Desculpem a minha postura na vida...agradecia, como sempre o faço, se calhar numa atitude inconveniente, que se pretenderem comentar, façam-no lendo o texto, se tal não for possível não comentem, POR FAVOR!
Nos comentários que lhes faço, lei-os todos e, só depois, opino com sinceridade e autenticidade. DESCULPEM!
OBRIGADO desde já, pela Vossa preciosa paciência para comigo...Não fico ofendido, se calhar é LIXO, como um anónimo sugeriu tratar-se e, eu fico a pensar que talvez o seja, mas é meu e "construído" com tanto carinho...mesmo Imenso!
OBRIGADO pela vossa linda compreensão...!)
Quando olho, olho de verdade. Observo tudo. Com um olhar prescutador. Atento. Sensível.
Vejo em catadupa, inúmeros personagens dos meus sonhos. Sonhos fantasiados de outrora. Uma "montra" envidraçada, encantada e requintada de escritores afamados de referência.
De beleza incompreensível. Que deixam marcas. Inapagáveis.
Descubro-me dentro. Dentro do meu Ser. “L´Être et Le Néant”. Ser ou um Nada. Há muito escolhi Ser. “L´Être”.
Trata-se de manter constantemente presente e "accionado", "agil", o pensamento. Se se pára, ele cai no vácuo. Perde-se. Atinge-se o "Néant".
“Le Néant”...? Não! Não o vejo simpático.
L´Être faz viver, embora com "custos existenciais". "Le Néant" faz-nos anular a nós próprios. Sermos um "nada". Nada mais.
“La Nausée” está sempre coabitando com o que sinto. Não me deixa em paz. Sossegado. Tranquilo. Usufruindo de Ser e do meu Ser.
"A Náusea" nunca me abandonou. Por completo. Sufoca-me, mesmo, por vezes.
Jean Paul Sartre também perdurou sempre no que sou.
Será tudo impostura incorrecta...! Não! Sou fiel a Baudelaire. Esse, o poeta maldito. “Les Fleurs du Mal” estão há beira de decapitação. Assisto. Expludo perplexo. Sem saber o que sentir.
Pessoa, Fernando Pessoa, assiste a tudo do seu camarim dourado de majistral sensibilidade poética ímpar.
Fala em versos. Enfeitiçado pela sua poesia deslumbrante por ser doce. Linda. Única... Imortal. De maravilhar e deliciar! Comodamente "sentado" no tempo. Num pedestal mágico, de sonho. Incrédulo e esfregando o olhar perante tanto absurdo. Tanta exigência. Tanta insensatez imperfeita de prefeição.
Sempre foi o melhor poeta sonhado. Entre os melhores. Ele sabe-o.
Eça sorri dos seus "Maias" Perfeito, na altura e sempre! Que "ficou" para durar pelos tempos fora.
"Sentiu" um tempo e impôs-se com naturalidade pelo génio. Pelo talento. Pela enormidade do seu imenso carácter. Intocável . De gerações entre gerações que o adoram e idolatram. Importante de discernimento. Atitude impensável, não o relembrar.
Não vejo nada no André Bréton. O eternizado surrealista. O percursor desta corrente do pensamento. Nada, mesmo. Apenas, inconveniência ultrapassada. Nada comum.
Eu sei...! Está bem. Apreciam-no. Eu acomodo-me, simplesmente. Já nada me diz ou diz-me algo...??? Sei lá. Já nada sei.
Albert Camus "vive". Aguenta-se bem, apesar do existencialismo ser de uma determinada época. Um sentir. Uma corrente do pensamento vivificada com sucesso e, insucesso também, surgida em França com inúmeros seguidores. Impôs-se. Deixou "mossas incuráveis" nas pessoas que os leram. A juventude perdeu-se ou não....?
Sartre e ele estiveram muito tempo desavindos. Emitiam cartas sempre insultosas. Publicadas em jornais da época.
Tudo se recompõs. O romance Simone de Beuvoire com Sartre acabou em felicidade.
Sucumbiu a "Idade da Razão"....! A falsa liberdade. A privacidade do Ser. A liberdade impossível a dois. O casamento.
Conheci o "Les Deux Magots" em Paris. Um sonho. Onde os debates, as conversas, as tertúlias sonhadas ganharam vida, onde as obras, "nasciam" como por atitude mágica.
Não fiz mal nenhum ao “Mito de Sísifo”. Sim! Nada. Vivifiquei-o só e apenas. Como “L´Étranger”!
Um “Estrangeiro” do que penso. Do que sou.
Que fizeram de mim...?
Eles que se entendam. Eles que solucionem o insolucionável perante o meu "existir". Já são “crescidinhos” e, apesar de já terem "partido" podem fazer o "diagnóstico" apurado de saber o que fizeram comigo?
Não! Não vou inquiro-los, não!
Sou capaz de não me entender. Sou capaz de não me solucionar. Sou capaz de não me conseguir "diagnosticar". Sou capaz de não poder fazer absolutamente nada. Não tenho estas apetidões para comigo. Em mim. No que sou. Não possuo: nem o poder. Nem os actos. Nem a insensatez. Nem a insobriedade do meu carácter que me tornou assim. Como sou. Apenas e, só, sou assim, entendem...?
Fizeram inúmeros “estragos”comigo a assistir. Perfeitos. Comigo presente. Que desejava “disparar” a minha juventude num assomo de “existir”.
Kafka. Um verdadeiro absurdo dele. Da existência. Teve Arte. Um Homem/Mosca ou Aranha com tentáculos que me agarram. "Puxam-me". Completou o erro em que eu cai. “A Metamorfose” fez, o que tinha a fazer.
Atirou, a matar. Fez a “autópsia”e sorriu. Triunfante de si. Vangloriou-se. “Vestindo-se” do inigmático K. Que me disse tanto e já não me diz nada.
“Bati no fundo” do Enorme “Oceano” das palavras...Thomas Mann acena-me...nunca lhe responderia ao cumprimento...Jamais...!
Escreve letras, palavras, em papéis...!!!
Que fizeram elas de mim...?
Abro um sorriso encantado à doce magia do “Exupérit”. Sim! Do “Le Petit Prince” ...
Sim! Havia mais...muitos mais...? Muitos Mundos. Muitos sentires.
Que hei-de fazer do sonho...? Do que sou...?
Que fizeram eles de mim...?
Hoje, sussurro-me apenas. Nada mais...!
E, existo e vivo desse sussurrar, sim...? Sobrevivo...!
Que fizeram as palavras nauseabundas de mim...?
Existo...! Não é verdade...?
Pena
Pena. “Que Fizeram Eles De Mim...!”. Fevereiro.2009. Dia 27. 22h45m.