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29 fevereiro 2016

Não conheci o Dr. José Freitas da Silva...

...mas vão ficar-me na memória as suas 
Crónicas inesquecíveis que até há poucos anos 
escrevia no jornal  Reconquista.
-
Recebi há momentos a notícia da sua morte em Castelo Branco.
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José Freitas da Silva
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José Freitas da Silva morreu ao inicio da tarde de sábado em Castelo Branco.

O médico natural dos Açores era uma figura bem conhecida na cidade, onde exerceu a sua actividade nas últimas décadas, destacando-se pelo contributo para o tratamento dos problemas de alcoologia e como clínico da PSP.

Ficou ainda conhecido pelos artigos de opinião que assinou durante várias décadas nas páginas do Reconquista, que recebeu a notícia com tristeza e mágoa.

O corpo de José Freitas da Silva encontra-se em câmara ardente na capela de São Marcos em Castelo Branco a partir das 18H00 de segunda-feira, dia 29.

O funeral está marcado para amanhã, terça-feira, às 9H00.
(in "Reconquista")

Escrito na pedra...

In. “Público”
04.12.2015

A diferença entre a direita e a esquerda é que a direita acredita em tudo o que lhe ensinaram e a esquerda acredita em tudo o que ensina.
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Milllôr Fernandes
1923-2012
Jornalista e humorista brasileiro.

Escrito na pedra...

In. “Público”
18.11.2015

Nem sempre podemos agradar, mas podemos falar sempre agradavelmente.
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William Golding
1911-1993
Romancista, dramaturgo e poeta inglês

28 fevereiro 2016

Provérbios...

"É melhor curvar-se do que quebrar."
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Provérbio escocês

27 fevereiro 2016

Escrito na pedra...

In. “Público”
23.11.2015

Os brutos distinguem-se dos homens, em que os homens se governam pelo entendimento e os brutos pelos sentidos.
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António Vieira
1608-1697
Padre e escritor português

26 fevereiro 2016

Estamos todos baralhados?!...

é o que nos diz
Vasco Pulido Valente
na sua coluna de Opinião,
no Público, hoje, 26 de Fevereiro,
numa Crónica a que deu o título de

Mais baralhadas

Vasco Pulido Valente
O problema do Orçamento não vem do que lá foi escrito e 
votado pela Assembleia da República, vem de quem o propôs.

O alarido que a oposição está a fazer para que o PS revele o Plano B do Orçamento é inteiramente absurdo. Toda a gente tem sempre um Plano B para tudo o que faz. Se desconfia do tempo, leva um guarda-chuva. Se pensa que vai ter calor, deixa a camisola no carro. Se desconfia que não vai acordar a tempo, põe um despertador. Só o dr. Cavaco que nunca se enganava e raramente tinha dúvidas não se preocupava, para o mal dele e para o nosso, com o plano B. Claro que há um plano B para o Orçamento do PS, sugerido ou não sugerido por Bruxelas. Se não houvesse, António Costa seria absolutamente louco e não devia estar em S. Bento, devia estar num manicómio. A importância que a direita deu ao casomostra a desorganização e vácuo intelectual da dita direita.
Tanto mais que essa mania frívola e, se me permitem, estúpida, impediu que ela visse o que estava à vista: que o Orçamento do PS não é de fiar. A extrema-esquerda começou, mas não acabou, a sua lista de exigências. O PC e Bloco informaram a Assembleia disso com a maior clareza. E, cá fora, a CGTP também. Só Deus sabe a que disparates o zelo do radicalismo nos vai conduzir. Já se fala em nacionalizar o Novo Banco (com a bênção do reverendíssimo Vítor Bento); já se fala em estender a ADSE à família dos funcionários públicos (mulheres, maridos, filhos vivendo em casa com menos de 30 anos); já se anunciou até a nomeação de 90 inspectores para liquidar de uma vez com o trabalho precário. Esta corrida não acaba antes de Portugal inteiro ficar devidamente subsidiado e falido.

A direita mal abriu a boca sobre o problema essencial do Orçamento. O problema do Orçamento não vem do que lá foi escrito e votado pela Assembleia da República, vem de quem o propôs. Parece que o primeiro-ministro, com o peso da sua rotundidade crescente, pede confiança: o que em princípio não seria completamente despropositado. O pior é que a pede também para o PC e o Bloco que não a merecem e nunca a ganharão. O cidadão vulgar quer poupar para a trapalhada que se anuncia ou arranjar maneira de proteger o seu dinheiro, se por acaso ainda lhe sobrou algum. Ninguém pensa investir um tostão em nada sob o alto patrocínio e o notabilíssimo equilíbrio da sra. Catarina Martins e do camarada Jerónimo de Sousa. E aqui, como lá fora, as pessoas tremem. Com razão.

Setubalense - 1969 - Abril

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02 Abril
Assumiu as funções de Conservador do Registo Predial o Sr. Dr. António Parreira do Amaral Cabral de Lacerda.
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02 Abril
Deixou de vender-se azeite avulso.
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05 Abril
O Dr.Fuzeta da Ponte foi empossado no cargo de Delegado do INTP, em Angra do Heroísmo
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05 Abril
Vai ser posta em praça, pelo Ministério das Obras Públicas, a empreitada de construção do edifício para a Escola do Ciclo Preparatório, de Setúbal, prevendo-se a sua conclusão em 1971.
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05 Abril
5 vitorianos escolhidos para defrontar o México.
O Dr. José Maria Antunes convocou Conceição, Carriço, José Maria, Figueiredo e Jacinto João, para o encontro com o México, no Estádio Nacional.
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09 Abril
Foi realizada ontem, a terceira Conversa em Família
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09 Abril
O Sr. Dr. Pinto Cardoso é o novo Delegado do Instituto Nacional do Trabalho, em Setúbal.
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12 Abril
O Sr. Ten. José Paulino Miranda que exerceu as funções de Patrão-Mor terminou a sua comissão de serviço, tendo sido substituído pelo Sr. Ten. Octávio José Ramos Coelho.
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12 Abril
Entrou em funcionamento uma cabine telefónica. Na Av. Rodrigues Manito.
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12 Abril
Maria Helena Martins é 3ª classificada no Concurso “Maja” de Portugal.
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14 Abril
O Sr. Dr. António Francisco Regal é o novo Subdelegado do Instituto Nacional do Trabalho e foi-lhe conferida a posse pelo Dr. António Pinto Cardoso
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14 Abril
A partir do próximo domingo, deixa de haver recolha de lixo aos domingos.
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16 Abril
Três seleccionados do Vitória para o Portugal – Suíça desta noite: Conceição, José Maria e JJ.
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16 Abril
Um carro conduzido pelo Sr. Fernando Caldeira Marques da Costa atropelou uma Senhora, na Estrada dos Ciprestes.
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19 Abril
A página D.Quixote faz um inquérito no Liceu aos alunos que acabam de matricular-se mo 3ºCiclo.
Nelson Mota, do 6ºAno, na alínea f) Ciências.
Fátima Reis, do 7ºAno, na alínea b) Germânicas.
José Matos, do 6ºAno, na alínea g) Económicas.
Margarida, do 7ºAno, na alínea e) Direito,
foram os entrevistados.
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23 Abril
Pedroto é o novo treinador do Vitória.
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28 Abril
Na estrada da Rasca um carro embateu numa árvore, resultando 3 feridos.
Ontem, na estada da Rasca, um carro despistou-se saindo da estrada e embatendo numa árvore.
Do embate resultou terem ficado feridos os srs. Carlos Manuel de Almeida e Costa, de 23 anos, gerente industrial residente na Av.Todi, que conduzia o carro; Henrique Augusto Figueiredo Pinto, de 25 anos, estudante, morador na rua General Daniel de Sousa e José Manuel Fraga Loureiro Moreira, de 24 anos, estudante, residente na rua D.Estefânia
Os feridos, após terem sido assistidos no Hospital de S.Bernardo, foram transferidos para São José.
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30 Abril
O Dr. Estêvão Moreira profere uma conferência, integrada na semana do Ultramar.
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30 Abril
O Dr. Manuel Seabra Carqueijeiro, o Dr. Aníbal de Brito Pescadinha e o Sr. Fernando Batalha Pedrosa são os novos Presidente da Assembleia Geral, Presidente da Direcção e Presidente do Conselho Fiscal do Vitória FC.


25 fevereiro 2016

Humor antigo...

in. "O Mundo Ri" - nº112
de Novembro de 1961
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- Andas sempre a pensar nessa tal Marilyn. 
Por isso resolvemos ir para casa das nossas mamãs.

24 fevereiro 2016

Provérbios...

"Visão sem acção é um sonho acordado. Acção sem visão é um pesadelo."
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Provérbio japonês

23 fevereiro 2016

Escrito na pedra...

In. “Público”
29.11.2015

O tempo é um químico invizível que dissolve, compõe, extrai e transforma todas as substâncias morais.
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Machado de Assis
1839-1908
Escritor brasileiro 

22 fevereiro 2016

Fazia anos hoje...

A minha Mãe nasceu em
22 de Fevereiro de 1902
Faleceu em Maio de 2000
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Maria Mendes de Matos 
numa fotografada tirada em 22 de Agosto de 1992

21 fevereiro 2016

Humor antigo...

in."O Mundo Ri" - nº107
de Março de 1961
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- O quê?! É engano de número? Ora essa!... 
Não tem importância. Eu também o amo a si.

20 fevereiro 2016

Morreu Umberto Eco...

... o autor de "O Nome da Rosa".
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Nascido em 1932, Umberto Eco morreu ontem à noite na sua casa em Milão.
Tinha 84 anos e era uma das  mais relevantes figuras da cultura italiana dos últimos 50 anos.
O seu nome fica ligado a nível internacional ao grande sucesso que teve a obra "O Nome da Rosa", editado em 1980 e que se transformou num bestseller internacional.
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Umberto Eco
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O seu último romance, "Número Zero", publicado em 2015, é uma paródia ao jornalismo (...) Eco deita mão de um estratagema ao imaginar a criação de um periódico com características muito peculiares" (...) É uma caricatura bem realista de uma cartilha jornalística maquiavélica e Eco, implacável e corrosivo, não se inibe em desmontar a máquina trituradora dos média contemporâneos. (cfr.Helena Vasconcelos em Ipsilon)

Mataram a cotovia...

A romancista Harper Lee, autora do clássico da literatura americana "To Kill a Mockingbird" morreu ontem na sua terra Natal, Monroeville no Alabama, onde vivia num lar desde que sofrera, em 2007, um acidente vascular cerebral. 
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Harper Lee
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Nascida em 1926, vivia uma velhice discreta, tendo voltado à ribalta em 2015 com a descoberta e publicação de "Vai e põe uma sentinela".
Em Novembro de 2007, o presidente George W. Bush atribuiu-lhe a Medalha da Liberdade, a mais alta distinção civil nos Estados Unidos e. em 2010, Barack Obama deu-lhe a Medalha Nacional das Artes, destinada a assinalar "contribuições extraordinárias" no domínio das artes.

São quadras, meu bem!... São quadras...

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Tu, nesse corpo completo,
Ó láctea virgem doirada!
Tens o linfático aspecto
Duma camélia melada.
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(da autoria de Cesário Verde.)

19 fevereiro 2016

Canção perdida...

um poema de 
Guerra Junqueiro
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Guerra Junqueiro.
(numa caricatura de Rui Rodrigues)

Canção perdida
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Hálitos de lilás, de violeta, e d'opala,
Roxas macerações de dor e d'agonia,
O campo anoitecendo e adormecendo, exala...
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Triste, canta uma voz na síncope do dia:
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             Alguém de mim se não lembra
             Nas terras d'além do mar   
             Ó Morte, dava-te a vida,
             Se tu lha fosses levar!...
.
             Ó Morte, dava-te a vida,
             Se tu lha fosses levar!...
.
Com o beijo do Sol na face cadavérica,
Beijo que a morte esvai em palidez algente,
Eis a Lua a boiar sonâmbula e quimérica...
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Doce, canta uma voz melancolicamente:
.
            O meu amor escondi-o
            Numa  cova ao pé do mar...
            Morre o amor, vive a saudade...
            Morre o Sol, olha o luar!...
.
            Morre o amor, vive a saudade...
            Morre o Sol, olha o luar!...
.
Latescente a neblina opálica flutua,
Diluindo, evaporando os montes de granito
Em colossos de sonho, extasiados de Lua...
.
Flébil, chora uma voz no letargo infinito:
.
           Quem dá ais, ó rouxinol,
           Lá para as bandas do mar?...
           É o meu amor na cova
           Leva as noites a chorar!...
.
           É o meu amor na cova
           Leva as noites a chorar!...
.
A Lua enorme, a Lua argêntea, a Lua calma,
imponderalizou a natureza inteira,
Descondensou-se em fluido e embebeceu-se em alma...
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Triste expira uma voz na canção derradeira:
.
           Ó meu amor, dorme, dorme
           Na areia fina do mar,
           Que em antes da estrela d'alva
           Contigo me irei deitar!...
.
           Que em antes da estrela d'alva
           Contigo me irei deitar!...
.
Guerra Junqueiro
1850-1923

18 fevereiro 2016

Escrito na pedra...

In. “Público”
21.11.2015

Nada há de mais ruidoso - e que mais vivamente se saracoteie com um brilho de lantejoulas -  do que a política.
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Eça de Queiroz
1845-1900
Escritor português

17 fevereiro 2016

Provérbios...

"Ama-me quando menos o mereça, pois é quando mais o necessito."
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Provérbio chinês


16 fevereiro 2016

Humor antigo...

in. "Can Can" - nº2
de 20 de Julho de 1959
com o traço de 
Carrillo
.
- Pronto, Pedro... Já pegou...

15 fevereiro 2016

Quando eu entrei no liceu...

... em Castelo Branco, ainda ele funcionava
no Antigo Paço do Bispo 
(onde hoje reside o Museu Tavares Proença Júnior)
Decorria o ano de 1945
e era 2ª feira, no dia 1 de Outubro
.
No 1.º Ano do Liceu havia então apenas 4 turmas.
Na quarta daquelas turmas estavam matriculados 37 alunos

1945/46   1ºAno - Turma D
1 Capitolina Ribeiro Dias
2 Irene da Conceição Farinha
3 Maria Celestina Conceição Camilo
4 Maria Emília Esteves Nunes
5 Maria Joaquina Afonso
6 não registada
7 Saudade dos Santos Vilela
8 Alexandre dos Reis Caria
9 António Amado Pedro
10 António Duarte Beirão Belo
11 António Garcia Ribeiro
12 António Marques Janeira Neto
13 António Nascimento Ramos
14 António Patacas Fraqueira
15 António Ribeiro Farinha Rafael
16 Augusto Gomes
17 Carlos Eduardo Duarte Ribeiro
18 Domingos da Cunha Salgueiro
19 Domingos Gomes Morgado Duarte
20 Domingos dos Santos Barata
21 Jaime da Fonte Alpendre
22 João Correia Barata
23 João José Mendes de Matos
24 João Maria da Silva Milheiro
25 João Maria Torrado Marques
26 João de Oliveira Ramos
27 João dos Santos
28 Jorge Manuel Araújo Antunes
29 José Monteiro Pinto Ferreira
30 Leonardo Sousa Nogueira Cardoso
31 Luís Joaquim Carrega Marçal Grilo
32 Manuel Silva Carvalho
33 Paulo Correia Hormigo
34 Pedro Manuel de Paiva Pessoa
35 Raul Carreiro Chambino
36 Júlio Alberto Carreiro
37 Armindo Belo Ramos de Almeida

14 fevereiro 2016

Eugénio de Andrade escreveu...

...este Poema que chamou:
"Há dias"
.
Eugénio de Andrade
(com o traço de Artur Bual - 1990)
.

Há dias

Há dias em que julgamos
que todo o lixo do mundo nos cai
em cima. Depois
ao chegarmos à varanda avistamos
as crianças correndo no molhe
enquanto cantam.
Não lhes sei o nome. Uma
ou outra parece-se comigo.
Quero eu dizer: com o que fui
quando cheguei a ser
luminosa presença da graça, 
ou da alegria
Um sorriso abre-se então
num verão antigo
E dura, dura ainda.
.
in "Os lugares do lume" - 1998

13 fevereiro 2016

Uma proposta...

...que Vasco Pulido Valente faz
na sua coluna de Opinião,
no Público de ontem, 12 de Fevereiro.
.
Vasco Pulido Valente
.
Se o PS e o PSD alternassem pacificamente no poder, 
a pobreza da Pátria não os deixaria fazer muito mal, nem muito bem.

O dr. Centeno (e com ele o governo de Costa) parece um maníaco daqueles que mudam o dinheiro de bolso na esperança de que ele cresça. Ainda se houvesse dinheiro suficiente para ficar algum nos bolsos menos fundos, o exercício podia ter um mérito. Mas não há e, no fim do dia, acaba tudo na miséria do costume. Quem conhece a história do Portugal da “Regeneração”, o regime mais comparável ao deste de agora, sabe que a dívida e a trapalhada financeira sempre foram uma das mais nobres características da raça. E quem se quiser rir com as nossas mentiras públicas que leia Ramalho e um bocadinho de Eça. São os dois mais pertinentes do que a retórica por aí anda em curso, tanto a dos cavalheiros que fazem contas, como a dos que não fazem. De resto, no tempo deles, de quando em quando, ainda se escrevia português.

De qualquer maneira, a aventura de Costa e dos seus sócios serviu para revelar uma verdade básica: a III República deixou de ter partidos. Tem uns bandos que andam à procura de um emprego ou de popularidade; e tem um museu de Arte Antiga que se chama Partido Comunista Português. As diferenças não passam do seguinte: a esquerda quer aliviar os pobres, por meio de um aumento ridículo do respectivo rendimento; a direita quer tirar aos pobres meia dúzia de tostões mais, para “consolidar as finanças” e contentar os ricos. Infelizmente, nem à esquerda, nem à direita se vêem os meios das políticas que prometeram. E, pior do que isso, Portugal por um lado e a “Europa” por outro não permitem que elas sejam levadas muito a sério ou muito longe. Em substância, sobra odium theologicum, que esse, pelo menos, não falta.

O PS vive hoje na incompreensível ilusão de que é, ou se prepara para ser, um partido radical. O PSD, segundo Passos Coelho, é um partido social-democrata, apenas desviado provisoriamente do seu caminho pela maldade do mundo. Suponhamos que existia um método qualquer, com certeza esotérico, para separar estas magníficas visões da humanidade, a oposição entre elas não justificava com certeza as questiúnculas com que a televisão e a imprensa nos moem o juízo. E a prova está em que acabou por ser preciso arranjar umas tantas querelas dúbias como a TAP ou a eutanásia, para tapar os buracos que a política começava a abrir
Se o PS e o PSD alternassem pacificamente no poder, a pobreza da Pátria não os deixaria fazer muito mal, nem muito bem. E o PCP que lá se divertisse com as suas Câmaras do Alentejo e os seus sindicatos, na paz que se deve à velhice.

12 fevereiro 2016

A Glorieta a Luísa Todi...

... serviu de cenário à fotografia que as minhas alunas
Maria Isabel Correia de Oliveira, Maria Leonor do Prado Afonso e Maria Luísa do Vale Telhal, tiraram juntas, em 1961

Mª Isabel Correia de Oliveira, Mª Leonor do Prado Afonso 
e Mª Luísa do Vale Telhal  
.
        a Isabel Correia de Oliveira
       
         a Leonor do Prado Afonso
  
        a Luísa do Vale Telhal

...eram assim em 1961. Agora têm mais "alguns" anitos 
mas continuam bonitas como eram então.

11 fevereiro 2016

Escrito na pedra...

In. “Público”
24.11.2015

É preciso ter muita paciência para aprender a ter paciência.
.
Stanislaw Jerzy Lec
1909-1966
Poeta polaco

10 fevereiro 2016

Recordações...

em 21 de Setembro de 2004
em Soltróia.

         Gi

09 fevereiro 2016

Provérbios...


"No final do jogo, o rei e o peão voltam para a mesma caixa."
.
Provérbio italiano

08 fevereiro 2016

Quando eu entrei no Liceu...

... em Castelo Branco, ainda ele funcionava
no Antigo Paço do Bispo 
(onde hoje reside o Museu Tavares Proença Júnior)
Decorria o ano de 1945
e era 2ª feira, no dia 1 de Outubro
.
No 1.º Ano do Liceu havia então apenas 4 turmas.
Na terceira daquelas turmas estavam matriculados 36 alunas

1945/46   1ºAno - Turma C


1 Afonso Abrantes Cardoso Albuquerque
2 Agostinho Duarte Belo
3 Amândio de Azevedo Robalo
4 António Campos Monteiro Romão
5 António Gomes Dias
6 António Maria Azevedo Gamas
7 António Morgado
8 António Santos Ramalho Eanes
9 Armando José Rocha Ribeiro
10 Armando Lourenço Rodrigues
11 Aristides da Fonte Alpendre
12 Augusto Martins Santos Bispo
13 Avelino Manso Facada
14 Carlos Gonçalves Martins
15 Fernando Luís Antunes Milheiro
16 Francisco Pereira Martins Lino
17 Francisco dos Reis Ribeiro
18 Francisco dos Santos Leitão
19 João Esteves Lopes Rolo
20 João Luís da Silva Rêma
21 João Maria Cerejo Goulão
22 João Pires Estrela
23 João Cardoso Ribeiro
24 João Simão
25 Joaquim Belo Rafael
26 Joaquim Chito Rodrigues
27 José Amaral Branco dos Santos
28 José Geraldes Pereira Carvalho
29 José Maria Lopes
30 José Fernandes Carrilho
31 José Ribeiro dos Santos
32 Marcelo Heitor Moreira
33 Mário Fonseca Tonel
34 Mário de Oliveira Pires
35 Rui Geraldes Carrondo
36 Rui Nunes Barata
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Para que conste...

07 fevereiro 2016

Castelo Branco - Anos 50...


Liceu em Castelo Branco – Excursão do 7ºAno

14-02-1953
A reunião começou antes da uma da tarde. Envergando as suas fardas de estudantes e exibindo as colheres de pau ricamente enfeitadas com as fitas que as nossas colegas e Amigas nos haviam oferecido após uma delicada e terna dedicatória pintada, iam aparecendo, um a um ou em pequenos grupos, os viajantes inscritos no passeio. Mil pensamentos secretos sobre os desejos guardados para aqueles dias de relativa liberdade... pairavam acima de todos nós.
.

Fez-se a fotografia para a posteridade. Só os Homens! Onde ficaram as nossas Colegas? Porque não se mostraram? Timidez? Vergonha? Nem uma coisa nem outra... Não calhou!...

06 fevereiro 2016

Faíza Hayat dixit...

Pensamentos de


Faiza Hayat

.
"Imaginar, como se sabe, é um exercício perigoso. É muito fácil acreditar no que imaginamos. É muito difícil deixar de acreditar. A imaginação corrompe a realidade."

05 fevereiro 2016

Provérbios...

"Ser pedra é fácil, difícil é ser vidraça."
.
Provérbio chinês

04 fevereiro 2016

Castelo Branco - Anos 50

26-07-1952

Escola de Enfermagem
Terminaram na última 2.ª feira os Exames de Estado dos Cursos de Enfermagem Auxiliar, com os resultados seguintes:

Enfermagem Geral
Arminda Mendes Freire................... aprovada com 14 valores.
José Cipriano Batuca...................... aprovado com 15 valores.
Maria Alda Duarte Calheiros...............aprovada com 15 valores.
Maria Alice Magro Diogo.................. aprovada com 15 valores.
Maria Angélica de Ordaz Caldeira....... aprovada com 16 valores.
Maria da Conceição Pires Ferreira...... aprovada com 16 valores.
Maria de Jesus Abrantes.................. aprovada com 18 valores.
Maria Austrália da Conceição Neves.....aprovada com 17 valores.
Maria Clara Pinto Correia................. aprovada com 15 valores.
Maria de Lurdes Oliveira.................. aprovada com 15 valores.

Fizeram parte do júri os srs. Dr. Benjamim Gonçalves,
sub Inspector da Assistência Social e os Médicos:

Dr. José Lopes Dias
Dr. Lívio Lopes Ferreira
Dr. Ramos Proença
Dr. Manuel Louro
Dr. António de Oliveira, filho

03 fevereiro 2016

É preciso reflectir...

Para que a Escola percorra uma via de transformação positiva, importa que regressemos à reflexão sobre a pedagogia e sobre o papel dos pedagogos. Interessa nivelar o discurso teorizante dos pedagogos com o do conhecimento prático dos docentes.
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Editorial
Sobre a pedagogia e sobre os pedagogos


João Ruivo


A escola tem vindo a conhecer transformações significativas, muitas delas provocadas pela vertigem da revolução científica e tecnológica que tem acompanhado a globalização e a construção da sociedade do conhecimento.

Mas, apesar de esse ser um tema recorrente da investigação educacional, com a produção de centenas de estudos que se nos apresentam como inovadores, não deixa de ser confrangedor verificarmos que o estereótipo mais divulgado da instituição escolar coincide com uma imagem que a estigmatiza como demasiado racional, burocrática, muito teorizada e impregnada de clichés administrativos e pedagógicos.

Em consequência, instalou-se no mundo interior dos docentes, nas suas representações profissionais, um efeito cujo efeito ainda está por medir: pese embora tudo o que aconteça na realidade diária das escolas, os professores estão convictos de que a sua profissionalidade e a sua qualidade de trabalho dependerá, mais que tudo, das suas competências "operárias", "práticas" e "instrumentais" que os conduzem à aplicação de técnicas rigorosas, através das quais conseguirão "produzir" a aprendizagem dos seus alunos.

Provas? Muitas há... Primeiro: quase todos os docentes abominam os "receituários", porém quase sempre vivem dependentes dessa normatividade que dá segurança e que proporciona grande parte dos conhecimentos que guiam a sua acção.

Segundo: há outros que se apresentam como os "especialistas", aqueles que acreditam na voz experimentada, enquanto intermediária insubstituível entre a origem científica do conhecimento e a correcta interpretação e divulgação das normas pedagógicas, mas que cedo ou tarde entram em rotinas, esmagados pela inveja dos seus colegas, ou pelo peso secular da indiferença das tutelas educativas quando se fala ou se faz "inovação".

Terceiro: as reformas alteraram o discurso e as linguagens, isto é, a verbalização dos saberes e dos saber-fazer, porém o "processo de mecanização" do trabalho docente permanece, no substancial, inalterável.

Resultado: a lucidez demasiado disciplinar e especializada conduz, invariavelmente, à cegueira no que respeita à apreciação do global, do geral e da diferença.

Nesta transformação profunda, é certo que a ciência substituiu a crença empírica quanto à construção do discurso pedagógico. Todavia, novas formas de misticismo afloraram sempre que, no terreno institucional, se procedeu à aceitação dos poderes, aliados aos saberes, como meios únicos de legitimação de uns e dos outros.

Para que a Escola percorra uma via de transformação positiva, importa que regressemos à reflexão sobre a pedagogia e sobre o papel dos pedagogos. Interessa nivelar o discurso teorizante dos pedagogos com o do conhecimento prático dos docentes.

Referimo-nos a um reconhecimento da pedagogia e dos pedagogos que propicie a conquista da autonomia para pensar o próprio pensamento. Autonomia para reflectir sobre o conhecimento elaborado. Autonomia para construir novo pensamento, com base no conhecimento e na maturação da própria acção docente. Autonomia para gerir, para que se possa gerar. Autonomia, enfim, para que não possa ser imputada aos educadores a incapacidade de integrarem na sua prática quotidiana, de um modo coerente, o que pensam e o que fazem.

João Ruivo
ruivo@rvj.ptin. "Ensino Magazine"
Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico