Hoje estou afim de escrever sobre ela. Nem todos nesse mundo
tiveram a sorte de nascer com essa graciosidade. Alguns dizem que é um defeito; outros já apostam que é charme puro. Ela se identifica como uma má-formação
congênita hereditária. Pesado né? Bom,
eu as tenho, e aprendi a viver com elas sem problemas. Então, deduzimos que
nasci com duas más formações. Legal, né? Já descobriu de quem estou falando.
Sim, gente, das covinhas.
Nas pessoas que
carregam essa má-formação é que o tecido fibroso das bochechas é menor que as
que não tem covinhas. Além disso, ele adere entre a pele e o músculo, ou entre
o músculo e a mandíbula. Assim, quando a pessoa sorri, esse tecido fica “preso”
e acentuando a concavidade. O mesmo acontece quem tem a covinha no queixo. É uma
demonstração que nem toda má-formação é ruim, algumas podem ter seu lado
“fofo”.
Avaliando sobre o assunto, deduzi que as pessoas que tem
covinhas são as mais legais. Então, você vai me perguntar: por que? Tudo que
temos demais precisamos guardar, não precisamos estar sempre à disposição,
precisamos de um pouco de: “hoje eu não quero aparecer” As covinhas no rosto é sinal que a pessoa é
feliz, e muito. Que riu tanto da vida e pela vida, dos momentos não tão bons
que acontecerem com ela, que ela sorri e outros milhões de sorrisos que estão
dentro das covinhas se dilatam, e aquele mesmo sorriso brilha de tantos
sorrisos juntos.
Sorri quem é feliz de verdade, quem gosta da vida e do
mundo. Sorri quem sabe que mesmo passando por momentos desnecessários,
precisamos tornar a vida mais fácil possível. Sorri quem acredita que o amanhã
pode ser muito melhor do que hoje. Sorri quem sonha e quem também realiza. Sorri
quem ama de verdade.
Quero não acreditar que seja apenas uma característica
física, sim que seja uma característica de quem realmente acredita na força e na
esperança que temos para a vida, que seja a felicidade escondida entre o começo
e o fim de um sorriso. Repare bem, pessoas com covinhas são maravilhosamente
gente boa, sempre.
Texto publicado originalmente no jornal: A Novidade em 27/11/2015
Texto publicado originalmente no jornal: A Novidade em 27/11/2015