Existe,como que,um oceano,um horizonte,entre eles. Um lugar,um tempo,perdido... para sempre. Eu,suavemente deixo-me entrar nesse oceano ou horizonte,nesse espaço perdido,somente a observá-los. Noto e aprecebo-me que poderiam ter sido tanto...e são tão pouco. Dois corpos que se movimentam no mesmo trajecto da vida e duas almas distintas, que jamais se encontraram,jamais se entrelaçaram.Apenas partilham o mesmo espaço de tempo. Triste? Doentio? Questiono-me. Conformo-me que, meramente ou infelizmente, se acomodaram. Já não existe sol no olhar de ambos,á tanto tempo. Acreditaram,julgaram há muitos anos.E foi um veredicto sem retorno,parados no tempo,como uma pedra sepulcral. E eu apenas...observo tudo isto. Ao longo do tempo habituaram-se a ficar assim,um ao lado do outro, em profundo silêncio.Ele nunca se desgostou,ela apenas aceitou.Mas com o passar do tempo,dos anos,com o afastamento era preciso forçar a intimidade viciada pela solidão.Intimidade ...