In "Público" (?)
(há muito tempo...)
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"As rugas do espírito fazem-nos mais velhos do que as do rosto."
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Michel Eugene de le Montaigne.
1533-1592
Jurista e político
02 junho 2022
01 junho 2022
31 maio 2022
Hoje é dia dos irmãos...
Só o soube a meio da tarde
mas quero deixar aqui uma lembrança...
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... com uma fotografia tirada
no dia 2 de Maio de 1944.
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Um abraço grande mano Olímpio,
neste Dia dos Irmãos.
29 maio 2022
Música no Parque do Bonfim...
...escrito num dia de Ano Novo,
em 1 de Janeiro de 1994
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1. Há um louco no Bonfim!!...
Há um louco à solta, no Parque do Bonfim!!...
São 9 horas do dia 1 de Janeiro de 1994!...Dorme-se ainda, naturalmente, para recuperar da noitada mais ou menos prolongada a que toda a gente se atreveu.
Estão desertas as ruas!
De onde em onde, muito de onde em onde, um carro passa quase sem barulho, como que a pedir desculpa de andar na rua àquela hora...
Está deserto o parque do Bonfim... Também o tempo não ajuda, não admirando que venham a cair algumas pingas dentro em breve...
A esta hora, provavelmente estará encerrada a Casa de Chá do Parque do Bonfim, tal como os quiosques de venda de jornais que circundam o parque e o tempo não está para bancos de jardim... mesmo que já fosse meio dia...
A menos que se trate de um caso de cibernética...
A menos que se trate de um caso de automatismo...
A menos que se trate de um caso de comando à distancia...
Nesse caso o louco não deambula no parque do Bonfim, mas em qualquer outro local onde é forçoso ser procurado!... E entregue a um Instituto de Sanidade Mental...
2. Contava-se há muito tempo, quando eu era rapaz e estudava ainda, que havia em Coimbra um homem marreco, que fazia pela vida remendando uns sapatos, pondo-lhes umas meias solas ou aumentando-lhes o tempo de vida com umas gáspeas lisonjeiras e cuja corcunda era o alvo dos dichotes de uns quantos passantes atrevidos e insensíveis...
O pobre homem, humilde e sem remédio... aguentava o que podia e lá ia carregando a sua cruz... daquela maneira incómoda...
Até que um dia, farto de ouvir o que não queria, numa insistência sem dignidade, resolveu num momento de fortaleza que não tinha, agarrar na forma de ferro, e espetar com ela, na cabeça do mal formado mental que o agredia impiedosamente, sem motivo algum...
O julgamento, que se seguiu à prisão do marreco, foi paradigmático, no processo de defesa...
O causídico ilustre, chamado à defesa do remendão, iniciou a intervenção, naturalmente dirigindo-se ao Tribunal, com um propósito e um respeito maiores ainda do que o habitual.
"Meritíssimo Juiz
Exmº Representante do Ministério Público
Minhas Senhoras e Meus Senhores..." ,
após uma pausa prolongada, repetiu
"Meritíssimo Juiz
Exmº Representante do Ministério Público
Minhas Senhoras e Meus Senhores..."
De novo, a pausa..., agora um olhar circundante, envolvendo todo um auditório que enchia a sala das audiências que abarrotava... e, de novo, olhando nos olhos o Juiz que presidia
"Meritíssimo Juiz
Exmº Representante do Ministério Público
Minhas Senhoras e Meus Senhores..."
... e quando, depois de mais duas ou três repetições, o Meritíssimo, um tanto agastado, lhe pergunta se se tinha engasgado e o convida a prosseguir na defesa, o causídico apenas lhe responde:
"Meritíssimo Juiz
A defesa desta pobre Homem está feita e foi V.Exª quem acabou de a fazer!!...
Ao agastar-se por ter ouvido, em três escassos minutos, meia dúzia de palavras, repetidas outras tantas vezes, e em nada ofensivas, à Sua Dignidade, só e apenas porque as repeti por três ou quatro vezes imagine V.Exª o calvário deste Homem que durante uma vida inteira ouviu e sofreu os vexames de um indivíduo sem escrúpulos, sem dignidade e sem alma... "
Não sei qual foi a sentença...
Nem sei se é verdadeira a História...
...mas, se non é vero, é bene trovato...
3. Sempre fui da opinião que o interesse pela leitura deve ser incutido nos jovens tão cedo quanto possível e em doses suaves mas progressivamente crescentes, não vá surgir qualquer "indigestão"...
Nunca se deveria "obrigar" uma criança a ler um livro e nesse aspecto torna-se por demais evidente que a escolha das sugestões de leitura tem uma importância fundamental.
Creio ser ainda de caracter obrigatório a leitura de algumas obras de autores portugueses que se processa nas nossas Escolas secundárias e sobre as quais paira sempre a perspectiva da prestação de provas de conhecimentos que transcendem o simples prazer da leitura.
Ora, como os testes, por melhores que os nossos jovens sejam, são encarados, quase sempre, como um "grande frete", como um "grande castigo", lógico será admitirmos que a leitura de uma obra de um qualquer autor português se torna uma coisa a esquecer o mais rapidamente possível, e tanto mais quanto pior for o resultado do teste...
O gosto pela leitura há-de regressar mais tarde, se for caso disso e, se não por outros motivos, pelo menos que sirva para, nas manhãs de segunda feira, através das peças dos jornais desportivos, se por em dia com os golos marcados pelo jogador da nossa preferência...
Não é por acaso que aqueles são os jornais que apresentam as maiores tiragens, em Portugal...
4. Vêm estas palavras a propósito do sistema musical que, talvez em Novembro, foi posto a funcionar no Parque do Bonfim... presume-se que para deleite dos utentes que frequentam o dito...
Teria sido, por entre outras coisas, para prestar uma homenagem devida ao nosso bom Amigo Senhor Antonino Pestana?...
O senhor Pestana era um Homem bom e cuidadoso. Melómano?!... Sim, enorme... mas com a exacta consciência da finalidade do seu trabalho. Horas seguidas, de madrugada, sozinho, escolhendo e gravando as peças musicais, para transmitir durante o dia, numa idade em que devia ter já começado, há muito, a preocupar-se com a sua saúde.
A transmissão, sempre a horas certas, era impecável e o volume sonoro sempre abaixo dos decibéis "permitidos por uma lei" que nem sequer ainda existia...
A renovação musical que ele próprio executava e lhe saía do corpo nas frias madrugadas, de muito inverno passado..., a limitação temporária que ele mesmo se impunha à emissão da sua
gravação diária, em cada dia passado no Parque do Bonfim... era a prova do seu saber, a prova do seu cuidado, um acto de pedagogia.
O bom senso que nunca o abandonou, embora muito Amigo que era da Música, ao não permitir que quaisquer outras pessoas, ou por não quererem, ou por não gostarem ou por não suportarem imposições de caracter musical ou ainda por não estarem afins, quando em casa trabalham nos seus afazeres ou repousam do trabalho de um semana, pudessem de algum modo sentir-se agredidos por uma música que não pediram para ouvir e que eventualmente os virá a
saturar, apesar da luminosidade, e da alegria, e do arrebatamento de uma "Scheherazade" de Korsakow ou de um "Capriccio" de Tschaikowsky que nos saturámos de ouvir... durante quase todo o mês de Dezembro, invariavelmente das 9 horas da manhã até, muitas das vezes, depois das 22 horas... durante todos os dias da semana, ao Sábado e até ao Domingo!!...
Quer dizer, num caso destes o remédio pode matar... pelas doses maciças e repetidamente obrigadas a tomar por via da ausência de defesa por parte do doente...
É o caso dos nossos alunos aprendizes de leitor... no que respeita à obrigação de ler o que lhes impõem...
É o caso do sapateiro de Coimbra...( e do seu Patrono...) no que diz respeito a à insistência e à repetição dos acontecimentos...
É o caso do nosso saudoso Amigo Sr.Antonino Pestana que, sem uma lei que havia de vigorar muitos anos após o seu tempo, já a cumpria, guiado apenas, e tão somente, porque tinha um poucochinho de bom senso...
São neste momento 14 horas e 30 minutos.
Lá fora a música do Parque do Bonfim continua... em grande forma, os decibéis do costume...
Dois rapazotes esperam, sentados no banco da paragem, o autocarro que teima em não chegar...
Passos incertos, mais além, pensando sabe Deus em quê, um Homem atravessa a rua, sem olhar o transito, que não existe... Vai a caminho do Parque... quem sabe atraído pelas canções da quadra festiva que decorre...
Ou será o louco que volta para terminar com esta loucura musical à prova de controlo remoto?...
Fico esperançado... e sigo, com os olhos ansiosos, o seu andar... Perdeu-se, agora, por entre os ramos despidos das folhas que não vejo... também elas fugindo, certamente, à sanha musical que
invadiu o seu recanto...
Um pouco mais à frente, por detrás do edifício da Casa de Chá do Parque (será que ainda é conhecida por este nome tão lindo?...) vejo erguerem-se e baixar de novo, em seguida, num baile lindo de ver, os jactos dos repuxos do lago renovado, numa incerteza constante sobre o momento final do seu bailado. Será que também eles, os repuxos, anseiam pelo final daquela melodia sem fim?...
Não posso crer!... Não acredito!...
É a melodia interrompida!
Pelo "nosso" Homem que chegou...
Há dois minutos que Parque não gera um único som!...
Não emite um gemido sequer...
É a Esperança renovada de uma soneca de tarde, de uma "siesta" retemperadora do pouco tempo dormido, gasto a ver, num desperdício de tempo tão pessimamente gerido, três meninas a cantar até as tantas da matina, as mais famosas "Canções do Século"...
Mas está bem!
Vou recuperar de tarde...
Vou, finalmente, pôr o sono em dia...
Vou, finalmente, dormir um pouco mais!!...
Esperança perdida... espectativa gorada...
Acudam!... O Homem..., o louco..., acabou de ligar a cibernética!... Acabou de ligar, de novo, o brinquedo que dá música!!
Voltou o disco!... Rebobinou a fita!!...
...e está a tocar a mesma!!!...
SOCORRO!!!!... Srª D.Paula Costa !!!!...
.
Setúbal, em
01/01/1994
Às 15h:40m
Há dois minutos que Parque não gera um único som!...
Não emite um gemido sequer...
É a Esperança renovada de uma soneca de tarde, de uma "siesta" retemperadora do pouco tempo dormido, gasto a ver, num desperdício de tempo tão pessimamente gerido, três meninas a cantar até as tantas da matina, as mais famosas "Canções do Século"...
Mas está bem!
Vou recuperar de tarde...
Vou, finalmente, pôr o sono em dia...
Vou, finalmente, dormir um pouco mais!!...
Esperança perdida... espectativa gorada...
Acudam!... O Homem..., o louco..., acabou de ligar a cibernética!... Acabou de ligar, de novo, o brinquedo que dá música!!
Voltou o disco!... Rebobinou a fita!!...
...e está a tocar a mesma!!!...
SOCORRO!!!!... Srª D.Paula Costa !!!!...
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Setúbal, em
01/01/1994
Às 15h:40m
... e a música continua!
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J.J.M.Matos
J.J.M.Matos
Os sete pecados capitais...
Os Sete Pecados Capitais
Eles só foram enumerados no século VI, pelo papa São Gregório Magno (540-604), tomando como referência as cartas de São Paulo.
Gula – Avareza – Soberba – Luxúria – Preguiça – Ira – Inveja
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Eles só foram enumerados no século VI, pelo papa São Gregório Magno (540-604), tomando como referência as cartas de São Paulo.
Gula – Avareza – Soberba – Luxúria – Preguiça – Ira – Inveja
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e as Sete Virtudes
para combater os pecados capitais.
Temperança – Generosidade – Humildade – Castidade – Disciplina – Paciência – Caridade
para combater os pecados capitais.
Temperança – Generosidade – Humildade – Castidade – Disciplina – Paciência – Caridade
28 maio 2022
A pintura de Graça Lagrifa...
Foi Graça Lagrifa quem escreveu:
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"Foto de referência de @servetcinar. Este olhar veio da Turquia e é o meu retrato de hoje."
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27 maio 2022
Entre a liberdade e a Lei...
...num poema
a que
Pedro Homem de Melo
deu o nome
Oásis
.
Pedro Homem de Melo
(1904 - 1984)
.
Oásis
.
Aquela praia-contraste
Entre a liberdade e a lei
(Aquela praia ignorada!)
Foste tu que ma mostraste
Ou fui eu que a inventei?
Lençol de seda ou de linho?
Lençol de linho bordado?
Deitei-me nele ao comprido...
Lençol de seda ou de linho?
Lençol de espuma comprido...
Lençol de areia queimado!
Ai! aquela praia! Aquela
Que, na minha embriaguez
Manchei sem dó! Fiquei triste
Logo da primeira vez
Em que a vi... Não o sentiste?
Agora, lembro-me dela
Como de um lençol de renda
Rasgado por minha mão...
E fico triste, tão triste!
Todas as praias são brancas
E só aquela é que não!
Moinhos que andais no vento,
Leite que escorres na Lua,
Quero pedir-vos perdão!
Mas é tão grande, tão grande
Ai! é tão grande o contraste
Entre a liberdade e a Lei
Que, às vezes até nem sei
Se aquela praia ignorada
Foste tu que me mostraste
Ou fui eu que a inventei...
Aquela praia-contraste
Entre a liberdade e a lei
(Aquela praia ignorada!)
Foste tu que ma mostraste
Ou fui eu que a inventei?
Lençol de seda ou de linho?
Lençol de linho bordado?
Deitei-me nele ao comprido...
Lençol de seda ou de linho?
Lençol de espuma comprido...
Lençol de areia queimado!
Ai! aquela praia! Aquela
Que, na minha embriaguez
Manchei sem dó! Fiquei triste
Logo da primeira vez
Em que a vi... Não o sentiste?
Agora, lembro-me dela
Como de um lençol de renda
Rasgado por minha mão...
E fico triste, tão triste!
Todas as praias são brancas
E só aquela é que não!
Moinhos que andais no vento,
Leite que escorres na Lua,
Quero pedir-vos perdão!
Mas é tão grande, tão grande
Ai! é tão grande o contraste
Entre a liberdade e a Lei
Que, às vezes até nem sei
Se aquela praia ignorada
Foste tu que me mostraste
Ou fui eu que a inventei...
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in. "366 poemas que falam de amor",uma antologia organizada por
Vasco Graça Moura - 2003
26 maio 2022
São quadras, meu bem... são quadras!...
.
Se tu me deres duas asas
Vou da minha casa à tua
Pois as nossas duas casas
Se tu me deres duas asas
Vou da minha casa à tua
Pois as nossas duas casas
São portas da mesma rua
25 maio 2022
Eles foram professores do Liceu...
em Abril de 1974.
(e nos anos seguintes.)
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Ana
Maria Lampreia Valadas
.
Era natural de Alvalade
onde nasceu em 24 de Outubro de 1949.
Como habilitações, possuía o Bacharelato em História e possuía o Curso de Ciências Pedagógicas.
Ana Maria Valadas
Tomou
posse como professora eventual do 4ºgrupo (História) em 1 de Outubro de 1975 e
terminou o exercício em 30 de Setembro de 1976; no seu segundo ano ocupou o seu
cargo apenas por dois meses, tendo terminado o exercício em 30 de Novembro de
1976.
Ana Maria Revez tinha sido aluna no nosso Liceu, a partir do ano lectivo de 1960/61 e aqui fez todo o seu trajecto no ensino secundário.
24 maio 2022
Parabéns!... 24 de Maio
A Gabriela faz anos hoje.
Desejo um belo dia com muitas prendas
e muito boa disposição.
.
23 maio 2022
Em todo o caso dava uma aguarela...
... num poema a que
Cesário Verde
deu o nome
De tarde.
.
Cesário Verde
deu o nome
De tarde.
.
De tarde
.
Naquele "pic-nic" de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.
Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
.
Cesário Verde
in. "366 poemas que falam de amor",
numa antologia organizada por
Vasco Graça Moura - 2003
22 maio 2022
21 maio 2022
Setubalense - 1974 - Agosto
.
07.08.1974
Acidente.
Num desastre de automóvel faleceu o Dr. Elísio Morgado que contava
53 anos de idade e era natural de Vila Velha de Rodão.
.
07.08.1974
Sessão de esclarecimento.
Pedro Roseta presidiu em Setúbal a uma Sessão de Esclarecimento.
.
14.08.1974
Política
A Câmara insurgiu-se contra um almoço, oferecido por Elmano Alves,
ao qual compareceram cerca de trezentos correligionários que testemunharam a
elevada consideração e estima que lhes merece tão conhecido e destacado
militante fascista.
.
28.08.1974
Mini piscina de Setúbal
Na próxima 2ªfeira, dia 2 de Setembro, começa a funcionar a
primeira mini piscina (tanque de aprendizagem), construído na nossa cidade, no
Bairro do Montalvão, junto da Escola primária.
20 maio 2022
18 maio 2022
Dr.ªMaria Joana Meira...
Tivemos ontem a notícia triste de ter falecido em Lisboa.
.
Foi uma excelente professora no Liceu Nacional de Setúbal em finais da década de sessenta, deixando gratas recordações a muitos dos seus alunos.
.
Dr.ª Joana Meira
Toma e embrulha...
... e não creio tratar-se de uma anedota.
.
Um
senhor canadiano já idoso, chegou a Paris de avião.
No balcão de controle de entradas, o homem levou alguns minutos para localizar
o seu passaporte.
- "Você já esteve em França antes, monsieur?" perguntou o
funcionário da alfândega com ar sarcástico.
O senhor canadiano admitiu que já havia estado anteriormente em França, mas há
muito tempo.
- "Então você deveria saber que devia ter o seu passaporte pronto para
nos mostrar."
O canadiano disse então:
"Sabe, da última vez que estive aqui, não
precisei de mostrá-lo".
O funcionário da alfândega insurgiu-se:
-
" Impossível, os canadianos precisam sempre de mostrar o seu passaporte à
chegada a França!"
O veterano canadiano lançou um longo olhar ao francês da alfândega e explicou
em tom suave:
- "Bem, quando cheguei à praia de Juno Beach no Dia D em 1944 para
ajudar a libertar este país, não consegui encontrar um único francês para
verificar os meus documentos...!!!
.Si non è vero , è bene trovato...
16 maio 2022
Se ainda tens pena...
... num poema a que
Guerra Junqueiro
deu o nome de
Morena.
.
Guerra Junqueiro
(1850 - 1923)
.Morena
Não negues, confessa
Que tens certa pena
Que as mais raparigas
Te chamem morena
Pois eu não gostava,
Parece-me a mim,
De ver o teu rosto
da cor do jasmim.
Eu não... mas enfim
É fraca a razão,
Pois pouco te importa
Que eu goste ou que não.
Mas olha as violetas
Que, sendo umas pretas,
O cheiro que têm!
Vê lá que seria
Se Deus as fizesse
Morenas também!
Tu és a mais rara
De todas as rosas;
E as coisas mais raras
São mais preciosas.
Há rosas dobradas
E há as singelas;
Mas são todas elas
Azúis, amarelas,
De cor de açucenas,
De muita outra cor;
Mas, rosas morenas,
Só tu, linda flor.
E olha que foram
Morenas e bem
As moças mais lindas
De Jerusalém.
E a Virgem Maria
Não sei... mas seria
Morena também
Moreno era Cristo.
Vê lá depois disto
Se ainda tens pena
Que as mais raparigas
te chamem morena!
.
Guerra Junqueiro
in. "366 poemas que falam de amor",
numa antologia organizada por
Vasco Graça Moura - 2003
15 maio 2022
Setubalense - 1974 - Julho
.
01.07.1974
Sessão de esclarecimento do PPD.
“A terra é para quem a trabalha.” Afirma Carlos Macedo.
.
08.07.1974
Feriado Municipal
Por despacho do ministro da Administração Interna foi homologada a
deliberação que promove o dia 15 de Setembro a feriado municipal.
.
10.07.1974
Os trabalhadores da Socel que tomaram conta da Fábrica reuniram-se
com os órgãos da informação.
… o desenhador Fernando Camarinhas, em nome da Comissão, historiou
o movimento registado desde o dia 1 de Maio.
.
10.07.1974
Setúbal – cidade satélite de Lisboa?
Com uma foto que mostra a comissão que, presidia pelo Dr. Carlos
Botelho Moniz, pediu a criação do Distrito.
.
10.07.1974
O Eng. Joaquim de Carvalho Bragança é indigitado para presidir à
Comissão de Apoio Técnico ao Município.
.
12.07.1974
Manifestação do Funcionalismo Público, de Setúbal.
“Não estamos dispostos a vender o nosso trabalho a um preço
irrisório.”
“Ordenados honestos para trabalho honesto.”
(com foto do “nosso camarada Rogério Severino quando no uso da
palavra”.)
.
12.07.1974
Óbito
Faleceu o Sr. Silvério António Tavares.
.
15.07.1974
No dia 11, Marcelo Rebelo de Sousa fez, em Setúbal, uma sessão de
esclarecimento (PPD) em que versou o tema “A problemática do ensino em
Portugal.”
.
15.07.1974
O Vice-Presidente do Círculo Cultural barbaramente agredido por
“Democratas” (a pontapé e com um banco, por dois “colegas”, dentro das
instalações)
… “Cuidado com os “consolidadores das liberdades" alcançadas no 25
de…”
.
19.07.1974
Falecimento
Luciano Ângelo Rouillé
Com a idade de 65 anos faleceu ontem o Sr. Luciano Ângelo Rouillé
que foi desportista muito considerado na modalidade de tiro, em representação
do V.F.C., do qual foi dirigente durante vários anos. Desempenhou igualmente
funções directivas no Clube Setubalense e na Santa Casa da Misericórdia de
Setúbal.
O extinto era casado com a Sr.ª D. Helena Pinto de Almeida Rouillé
e pai das Sr.ªs D.Ivone e Margarida de Almeida Rouillé.
.
29.07.1974
Alguns presos da cadeia de Setúbal insubordinaram-se (ontem) e
apresentaram reivindicações.
.
31.07.1974
Alerta centro direita, um novo nome para o fascismo.
(Comenta: "Rogério Severino”).
14 maio 2022
Eles foram professores do Liceu...
em Abril de 1974.
(e nos anos seguintes.).
Judite Dória Cortesão Lopes Monteiro.
.
Era natural de Coimbra onde nasceu em 9 de Julho de 1941.
Fez o Curso Liceal no Liceu de Castelo Branco onde o seu pai, Ivo de Cortesão foi um ilustre, e nunca esquecido, professor de Português.
.
Judite Dória Cortesão
.
Licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e foi professora efectiva do 2ºGrupo (Francês), no ano lectivo de 1975/76, nomeada por portaria publicada no Diário do Governo, nº139, II Série, em 15 de Junho de 1976. Tomou posse e entrou em exercício o dia 1 de Outubro de 1975. Exerceu o cargo até 30 de Setembro de 1976. Foi-lhe atribuído um horário de 22 horas de serviço lectivo semanal.
Esteve apenas um ano lectivo no nosso Liceu.
12 maio 2022
O início de uma bela jornada...
...na manhã do dia
24 de Janeiro de 2015,
junto do "Trigo Real".
.
Passadas 3 horas e 250 km, um "cabrito estonado"
esperava por nós no Restaurante "Prontinho".
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