é o tempo de uma mulher?: é isso, enfim, que devias me perguntar. não que eu tenha uma resposta para te dar, mas isso, o tempo de uma mulher, eu sou capaz de medir, porque não vais sozinha por ele. mas, hein? lembra da tua música, amarra o tempo na tua canela e dança. 

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não se nasce mulher, torna-se mulher [simone de beauvoir]