A escola, para mim, devia ser um lugar de felicidade absoluta.
Que não o fizessem como obrigação, mas com a ânsia de viverem plenos de contentamento.
Quando entram na minha sala fazem-no sorrindo. Eu olho-os e eles observam-me também. Existem uma troca de olhares respeitadores.
Como a minha disciplina não é formar alunos a serem génios ou talentos, perguntam-me se podem ouvir música? Claro que “disparo” com sensatez que sim. Ficam a olhar uns para os outros e “agiganta-se” a amizade e a cumplicidade mútua, entre mim e eles. E, isso, é bom.
Creio que ao vê-los existindo ali em felicidade, contagiam-me e fico também feliz.
Os alunos vêm de locais e aldeias circunvizinhas e das redondezas da escola com valores e atitudes variados. Creio que com valores e atitudes onde não se deve “mexer” ou “tocar.”
São eles a serem.
Não sei se possuem autoestima?
Não sei se provêm de famílias desprotegidas?
Se possuem carências económicas?
Se são famílias felizes?
Se têm expectativas neles?
Se se interessam pelo sucesso ou insucesso na escola que, no caso destes mais “pequeninos”, não vem resolver nada, mas sim piorar tudo já de si difícil e complexo de estar e de ser. Em que os torna descrentes e sem interesse no que fazem ou aprendem outra vez no mesmo ano.
É isto.
Oxalá tudo lhes corra bem na vida. É o meu desejo. Não os esqueço facilmente, acreditem?
Felizes. Com família. Com poder económico que poderão dispor porque é deles e delas. Fruto do seu trabalho cansativo, mas que lhes dá uma razão séria e responsável de viverem participativos e valiosos na nossa sociedade tão exigente dos dias de hoje.
As regras? Está bem. Só assim se pode apostar forte no respeito e na Cidadania entre todos.
Ambiciono isto para eles há muito.
Bem-Haja, Seres Humanos enormes da vida.
Que sejam felizes. Muito felizes! TODOS (AS).