Um dia destes, passeando pelos blogs dos amigos, relembrei a minha viagem ao EGIPTO, em Novembro passado.
Destino:
a cidadela, construída por Saladin, em 1179, como parte de um grande projecto para fechar toda a Misr (o nome da cidade no século i d.C.), num sistema de muralhas. Entre 1218, quando o sultão al Kamil fixou aqui residência, e até ao século xix, quando foi construído o Palácio Abdin, foi também morada do governo.
Lá dentro, as decorações em alabastro e um enorme candeeiro em forma de espiral criam um ambiente quase místico. É muito bonita.
Do jardim tem-se uma vista panorâmica sobre a cidade, onde se destacam, imponentes, as mesquitas do Sultão Hassan e a de Al-Rifa´i. A primeira é uma das mais famosas e bonitas do Cairo, considerada um fantástico exemplo da arquitectura islâmica; a outra alberga os túmulos da família real egípcia, definitivamente deposta em 1953.
Cá de cima, esta megapólis é cinzenta: nos edifícios, nas ruas e até no ar, muito poluído. Já fora do recinto muralhado somos atacados por vendedores ambulantes. Uma pechincha, estes colares e aqueles papiros falsos; baratíssimas as canetas de desenhos extravagantes e as carteiras de pele com motivos exóticos. O grupo delira em fúria consumista.
Faltava ainda muito para poder compreender esta cosmopolita cidade africana.
Só não temos de passar pela fonte das abluções, para nos purificarmos.
No pátio da Mesquita, existe esta fonte onde se lavavam os pés e as mãos, antes de entrar na Mesquita, para irem purificados, sem levar impurezas para fazer as orações.
As grandes cúpulas prateadas parecem espelhos ofuscantes, sob o sol intenso. Pertencem à mesquita de Muhammad Ali, assim chamada em honra do Paxá otomano que governou o Egipto no século XVIII.
Da cidadela, é o local mais visitado pelos turistas.
Apesar de já não estar adstrita ao culto, os rituais de entrada num templo muçulmano têm de ser cumpridos. Descalçamos os sapatos. Garridas capas em verde-esmeralda forte são distribuídas às mulheres que vestem calções ou mini-saias.