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Saturday, June 30, 2007

Os Meus Imprescindíveis Anjos-da-Guarda


Os Meus imprescindíveis Anjos-da-Guarda.


Os meus imprescindíveis Anjos-da-Guarda são muitos. No entanto, sinto só poucos, alguns, por serem muitos.

Orientam-me. Catapultam-me aos sonhos em que sonho.
Como me são queridos. Presentes. Autênticos. Verdadeiros. Sinceros.

Quando choro a vida, quando me preservam um carácter, quando eu, não sou eu.

São-me preciosos. Já não conseguiria deixar de senti-los. Deixar de Pensá-los. Abdicar deles.
O seu valor é imenso para mim. No agir. Na cabeça, quando penso. Na miha forma de estar, quando estou.

Estão sempre ao meu lado, prontos a corrigir, emendar os erros, as inconveniências que, por vezes, me saiem e não deviam sair.
Assusta-me não os ter na minha companhia. Habituei-me muito a eles. Viciei-me neles.

Sou dependente deles. Necessito muito deles.
Já fazem parte das minhas condutas, quando faço o que não devia fazer. Protegem-me a minha constante ansiedade, a minha dignidade, se as possuo em mim.

Arrasto-os comigo na minha multifacetada maneira de abraçar uma existência, repleta de heterónimos, repleta de pensar, repleta de sentir e, até, repleta de amar.

Não necessito apelar por eles. Chamá-los. Falar-lhes ou telefonar-lhes.
Os meus Anjos-da Guarda acompanham-me e mostram-me o caminho exacto por onde devo seguir. E, eu, sigo-os, fiel a eles e, à sua sensatez e sobriedade do que são, e em que me transformo.

Sim! A sua presença é indubitavelmente valiosa. Um tesouro. Uma relíquia.

Eles sabem quem eu sou. Já conhecem o que vai em mim.
Decidiram não me deixarem ao acaso da vida.
Nunca poderia passar sem eles.
Oxalá nunca-me esqueçam.
Um Bem-Hajam, pelo que são.
Eu ficarei eternamente grato! Sentido! Feliz!

pena.Junho.2007. "Pensando nos Anjos-da-Guarda que me orientam"

Friday, June 29, 2007

"Um passeio" agradável sobre uma doce Avó


"Um passeio" agradável sobre uma doce Avó
Naquele dia, quando caí em mim não era eu. Havia uma perturbação qualquer no que sou.
Revi o meu confidencial livro da vida. Não! Fixei um olhar para sempre. Um olhar lindo, puro, simpático. De imenso encanto. Daqueles que só se conhecem quando há uma avó presente.

Todas as avós do Mundo são belas! Mas, aquela tinha um "brilhozinho" especial. Era como a minha, que recordo com saudade, com ternura, com um encanto que só eu sei.
Abri com chave de ouro o pensamento. Só consigo abri-lo em momentos dourados. Preciosos.
Quando aquela avó me abriu o seu sorriso senti muitas emoções. Uma imensidão de autênticos e verdadeiros estados de Alma de estarrecimento, agradecimento, admiração, que me fizeram chorar para mim. Só para mim.
Não consigo explicar, nem compreender bem o que se passou no meu interior, por ser muito belo. Também sou um chorão. Mas, agora, tinha razões para o ser, acreditem.

Caí num estado emocional silenciado pela magia do seu olhar, da sua terna presença. Senti nela uma segurança imensa, que me deu forças para fazer o que tinha que fazer.

Era uma avó das autênticas, daquelas avós tão doces que têm no coração e, no colo enorme, um lugar sempre para compreender e amparar mais alguém.


Tal e qual a minha que já "partiu" não sei porquê? Precisava tanto dela agora. Gostava que me explicassem porque "partiu"? Sim! Amava-a tanto! Uma avó é-nos necessária eternamente.

Todos precisam de uma avó, sabem? Não nos são indiferentes, nem podem sê-lo. É pecado perante Deus. Perante nós.
E, aquela era "tanto". Tanto. Tanto...e Tanto!

Emanava tanto amor só de a olhar.
OBRIGADO!
Joana, tens "tanto"! Aproveita, mas deixa-me um bocadinho do seu colo, do seu amor, da sua ternura.
Um Bem-Haja, a esta Avó! Uma verdadeira Avó!
Parabéns, Avó. Pela magia do seu olhar. Do seu sentir. Da sua eterna presença, emanando uma ternura e amor indescritíveis. Acreditem que o seu olhar resplandecente e puro ficou preso a mim.
Eternamente!
Tal e qual, a minha ENORME AVÓ!

pena.Junho.2007. "Entrega do Aproveitamento aos pais do ano lectivo de 2006/2007"

Joan Baez - Forever Young



(Para ouvir a deslumbrante Joan Baez silencie o rádio no fundo do blog)

(Dedicado à linda avó da doce Joana, por ser eternamente jovem. Que olhar bonito!)

Thursday, June 28, 2007

As Famílias dos Alunos também "sentem" o Acto Educativo


As Famílias dos Alunos também "sentem" o Acto Educativo


Foi numa quinta-Feira, das muitas que ocorrem ao longo da semana.
A escola vivia um ambiente diferente. Pessoas. Muitas. De todas as idades.
Jovens acompanhadas ou tristemente sós encaminhavam-se para lá.
Havia alegria. Havia tristeza. Olhos alegres. Olhos rasos de água.
Sentiam-se naqueles rostos, em todos eles, uma vida. Várias vidas. Descortinavam-se sensações, emoções, ímpares de esperança. Vislumbravam-se em alguns, dor, fadiga, desalento, tristeza.
Enfim, uma "derrota".
No canto oposto destas emoções, um bater cardíaco acelerado, pela "vitória", que não necessita grandes explicações.
De tudo se via um pouco, descortinado por um espreitar mais atento, sem grande esforço para o fazer. Era só um olhar. Com um olhar compreensivo. Um olhar amigo. Um olhar sentido.
Uma atenção e um olhar, psicanalíticos, instalados no mundo das pessoas. Instalados num ambiente que tudo contava, percebia, que me parecia segredar sentimentos. Soprar-me o certo e o errado. O justo e o injusto. Uma parafernália de gente mais sabedora do que ninguém. Acarretavam sabedoria, auscultada na consulta da vida, na imensidão dos gestos por fazer, das palavras ditas ou por dizer, na hesitação do momento que tudo iria decidir ali.
Um futuro!
Na minha Direcção de Turma o sucesso foi de cem por cento de FELICIDADE.
Quando penso agora sozinho em mim, na minha pacatez, descortino todos os seus rostos encantadores. Felizes. Parecendo brincar outra vez. Parecendo ignorar um futuro que é deles, não meu. Mas, que "passou" por mim. Com paixão. Com dedicação. Com amor.
Como senti uma felicidade enorme arrepiar-me. Perpassar pelo meu sentir, estar e pensar, como nunca senti, estive e pensei.
Senti o Mundo andar às voltas, girar nas ideias e, metido comigo, só consegui sussurrar baixo, muito baixinho:
Afinal, as famílias dos alunos também sentem o Acto Educativo!
E, permaneci assim, muito tempo. Um tempo infinito!

pena.junho.2007. "Avaliação de final do Ano Lectivo 2006/2007"

Wednesday, June 27, 2007

Uma das minhas vozes de eleição-Sandy Denny

(Para ouvir este tema da brilhante Sandy Denny desligar o rádio no fundo do blog)

Escola e Comunidade


Escola e Comunidade


Na Escola, pais atentos originam filhos de Sucesso.
Há uma relação entre a participação dos Pais na vida escolar dos filhos e o sucesso que estes vêm a obter.
(Margarida Gaspar de Matos) in Revista Psicologia Actual.
Nas escolas consideradas com um ambiente positivo, os pais referem menos barreiras ao seu envolvimento na escola e, uma patcipação mais efectiva, descrevem acções conjuntas com pais e professores à volta de temas como: a comunicação activa, a resolução de problemas, o apoio mútuo e o diálogo entre "funções" de pai e professor.

No que diz respeito ao ambiente da vizinhança, as escolas que estabelecem laços de colaboração com recursos na comunidade potenciam o envolvimento dos pais na educação dos seus filhos e, vão ao encontro das necessidades das famílias.

Precisamos de uma estratégia que reconheça e promova laços entre os subsistemas: família, escola e comunidade, prevendo um apoio familiar a crianças e adolescentes identificados pelos professores como tendo problemas...

Eu penso que é necessário perceber esses problemas para depois agir, numa conjugação de "forças" entre todos os intervenientes educativos.
A escola deve incentivar o diálogo, o debate de ideias e abrir-se à Comunidade que está pronta a recebê-la.
Cada vez mais, se devem capacitar e escutar todos os que "vivem" o que lá se passa: professores, pais, alunos e comunidade.
Pais atentos que se preocupam em acompanhar o percurso escolar dos filhos são valiosos para se acabar de vez com o insucesso e abandono escolares.
Vamos todos em conjunto alterar e corrigir ideias pré-concebidas sobre o trajecto efectuado pelos alunos e dar-lhes todo o nosso carinho, dedicação, atenção e, (até, meiguice, porque não!) que amplamente desejam e merecem.
Será para o bem de todos. Será para bem da sociedade íntegra, aberta, dialogante e sincera. Será para o bem da construção de uma personalidade forte, consolidada, saudável e feliz dos nossos filhos, por quem nutrimos grande estima e amor.
Será para o bem de todos.
Um futuro melhor lhes sorrirá, tenho a creteza.
E, é isso, o que mais desejamos para eles.
A Comunidade tem responsabilidades na continua interacção que deve existir, estabelecer, com a escola, bem como a escola em relação com a Comunidade.
Todos ganharemos com isso!
(A ideia de escrever este texto foi-me sugerida depois de ler a revista "Psicologia Actual "que compro mensalmente e, da qual, sou um apaixonado assíduo pelos assuntos lá desenvolvidos)
pena.Junho.2007. Ideia sugerida pela leitura da revista"Psicologia Actual"

Monday, June 25, 2007

The Lamb Lies Down On Broadway - Genesis

A Pedagogia está viva! Não morreu!


A Pedagogia está viva! Não morreu!




Creio que esta teoria, ciência de Educação que orienta e conduz as crianças e o seu método, existem na escola. Estou convicto!

É uma actividade. É uma Arte.

Está ligada ao acto de Educar, compreender, dar, contribuir para aproximar à vida, conhecer os alunos nas suas inúmeras vertentes.
Tem laços de dependência na vida dos discentes. Aproxima-se e vive na sua interpretação como seres humanos. Sistematiza-se como nova pedagogia científica que se direcciona na melhor percepção da realidade das crianças e dos jovens, atenta e lúcida na sua função.
Assemelha-se a uma doutrina do sentir, do viver e do ser com os alunos.
Apresenta-se com valor Educativo, com o dom de ensinar, conforme às exigências sentidas por eles. Utiliza meios e técnicas adequadas de ensino.
A Pedagogia surge num processo inacabado de uma vida. Várias vidas. Instala-se nelas por entendê-las, a essas vidas.
Creio que está viva! Não morreu!
Tem uma palavra importante a dizer! Imprescindível! Necessária.
Provoca sossego e bem-estar!
Está bem viva!
Pressinto-a!
Tenho a certeza que não morreu!
Pena.Junho.2007 "A Pedagogia que sinto"

Sunday, June 24, 2007

O Pintor sem Rosto!


O Pintor sem Rosto!

O suposto guardião da gruta dos nossos sonhos era o Nóbrega.
Nunca o entendi verdadeiramente. A sua postura fingia ignorar-nos ou ignorava-nos mesmo. Havia nele algo de sofrido, ausente do mundo. Sentava-se à porta de sua casa num banco de madeira tosca e pintava.
Expunha os quadros ao longo daquela rua, mas nada fazia para os vender.
Olhava-os demoradamente.
A sua Arte parecia absorvê-lo, extasiá-lo.
As suas obras pareciam deliciá-lo, mas ele não estava ali, disso tinha eu a certeza absoluta.
Por vezes, imaginava-o em sonhos, montar num cavalo alado e cavalgar rumo a destino incerto, distante dali, até ao infinito.
O pintor não tinha corpo, habitava somente o espírito e a alma! Mesmo a gruta que era sua, estava certo, que ele não a conhecia.
Quando passávamos com medo dele, nunca proferiu um gesto, uma palavra. Intimidava, somente, não sei por quê. A par disto, nunca ouvi a sua voz, pois, não articulava um som, uma sílaba, uma letra, pelo menos que saísse para o exterior de si.
Talvez falasse com o seu interior!
Nunca consegui sequer, ler-lhe os olhos para sentir um pensamento, uma emoção, pois, quando passávamos furtivamente, estava sempre de costas viradas para nós.
A avó Maria nunca soube das nossas investidas ali.
Quando alguém falava do pintor sorria com ternura e abraçava o olhar, de forma aprazível e misteriosa.
Hoje, sinceramente, penso que o guardião da gruta estava, somente, na nossa imaginação, na ilusão acalentada e consolidada dos nossos sonhos inocentes, doces, infantis.
Pena. Junho 2007."Recordações de Infância"

Saturday, June 23, 2007

Se eu não fosse Professor...

Se eu não fosse Professor...


Sabem, nutro grande admiração pelos trabalhadores de construção civil.
Também têm sonhos. Dias bons e dias maus. Riem e choram com lágrimas verdadeiras. Daquelas lágrimas escondidas no suor com que se dedicam ao seu trabalho.
Não fui bombeiro. Não fui policia. Não fui aviador.
Não possuo qualidades para ser psicólogo. Nunca o fui. Nunca o serei.
Sabem, tenho uma obra aqui ao lado. Trabalham lá pessoas. Pessoas que, se metem, ingenuamente, com toda a gente. Dão pirocos às princesas que por eles passam. Elas sorriem, só para si. Com compreensão. Escondem o valor incálculável do piropo.
Creio que lhes perdoam as palavras, o coração, a sinceridade, que neles vivem.
Rostos sofridos, suados, cansados, doridos pela dureza do trabalho que, secretamente, nunca revelam a ninguém.
São assim. Habitam neles com sinceridade.
São artistas. Levantam-se muito cedo. Com o raiar da madrugada. Vestem roupas rôtas e gastas que os dignificam. Roupas para o seu árduo trabalho. Eu sinto que transportam uma dignidade. Uma dignidade enorme.
Bebem cervejas atrás de cervejas, para lhes dar paz e força, garra.
Mesmo com tudo isto, querem viver. Porque, também têm o pleno direito a viver. A sonhar. A encantar.
Escutem, como não tenho geito para nada, já pensei em "alistar-me" e entrar para o seu Mundo!
Creio, que nem geito teria para isso. Não sou um deles, embora gostasse. São puros Artistas que vivem com a Arte. Que amam a sua Arte sofrida. Que a transportam consigo com carinho e amor.
Já pensei falar com eles. Para quê? Para fazer parte deles. Para constarem em mim.
Pelo valor que vai neles.
Se não fosse Professor, ambicionava ser "trolha". Não brinco com coisas sérias, pessoas sérias. Nunca brinquei.
Vou pensar, seriamente, nisto.
Tenho a plena sensação que adoraria.
Remeter-me - ia ao meu mundo. Poderia encontrar o meu mundo em mim. Na pacatez do que sou.
Não sirvo para nada! Tenho "entrancadas" em mim dúvidas. Muitas dúvidas do que sou.
Eternamente duvidoso do que amo, sinto, quero e desejo.
Desculpem, sou o que sou. E, sou muito pouco.
É, por isso, que gostaria de ser outro, encontrado em mim.
Só sei que gostaria de ser e, não estou a brincar com coisas sérias: trabalhador da construção civil.
Descansaria em mim.
pena.Junho.2007. "Um sonho".

Friday, June 22, 2007

A Psicologia


A Psicologia
Definição:

"Estudo científico dos factos psíquicos; Conhecimento empírico ou intuitivo dos sentimentos, ideias, comportamentos, de outrem; Conjunto de maneiras de Pensar, de sentir, de ajir que caracterizam uma pessoa, um grupo, uma personagem."

( Nova Enciclopédia Larousse - Volume 19)


A minha definição: Psicologia é a Arte de nos entregarmos, de nos preocuparmos e amarmos os outros. E, para mim, chega!
Entrego-me, preocupo-me e amo as pessoas.
pena. Junho de 2007

Thursday, June 21, 2007

Renaissance - Carpet Of The Sun

(Para ouvir esta melodia doce dos Renaissance, deve parar o rádio situado no fundo do blog)


Dando cumprimento ao desafio de mencionar cinco livros de encanto solicitado pelo meu deslumbrante amigo Jotacê do A Minha Sanzala, por quem nutro grande fascínio e admiração, aqui vão:
. A Minha Sanzala
. Estirador sem rima
. Pata Irada
. Miminhos a toda a hora
. Páginas Soltas, cuja autora tem 10 anos de idade e revela já um imenso talento.
Fico com a sensação de ficar em paz com a minha consciência e, a sensação de concretizado um desafio solicitado por uma pessoa, que espero nunca defraudar com a confiança, amizade e estima que existem em mim.
Fiquem bem!
O amável convite de destacar cinco livros aqui vão:
1. "O Código D´Vinci" - Dan Brown
2. "A Fórmula de Deus" - José Rodrigues Dos Santos
3. "O Codex 632" - José Rodrigues Dos Santos
4. "Eldest" - Christopher Paolini
5. "A morte desceu à praia" - José Lopes Alves

Wednesday, June 20, 2007

A falsa Psicologia que julgo saber


A falsa Psicologia que julgo saber


Não sou psicólogo, nem sei nada, mesmo nada, de psicologia.
Acredito fielmente nas divagações dos pensamentos. Nas atitudes. No Ser. Nas potencialidades das emoções. Nutro pelas mentes, cansadas ou no auge do bem-estar, uma consideração desmedida.
Na minha profissão e na minha formação, lido com elas, com a mente e a psicologia, todos os dias.

Adorava saber o muito que não sei. Adorava "entrar" nos Mundos desconhecidos do pensamento, do complexo cérebro, com uma paixão e um amor ilimitados. Com uma dedicação pelas pessoas que as fizesse mais felizes, mais sossegadas, sem qualquer receio em habitar e morar no que são!
Felizmente ou infelizmente, julgo que sei alguma coisa: Preocupo-me com o Mundo! Preocupo-me com o que vai nas emoções e pensamentos, de todos os que nele estão presentes. Consolida o que sinto pelas deslumbrantes emoções e, pela forma, dos seus sonhos infinitos e, porque vivem, esses sonhos infinitos.
Transporto comigo algo para dar. Algo, com que não brinco. Algo que vive na seriedade do que sempre fui. Acarreta descobertas inequívocas de dois aspectos: respeito e a eterna Felicidade.
Como vivo com estes aspectos com intensidade e, sem descanço ou pausa, para reflectir sequer.
Procuro ajir. É imperioso ajir! Exige-se!
Gostaria tanto de saber mais? Gostaria tanto de compreender mais? Gostaria tanto de respeitar mais o que pensam, porque pensam, porque ajem assim, ou de outra maneira? Gostaria que a auto-estima que possuem ou não possuem fosse elevada ou existente?
Não! Não sou nem nunca virei a ser psicólogo! Somente utilizo o que possuo, que é muito pouco e, poderia ser muito mais, no respeito, na consideração, na compreensão, na amizade dos com quem lido, com cuidado, muito cuidado, e preocupação.


Não gosto que façam mal às pessoas. Gosto que "estudem" os seus actos, porque fazem isto ou aquilo. Eu "estudo" pessoas, na minha entrega a elas. Eu "sinto" pessoas sem as magoar ou ferir, por pensar que é o melhor para elas. Por pensar que ao compreendê-las sou digno, vivo a sua dignidade e, sinto-me digno de ser feliz, e fazê-las felizes.
Sei que procedo assim porque me sinto bem. Maravilha-me ser assim, porque vivo na compreensão, respeito e dedicação pelos outros em mim.
Quem sou eu?
Sou amante da "falsa" Psicologia que julgo saber e não sei!
Como gostaria de "falar" com ela. Ajudar as pessoas, as crianças, todos os que tenho na minha cabeça e, "manuseá-las carinhosamente e com conhecimento?
Desejava que a "falsa" Psicologia que julgo saber, fosse autêntica.
Não! Abdicaria totalmente o certificado. Para quê? Sempre fui assim. Por quê?
Por Amor! Muito!



Pena.Junho.2007 " A «falsa» Psicologia que julgo saber"

Tuesday, June 19, 2007

Aquele "Brilhozinho" era Diferente. Era Especial!


Aquele "Brilhozinho" era Diferente. Era Especial!


No alcatrão da estrada fazia-se calor. Ludibriei-o com coragem, mas sem excentricidades ao volante.
Acelarei um pouco o veículo, dando-lhe competência para o fazer, credibilidade e, conduzindo-me até ir parar a uma aldeia não ignorada, que sempre me trouxe boas recordações e encantos.
A minha Aldeia amada e estimada de sempre!
O seu nome repousa em mim secretamente, por amor a ela.
Os campos, outrora trabalhados com ardor, asseados, cultivados e resplandecentes, estavam agora desertos. Abandonados. Ao triste acaso.
Os seus habitantes haviam-se "levado" para o estrangeiro na busca de melhor qualidade de vida. Entendo esta atitude na perfeição e, compreendo a ânsiedade do gesto das suas gentes sofridas, pondo-o em prática, em evidência visível, tentando levar a cabo um acto concretizado numa profunda dor. Destaco: Numa profunda dor! Só eles a saberâo, mais ninguém. Confidências silenciosas guardadas para si.

Senti um aperto no peito. Que saudades do tempo do passado! Como tudo estava agora diferente!

O empedrado da estrada era mais um caminho acidentado repleto de buracos e fissuras perpétuas. Tanto havia sido prometido àquelas gentes, um asfalto condigno, quando das eleições para a liderança da autarquia.
Promessas. Só promessas! Que enganam um povo sincero, humilde, trabalhador e honesto.
A casa, a casa que fora de sonho em tempos idos, não aparentava nem por sombras, o que viveu, as conversas que escutou, as confidências que as suas paredes sigilosamente guardam e continuarão a guardar para si. Só para si. Só para o seu interior. Necessita com urgência de arranjo. Está quase a desmoronar-se e não o merece. Nunca!
Dei a volta com o automóvel no chamado Largo do Relógio, cuja designação dá o nome ao Largo, sem o ver. Havia desaparecido. Teria "sido levado" também? Como era ancestralmente belo e propriedade dos seus habitantes, que falava pelo sol a hora do dia, pude constatar algo perturbado e intrigado, pela sua ausência soprada em mim. O Largo perdera um amigo do peito, a sua maior significação e, companhia inseperável, de um tempo infinito que não pára.
Eu, parei.
Para meu espanto, vieram três pessoas, silhuetas humildes e olhares de espanto, ao meu encontro.

Eram as "três" uma família enorme. Para mim, eram!

Saudaram-me. Verifiquei com admiração que me olhavam, olhar bem direito e levantado. Adorei!
De imediato, sem dar tempo a que pudesse esboçar qualquer gesto, conduziram-me a uma casa em construção. A casa sonhada. A casa ambicionada. A casa que sempre ambicionaram na sua rica imaginação de pobres economicamente, mas ricos e gigantes nos sentimentos e formas de ser.
Deixei-me levar. O que me estava a acontecer era enternecedor, mágico de encanto que causava um imenso bem-estar e alegria, que não lhes ocultei. Nunca o faria, por amor a tanta bravura, a tanta luta, a tanta felicidade.

Notei o jovem. Não teria mais de treze anos e frequentava a escola, sem nunca esquecer as lides do campo e a ajuda à família em tudo.
Tinha um computador! Um computador onde escrevia. Disse-me que a sua vida também morava e passava por aquele aparelho. Pago a prestações com suor e trabalho fora do tempo passado na escola.
Escrevia.
Escrevia nele. Escrevia sonhos. Escrevia histórias.

Na casa, que crescia aos poucos, lentamente, tinha os seus livros e os seus sonhos.
Requisitava-os na escola e lia, sôfregamente, à luz de uma lâmpada difusa e pouco clara, à noite, para os entregar de novo dentro do prazo estabelecido, sem pagar quiasquer multas.
Notei-lhe inteligência, vivacidade, amor aos seus e amor aos sonhos, que passavam por aquele computador. Por aqueles livros. Pelos rascunhos da sua escrita.
Sim! Fiquei deslumbrado parecendo ir desmaiar de alegria e arrebatamento.
Falou...Falou...Falou...Encantou o que dizia.
E, quando me despedi cordialmente para regressar à pacatez do que sou, sim!, notei-lhe um "Brilhozinho" nos olhos Diferente. Diferente, porque era Especial. Havia neles vida. Inteligência. Alegria. Magia. Sonhos puros. Ideias.
Agradeci a Deus e ao que Ele fez. Agradeci tê-lo conhecido! Agradeci por presenciar um Ser Humano Feliz. Eternamente Feliz!
Quanta Felicidade ia no rosto daquele jovem. No seu olhar destemido e levantado.
Regressei a casa, sempre olhando para trás agradecido a Ele e, pensando:
Jovem, mereces tudo. Mas, tudo!
E, fiquei prostado com este episódio real de eterno deslumbre de uma vida!
Valeu a pena recordá-lo para sempre.
pena. Junho. 2007 "Viajando por Trás-os-Montes"

Sunday, June 17, 2007

Diário na voz de um Cidadão


Diário na voz de um Cidadão


Por entre as vastas curvas da estrada aconcheguei o olhar na paisagem que se vislumbrava do belo Douro. O rio Douro da minha inesquecível infância. Calcorriei-o muitas vezes, em diabruras e jogos que me recordo com nitidez.

Era-me familiar ao olhar.

Nas encostas vividas de socalcos, as suas vinhas magníficas espraiavam-se num cenário interminável de beleza parecendo não terem fim. A linha férrea parecia rasgar as montanhas sobranceiras ao rio, num arranjo delicado, como a pedir licença, autorização para o fazer. Delicioso, tal era a delícia que vivia no instante.

Como tudo era verde! Como que transformadas por varinha mágica num relvado suado pela mãos dedicadas dos seus zeladores. A eterna azáfama feita de sangue derramado. A sensibilidade do trabalho de gerações e gerações sucessivas.
Relembro agora a sua estação de comboios, um alpendre de sonho, o mistério escondido nela. Mero aparato de mim. Mera visão nunca esquecida e também nunca indiferente.

As voltas que o Mundo dá.

Como tenho amor àquela visão de sonho, de maravilha, que me arrebataram e conquistaram por completo.
Parece que regressei ao que era. Ou antes: ao que fui! Como lhe depositei o meu amor. Gentes nunca cansadas, viciadas no amor na terra, sofredoras, mas silenciadas pelo peso da enxada com que sempre existiram e coabitaram. Trocaram tudo, uma vida, por aquele amor.
Choraram para si. Só para si. Disparataram para com eles e elas. Nunca incomodaram ninguém. Entregues a si próprias. Falaram palavras duras num monólogo surdo. Nunca cederam. Se passaram a fronteira do País para ambicionar vida melhor, regressaram de imediato e, com amor regressaram ao que sempre foram.
Isto é o Douro. Tantas vezes cantado, tantas vezes ignorado, tantas vezes de eleição, nos pensamentos lindos dos que o viveram numa entrega total, de carácter íntegro de um tesouro riquíssimo saído da arca da vida e, que é, exclusivamente seu. Posse sua.
As inúmeras curvas deram-me alegria. O quadro pintado com carinho trouxeram-me ternura, magia, contentamento. A recordação. A recordação das noites quentes de Verão, feitas de luar majestoso, só observando. Puro êxtase de prazer!
Como amo as inúmeras curvas que fiz hoje, transformadas agora em desnecessárias modernices de rectas de auto-estrada. Penso num progresso moderno que não substitui a eterna beleza de outrora, que permanecerá sempre comigo. Onde contemplei um sonho.
Como amo o Douro. As gentes. O seu amor à terra, nas lágrimas vertidas de suor agarradas sempre às enxadas do trabalho árduo.
Parei. O tempo parou. Naquele momento perpassou por mim a ambição de rever tudo e, revi.
Delícia, Maravilha, Encanto!
Regressei por aquela estrada do Douro, que faz de mim o que sou.
O Douro estará sempre no aperto dos meus braços sentidos. Sinceros.
Amo o Douro! De forma eterna! Inesquecível!


Pena. Junho.2007. "Viagem sem trajecto de regresso"

Saturday, June 16, 2007

De Olhos nos Olhos


De Olhos nos Olhos
De olhos nos olhos poderia dizer-te, contar-te, as minhas baladas adornadas de sinceridade,
Sei que, embora custoso, aguentarias o meu olhar carregado, feito de dúvidas carregadas,
Dúvidas, de que, por vezes, eu não sou eu.
Possuo tantas coisas para te dizer, que nem sonhas existirem essas coisas.
Emoções! Um vastidão delas. Sonhadas. Pensadas. Sentidas.
Não permitiste que eu me explicasse. Hoje, sinto-as vazias. Penso-as submetidas num nada.
Ausentes em mim.
Decadentes porque emperraram o sonho, emperraram o deslumbre. Emperraram a Amizade.
Olha, no meu olhar não consigo falar-te. Não! Empancaram em um paredão do sentimento.
Ficou tanto para conversar. E, era puro. Era trasparente. Não magoava. Não causava ferida.
Não se prolongava para lá do limite convencionado. Exigido.
Ficou na pausa do aparelho sonoro da balada. Era linda.
De olhos nos olhos sei que nunca me explicarás o silêncio da tua Alma. Do hino do coração invisível. Do coração como nunca conseguirei explicar. Sabes por quê?
Porque tu aguentarias o meu olhar.
O resto? Fica registado em mim, por não entender. Por nunca entender. Por que haveria de
entender?
Eternamente lembrado, porque tu nunca me explicaste. Nunca te sentiste verdadeiramente.
Agora, fica num heterónimo de mim. Somente. Ignorado. Ausente. Com a alegria que me habita.
De olhos nos olhos nunca os baixaria, porque tu também não.
A despedida, essa, é uma perca de tempo por morar na terna amizade. Na Amizade! No meu eu.
Dir-te-ia tudo, olhos nos olhos!
A iniciativa pertence-te. Deslumbra, porque é tua.
Mora no Tempo infinito do olhar. Expressivo.
Teu.


Pena, Junho. 2007. "De Olhos nos Olhos"

Friday, June 15, 2007

Leonardo da Vinci (1452 - 1519)



Leonardo da Vinci - Génio Polivalente
Decorridos 500 anos de sua morte, Leonardo da Vinci continua a ser a maior celebridade de todos os tempos na história da arte. Tipo raro de artista, de aguçada curiosidade e que trafegava por diversas áreas do conhecimento, ainda criança já mostrava talento para o desenho e a pintura. Nascido em 1452, em Vinci, uma pequena aldeia bem próxima a Florença, Leonardo era o filho ilegítimo de uma camponesa chamada Caterina com o rico tabelião florentino Piero. Por falta de sobrenome paterno, Da Vinci (algo como "da cidade de Vinci") celebrizou para sempre o local onde nasceu e cresceu.

Aos 16 anos tornou-se aprendiz do escultor, pintor e ourives Andrea de Verrocchio, seu primeiro mestre. Pouco tempo depois, com apenas 20 anos de idade, ingressou na Corporação dos Pintores de Florença. Passou então a gozar de certa independência artística, atendendo a encomendas e se relacionando com homens que, sem se dar conta, estavam moldando o pensamento renascentista através de seus estudos em matemática, física, astronomia, engenharia, artes e ciências.

Ao trafegar nesse mundo de intelectuais e artistas, Leonardo estabelecia relações e ampliava sua gama de interesses. Florença era então um local de efervescência cultural e fluxo crescente de riquezas, por causa do crescimento das navegações e do comércio com o Oriente. Da Vinci, porém, era pouco requisitado pelos mecenas locais --o artista tinha fama de não entregar suas encomendas-- e, desde que deixara a oficina de Verrocchio, havia realizado poucas pinturas.

Por volta de 1482, mudou-se para Milão e passou a trabalhar para o duque Ludovico Sforza. Ali, além de pintar, Leonardo realizava também, e não sem um certo prazer, trabalhos de engenharia para o duque. É na parede do refeitório do convento de Santa Maria delle Grazie, também em Milão, que se encontra "A Última Ceia", célebre representação do encontro final de Jesus com seus apóstolos.

Da Vinci ainda voltaria a morar em Florença, após um breve período em Veneza, e retornaria a Milão, em 1506. De 1513 a 1516 viveu em Roma, onde fez contato com Michelangelo e Rafael. Finalmente mudou-se para a França, passando a viver em um château perto da cidade de Cloux, onde permaneceu até o fim da vida, em 1519.

Estima-se que o artista tenha deixado mais de 13 mil páginas de anotações, das quais hoje restam cerca de 6 mil, abrangendo estudos de anatomia (entre eles o famoso "Homem Vitruviano", com proporções perfeitas seguindo um ideal romano de beleza), ciências, filosofia, engenharia, projetos de máquinas e armas, estudos de botânica, esboços de quadros e desenhos arquitetônicos e urbanísticos, além das pinturas (das quais apenas 17 chegaram aos dias de hoje) e esculturas (nenhuma de autoria indiscutível).

A Arte de um enorme talento

Admirável Kandinsky!





Pintor russo, Kandinsky explorou as possibilidades de abstracção na sua Arte.
Estudou na Academy of Fine Artes em Munique.
kandinsky conseguiu pintar num estilo naturalista organizado.
Em 1913, a sua obra artística foi considerada a primeira Arte totalmente abstracta na Arte Moderna.
O seu talento de pintor expressionista, muitas vezes, apoiava-se na música e nos seus títulos. Nos seus quadros sobressía um estilo elegante, explorando formas geométricas, embora algo complexas.
Kandinsky morreu em Neuilly-sur-Seine, nos subúrbios de Paris, em 13 de Dezembro de 1944.
Deixou uma imensa obra riquíssima de génio criador.

Thursday, June 14, 2007

O Lado Obscuro da Lua

Vida Para lá da Vida


Vida depois da Vida

O Filósofo Albert Camus definiu que a Vida é um absurdo, por mais justificações ou explicações que se deiam. Não faz sentido.
A Morte como o prolongamento desse absurdo.
Será que Deus existe?
Haverá Vida depois da Morte?

Será que permaneceremos sempre dentro de uma "mala" ignorados na obscuridão e penumbra do Tempo que passa por nós sem parar, para jamais nos acolher ou ver?

Wednesday, June 13, 2007

SOUND OF SILENCE



Hello darkness, my old friend,
Ive come to talk with you again,
Because a vision softly creeping,Left its seeds while
I was sleeping,And the vision that was planted in my brainStill remainsWithin the sound of silence.
In restless dreams
I walked aloneNarrow streets of cobblestone,neath the halo of a street lamp,
I turned my collar to the cold and dampWhen my eyes were stabbed by the flash ofA neon lightThat split the nightAnd touched the sound of silence.
And in the naked light
I sawTen thousand people, maybe more.People talking without speaking,
People hearing without listening,People writing songs that voices never shareAnd no one deared
Disturb the sound of silence.
Fools said i,you do not knowSilence like a cancer grows.
Hear my words that
I might teach you,Take my arms that
I might reach you.But my words like silent raindrops fell,
And echoedIn the wells of silenceAnd the people bowed and prayedTo the neon
God they made.And the sign flashed out its warning,
In the words that it was forming.
And the signs said, the words of the prophetsAre written on the subway wallsAnd tenement halls.And whisperd in the sounds of silence.

Tuesday, June 12, 2007

A "minha" Escola


A "minha" Escola
A "minha" escola que não é minha, tem adolescentes formidáveis. Não é minha, porque não a comprei. As escolas não se compram. Só tento lá fazer, o que tenho obrigação de fazer. É um dever meu. Somente.
Eles acarretam um pouco de tudo o que é maravilhoso. Fantástico!
Não são Alunos de um, qualquer um. Têm brio. Para mim, têm o poder de surpreender. Têm uma Alma.
Estes Alunos, que não são só meus, mas de outras pessoas também, "respiram", vivem na imensidão de deslumbre que os faz "respirar". Estão bem vivos. Alertas. Sóbrios. E, são dotados de uma ímpar sensação de viver. Sentir e Amar também.
Por que serão assim?
Porque os defino e sinto-os em mim assim.
Só lhes vejo qualidades, aptidões, capacidades. "Transportam-se" sem defeitos assinaláveis ou muito sumidos de críticas negativas. Não têm defeitos que se vejam, só para ver e encontrar. Não!
A minha escola que não é de um, qualquer um, Ensina. Ensina, a Vida. O Viver. E, eles sabem isso. E, Aprendem. Entregam-se. Suam lágrimas esforçadas, mas simples e plenas de alegria de viver. De existir porque existem. Vão à "luta", numa "luta" sem fim.
Ninguém pode dizer mal daqueles Alunos. Ninguém pode dizer mal, dos "meus" alunos que não são "meus".
Sei que não são só meus. Mas, também são meus. Ai, disso estou certo. Não! Não tenho dúvidas.
A "minha" escola que não é minha, tem alunos com valor. Quase todos. Ou melhor, todos. Sim! Sem excepção.
A minha escola que não é de um, qualquer um, Educa. Faz "apregoar" a Educação.
Vê-se nos seus sorrisos. Vê-se nos seus olhares. Vê-se nas suas expressões faciais. Vê-se "dentro" deles.
Quando entro na minha escola fico alegre só de os ver. Lindos! Sim! Já disse, Todos eles!
Como amo a "minha" escola. Não! Não vou comprá-la. Vou amá-la. Com tudo o que possuo. Com Amor.
Os "meus" alunos, que não são meus, expressam o que de melhor possuem em si. O que de mais belo lhes vai no coração doce e terno. Fazem que páre para ouvir e compreender o que lhes lá vai.
Defino assim, a "minha" escola, que não é de um, qualquer um.
Se tivesse dinheiro, comprava-a.
Sim! Seria só para mim.
Porque a compreendo. E, compreendo os meus alunos.
Pena.Junho.2007" A Escola que não é de um, qualquer um".

Monday, June 11, 2007

Vida, Por onde andas?


Vida, por onde andas?


Sinto-me profundamente atrapalhado. Penso nas coisas mais incríveis e impossíveis de concretizar. Mergulho de cabeça como em água cristalina, na cabeça de mim.
Será que a possuo? Real. Minha. Propriedade só do que sou.
Onde fui parar? Nos confins das pessoas, dos seus pensamentos, das suas emoções. Das suas vidas dignas que vivem dignidade.
Sabem, sinto-me irreal. Abarcando tudo e todos, menos o meu eu subconsciente, esquecido. Escondido. Remetido ao que provavelmente sou. Sem certezas. Não me relembro sequer dele. Não tenho ideia como é. Nem sequer conheço como é. Será visível ou invisível na aparência sóbria, lúcida, sensata, como deve ser e, eu, não sei se é.
Só sei que eu sou e já não sabia. Já permanecia ignorado, esquecido, como sempre fui, afogado na limpidez dum lago puro que desde sempre tentou purificar-se e cristalizar-se no tempo infinito e, levado pelas ondas vagabundas, pelas vagas alterosas e conflituosas do que sempre aspiraram a ser.
O tempo, esse, é que não pára. Não estagna. Mexe-se. Evoluí. Avança.
Podem recuar as ondas alagadas do eterno pensar, numa brisa tumultuosa surgida do nada que as confunde e baralha, mas o azul do Firmamento que o circunda avança sempre, majestoso na incompreensão e irrealidade sentida e vivida. Parece desabrochar depois da tempestade que já lá vai. Tardiamente. Sem nexo.
Vida, por onde andas?
Tento pegar docemente nela. Embalá-la. Mimá-la. Apertá-la com força e ternura de encontro ao meu peito numa doce carícia. Reconfortá-la. Afagá-la.
Será que consigo? Não posso pensar só em mim. E, a existência dos outros? Fica entregue a quem? Não a confio ao acaso. Por divertimento. Não são para divertir. Por entretimento. Não vejo como podem entreter. São sérias. Muito sérias, essas vidas. Colocam-me preocupado. Muito preocupado. Demasiado apreensivo.
Precisam que as tratem com seriedade. Paixão. Ternura. Dar-lhes um sentido. Dar-lhes uma significação. Que as façam congratular-se com o afago do grito, quase divino, do deslumbrante nascer que se eterniza em maravilha sentida. Amado.
Se eu não me entendo, como posso eu entender os outros?
Talvez, um heterónimo doce existente e, visível em mim, o consiga. Eu não sou. Vivo na complexidade do conflito, em que sempre e, no fundo, vivi. Penso que nunca o compreenderão, esse conflito. É demasiado singelo e puro na sua imensa complexidade.
O meu conflito. O meu conflito que me baralha e baralha os outros por não o entenderem.
Nunca o compreenderão. Tenho a certeza.
Preciso arrumar o pensamento. Pô-lo em ordem. Torná-lo positivo, optimista mesmo. Desconheço como? Desconheço a forma? Mas, para ser merecedor da minha vida, da vida que vive em mim e, merecedor da vida vivida nos outros.
Vida, onde estás?
Vida, por onde andas?
Que te aconteceu?
Pena. Junho. 2007

Sunday, June 10, 2007

Poema à Lua


Poema à Lua



Apetecia-me fazer um poema de ternura e carinho à lua.

Não sei se o entenderia.

Eu se fosse a Lua, entendê-lo-ia na perfeição!


Pena.Junho.2007

Diário de um Professor (Dedicatória aos Alunos)


Diário de um Professor (Dedicatória aos Alunos)

Chegou a hora da despedida!
Levo no meu coração os vossos sonhos de crianças puras, sinceras, transparentes. Vejo-vos como flores a desabrochar num jardim muito belo que jamais sairá da minha memória.
Sei que barafustei, berrei, zanguei-me.
Sei que não tinha esse direito, mas os adultos são assim!
Permanecerá a lembrança dos vossos rostos sempre sorridentes e felizes que compreendiam tudo silenciosamente que acalmavam a minha injusta "fúria" para convosco. Acima de tudo vejo a amizade, o carinho, a enorme ternura que sempre senti por vós. Por todos vós!
Não esquecerei nem um de vocês, podem estar certos disso.
Estou plenamente convicto que nesta hora do adeus apetece-me levar-vos para sempre comigo, prender a vossa atenção a tudo o que aconteceu e, acima de tudo, pedir-vos DESCULPA.
O meu pedido de desculpa prima por ser autêntico, verdadeiro, sincero e, sei que todos vós, sem esquecer um, me perdoará, com um abraço sem mágoa, sensíveis como sóis não só nas tristezas, como nas alegrias da vida.
Fostes traquinas, irrequietos, mas isso só vos dá um valor incalculável por amardes e nutrirdes pela existência uma riqueza desmedida.
As vossas brincadeiras são fruto da vossa tenra e doce altura para o fazer.
O vosso irreverente comportamento foi alvo de comentários em todos os pontos da escola. Talvez, não tivessem outro assunto para conversar.
Para mim, como educador, felicito-vos pela compreensão, resignação e alegria com que aceitastes as minhas censuras aos vossos actos, talvez menos correctos, que assumi para convosco para melhorar a situação, embora, por vezes, a dureza das palavras exigisse outra solução mais entendedora e calma.
Cada gesto, cada palavra, cada som, cada atitude vossa, serão preservadas como um tesouro imenso, uma riqueza incalculável, no meu colo e no meu coração.
Nesta hora da despedida, só me ocorre uma frase:
OBRIGADO E ATÉ SEMPRE!

(Dedicatória aos Alunos do 6º Ano - Turma H da Escola onde trabalho e era Director de Turma).
Ano Lectivo de 2005/2006
Pena. Junho.2006

Saturday, June 09, 2007

A Euforia da Amizade



A Euforia da Amizade

Sei que tenho poucos amigos. Mas, quando os tenho agarro-os com força. Com toda a garra que possuo e que me faz pensar. Vê-se-me no olhar com uma nitidez surpreendente.
A Amizade é uma coisa simples. Um gesto. Um cumprimento. Um "Olá!"
Estimo-os muito e desmenbro-os de atenção, os amigos. Tal a impetuosidade. O Afecto que por eles nutro. Um afecto que transcende. Abarca uma entrega. Uma dedicação fervorosa. Intensa!
Sinto-me nos amigos. Por completo. Com euforia e querer.
Torno-os visíveis em mim e no que sou.
Olho para o que me rodeia. O Mundo! Esse gira e dá voltas. Muitas voltas. A Amizade perdura. Tem que perdurar.
Apesar do Mundo girar, não "giro" os amigos. Tento só compreendê-los. Instalar-me nas suas preocupações. Nas suas indecisões. Nas suas dúvidas.
Interrogo-me sobre as suas vidas com paixão. Tento compartilhar indecisões. Tento compartilhar o seu valor. Porque têm valor. Um valor que arrebata pela delícia das atitudes. Não precisam ser muitas, mas que se vejam.
Como eu percorro com querer, um rumo certo e sincero para a amizade.
É que a guardo com carinho e não a quero perder. De forma alguma! Até, porque me dizem muito.
Apesar de tudo, na solidão de mim, fico eufórico, muito eufórico, com o desabrochar de uma amizade, seja de quem for se fizer sentido, em que confio, parece-me que o que dou é nada. Um vazio, se calhar. Mas, um vazio significativo que percorro com muita dedicação e por o inteiro em que me entreicheiro. Só eu sabedor deste acto.
O seu reconhecimento e, o meu reconhecimento, podem crer que é sincero. Muito sincero!
Fico eufórico com a amizade e com os seus gestos.
Eternizar-se-ão!

Pena. Junho.2007.

Friday, June 08, 2007

Pedro Abrunhosa - Momento



Uma espécie de céu
Um pedaço de mar
Uma mão que doeu
Um dia devagar
Um Domingo perfeito
Uma toalha no chão
Um caminho cansado
Um traço de avião
Uma sombra sozinha
Uma luz inquieta
Um desvio na rua
Uma voz de poeta
Uma garrafa vazia
Um cinzeiro apagado
Um hotel na esquina
Um sono acordado
Um secreto adeus
Um café a fechar
Um aviso na porta
Um bilhete no ar
Uma praça aberta
Uma rua perdida
Uma noite encantada
Para o resto da vida

(Refrão)
Pedes-me um momento
Agarras as palavras
Escondes-te no tempo
Porque o tempo tem asas
Levas a cidade
Solta me o cabelo
Perdes-te comigo
Porque o mundo é o momento
(repete)

Uma estrada infinita
Um anuncio discreto
Uma curva fechada
Um poema deserto
Uma cidade distante
Um vestido molhado
Uma chuva divina
Um desejo apertado
Uma noite esquecida
Uma praia qualquer
Um suspiro escondido
Numa pele de mulher
Um encontro em segredo
Uma duna ancorada
Dois corpos despidos
Abraçados no nada
Uma estrela cadente
Um olhar que se afasta
Um choro escondido
Quando um beijo não basta
Um semáforo aberto
Um adeus para sempre
Uma ferida que dói
Não por fora, por dentro


(Repete o refrão 2x)

(Pedro Abrunhosa)

"De Costas voltadas não se vê o Futuro"


"De costas voltadas não se vê o Futuro."


(Pedro Abrunhosa)

Thursday, June 07, 2007

Um Professor Inesquecível


Um Professor Inesquecível

O Doutor Montes, alcunhado por nós de Bica, era o nosso Professor de Moral e Religião no Liceu de Vila Real, agora denominado Escola Camilo Castelo Branco. Tenho a vaga sensação que nunca soube que o tratávamos por aquela alcunha.
Era um senhor imponente, bem estruturado fisicamente e que se mexia atrapalhadamente na sala de aula, embora tentando sempre manter a sua compostura. Nunca estava parado e o seu olhar percorria, em pouco tempo, tudo o que nela se passava. Tentava ser eloquente e dominador perante nós, esforçando-se por cativar o nosso apreço e interesse pelo que dizia. Era padre e contava-nos imensas histórias que aprendera no Catecismo e na Bíblia ou fora destes.
Penso que o importante para ele era manter-nos atentos e silenciosos, ouvindo os seus recatados relatos, a maior parte das vezes, muito exagerados e desinteressantes. Quando, já sufocados pelas suas invenções e pela apurada imaginação que impunha nas suas histórias nos distraíamos, berrava com toda a sua energia, esbracejando de aflição, muito colérico, ruborizado e, assomado de fúria, tentando captar de novo a nossa atenção perdida.
Nada havia a fazer! O conflito instalava-se na sala de aula que se tornava numa confusão apoteótica, em que ninguém se entendia. Falávamos todos ao mesmo tempo e sem respeitar o código de boas condutas que ele tanto apregoara, tornando-as anestesiadas em saco roto.
A aula redundava na anarquia total! Era, então, que as nossas fortes vozes de adolescentes se faziam ouvir, uns decibéis muito acima do normal, deixando-o profundamente assustado, prostrado na sua incapacidade de controlar a situação e preservar o respeito que ele nos exigia, em relação a si.
Quando a acalmia chegava, chegava também a acalmia dele. Creio que naquele espaço de tempo, entre a barafunda e a acalmia, ele rezava, rezava convictamente, ansiando com esperança que o poderio celestial actuasse eficazmente, na resolução do problema da aula. Ele, que era padre, não tinha outra solução para se apaziguar e reconfortar das nossas enérgicas investidas verbais que não conseguia suster.
Era, então, que a aula continuava, como se nada de mal tivesse ocorrido.
E, continuava a contar histórias fantásticas e, também, assustadoras, nascidas na sua fértil imaginação e criatividade.

Regava! Regava!

Regava, no nosso entender e na nossa forma de as encarar e compreender.

Era demais! Já podem imaginar porque lhe chamávamos o Bica.

E puxávamos as calças até ao joelho, assinalando que as histórias do Bica nos encharcavam, pois, regava imenso, atolando-nos de água, muita água que já nos chegava até aos joelhos. Coitado! Ele não se apercebia de nada e, se o percebia, fazia por ignorar. Só quando tocava para a saída suspirávamos de alívio, fartos das suas histórias.

Era, então, que ele nos via com as calças puxadas até ao joelho e acenava com a cabeça sem perceber, em sinal de desaprovação e censura.

Todos, sem excepção, passávamos em frente dele naquela postura, rumo acelerado até à porta salvadora. Metia a cabeça entre as mãos, inconsolável. Nunca nos perguntou o porquê daquela atitude, mas penso que desconfiava e percebia. No entanto, nada o fazia alterar a sua maneira de conduzir as aulas e continuava sempre a regar, a bem dizer, regava imenso.
Recordo que um dia, tinha tocado para a entrada na sua aula. Já nos aproximávamos da porta com as calças puxadas até aos joelhos, perante o seu olhar desconsolado. Sentamo-nos nos nossos lugares, como era hábito.
Por uns brevíssimos instantes o silêncio pairava ali.
Sem entender bem no que se ia meter, o Bica virou-se para nós e disse, peremptório:- Quem não quiser estar na aula pode sair que eu não marco falta!
Relembro-me que foi como um tiro salvador soado nos nossos propósitos. A turma toda, todos nós, corremos para a porta que nos separava da felicidade.
Num ápice, o Bica desalentado e incrédulo ficou só!
Todos havíamos saído! Nem um, um que fosse, permaneceu na aula.
Creio que constatou que algo não corria bem na sua maneira de ensinar e nos conduzir.
Não sei se é vivo, mas fica aqui a recordação das aulas do senhor Doutor Montes, a quem nós alcunháramos de Bica.
Fica a sua lembrança exemplar de homem e de sacerdote que muito respeito, mas, cujas aulas deixaram muito a desejar, no meu tempo de aluno do Liceu desta cidade que eu frequentava.
Pena.junho.2007

Wednesday, June 06, 2007

Eu. Um Desconhecido do que Sou


Eu. Um Desconhecido do que Sou

Não! Não venho definido no dicionário, nem ele se permitiria a isso.

Um dicionário não comporta definições menores.

De certeza, que "vida" consta dele. "Importância", também. "Presidente" ou "Cargo público", idem.

Duvidosamente definidas, mas definidas.

Corri deseperadamente, em busca das palavras: "Amor" e "Amar".
Sosseguei, mas pouco. Não estavam bem definidas estas palavras, pude constatar.

Bem, eu também desconheço-me. Muito! Sou um desconhecido do que sou.

Vou ao dicionário muitas vezes, mas busco sempre em vão.

A palavra "Amar", para mim, significa muito mais do que lá vai. Espraia-se mais. Sente-se mais.

Só quem lida com a palavra, todos os dias, lhe pode dar um conhecimento preciso, exacto.

Mas, como me desconheço a mim próprio, aposto na sua significação imensa, em prole do Amor que sinto. No agir. No sentir. Na sensibilidade. Na emoção. Num terno abraço. Num afago. Na sinceridade de um sonho sonhado por Amor.

Disso estou certo. Não tenho dúvidas ou hesitações.

Desconheço-me totalmente. Mas, "Amor" e "Amar" sinto-as. Nunca baralhei palavras. Muito menos estas palavras.

Por quê?

Quando me conhecer bem, defini-las-ei melhor do que um dicionário.

Dizem-me muito. Muito, mesmo.

Prometo, com convicção e o bom-senso de me desconhecer do que sou.
Prometo!

Constarão bem definidas do meu dicionário pessoal, precioso, que não conheço.

Pena. "Por Amar".Junho.2007



Tuesday, June 05, 2007

Olhar "Repartido"



Olhar "Repartido"




Não omito em mim olhares "repartidos". Verdadeiros. Que crêem.
Tenho poucos que se repartem, mas esses são os de maior valor, que lhes dou imenso valor e atenção, por viverem de sinceridade.
Quando a noite cai invadem-me. Assolam-me. Talvez, pelo imenso silêncio. Melancolia. Alegria.
Uma mistura, não sei bem. Como hei-de saber? O Mundo parou. Só eu plano noite adentro.
Noites sucedem-se a noites. Sucedem-se numa audição de flauta ou harpa mágicas. Consigo apurar o ouvido e ouço. Sei lá o que ouço. Se ouço ou não, não importa. Desvendo-me a mim, disso estou certo. Há uma ligeira certeza que seria total, se soubesse quem sou. Só acredito que um dia, uma noite, hei-de conhecer. Hei-de conhecer-me bem ou mal, mas conhecer-me.
Não acreditam? Hoje, estou vestido com uma "capa". Amanhã, sem "capa".
Acreditam!
Ainda bem!
Estou mais descansado, acreditem!
Até porque consigo estar melancólico e alegre ao mesmo tempo.
Sinto-me com um olhar repartido!

Poliedro.1 hora e 30 minutos da manhã.Junho.2007

Monday, June 04, 2007

A Descoberta de outros Mundos de Maravilha!




A Descoberta de outros Mundos de Maravilha!
A Enorme Importância da Leitura!

Sunday, June 03, 2007

A Significação de um Quotidiano


A Significação de um Quotidiano


Nunca exagerei uma conduta que pudesse preocupar-me.
Não vivo de exageros.
Na minha humildade de carácter preocupo-me. Só preocupado por viver.
A vida sempre me sorrio. Também não a consigo explicar.
Penso, somente, que o aborrecimento se prolonga, se propaga às outras pessoas.
Não queria que sucedesse assim.
Eu sou apenas. Só apenas!
Luto quando tenho de lutar. Apego-me quando tenho de apegar-me. Sinto quando tenho de olhar. Olho com o meu olhar quando vejo. Sinto a vida. Sinto apenas as pessoas. As suas vidas. As suas formas de carácter. Os seus sentimentos.
Por vezes, a vida regeita-me com razão. Talvez, por não a perceber. As pessoas e eu.
Acato, preocupado. Também não sou para agradar. Apenas para preocupar.
A complexidade de existir explica-se assim. E, eu, aceito-a. Talvez, seja a melhor forma de conduzir o meu eu complexo, consciente ou inconsciente, que faz parte do que sou.
Sei que não sou nada. Um vazio optimista. Sim! Uma vazio optimista. Um vazio existencial que as pessoas comentam sem entender.
Eu também não entendo.
Por isso está correcto. Tudo, demasiado correcto. Perfeito!
Quando me abandono a mim próprio permaneço nesse eterno vazio optimista. Não que não ame? Eu amo com amor!
Quando assumo uma introspecção, sinto-me verdadeiro. Sinto-me sincero.
A vida deu-me dois filhos e eles simbolizam imagens sempre presentes. Sempre arrumadinhos em mim.
Sinto-me divagar. Por vezes, entrar em Mundos, sem pedir licença ou bater à porta do sentir e pensar das pessoas, que também são os meus Mundos. Francos. Aprazíveis, De encanto e delícia.
Sinto-me invadido por uma sensação de não ter de explicar nada.
Por que razão explico?
Porque a vida merece. As pessoas merecem. E, o amor que sinto por elas é indescritível.
Os compromissos eternos que assumi estão em mim. Nunca os omiti. Nunca os ignorei. Saltitam em mim, saltitam no que sou. Acarretam forças que me deslumbram.
Obrigado à vida. Um obrigado que não esqueço. Nunca esquecerei.
A significação do meu quotidiano está explicada.
Apenas, sinto-me com vontade de viver.
Com as forças que me restam.
Reconhecido a elas.
Por Amor. Um amor imenso!
Agradeço o meu amor à vida. Às pessoas que tenho na cabeça. Na psicanálise que faço de mim.
Constante! Inadiável!
Eternamente constante!

Poliedro. "Um reconhecimento ao meu Quotidiano". Junho.2007