Meus seguidores e visitantes queridos,
A dica da internet vem de uma situação que às vezes deixa a gente terrivelmente preocupado, quando se trata de salvar a vida de alguém, através de uma pessoa que seja um doador e possa pôr a salvo quem precisa de uma transfusão de sangue.
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Nesse domingo, passeando pela internet, ao visitar o site do “Turismo 4 patas” descobri um serviço para animais interessante: Doação de sangue para cães e gatos. O serviço por enquanto funciona na cidade de São Paulo e tem algumas restrições, assim como acontece também com as doações para pessoas, que dependem com urgência de um doador.
Pela necessidade e importância do serviço, seria bem-vindo se essa iniciativa chegasse a outros estados e cidades. Acredito que iria tirar muitos donos de cães e gatos do sufoco.
Dou início aqui no nosso blog a campanha para que se tenha um departamento de doação de sangue para os animais (a principio de cães e gatos, mas poderia se estender para os outros animais) a ser implantado nas faculdades de medicina veterinária federal ou pública de cada cidade do país. São Paulo já viabilizou o projeto e mostrou para todo Brasil que é possível quando se tem boa vontade e iniciativa de ajudar os animais, que assim como a gente, da mesma forma, dependem de animais doadores de sangue.
A seguir a reportagem completa do site do Turismo 4 patas:
CÃES E GATOS TAMBÉM DOAM SANGUE: ESTOQUE NEM SEMPRE É FARTO EM SP
Cães e gatos vítimas de atropelamento, intoxicação e câncer têm na transfusão de sangue uma esperança para sobreviver em São Paulo. O problema é que esse tipo de doação ainda não se tornou uma prática entre os donos dos animais, o que significa nem sempre ter sangue disponível quando um bicho precisa. A dificuldade também é maior porque os cães têm 13 tipos diferentes de sangue, sendo seis os tipos com mais demanda. Isso significa que, quanto maior a variação, maior é a dificuldade de encontrar um doador compatível. O mesmo, no entanto, não acontece com os gatos porque eles têm apenas três tipos.
Mas o veterinário Márcio Moreira, coordenador do banco de sangue do hospital veterinário da Universidade Anhembi Morumbi, na Zona Sul, é otimista e acredita que, quanto mais o dono se preocupa com a saúde de seu mascote, mais ele poderá ajudar a salvar outros animais.
Moreira conta que, há três anos, o número de doadores cadastrados não chegava a 15. Atualmente, ele possui mais de 180 cães e gatos catalogados, ou seja, que já doaram sangue ao menos uma vez e que sempre voltam para abastecer o banco. Quanto mais doadores, maior a variedade de sangue estocado e mais animais podem ser salvos.
Muito do aumento no número de doadores, conta Moreira, é graças aos donos - que estão se informando mais sobre a saúde dos seus cães - e ao avanço tecnológico na área da medicina veterinária. “Antes, quando um animal precisava de sangue, a gente dizia ao dono: ‘Você conhece alguém que tenha um cachorro grande que possa doar?’”, lembra ele, mostrando que o processo era imediato: saía de um bicho e ia para o outro.
Agora, conta o veterinário, a tecnologia permite transformar uma bolsa de sangue em outras três: uma com concentrado de hemácias, outra com concentrado de plaquetas e, por último, a com plasma. O tempo de estocagem e conservação desse material também aumentou e pode variar de 21 dias a um ano.
O labrador Francesco, de 3 anos, é um dos animais cadastrados no banco. Segundo a dona dele, a webdesigner Marina Corrêa, o cachorro é doador desde que completou 1 ano de vida. “Ele já deve ter doado umas dez vezes. O Francesco já doou para cachorros com câncer e com a doença do carrapato”, lista a dona.
Marina levou Francesco para doar pela primeira vez por iniciativa de uma amiga, que tinha dois cachorros doadores. Hoje, a webdesigner virou ativista da causa e comanda a comunidade no Orkut “Eu sou cachorro, doo sangue”, com quase 900 membros.
Quem também leva seu mascote para doar sangue é a adestradora e consultora em comportamento animal Iracema Gil, dona do golden retriever Billy. Para ela, a atitude é um gesto de solidariedade. “Acredito que doar é dar mais uma chance de vida a um animal. Hoje, o Billy está doando, mas amanhã pode ser ele que esteja precisando”, justifica.
Como doar:
Donos de cães e gatos que se sensibilizaram com o gesto das donas de Francesco e de Billy precisam saber que, assim como os humanos, cães e gatos precisam preencher alguns pré-requisitos para poder doar sangue.
Para os cães, a primeira exigência é ter um temperamento dócil, conta o veterinário Moreira. “A gente não seda o animal, ele fica consciente o tempo todo, mas precisa ficar quieto”, diz. O cachorro deve ter entre 1 e 8 anos, estar com 27 kg ou mais, ser vacinado e vermifugado, estar sadio e não estar prenhe.
Os critérios para ser doador são praticamente os mesmos para os gatos, só o peso que muda: o animal deve ter no mínimo 4,5 kg. Os felinos, no entanto, precisam ser sedados, pois dificilmente ficam parados por conta própria.
Tanto o veterinário Moreira como as donas de Francesco e de Billy são enfáticos ao dizer que os animais não sofrem durante a doação de sangue. “O Francesco fica quietinho o tempo todo. Se ele não gostasse ou doesse, ele não ia ficar parado nem deixar as pessoas mexerem nele durante a doação”, afirma Marina.
“Não vou dizer que é divertido porque não deve ser legal ficar parado por muito tempo. Mas sei que, se o Billy não quisesse, ele não deixaria fazer nada com ele”, argumenta Iracena.
Muitos donos podem ainda estar se perguntando se o sangue retirado pode fazer falta ao animal. O coordenador do banco de sangue diz que não. Segundo Moreira, um cão leva 21 dias para repor o sangue retirado e a doação só pode ser repetida a cada dois meses.
“Nós retiramos 20 ml de sangue por quilo do animal. Para encher uma bolsa são necessários entre 400 ml e 450 ml, mas a gente nunca tira tudo o que um cão ou gato pode doar”, afirma.
Iracema e Marina contam que levar seus cães para doar sangue significa manter a saúde deles sob controle. Isso porque, antes de cada doação, o animal é submetido a uma bateria de exames clínicos que, segundo o veterinário Moreira, irá verificar se o bicho tem alguma doença. “Já aconteceu de detectarmos uma doença no início graças ao check up feito antes da doação”, conta.
Monitorar a saúde do pet facilita a vida do dono, mas o gesto de solidariedade tranqüiliza principalmente quem tem algum animal doente. É o caso da veterinária Tatiane Giovani, de 23 anos, dona do cocker spainel Willy, de 8 anos. “Ele tem insuficiência renal crônica e estava em crise”, conta. Em situações como essa, diz Tatiane, Willy precisa da transfusão com urgência para ter melhor qualidade de vida.
Esta foi a segunda vez que o cocker spainel foi submetido a uma transfusão de sangue. A primeira foi logo quando ele teve a doença detectada, em setembro do ano passado. “Na primeira vez, ele tava muito mal, fez a transfusão e melhorou muito”, relembra Tatiane.
Cuidados:
Mas não é porque a doação de sangue vem com um check up que dá para sair oferecendo a veia do seu cachorro por aí. A veterinária Simone Otoline, assessora técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo, afirma que é preciso procurar um hospital ou laboratório de confiança.
Simone orienta que, se for levar o animal para doar, é bom conhecer o local e o veterinário responsável pelo local com antecedência. “Um animal não adoece por fazer a doação, a menos que o procedimento seja feito de forma incorreta”.
E ATENÇÃO:
Nossos “amigos de 4 patas” doentes precisam de nós, o Banco de Sangue do Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi está zerado.
Quem puder doar, entre em contato com o hospital pelo telefone: (11) 2790-4693 - falar com Dra. Carol ou Dra. Priscila.
Quem tiver algum animal que não possa ser doador, ajude a divulgar!
Lembrando que para doar é preciso:
• Pesar no mínimo 27 kg;
• Ter entre 1 e 8 anos;
• Ser de temperamento dócil;
• Estar com vacinação e vermifugação em dia;
• Controle de carrapatos e pulgas;
• Estar sadio;
• Não estar prenhe.
São realizados, previamente, exames para detecção de doenças que podem estar presentes sem sintomas. Dentre os exames, realiza-se: hemograma, testes para detecção de erliquiose, dirfilariose, Lyme, leishmaniose e brucelose.
Então além de salvar vidas, o cão doador estará também fazendo um check up periódico gratuito, detectando possíveis doenças antes delas se manifestarem. Isso é muito bom!
A doação de sangue, assim como no ser humano, é um procedimento seguro não trazendo nenhum risco ao doador, podendo ser realizado bimestralmente.
A maioria das pessoas só toma consciência da importância desse ato de amor quando o seu próprio animal precisa. Não espere por isso!!
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Fonte: Turismo 4 patas
[PDF] Orquiectomia em equinos: Revisão
Há 10 meses