terça-feira, 15 de abril de 2014
sexta-feira, 4 de abril de 2014
WORK WORK WORK
Está finalmente pronta a colecção de cartazes em serigrafia feitos pela ARARA em colaboração com a STRIPBURGER que pretende fazer uma reflexão sobre o tema do Trabalho. Participaram: Miguel Carneiro, Bruno Borges, David Ferreira, Pedro Nora, Dayana Lucas, Daniela Duarte, Nuno Sousa, Ana Torrie, Dr. Urânio, André Lemos, Mónica Baptista, Mariana Caló & Francisco Queimadela e Júlio Henriques. Deixo uma imagem do desenho do Miguel e outra do meu cartaz quando da apresentação ao público com festa e concertos na Oficina. Imagens da produção dos cartazes e do evento aqui e aqui. Os cartazes estão para venda (encomendas para aqui ou para o mail da arara), assim como a colecção inteira em formato de publicação com capa de cartão e um texto do Júlio Henriques.
W O R K
«O mais intolerável não é que haja escravos, é que se lhes chame cidadãos.»
Denis Diderot
Na nossa paisagem externa e interior, onde o ser humano é reduzido à condição de mercadoria descartável, quando dizemos trabalho, estamos de facto a dizer trabalho assalariado.
Trabalho «por conta de outrem», em prol de uma entidade patronal – e, cada vez mais, em prol de nebulosas organizações sem rosto.
A palavra trabalho, que em si resume o conteúdo presente da condição humana, quer como labor, quer como não-emprego, traz inscrita na sua etimologia a maldição que a constitui: tripalium, instrumento de tortura.
Assinalou-o estrategicamente a epigrafia inserida à entrada dos campos de concentração nazis, Arbeit macht Frei (Trabalho é Liberdade), ou o adágio colonial-fascista «o trabalho é pró preto».
Júlio Henriques
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