sábado, julho 30, 2005

Como disse?

Alguém me explica porque é que ontem na sessão das 21.10 do filme Quarteto Fantástico estava uma criança com não mais de seis anos sentada na fila de trás? Num filme para maiores de 12?Pois, tal como desconfiava os interesses comerciais sobrepõem-se a toda e qualquer réstia de escrúpulos e seriedade. E que pais é que levam um filho de 6 anos a ver um filme onde há personagens que esburacam pessoas? Sim, é só banda desenhada eu sei, mas a violência está lá e será que uma criança naquela idade sabe verdadeiramente distinguir a realidade da ficção? Sem explicações de um adulto que o oriente?
E já agora, alguém podia dizer à sra Ana Maria Nobre, tradutora requisitada da nossa praça, que M..rda não é a tradução correcta para Damn it! Olhe as crianças na plateia minha senhora!

terça-feira, julho 26, 2005

Em terras Vikingues

Quatro dias de férias que tardavam em chegar, um falso alarme de incêndio a meio da noite, deliciosos passeios a pé e uma crise gastrointestinal depois a reportagem tarda mas não falha.
O primeiro mundo intoxica a alma de qualquer português que regresse e descubra que Mário Soares está afinal completa e absolutamente senil. Adiante.
Copenhaga é uma cidade arrumadinha entre canais, areais e muito verde. Segundo o Hans Christian Andersen (aqui ao lado) de serviço aos inúmeros circuitos pedestres organizados pelo posto de turismo, só um em cada três dinamarqueses possui automóvel e os restantes pedalam convictamente pela cidade fora, faça chuva, neve ou sol (operando maravilhas à sua condição física).
Os dinamarqueses adoram espectáculos de rua, cachorros quentes e deambular pelo Tivoli (uma feira de diversões requintada) nas noites frescas de verão enquanto saboreiam um grande gelado, depois de uma emocionante viagem na montanha russa.
Por ser uma nação ciosa da sua bandeira e da sua realeza, os palácios e castelos da Dinamarca são de visita obrigatória, principalmente se incluirem uma passagem pela riviera dinamarquesa onde se pode admirar a nata das habitações autóctones.
Kronborg, o castelo de Hamlet, decretado património mundial em 2000, tem no valor histórico e no ambiente envolvente os seus maiores trunfos, enquanto que o castelo de Frederiksborg alberga uma profusa colecção de retratos, mobiliário e salas ricamente decoradas para além de uns jardins magníficos que não tive infelizmente tempo de ver.

Por entre museus, arquitectura, jardins e compras Copenhaga tem sempre algo para oferecer, se o viajante conseguir dispensar as altas temperaturas de verão e os banhos de sol do seu plano de férias. Por mim até agradeço...
P.S. Ainda não investi nas qualidades da foto digital por isso (e também por questões de privacidade) as que aqui coloquei são poucas. Deixo os links para fotos melhores.

quarta-feira, julho 20, 2005

Já chegou Tânia!


Mesmo a tempo de ir comigo de férias.
Obra de umas mãos de fada que vivem aqui.

Sugestões e pedidos anyone?


Amanhã vou partir nas asas da madrugada. Quando chegar ao destino vou aproveitar o descanso que tardava e gastar algumas destas durante alguns dias.

It's my blog and I'll bore you to death with my egotrips if I want to

Não adormeci, nem fiz adormecer ninguém, mas bebi muita água e ouvi palmas. Não, não foi mais um dos meus sonhos, nem um delírio na sauna do ginásio (da qual nem nunca usufrui). Foi o ataque de ansiedade de hora e meia de climax para três anos de preliminares.
Estes actos ceremoniais académicos têm que se lhe diga.

sábado, julho 16, 2005

A febre do Euromilhões



anda no ar.

sexta-feira, julho 15, 2005

O Amor e o Verão

quinta-feira, julho 14, 2005

O cérebro Jekyll e o cérebro Hyde

As investigações mais recentes efectuadas no âmbito da neurologia apontam para a importância da síntese entre psicologia e biologia.
David Servan-Schreiber, no seu Curar, faz referência à necessidade de harmonizar os dois cérebros, pois acredita tal como António Damásio que "a vida psíquica é o resultado de um esforço permanente de simbiose entre os dois cérebros. De um lado, um cérebro cognitivo, consciente, racional e voltado para o mundo exterior. Do outro, um cérebro emocional, inconsciente, preocupado em primeiro lugar com a sobrevivência e antes de mais conectado com o corpo. " (Servan-Schreiber 33)
A cooperação entre os dois (o cognitivo Jekyll e o emocional Hyde) resulta pois numa harmonia interior, num bem-estar psíquico e físico. Mas se ambos disputam o controle do pensamento, das emoções e do comportamento dá-se o inevitável caos, muitas vezes culminando em ansiedade e depressão.
Considerando que 2 terços do cérebro são ácidos gordos - constituinte de base da membrana das células nervosas , rapidamente se conclui que se a alimentação não renovar essas reservas o cérebro tem dificuldade em funcionar em pleno (a tal articulação) Assim, pesquisas recentes alertam para a importância dos Omega-3 -ácidos gordos característicos das algas e plâncton que nos chegam através do peixe e crustáceos- para alimentar o cérebro. Além disso, há ainda experiências científicas que comprovam que "a fisiologia dos mamíferos se desorganiza quando as relações afectivas se degradam". (Servan-Schreiber 173) O que simplificadamente significa que o amor tem um efeito protector contra a degradação/infecção do corpo humano e se afigura muito relevante na recuperação deste.
Se outra justificação não houvesse senão o mais puro dos egocentrismos, ainda assim seria evidente que devemos sempre acarinhar as pessoas que são importantes na nossa vida e fazê-las sentir amadas constantemente. Mesmo depois daqueles momentos de fúria em que não apetece nada reconhecer que apesar do mau feitio e dos arrufos o amor prevalece inalterável.

terça-feira, julho 12, 2005

Hoje descobri que...

  • quando estico o cabelo as pessoas têm dificuldade em identificar-me de costas.
  • sou alérgica a ácaros.
  • continuo a ser uma boa candidata a um hipotético concurso intitulado People with the Weirdest Dreams.

segunda-feira, julho 11, 2005

Just sue me



for not having the slightest inspiring idea for a post today.

domingo, julho 10, 2005

Bain taithneamh as an deireadh seachtaine*


O Irlandês tornou-se a vigésima primeira língua oficial da União Europeia. Os latinos das Ilhas Britânicas lá conseguiram afirmar a sua identidade cultural única. Sláinte.
*mistério resolvido aqui.

A medida que se impõe

Os trabalhadores lisboetas irão aprender a usar os transportes públicos? A taxação de trafégo que entra na baixa da cidade é uma medida viável e desejável. Não seria uma visão esplendorosa encontrar a estátua de D.José I em cima do seu cavalo rodeada de esplanadas relaxantes à beira rio e peões curiosos como acontece em tantas outras cidades europeias, ou mesmo na vizinha Espanha?

sexta-feira, julho 08, 2005

Dose de Realidade

Há dias em que a realidade é demasiado intensa e não nos conseguimos alhear dela. Mea culpa porque anui a ir ver o último projecto de Spielberg, um dos meus realizadores de eleição. Foram duas horas de sofrimento, com muita vontade de sair da sala e chorar até secar todas as lágrimas. Apercebi-me a tempo do ridículo que teria sido e fiquei, mas não sei se voltaria a fazer o mesmo. Apesar do brilhantismo do desempenho da pequena Dakota Fanning e dos efeitos especiais, o filme carece de substância, algo que não consigo transformar em palavras, falta qualquer coisa ali. Demasiada parafernália tecnológica e um final desolador num dia em que todo o pânico e caos na tela pareciam uma dramatização da realidade.

quinta-feira, julho 07, 2005

E agora?

Acabei de ler aqui as ameaças do grupo que contesta a autoria do atentado a Londres, avisando que os próximos alvos poderão vir a ser a Dinamarca e a Itália. Tenho marcada viagem para Copenhaga nos finais de Julho, ai, ai. O que faço? Metade de mim está assustada e outra metade grita a plenos pulmões que aqueles intolerantes fanáticos opressores de mulheres querem isso mesmo e nós não podemos dar-lhes esse prazer. Certo?

Ironias

ou talvez não. Depois de anunciada a realização dos Jogos Olímpicos em Londres eis que o terrorismo organizado se mostra atento e sempre pronto a fazer-nos repensar prioridades e seguranças. O arrepio de tristeza e dor que se repete.

quarta-feira, julho 06, 2005

Dona de casa desesperada

Dou por mim a esfregar a embalagem de detergente da louça e sei que estou num dia Jaquelina-maníaca-das-limpezas. Quando amigas mais avisadas me perguntarem porque insisto em não contratar uma rapariga-de-leste-a-dias posso sempre responder que não quero perder a noção de verosimilhança da série Desperate Housewives.

P.S. O ataque do detergente durou 3 segundos e quando me apercebi dele fugi e fui para a praia até me passar. No worries girls!

terça-feira, julho 05, 2005

Louvre- à grande e à Francesa!

Com a variedade de exposições e obras que há para ver, ninguém quer perder dias a dias dentro deste museu quando Paris espreita lá fora. Para quem não viu nada ou apenas viu uma parte a página oficial do museu pode ser um achado.

segunda-feira, julho 04, 2005

Valha-nos o Turismo

O incêndio de Mafra pode cheirar-se na Charneca da Caparica. O Ogre insular que todos nós alimentamos insiste em exprimir as suas opiniões iluminadas, insultuosas e medievais. Os vigorosos cortes orçamentais não conseguem sobrepôr-se à lei eleitoral (I wonder why). Assim sendo, a ténue centelha de esperança que subsiste aviva-se com a possibilidade do crescimento do turismo em terras lusas: segundo a Organização Mundial de Turismo Portugal receberá 16 milhões de turistas em 2020 . Será que ainda vamos a tempo?

domingo, julho 03, 2005

O Pesadelo das Férias


















cartoon daqui

Ao contrário da maioria da população humana eu sobrevivo sem cartões de crédito.

sábado, julho 02, 2005

Música entre Braga e Nova Iorque

Era assim que António Variações sonhava a sua sonoridade. E o sonho cumpriu-se a pouco e pouco por mãos e vozes alheias numa homenagem sentida e merecida. Num Coliseu intimista e bem recheado de público, a excelência dos músicos aliada à serenidade de Camané, à energia explosiva de Manuela Azevedo e à personalidade artística daquele que bem podia ser o Beck português - David Fonseca, entrelaçavam-se numa teia de cumplicidades insuspeitas como se todos eles sempre tivessem sido companheiros de banda e tocassem juntos há décadas. A iluminação e apresentação cénica sublimavam a viagem a um mundo repleto de surpresas e emoções, bem temperado pela memória comum daquele António das estravagâncias bem salpicadas de talento inato.
Resta-me remeter para dois textos que explicam, melhor do que eu alguma vez conseguiria, todo o trabalho desenvolvido com perícia e brilhantismo e que culminou num espectáculo memorável.
imagem daqui