Até agora posso gabar-me de conhecer Windhoek, capital namibiana, cidade construída e a ser ampliada sobre colinas que, em vez de acabarem com o escasso verde natural, associa o betão crescente à arborização.
Joanesburgo e Pretória, cidades sul-africanas, fazem-me recordar Windhoek. Ruas largas, trânsito ordenado, não muito intenso, e um "sol" quente, seco e ofuscante a exigir filtros.
Naqueles tempos da minha meninice, na OPA, seria impensável cá vir parar, a contar pelas elevadíssimas doses de lavagem cerebral embutida em pesadas e medonhas expressões como:
- Regime segregacionista da Africa do sul; Regime de Pretória; Sul-africanos um dia pagarão; e outras loisas.
Oh! quanto eles evoluíram e continuam a evoluir comparados a nós que nos fizemos ficar pelo "sempre a subir, maior de África, povo especial, os melhores, e outros dislates!
Cidade calma, não com a agitação de Cape Town, nem com as "arruaças" de Joanesburgo, aqui estou eu em Pretória!
E, a propósito do lendário Shaka, brinquei que "eu era Zulu de Angola, descendente de Nkosi ya ma nkosi". A primeira pergunta que as senhoras da recepção me fizeram foi.
- How many wifes do you have (quantas mulheres tens)?
- Only one (apenas uma). - Respondi no meu pobre inglês.
- Zulu must have more than three wifes (Zulu tem de ter mais do que três esposas)!
- Hum?!
Yes (sim)! - Retorquiram, acrescentando:
- If you are really zulu you must marry other wifes (se és realmente zulu, deves casar com outras mulheres).
As manas, bem dispostas num periódo de pouca agitação no hotel, não se ficaram por aí nas suas recomendações.
- If your first wife is from Angola, you must have another from Pretória and the 3rd from anywhere, but only zulu woman (se a tua primeira é angolana, deves ter uma de Pretória e a terceira de um outro lugar, mas devendo ser mulher zulu).
Sem mais tempo, acalentei-as apenas com simples yes e parti reflectindo no que daria em Angola, se fôssemos maioritariamente zulu?
Joanesburgo e Pretória, cidades sul-africanas, fazem-me recordar Windhoek. Ruas largas, trânsito ordenado, não muito intenso, e um "sol" quente, seco e ofuscante a exigir filtros.
Naqueles tempos da minha meninice, na OPA, seria impensável cá vir parar, a contar pelas elevadíssimas doses de lavagem cerebral embutida em pesadas e medonhas expressões como:
- Regime segregacionista da Africa do sul; Regime de Pretória; Sul-africanos um dia pagarão; e outras loisas.
Oh! quanto eles evoluíram e continuam a evoluir comparados a nós que nos fizemos ficar pelo "sempre a subir, maior de África, povo especial, os melhores, e outros dislates!
Cidade calma, não com a agitação de Cape Town, nem com as "arruaças" de Joanesburgo, aqui estou eu em Pretória!
E, a propósito do lendário Shaka, brinquei que "eu era Zulu de Angola, descendente de Nkosi ya ma nkosi". A primeira pergunta que as senhoras da recepção me fizeram foi.
- How many wifes do you have (quantas mulheres tens)?
- Only one (apenas uma). - Respondi no meu pobre inglês.
- Zulu must have more than three wifes (Zulu tem de ter mais do que três esposas)!
- Hum?!
Yes (sim)! - Retorquiram, acrescentando:
- If you are really zulu you must marry other wifes (se és realmente zulu, deves casar com outras mulheres).
As manas, bem dispostas num periódo de pouca agitação no hotel, não se ficaram por aí nas suas recomendações.
- If your first wife is from Angola, you must have another from Pretória and the 3rd from anywhere, but only zulu woman (se a tua primeira é angolana, deves ter uma de Pretória e a terceira de um outro lugar, mas devendo ser mulher zulu).
Sem mais tempo, acalentei-as apenas com simples yes e parti reflectindo no que daria em Angola, se fôssemos maioritariamente zulu?
Pretória, 18 de Setembro 2019