Recorro ao trocadilho de Wilson Dadá, no seu www.morrodamaianga.blogspot.com, para intitular este exercício sobre os m(e/a)us sonhos e SONHOS da infância à vida adulta.
Quando na fazenda, na minha meninice, um dos meus avôs era gerente de fazenda e o meu sonho era ser regente ou engenheiro agrícola e nunca Ministro da Agricultura a quem todos os camponeses veneravam. Para o cumprimento do sonho plantei árvores várias, algumas das quais ainda me oferecem a sua sombra ou os seus frutos que desfruto com prazer e sencação de "missão cumprida". Uma vez da cidade, sonhei ser FAPLA e nunca general. Talvez lá chegasse a custo de muito suor, combates travados, promoções e graduações e outras caminhadas rectilíneas. Já no fim da adolescência, quando me tornei electricista, sonhei ser bom profissional e fazer carreira numa empresa vocacionada ao tracto com os iões, electrões e neutrões.
Depois tornei-me professor e o meu anelo foi novamente fazer carreira. Ser reconhecido como íntegro e competente, reconhecimento que vinha dos pais e encarregados de educação que reconheciam a evolução dos seus filhos, recebendo dos educandos a amizade dos próprios alunos que me tinham como líder, mestre e irmão. E ambicionava, fruto deste reconhecimento da sociedade, ascender a coordenador de turma, de turno, director de escola e ir galgando, mediante experiência, honestidade e conhecimentos científicos. Até frequentei o curso superior de ciências da educação. O jornalismo, porém, profissão que abracei em simultâneo com a docência, falou mais alto e a ele me entreguei a tempo inteiro. Como em qualquer carreira, comecei como estagiário numa rádio que me fez jornalista/repórter, editor de fim-de-semana, editor regular e editor principal. Sempre a subir com trabalho, correcção, aprendizagens e treinamentos vários. Fiz questào de não desperdiçar nenhuma lição e ingressei num curso superior de Ciências da Comunicação para melhor entender os fenómenois comunicacionais.
O filho do povo sonha em crescer, cultivando-se para a competência e meritocracia. Tenho um amigo de infância (ele era já adolescente) que chegou a director-geral da Rádio-mãe quando o sonho dele, como filho do povo, era apenas ser jornalista. O meu amigo passou por todos os degraus sem ter sonhado com o trono ou por ele lutado. Como estagiário leu comunicados fúnebres e agenda e foi fazendo carreira, engolindo sapos e lagartos. Os filhos dos deuses, porém, sonham com o céu desde o primeiro instante que se apaixonam por uma profissão. Eles transcendem o ser normal, nós o povo em geral. Os grandes SONHADORES incorporam no seu imaginário o que é ser director, ministro ou presidente de sei lá o que for, mesmo não ensaiando os passos por que se deve passar para se lá chegar. E se estudam a matéria relacionada com o ofício que o destino lhes reserva dirigir, fazem-no como uma mera formalidade, pois o SONHO e a REALIDADE há muito estão traçados.
Por isso há sonhos e SONHOS!
Quando na fazenda, na minha meninice, um dos meus avôs era gerente de fazenda e o meu sonho era ser regente ou engenheiro agrícola e nunca Ministro da Agricultura a quem todos os camponeses veneravam. Para o cumprimento do sonho plantei árvores várias, algumas das quais ainda me oferecem a sua sombra ou os seus frutos que desfruto com prazer e sencação de "missão cumprida". Uma vez da cidade, sonhei ser FAPLA e nunca general. Talvez lá chegasse a custo de muito suor, combates travados, promoções e graduações e outras caminhadas rectilíneas. Já no fim da adolescência, quando me tornei electricista, sonhei ser bom profissional e fazer carreira numa empresa vocacionada ao tracto com os iões, electrões e neutrões.
Depois tornei-me professor e o meu anelo foi novamente fazer carreira. Ser reconhecido como íntegro e competente, reconhecimento que vinha dos pais e encarregados de educação que reconheciam a evolução dos seus filhos, recebendo dos educandos a amizade dos próprios alunos que me tinham como líder, mestre e irmão. E ambicionava, fruto deste reconhecimento da sociedade, ascender a coordenador de turma, de turno, director de escola e ir galgando, mediante experiência, honestidade e conhecimentos científicos. Até frequentei o curso superior de ciências da educação. O jornalismo, porém, profissão que abracei em simultâneo com a docência, falou mais alto e a ele me entreguei a tempo inteiro. Como em qualquer carreira, comecei como estagiário numa rádio que me fez jornalista/repórter, editor de fim-de-semana, editor regular e editor principal. Sempre a subir com trabalho, correcção, aprendizagens e treinamentos vários. Fiz questào de não desperdiçar nenhuma lição e ingressei num curso superior de Ciências da Comunicação para melhor entender os fenómenois comunicacionais.
O filho do povo sonha em crescer, cultivando-se para a competência e meritocracia. Tenho um amigo de infância (ele era já adolescente) que chegou a director-geral da Rádio-mãe quando o sonho dele, como filho do povo, era apenas ser jornalista. O meu amigo passou por todos os degraus sem ter sonhado com o trono ou por ele lutado. Como estagiário leu comunicados fúnebres e agenda e foi fazendo carreira, engolindo sapos e lagartos. Os filhos dos deuses, porém, sonham com o céu desde o primeiro instante que se apaixonam por uma profissão. Eles transcendem o ser normal, nós o povo em geral. Os grandes SONHADORES incorporam no seu imaginário o que é ser director, ministro ou presidente de sei lá o que for, mesmo não ensaiando os passos por que se deve passar para se lá chegar. E se estudam a matéria relacionada com o ofício que o destino lhes reserva dirigir, fazem-no como uma mera formalidade, pois o SONHO e a REALIDADE há muito estão traçados.
Por isso há sonhos e SONHOS!
Luciano Canhanga