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28 setembro 2021

Depois que a vi desfeita...

 num poema de
Carlos Queirós
que lhe deu, por título:
Canção Grata.
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Carlos Queirós
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Canção Grata

Por tudo o que me deste:
— Inquietação, cuidado,
(Um pouco de ternura? É certo, mas tão pouco!)
Noites de insónia, pelas ruas, como um louco…
— Obrigado, obrigado!

Por aquela tão doce e tão breve ilusão.
(Embora nunca mais, depois que a vi desfeita,
Eu volte a ser quem fui), sem ironia: aceita
A minha gratidão!

Que bem me faz, agora, o mal que me fizeste!
— Mais forte, mais sereno, e livre, e descuidado…
Sem ironia, amor: — Obrigado, obrigado
Por tudo o que me deste!

Carlos Queirós
1907/1949

27 setembro 2021

Memórias de há muito...

 ... que saudades.
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Esta foto foi tirada em Fevereiro de 1953.
Numas férias de Carnaval, no Algarve,
quando frequentávamos o nosso 7ºAno
no Liceu de Nun'Álvares
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Em 1ºplano: a Maria José Morão Pinto Correia, a Maria Júlia Ribeiro Costa e a Ilda do Carmo Silva.
No 2ºplano: a Maria Onémia Carmona, a Maria Luísa Vieira Pinto Garcia (Mia), a Marília de Jesus Nunes Pereira e a Maria da Conceição Sequeira Faria de Sousa.
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A Maria Júlia já nos deixou há muito... Das outras, nem quis saber se ainda por cá andam!...
Evito assim mais algum desgosto.

25 setembro 2021

Escrito na pedra...

In "Público"
22.09.2021
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"Um boletim de voto tem mais força do que um tiro de espingarda."
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Abraham Lincoln
1809-1865
estadista

24 setembro 2021

Estou em falta...

 ...com o Afonso Costa
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Nas suas pesquisas pessoais, este antigo aluno do nosso Liceusempre que encontra qualquer notícia de interesse, faz o favor de me enviar uma cópia. Desta vez... deixei passar uns dias sem lhe agradecer uma notícia que me enviou. 
Não se pode ser velho!... E, creio, que o Afonso Costa me vai perdoar.
Deixo aqui o documento que ele me enviou há dias.

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Numa altura em que o actual "Liceu Novo" está necessitando de muitas e profundas obras, como o telhado do Ginásio, o da Biblioteca e o de muitas salas de aula... vem muito a propósito esta nota do Diário do Governo de 30 de Junho de 1928, assinada pelo Ministro Duarte Pacheco, que aqui deixo, enviada pelo Afonso Costa.
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E, a propósito, o que sucedeu à Deliberação Nº191/2020, aprovada por unanimidade, na reunião Nº10/2020, da Câmara Municipal, realizada em 01.07.2020, que teve como assunto, discutir a 
"Moção - Urgência de obras de requalificação 
da Escola Secundária du Bocage."
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Ter-se-ia a Senhora Presidente da Câmara Municipal de Setúbal esquecido de dar seguimento a esta deliberação ou teria sido já o Ministro Tiago Brandão Rodrigues a "meter na gaveta" a requalificação da Escola Secundária de Bocage?!...
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Responda quem souber...

22 setembro 2021

Sabe onde fica...

 ...esta rua?
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Dou uma ajuda. Até ao início da década de sessenta tinha um grande movimento nas tardes dos domingos...
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Que rua é esta na cidade de Setúbal?...
( a foto é do Américo Ribeiro)

21 setembro 2021

Humor antigo...

 ...com o traço de 
Kiraz
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- Não posso suportar estas pessoas que se nos dirigem na rua!...

19 setembro 2021

Faleceu hoje o Zé Galvão...

Com a saúde deveras abalada
desde há algum tempo
o José João Romana Galvão
deixou-nos esta tarde.
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José João Romana Galvão,
um Amigo de há muitos anos
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Deixo os meus sentidos pêsames,
a toda a Família, 
nas mãos do irmão Júlio Galvão
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Que repouse em Paz.

Morreu José-Augusto França.

José-Augusto França morreu 
este sábado, aos 98 anos.
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Historiador, sociólogo e crítico de arte José-Augusto França faleceu ontem, na casa de saúde de Jarzé, em França, onde estava internado há vários anos. Há cerca de três meses tinha sofrido um AVC.
Natural de Tomar, José-Augusto França foi responsável por estudos pioneiros sobre a reconstrução da Baixa Pombalina após o terramoto de 1755, ou sobre figuras como Amadeo de Souza-Cardoso, Almada Negreiros ou Rafael Bordalo Pinheiro.
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José-Augusto França
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Em 1956, a AEFCL organizou uma Exposição de Pintura de artistas contemporâneos que teve como orientador José-Augusto França. Morava, nessa altura, e durante muitos anos depois, no 2ºandar de um edifício da rua da Escola Politécnica, mesmo em frente da escadaria principal daquela Faculdade e, também, muito próximo da sede da nossa Associação de Estudantes, ali mesmo à entrada do Jardim Botânico.
José-Augusto França orientou-nos e chegou a "emprestar-nos" um quadro valioso que tinha na sua residência para fazer parte daquela Exposição (e cujo seguro tratámos logo de fazer). Entrei pela primeira vez em sua casa para transportar, com o auxílio do António Alves Martins, então Presidente daquela Associação de Estudantes, o quadro que nos cedeu... Tenho pena de não recordar agora o nome do artista autor daquele quadro... que figurou então ao lado de obras executadas por pintores já célebres ou que se deram a conhecer a partir dessa época. Lembro os nomes de alguns pintores que ali estiveram representados como Amadeu de Sousa Cardoso, Júlio Pomar, Cruzeiro Seixas, Júlio Resende, Abel Manta, Fernando Lanhas, Henrique Medina (?), Mário Eloy e Marcelino Vespeira. 
A segunda vez que tive a oportunidade de entrar na casa de José-Augusto França foi no dia da entrega desse quadro àquele que foi o nosso "orientador" naquela famosa Exposição que foi um êxito naquela época.
A zona de Lisboa onde morava era também conhecida por Monte Olivete.
Em Outubro de 2001, José-Augusto França publicou um livro que batizou com o nome de "Monte Olivete - minha aldeia"
Inicia a sua escrita de um modo muito curioso: 
"Vive o autor há mais de cinquenta anos ao cimo do Monte Olivete, com vista dele para S.Bento e a Estrela, o largo Tejo e, a nascente, S.Pedro de Alcântara e o Jardim Botânico, o Príncipe Real ao lado. É sítio medieval da cidade, no vasto espaço do antigo Campolide que aqui começava, e à beira da Cotovia, um alto na alongada colina vinda de S. Francisco, em que o mesmo monte se funde, com as suas encostas, para Valverde e para o vale de S.Bento. As datas conhecidas destas designações orçam até finais do século XIV (que ao Monte Olivete, di-lo expressamente Fernão Lopes, chegou e "esteve ali grã parte do dia" o rei D.João II de Castela quando em Maio de 1384, cercou a cidade de D.João I, de Portugal), mas já em princípios do século XIII, e em 1400 e em 1386, Campolide e a Cotovia (de onde o nome? do pássaro ou do árabe "cotubia", minarete? - hum...), eram citados em documentos de inquirição, de doação ou de demarcação. Se é Campolide, que ia diferentemente do Rato a Alcântara, não é já o Compolet dos Santos, do Cruzado Osberno, em 1147, como alvitrou Júlio de Castilho em 1879. Por mim..."
Trata-se de um livro extraordinário para qualquer pessoa mas que toca profundo em quem passou alguns dos seus anos ligado àquela zona de Lisboa.
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Que descanse em Paz
Um Homem a quem Lisboa
fica a dever muito...
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16 de Novembro de 1922/
18 de Setembro de 2021

18 setembro 2021

Se canto são as palavras...

 "se canto são as palavras" é uma das maiores antologias dedicadas à obra do poeta albicastrense António Salvado. Com organização do ensaísta Paulo Samuel, surge publicada no âmbito dos 250 anos da cidade."
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O poeta albicastrense António Salvado acaba de ver publicada uma das mais completas antologias da sua obra, "se canto são as palavras", organizada pelo ensaísta e professor universitário, Paulo Samuel. É um livro que tem a particularidade de percorrer a obra poética de António Salvado desde 1955, ano em que foi editado o seu primeiro título, até 2020.
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"...aquele sorriso disfarçado dos meus lábios..."
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O percurso do poeta é apresentado em 150 página, um número que corresponde à soma da idade de António Salvado (85 anos) com o período que decorre desde a publicação do seu primeiro livro (65 anos).
Esta antologia é uma homenagem ao poeta albicastrense. Uma homenagem que abraça o país e o mundo e que é também feita a Castelo Branco, onde António Salvado nasceu e que está ao longo de 2021 a assinalar os 250 anos de cidade.
Em declarações ao Reconquista António Salvado recorda que "várias antologias de poemas meus têm sido publicados em Portugal e em Espanha. Destas últimas relevo a sua amplitude geográfica iberoamericana".
(...)
António Salvado adianta que "esta antologia distingue-se em todos os aspectos: desde o trabalho de Paulo Samuel, na profunda atenção posta na organização deste volume, como a escolha criteriosa dos poemas antologiados; o prefácio, que constitui uma excelente análise da minha poesia; o estabelecimento da exaustiva bibliografia relativa a todos os meus livros (poesia e prosa); até à pintura do meu rosto pelo notável pintor Ermeneciano (com aquele sorriso disfarçado dos meus lábios, que diz muito...). Todas estas coordenadas se conjugaram para a importante concretização desta antologia."
O livro é apresentado em capas duras e inclui um caderno impresso a cores com as capas de todos os livros publicados por António Salvado.
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in. "Reconquista"
16.09.2021
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NB :
Com a devida vénia
agradeço a "Reconquista"
a leitura e a transcrição deste artigo sobre
o "António Salvado", 
meu Amigo
desde há 80 anos...

17 setembro 2021

Parvoíces...

Num artigo da autoria de
Rodrigo Alves Taxa
publicado esta manhã 
no "Jornal i"
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Rodrigo Alves Taxa
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Há já algumas semanas que ando para escrever sobre este tema tão badalado do denominado negacionismo e começo por aclarar desde já que não sou negacionista. Não sou negacionista e muito menos sou contra a vacinação. Pelo contrário. A covid existe, está aí, já matou milhões de pessoas em todo o mundo, é um problema real e, portanto, se ser negacionista for negar a existência deste vírus e da pandemia, isso, por si só, é apenas uma parvoíce. Uma grande parvoíce. 

Dizer isto não significa que não compreenda quem entende que este vírus possa ter uma natureza e origem laboratorial, que pode estar a servir de trampolim para um determinado caminho global subjugado a forças ainda desconhecidas na sua totalidade ou, até mesmo, que as vacinas possam não ter a garantia de salvação que se verifica noutras patologias. São dinâmicas distintas e julgo que as apresentei de forma equilibrada e lógica. Portanto, até aqui, julgo ficar bem claro que a minha grande preocupação é a saúde dos portugueses. De todos os portugueses. Repito, de todos os portugueses. Isto significa também que pese embora respeite todas as opiniões, mesmo, por incrível que pareça, a do negacionismo que considero uma parvoíce, aquilo que já não admito, são alguns comportamentos que tenho assistido na nossa sociedade e que passam do razoável para o inadmissível. Em primeiro lugar, quero condenar de forma bem vincada os graves ataques e ofensas que têm sido feitos ao vice-almirante Henrique Gouveia e Melo. É indigno, inadmissível, intolerável e vergonhoso que alguém chame a Henrique Gouveia e Melo, assassino. Assassino ou qualquer outro epíteto desta dimensão. Defendo aliás que quem o fizer deve ser duramente punido. Gouveia e Melo merece respeito e admiração numa tarefa hercúlea a que tem sabido responder. Ser negacionista é uma coisa, ser parvo, é outra.

Daqui parto para outra dinâmica que penso já estar a atingir os limites do suportável. Falo dos episódios que têm como principal interveniente o ainda juiz Fonseca e Castro. Se o homem é negacionista ou não, não sei. Já disse até, que não sendo eu negacionista não me caem na lama os parentes por respeitar quem o seja, ainda que com essa posição não concorde. Aliás, em bom rigor, estou-me a borrifar para o facto de o homem ser ou não, negacionista. Aquilo para o qual já não me estou a borrifar é a imagem errada que esta personagem dá dos juízes portugueses, pelo que defendo que deve ser o mais rapidamente possível expulso da magistratura. Da mesma forma que condeno absolutamente o episódio a todos os níveis miserável que protagonizou ao faltar grosseiramente ao respeito a forças de autoridade, fazendo peito aos agentes presentes e dizendo-lhes que estava numa posição superior a eles pelo que estes se deviam colocar no seu lugar.

Penso que quem tem que se meter no seu lugar é Fonseca e Castro. E esse lugar é fora da magistratura e do palco mediático. Comigo, Portugal respeita as suas forças de autoridade. Ponto final. Por fim, e por incrível que pareça, termino este artigo falando do episódio em que Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, foi fortemente ofendido enquanto almoçava perto do parlamento.

Deixo claro. Não tenho a mais pequena simpatia humana, política e social por Ferro Rodrigues. Nenhuma. Absoluta e rigorosamente nenhuma. Pelo contrário. Mas que diabo, ninguém minimamente equilibrado pode achar normal aquilo que se passou. E quem disser o contrário, diz outra parvoíceEu que tantas vezes, e sempre convictamente, sou rápido a pedir respeito para com o presidente do meu partido sempre que sinto que alguém não o respeita, não posso ter uma postura diferente para com qualquer outro agente político, por muito que, como é o caso, não me identifique minimamente com ele.
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in "Jornal i"
17.09.2021

15 setembro 2021

Parabéns, Manuel Maria...

 Farias hoje 256 anos!...
       1765- 2021
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Bocage

Já Bocage não sou!...

Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.

Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa!... Tivera algum merecimento,
Se um raio da razão seguisse, pura!

Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:

Outro Aretino fui... A santidade manchei!...
Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!
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14 setembro 2021

In "Público"
13.09.2021
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"É uma perfeição absoluta, dir-se-ia divina, sabermos desfrutar lealmente do nosso ser."
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Michel de Montaigne,
escritor e ensaísta francês 

13 setembro 2021

A pintura de Graça Lagrifa...

 Foi Graça Lagrifa quem escreveu:

"Foto referência de @carolfoote_photographer. Viajar através da lente desta fotógrafa, é entrar num mundo de viagens de onde é difícil afastarmo-nos.
Experimentem.
Um Sadhu Naga fotografado no festival Kumbh Mela foi o motivo para esta última pintura a pastel. Fiquem bem e tenham um óptimo fim de semana."
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Um Sadhu Naga

11 setembro 2021

Tributo ao Presidente Jorge Sampaio...

 ... num artigo do "Público" desta manhã
da autoria de
Helena Barroco
que foi Assessora Diplomática de
Jorge Sampaio.
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Jorge Sampaio
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Transcrevo apenas o final deste excelente artigo:
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Senhor Presidente, sei que não lerá esta carta, agora que nos deixou. Sei, porém, que se a lesse se comoveria e que, quase de certeza, lhe viriam as lágrimas aos olhos, Agora que se foi, é a nossa vez de chorar. Mas sei também o quanto lhe era insuportável ver semblantes carregados em seu redor e, quando isso acontecia procurava, com a sua usual afabilidade e empatia solidária, saber se poderia ser útil em alguma coisa, aliviar alguma aflição ou solucionar algum problema. E, sobretudo, sei bem que nada mais o animava e alegrava do que sentir gente feliz à sua volta, caras joviais e prazenteiras de bem com a vida.
Sorríamos, portanto.
Obrigada, senhor Presidente"
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Um apontamento bonito...

10 setembro 2021

Faleceu Jorge Sampaio...

Presidente da República entre 1996 e 2006 estava internado desde dia 27 de agosto no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide. Situação clínica de Jorge Sampaio tinha-se agravado nos últimos dias.

Jorge Sampaio

Recordações...

Setúbal em 
26 Ago 1979
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                       GI

09 setembro 2021

Humor antigo...

... com o traço inconfundível de
Don Flowers
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- A minha Mercedes teve um verão agitado...

08 setembro 2021

Parabéns!... 8 de Setembro.

A Alexandra faz hoje anos!
Beijinhos e um bom dia de aniversário...
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Alexandra Kolontai Fernandes Ferreira Godinho

Já tenho três maços, Mãe...

 ...das cartas que tu me escreves
desde que saí de casa.
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Num poema escrito por José Régio
a que deu o nome de
Colegial
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José Régio
.
Colegial
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Em cima da minha mesa, 
Da minha mesa de estudo,
Mesa da minha tristeza
Em que, de noite e de dia,
Rasgo as folhas, leio tudo
Destes livros em que estudo,
E me estudo
(Eu já me estudo...)
E me estudo
A mim,
Também,
Em cima da minha mesa,
Tenho o teu retrato, Mãe!

À cabeceira do leito,
Dentro dum lindo caixilho
Tenho uma Nossa Senhora
Que venero a toda a hora...
Ai minha Nossa Senhora
Que se parece contigo,
E que tem ao peito,
Um filho
(O que ainda é mais estranho)
Que se parece comigo, num retratinho 
que tenho,
De menino pequenino...!

No fundo da minha mala,
mesmo no fundo, a um canto,
Não lhes vá tocar alguém,
(Quem as lesse, o que entendia?
Só riria
Do que nos comove nós...)
Já tenho três maços, Mãe,
Das cartas que tu me escreves
Desde que saí de casa...
Três maços - e nada leves! -
Atados com um retrós...

Se não fora eu ter-te assim,
A toda a hora, 
Sempre à beirinha de mim,
(Sei agora
Que isto de a gente ser grande
Não é como se nos pinta...)
Mãe!, já teria morrido
Ou já teria fugido
Ou já teria bebido
Algum tinteiro de tinta!
.
in "Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa"
de Eugénio de Andrade/1999

06 setembro 2021

Quanto mais vazia...

...respiguei algures na Net... 
Muito actual.
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Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.
Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silencio me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo  - disse meu pai - é uma carroça vazia.
Perguntei ao meu pai:
- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
- Ora  - respondeu meu pai -é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando para intimidar, tratando o próximo com grossura, de forma inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo: 'Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz !!!!... "

04 setembro 2021

A pintura de Graça Lagrifa...

 Foi Graça Lagrifa quem escreveu:

"A partir de uma belíssima foto de @nattysingh e a seu pedido, a minha pintura de hoje.
É o "Faces da Índia 90". A jovem retratada é da tribo Shin. Saibam um pouco mais que vale a pena e procurarem a estória de @natysingh sobre esta tribo. Um retrato tem muito mais do que o que vemos, toda uma estória, uma cultura e gerações que o precederam e o tornaram o que ele é e um vislumbre do que vemos."
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Um retrato tem muito mais do que o que vemos...

03 setembro 2021

Escrito na pedra...

In "Público"
30.08.2021
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"Qualquer pessoa com bom senso e uma mente perspicaz irá tomar a medida de duas coisas: o que é dito e o que é feito."
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S.Heaney,
escritor

01 setembro 2021

Platão acreditava...

"
- Quantas estrelas achas que existem na nossa galáxia?
- Não sei. Quinhentos milhões.
- Quase duas centenas de milhares de milhão.
  Platão acreditava que cada alma tem uma estrela a que se regressa depois de morrer, se tiveres vivido uma vida digna. "
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(Num diálogo amoroso debaixo de um céu coberto de estrelas... no filme "A idade de Adaline". 
Quem poderá ter a certeza?!...)