"Tropeçamos sempre nas pedras pequenas, as grandes enxergamos logo."
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Provérbio japonês
31 janeiro 2016
30 janeiro 2016
Humor antigo...
in. "Can Can" - nº2
de 20 de Julho de 1959
com o traço de
Carrillo
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de 20 de Julho de 1959
com o traço de
Carrillo
.
Ela: - Não, meu caro senhor, eu não sou uma taça de champanhe...
29 janeiro 2016
Fanáticos e...burros!...
Quem o diz é o
Vasco Pulido Valente
no seu artigo de Opinião
que escreve hoje, 29 de Janeiro
no Público
sob o título
As desgraças do PCP
Vasco Pulido Valente
.
A agonia do comunismo irá com certeza produzir
uma guerra na esquerda,
que pode levar o regime à ruína.
O prestígio do Partido Comunista Português começou a diminuir depois da guerra, com as purgas de Estaline aos judeus da Rússia e aos “desviacionistas” da Hungria a da Checoslováquia. Sem a ameaça de Hitler, as barbaridades do Generalíssimo já não eram engolidas com a mesma credulidade. O PCP não percebeu isto e nem sequer seriamente notou como estava a ser tratado pelos seus próprios “simpatizantes”, que desprezavam a orientação dos funcionários e lhes chamavam batatulinas*. Claro que o “Partido” (só havia aquele) ainda exercia uma considerável influência sobre a vida cultural do país (pelo que ela valia) e pouco a pouco ia infiltrando e dominando o movimento estudantil. Mas já Cunhal tinha de protestar contra os movimentos “pequeno-burgueses” de “fachada socialista”, que apareciam na Universidade e um pouco fora dela.
O “25 de Abril” permitiu que o PC se apoderasse de umas dúzias de oficiais, que ele catequizara a tempo na clandestinidade ou que genuinamente se julgavam “revolucionários”. Isto que naquele tempo serviu para envolver o país numa aventura sem sentido, no fim não chegou para mais do que para legar à democracia uma constituição programática e absurda. De 1975 em diante o PC arrastou uma existência mesquinha e acabou reduzido a umas Câmaras no Alentejo, com uma população envelhecida e sem qualquer importância estratégica e a uma dúzia de sindicatos do funcionalismo público e de companhias do Estado. A sua morte natural parecia próxima.
Só que o PCP é uma máquina financeiramente pesada e, para se sustentar, precisou de uma aliança tácita com o PS. Suponho que entre os velhos militantes ninguém desculpará a Jerónimo de Sousa essa cedência ao inimigo histórico do Partido e que a gente mais nova deixou de ter qualquer razão ideológica ou sentimental para morrer agarrada a um cadáver. Chamar, como Jerónimo, uma “rapariga engraçadinha” a uma adulta de 40 anos mostra que ele passou para lá da mais modesta compreensão do mundo real. Se o PC se vai esfumar sossegadinho no seu canto ou se vai arrastar o PS na sua queda (como os “duros” querem) é o que resta apurar. Seja como for, a agonia do comunismo irá com certeza produzir uma guerra na esquerda, que pode levar o regime à ruína.
* Infelizmente, não sei a origem desta palavra, mas sei que significava “fanático burro”.
Só que o PCP é uma máquina financeiramente pesada e, para se sustentar, precisou de uma aliança tácita com o PS. Suponho que entre os velhos militantes ninguém desculpará a Jerónimo de Sousa essa cedência ao inimigo histórico do Partido e que a gente mais nova deixou de ter qualquer razão ideológica ou sentimental para morrer agarrada a um cadáver. Chamar, como Jerónimo, uma “rapariga engraçadinha” a uma adulta de 40 anos mostra que ele passou para lá da mais modesta compreensão do mundo real. Se o PC se vai esfumar sossegadinho no seu canto ou se vai arrastar o PS na sua queda (como os “duros” querem) é o que resta apurar. Seja como for, a agonia do comunismo irá com certeza produzir uma guerra na esquerda, que pode levar o regime à ruína.
* Infelizmente, não sei a origem desta palavra, mas sei que significava “fanático burro”.
28 janeiro 2016
Escrito na pedra...
In. “Público”
27.11.2015
“Apenas é igual a outro quem prova sê-lo e apenas é digno da liberdade quem a sabe conquistar.”
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27.11.2015
“Apenas é igual a outro quem prova sê-lo e apenas é digno da liberdade quem a sabe conquistar.”
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Charles Beaudelaire
1821-1867
Poeta e crítico francês.
1821-1867
Poeta e crítico francês.
27 janeiro 2016
São quadras, meu bem... são quadras!.
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Houve em mim uma suspeita
Ao saber tua morada:
- Uma rua muito estreita,
Primeiro andar… luz na escada…
Ao saber tua morada:
- Uma rua muito estreita,
Primeiro andar… luz na escada…
26 janeiro 2016
Parabéns!... 26 de Janeiro
O Zé Galvão faz hoje 80 anos...
Um abraço grande que espero dar-te logo á noite ao jantar.
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Um abraço grande que espero dar-te logo á noite ao jantar.
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José João Romana Galvão
25 janeiro 2016
24 janeiro 2016
Setubalense - 1969 - Março...
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01 Março
Sismo
Setúbal foi novamente castigada pelo tremor de terra
que se sentiu na madrugada de ontem.
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01 Março
O Ten. Coronel Carvalho Fernandes foi homenageado,
no dia 27, porque mais uma vez vai partir em missão de soberania, no Ultramar.
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01 Março
Falecimento
Na sua residência da
Praça do Brasil, faleceu ontem o Sr. Valeriano de Almeida, de 65 anos, antigo
proprietário da empresa de camionagem “Francisco de Almeida”.
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05 Março
Falecimento
Na Casa de Saúde da Cruz Vermelha, em Lisboa, faleceu ontem à noite, o Sr. Francisco Ahrens Novais, de 71 anos, natural de Setúbal. Era pai do Sr. José Luís Novais.
Na Casa de Saúde da Cruz Vermelha, em Lisboa, faleceu ontem à noite, o Sr. Francisco Ahrens Novais, de 71 anos, natural de Setúbal. Era pai do Sr. José Luís Novais.
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05 Março
Coral Luísa Todi
Foram eleitos os novos
Corpos Gerentes.
Assembleia-Geral:
Presidente – Eduardo da
Conceição Fernandes
Vice-Presidente –
Joaquim Rodrigues
Secretário – Luís
Gonzaga Pescaria Pinto
Secretário – Saul José
Correia
Direcção:
Presidente – Dr. José
Paulino Pereira
Vice-Presidente –
Fernando Castanheira
Secretário – Mário
Euclides Pestana
Secretário – Jorge
Vicente Fragoso
Tesoureiro – Fernando
Bruno Teixeira
Vogal – Aurélio L.
Fernandes
Vogal – Martins (?)
Veríssimo Gomes
Conselho Fiscal:
Presidente
– Fernando Eugénio Rodrigues
Secretário – Joaquim
Marques dos Santos
Relator – Carlos
Alberto Gomes
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08 Março
Óbito
Faleceu ontem a Sr.ª D.
Isabel Leonardo Marques, de 67 anos, natural de Setúbal, solteira, proprietária
da Farmácia Marques.
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08 Março
O Dr. Isidoro
Chandelier Duarte era um dos suplentes da Mesa da Assembleia-Geral da Sociedade
Moitense de Tauromaquia, de que era presidente o Sr. Vitor Brito de Sousa.
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10 Março
Fernando Vaz abandona o
Vitória FC.
Bela Guttman é o
técnico que pode servir o Vitória.
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12 Março
Uma iniciativa da BBC
140 Estações de TV têm
estado a transmitir imagens de Setúbal e do Vitória.
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12 Março
“Vamos a eles!”
“O Vitória não se bate
por causas perdidas!”, afirmou o Presidente Fernando Pedrosa, referindo-se ao
jogo com os ingleses.
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15 Março
O Jogo em Saint James
Park
Mais do que o
adversário, a neve e o frio derrotaram os setubalenses.
Newcastle, 5 -
Vitória, 1
NB – O Vitória FC,
alinhou com: Vital, Herculano, Carriço e Carlos Cardoso, Alfredo, Vagner e José
Maria, Vitor Baptista, Jacinto João, Figueiredo e Arcanjo. Foram suplentes: Tomé
e Petita.
Aos 84 minutos, José
Maria reduz para 4 – 1 mas o Vitória volta a sofrer novo golo aos 89 minutos.
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15 Março
Óbito
Na sua residência na
Estrada da Graça, faleceu na 4ªfeira o Eng. Luis Novais Câmara Pestana, chefe
dos Serviços de Viação e Obras, da Câmara Municipal de Setúbal. Era pai do Luís
Câmara Pestana.
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17 Março
Em Setúbal, era
Conservador do Registo Civil, o Sr. Dr. José Albuquerque. Era chefe da Pide, o
Sr. Canto e Silva
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26 Março
O Sr. Dr. Seabra
Carqueijeiro foi reconduzido na presidência da União Nacional de Setúbal.
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29 Março
Óbito
Faleceu em Lisboa, no
Hospital de Santa Maria, na 6ªfeira, O Sr. Óscar Henriques Botelho, de 64 anos.
Era pai de Clotilde Correia Botelho, da Maria Madalena e do Óscar
.
29 Março
Houve uma remodelação
ministerial.
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29 Março
Morreu ontem o General
Dwight Eisenhower.
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31 Março
A Câmara não subsidia
este ano as festas dos Santos Populares.
A Comissão de Festas
pediu à Câmara a concessão de um subsídio que não foi autorizado, pois “há que
manter a Feira de Santiago ao nível a que tem vindo a processar-se…”
23 janeiro 2016
Ainda serve de insulto...
... num artigo de Opinião que
Vasco Pulido Valente
intitulou
"Posições".
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Vasco Pulido Valente
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"Durante a campanha eleitoral os comentaristas não pararam de falar da “esquerda”, da “direita” e do “centro” e das combinações que se podiam fazer entre estes “conceitos” sem sentido. O vocabulário disfarça a ignorância, parece rigoroso e facilita a vida a quem escreve. Mas não quer dizer nada. Comecemos pela “direita”. Por causa do exacerbamento ideológico do PREC, ainda hoje ninguém se atreve a reconhecer que é de “direita” (com a excepção de Paulo Portas). Ser de “direita” ainda hoje serve de insulto e convoca o desprezo. Pior do que isso, cobre tendências diferentes de um grande bloco de opinião, que só se define pelo facto de não ser de “esquerda”. Autoritários, democráticos, liberais, dirigistas cabem todos nesse grande cesto de opróbrio.Os políticos portugueses preferem assim proclamar que pertencem ao “centro” ou mesmo ao “centro-direita” e, por cerimónia, os jornalistas aceitam submissamente esta descrição. O ponto fraco desta tese está em que o “centro” não existe, excepto como noção geométrica ou lugar de compromisso; e oscila para um lado ou o outro conforme as circunstâncias do momento. É a razão porque em épocas de tensão e de crise também a “esquerda” gosta de se declarar “centro-esquerda”. Ali naquele lugar vazio fica mais protegida e menos responsável pelo que der e vier. Claro que esta brincadeira com as posições de cada um não tem um fim visível ou lógico. Nada impede uma criatura de se definir como da “extrema-esquerda da direita” ou como a “extrema-direita da esquerda”. A asneira é livre.
De resto, nunca houve na verdade uma “esquerda”. Houve desde o princípio facções, com uma caracterização teórica miudinha, separadas por um odium theologicum, difícil de imaginar para quem não leu Marx ou Lenine e o rebanho dos seus seguidores. Quem é capaz de explicar o que separa, por exemplo, o Bloco e o PC? Ninguém; nem sequer, desconfio, os desmiolados que por lá andam. Ou as divisões do PS não directamente relacionadas com a carreira e as promoções da militância mais zelosa do seu próprio interesse? E, no entanto, o sopro romântico da “esquerda” continua eficaz na sociedade romântica em que vivemos. É essa a sua força essencial, que se distribuiu ao acaso pelos “corações sensíveis”. Politicamente quase nunca faz sentido ou é seguramente classificável. Mas persiste na sua barafunda. Ser de “esquerda” não deixou de ser um certificado de virtude.
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in. "Público"
23 01 2016
No reino dos matraquilhos...
pequenas coisas...
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Extracto de uma notícia:
"Na noite de 13 de Dezembro, a TVI noticiou em directo no canal TVI 24, no seu site e nas redes sociais que estava "tudo preparado para o fecho do Banif". Na manhã do dia 14, a TVI apagou a palavra "fecho" e alterou o título da notícia para "está tudo preparado para uma intervenção no Banif". No dia 15 pediu desculpa por ter transmitido uma "informação não precisa", mas o pânico já estava lançado:
O Banif perdia mais de 900 milhões de euros numa única semana, uma perda incomportável para um banco daquela dimensão.
O banco foi então vendido ao banco Santander, o mesmo grupo espanhol que "é accionista da estação de televisão que lançou as informações erradas que desvalorizaram o Banif".
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Se este caso acontecesse em Inglaterra estariam hoje 20 ou 30 pessoas presas e a TVI provavelmente fechava...
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...para que conste!...
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Extracto de uma notícia:
"Na noite de 13 de Dezembro, a TVI noticiou em directo no canal TVI 24, no seu site e nas redes sociais que estava "tudo preparado para o fecho do Banif". Na manhã do dia 14, a TVI apagou a palavra "fecho" e alterou o título da notícia para "está tudo preparado para uma intervenção no Banif". No dia 15 pediu desculpa por ter transmitido uma "informação não precisa", mas o pânico já estava lançado:
O Banif perdia mais de 900 milhões de euros numa única semana, uma perda incomportável para um banco daquela dimensão.
O banco foi então vendido ao banco Santander, o mesmo grupo espanhol que "é accionista da estação de televisão que lançou as informações erradas que desvalorizaram o Banif".
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Se este caso acontecesse em Inglaterra estariam hoje 20 ou 30 pessoas presas e a TVI provavelmente fechava...
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...para que conste!...
Uma fotografia curiosa...
... datada de 1941, mostrando os finalistas da
Faculdade de Letras de Lisboa.
.José Hermano Saraiva fez os estudos superiores na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras, em 1941, e em Direito (Ciências Jurídicas) na Faculdade de Direito, em 1946.
. NB - O curioso desta foto tirada há quase 75 anos não reside propriamente no homem que chegou a ser Ministro da Educação em Portugal, que foi um dos mais distintos "parleur" da nossa televisão e que viveu os últimos anos da sua vida em Palmela.
Também aqui fomos "descobrir"
uma das melhores professoras do 1.º Grupo
(Português, Grego e Latim)
que pisaram as salas de aula do Liceu Nacional de Setúbal.
Vestida de branco e com a pasta negra das suas fitas,
a ilustre professora do nosso Liceu
Dr.ª Elda Margarida Massorano Quintão Lages
22 janeiro 2016
Sinto saudades dos que se foram...
... num texto escrito por
Clarice Lispector
Escritora e jornalista brasileira, nascida na Ucrânia, em
1920
Naturalizada brasileira, morre no Rio de Janeiro em 1977
Clarice Lispector
.
Saudades… Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto
uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades… Sinto saudades de amigos
que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei…
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi
direito! Daqueles que não tiveram como me dizer adeus;
… Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade. Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o quê…
não sei onde… para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi…
.
Clarice Lispector
21 janeiro 2016
Parabéns!... 21 de Janeiro
Hoje cabe-me a mim...
Sei que foi em 21 de Janeiro de 1935.
Já nem me lembro bem quantos são...
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Sei que foi em 21 de Janeiro de 1935.
Já nem me lembro bem quantos são...
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jjmatos
20 janeiro 2016
Parabéns!... 20 de Janeiro
O meu neto João IV faz hoje 14 anos...
Um beijinho e um abraço grande.
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Um beijinho e um abraço grande.
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João Gonçalves Mendes de Matos
19 janeiro 2016
Quando eu entrei no Liceu...
... em Castelo Branco, ainda ele funcionava
no Antigo Paço do Bispo
(onde hoje reside o Museu Tavares Proença Júnior)
Decorria o ano de 1945
e era 2ª feira, no dia 1 de Outubro
.
No 1.º Ano do Liceu havia então apenas 4 turmas.
Na primeira daquelas turmas estavam matriculados 36 alunas
1945/46 1ºAno - Turma A
1 Esperança Piedade Antunes
2 Evangelina Campos Nunes de Azevedo
3 Gisela Ramos Lopes Pereira
4 Imelda Graça Costa Calamote
5 Isaura de Jesus Moreira
6 Irene Jesus Oliveira Rodrigues
7 Manuela Carvalhão Mendes
8 Maria Adelaide Simões de Mendonça
9 Maria dos Altos Céus Nunes de Oliveira Martins
10 Maria Amélia Matos Rascão
11 Luísa Carmona Ribeiro
12 Maria Cândida Garrido
13 Maria do Céu Antunes
14 Maria José Ventura Marques
15 Maria Conceição Marques Fonseca
16 Maria Doroteia Moreira Dias Coutinho
17 Maria Emília Lopes Esteves
18 Maria Guilhermina Pissarra Abreu
19 Maria Helena Freixo Romeira
20 Maria Helena Piedade Mateus
21 Maria Isabel S.Correia Rolão
22 Maria José Pinto Correia
23 Maria Leonor Romão Dias Carreira
24 Maria de Lurdes C.Sousa Ruivo
25 Maria de Lurdes Rosário Dias
26 Maria Luísa Torrado Goulão
27 Maria Manuela Alves Igreja
28 Maria Odete Antunes Bártolo
29 Maria Onémia Carmona Cardoso
30 Maria Rita Abreu Marques Pinheiro
31 Maria Rosa Ribeiro Ramos
32 Maria Rosário Cardoso Ribeiro
33 Maria Siborro Vicente
34 Nazaré Cardoso Carmona
35 Norlinda Jesus Pires Vinagre
36 Pilar da Conceição Neto
no Antigo Paço do Bispo
(onde hoje reside o Museu Tavares Proença Júnior)
Decorria o ano de 1945
e era 2ª feira, no dia 1 de Outubro
.
No 1.º Ano do Liceu havia então apenas 4 turmas.
Na primeira daquelas turmas estavam matriculados 36 alunas
1945/46 1ºAno - Turma A
1 Esperança Piedade Antunes
2 Evangelina Campos Nunes de Azevedo
3 Gisela Ramos Lopes Pereira
4 Imelda Graça Costa Calamote
5 Isaura de Jesus Moreira
6 Irene Jesus Oliveira Rodrigues
7 Manuela Carvalhão Mendes
8 Maria Adelaide Simões de Mendonça
9 Maria dos Altos Céus Nunes de Oliveira Martins
10 Maria Amélia Matos Rascão
11 Luísa Carmona Ribeiro
12 Maria Cândida Garrido
13 Maria do Céu Antunes
14 Maria José Ventura Marques
15 Maria Conceição Marques Fonseca
16 Maria Doroteia Moreira Dias Coutinho
17 Maria Emília Lopes Esteves
18 Maria Guilhermina Pissarra Abreu
19 Maria Helena Freixo Romeira
20 Maria Helena Piedade Mateus
21 Maria Isabel S.Correia Rolão
22 Maria José Pinto Correia
23 Maria Leonor Romão Dias Carreira
24 Maria de Lurdes C.Sousa Ruivo
25 Maria de Lurdes Rosário Dias
26 Maria Luísa Torrado Goulão
27 Maria Manuela Alves Igreja
28 Maria Odete Antunes Bártolo
29 Maria Onémia Carmona Cardoso
30 Maria Rita Abreu Marques Pinheiro
31 Maria Rosa Ribeiro Ramos
32 Maria Rosário Cardoso Ribeiro
33 Maria Siborro Vicente
34 Nazaré Cardoso Carmona
35 Norlinda Jesus Pires Vinagre
36 Pilar da Conceição Neto
.
Para que conste...
Vou tentar transcrever a composição de muitas das turmas dos anos em que frequentei o "nosso"
Liceu Nacional de Nun'Álvares
...uma Escola de grande qualidade e exigência que não podemos esquecer,
e "na qual só tinham acesso alunos que soubessem bem a... tabuada".
Actualmente há alunos nos últimos anos do ensino obrigatório que não sabem fazer contas!...
NB - O Humor alivia a tensão...
18 janeiro 2016
E ninguém viu...
MAIS UMA TIRADA DOS HABILIDOSOS SOCIALISTAS. SÓ TRUQUES...
.
Costa reestruturou a dívida e ninguém viu... Texto de João Vasco Almeida
escrito em 12 01 16
.
"Ontem, às seis da tarde, enquanto o planeta se curvava sobre Bowie, António Costa e Centeno reestruturavam a dívida portuguesa. Ninguém viu.
Resumindo e concluindo: se não se souber muito, o mundo corre e à da política o que é da política. Se é bom, isso cabe aos analistas de economia e finanças. Andam aí muitos. Que expliquem...
.
Costa reestruturou a dívida e ninguém viu... Texto de João Vasco Almeida
escrito em 12 01 16
.
"Ontem, às seis da tarde, enquanto o planeta se curvava sobre Bowie, António Costa e Centeno reestruturavam a dívida portuguesa. Ninguém viu.
Ninguém,
vírgula. André Tanque Jesus, um jovem jornalista do Jornal de Negócios, escreveu
a notícia,
mas deixou de lado este gigantesco pormenor.
O
que aconteceu foi simples: o Estado disse ao FMI que em vez de pagar 10 mil
milhões este ano, só paga um terço. Para o ano, em vez de 6,9 mil milhões, o
credor só leva 2,5. E em 2018 e 2019, anos em que não havia pagamentos a fazer,
lá se dará o resto que falta a Nova Iorque.
Passou
de mansinho esta mega operação de milhares de milhões. Numa penada, Centeno
atirou para os anos em que não se sabe se o governo ainda será do PS o pagamento
gordo, ficando com a módica folga de 11.1 mil milhões de euros, que pode agora
gerir com lucro para o Orçamento de Estado. Numa penada, enquanto o mundo
cantava Lazarus,
Costa e Centeno fizeram o seu Changes,
entre os pingos do luto e da maçadora campanha presidencial.
Não
se discutiu nada em público, não houve terramotos nos mercados, não se iniciou
um debate onde Passos e Maria Luís teriam a tentação de gritos lancinantes.
Ninguém apontou o dedo nem o BE ou o PCP vieram a cantar vitórias. Garcia
Pereira não se manifestou contra Arnaldo de Matos nem este escreveu no Luta
Popular que o culpado era aquele.
Resumindo e concluindo: se não se souber muito, o mundo corre e à da política o que é da política. Se é bom, isso cabe aos analistas de economia e finanças. Andam aí muitos. Que expliquem...
O Deus de Spinoza
DEUS E SPINOZA
Einstein, quando lhe perguntaram se acreditava em Deus, respondeu:
Spinoza, foi um filósofo judeu, que viveu em Portugal no séc. XVII.
Na Holanda, pelas suas ideias, foi banido pelos rabinos judeus.
O texto que se segue foi chamado de
Einstein, quando lhe perguntaram se acreditava em Deus, respondeu:
“Acredito no Deus de Spinoza que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa em premiar ou castigar os homens".


Baruch Spinoza
. Spinoza, foi um filósofo judeu, que viveu em Portugal no séc. XVII.
Na Holanda, pelas suas ideias, foi banido pelos rabinos judeus.
O texto que se segue foi chamado de
"Deus segundo Spinoza" ou
"Deus falando com você":
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Pára de ficar rezando e batendo no peito.
O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes da tua vida.
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz.
Pára de ir a estes templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.
A minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nas praias.
Aí é onde eu vivo e expresso o meu amor por ti.
Se não podes ler-me num amanhecer, numa paisagem, no olhar dos teus amigos, nos olhos do teu filho... não me encontrarás em nenhum livro...
Pára de tanto ter medo de mim.
Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem me incomodo, nem te castigo.
Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão, não há nada a perdoar.
Como posso castigar-te por seres como és, se fui Eu quem te fez?
Crês que eu poderia criar um lugar onde queimar todos os meus filhos, que não se comportassem bem, pelo resto da eternidade?
Que tipo de Deus pode fazer isso?
Respeita o teu próximo e não faças aos outros o que não queiras para ti.
A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida; que o teu estado de alerta seja o teu guia.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Eu não quero que acredites em mim.
Quero que me sintas em ti quando beijas a tua amada, quando agasalhas a tua filha, quando acaricias o teu cachorro, quando tomas banho de mar.
Pára de louvar- me!
Que tipo de Deus ególatra acreditas que Eu seja?
Tu sentes-te grato?
Demonstra-o cuidando de ti, da tua saúde, das tuas relações, do mundo.
Expressa a tua alegria!
Esse é o jeito de me louvar.
Não me procures fora!
Não me acharás.
Procura-me dentro de ti ...
Aí, é onde eu estou.
O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes da tua vida.
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz.
Pára de ir a estes templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.
A minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nas praias.
Aí é onde eu vivo e expresso o meu amor por ti.
Se não podes ler-me num amanhecer, numa paisagem, no olhar dos teus amigos, nos olhos do teu filho... não me encontrarás em nenhum livro...
Pára de tanto ter medo de mim.
Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem me incomodo, nem te castigo.
Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão, não há nada a perdoar.
Como posso castigar-te por seres como és, se fui Eu quem te fez?
Crês que eu poderia criar um lugar onde queimar todos os meus filhos, que não se comportassem bem, pelo resto da eternidade?
Que tipo de Deus pode fazer isso?
Respeita o teu próximo e não faças aos outros o que não queiras para ti.
A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida; que o teu estado de alerta seja o teu guia.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Eu não quero que acredites em mim.
Quero que me sintas em ti quando beijas a tua amada, quando agasalhas a tua filha, quando acaricias o teu cachorro, quando tomas banho de mar.
Pára de louvar- me!
Que tipo de Deus ególatra acreditas que Eu seja?
Tu sentes-te grato?
Demonstra-o cuidando de ti, da tua saúde, das tuas relações, do mundo.
Expressa a tua alegria!
Esse é o jeito de me louvar.
Não me procures fora!
Não me acharás.
Procura-me dentro de ti ...
Aí, é onde eu estou.
17 janeiro 2016
Numa perfeita idiotia...
... num artigo de Opinião
a que Vasco Pulido Valente
deu o título de
Revoluções
a que Vasco Pulido Valente
deu o título de
Revoluções
(em 16.01.2016, no Público)
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As reformas do ministro Tiago liquidarão mais.
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Vasco Pulido Valente
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Chamado por Costa, Tiago Brandão Rodrigues não hesitou em virar do avesso o sistema de ensino que por aqui encontrou.
Não se percebe como Cambridge, uma cidade universitária, tranquila e campestre nos mandou um primitivo português como Tiago Brandão Rodrigues. Verdade que o homem trabalhava lá e se passeava pelas mesmas ruas e pela mesma relva por onde tinham andado Newton, Wittgenstein e Russel. Só que nada disso lhe deu um grão de modéstia e de prudência. Chamado por Costa, não hesitou em virar do avesso o sistema de ensino que por aqui encontrou e que levara vinte e tal anos de esforço e de polémica a chegar a um relativo equilíbrio. O valente trazia um plano no saco e não hesitou em escaqueirar tudo, para abrir um “novo ciclo” de justiça para a Pátria e os professores. Pode haver quem ache esta maneira de fazer a felicidade do próximo um pouco extravagante. Se há, é gente pérfida, com razões malévolas.
A coisa vem de um livro, publicado por volta de 1970, por Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron (talvez por Bourdieu sem Passeron), com um título prometedor, “Les Héritiers”. A tese geral desta obra era simples: a “classe dominante” tinha reproduzido a sua tirania transferindo o capital para a descendência; mas no mundo moderno passara a transferir o “saber” e não o “capital”. Ou seja, o seu método de “reprodução” mudara e o dever do verdadeiro socialista estava agora em destruir essa nova maquinação da burguesia. Ora como esta venenosa manobra da “classe dominante” assentava, por um lado, nos privilégios que se “herdavam” da família e, por outro, no carácter selectivo da escola, que o exame e a nota simbolizavam, o objectivo essencial era obviamente transformar a escola num lugar de prazer e acabar com o exame e a nota.
Que as criancinhas ficassem num estado de completa ou quase completa ignorância interessava pouco. A operação pelo menos destruía os filhos da “classe dominante”, que sem “capital” e sem “saber” seriam absorvidos por um igualitarismo militante; e também alegrava os professores que deixavam de responder pelo seu trabalho perante o Estado da burguesia (Bourdieu detestava os professores que ensinavam e em 1968 tentou correr com Aron da Sorbonne). Como se calculará, esta perfeita idiotia foi recebida em Portugal por meia dúzia de profetas, que durante o PREC arrasaram a “escola” a pretexto de a “sanear” primeiro e de a “salvar” a seguir. A balbúrdia que estabeleceram liquidou a vida a muita gente.
Chamado por Costa, Tiago Brandão Rodrigues não hesitou em virar do avesso o sistema de ensino que por aqui encontrou.
Não se percebe como Cambridge, uma cidade universitária, tranquila e campestre nos mandou um primitivo português como Tiago Brandão Rodrigues. Verdade que o homem trabalhava lá e se passeava pelas mesmas ruas e pela mesma relva por onde tinham andado Newton, Wittgenstein e Russel. Só que nada disso lhe deu um grão de modéstia e de prudência. Chamado por Costa, não hesitou em virar do avesso o sistema de ensino que por aqui encontrou e que levara vinte e tal anos de esforço e de polémica a chegar a um relativo equilíbrio. O valente trazia um plano no saco e não hesitou em escaqueirar tudo, para abrir um “novo ciclo” de justiça para a Pátria e os professores. Pode haver quem ache esta maneira de fazer a felicidade do próximo um pouco extravagante. Se há, é gente pérfida, com razões malévolas.
A coisa vem de um livro, publicado por volta de 1970, por Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron (talvez por Bourdieu sem Passeron), com um título prometedor, “Les Héritiers”. A tese geral desta obra era simples: a “classe dominante” tinha reproduzido a sua tirania transferindo o capital para a descendência; mas no mundo moderno passara a transferir o “saber” e não o “capital”. Ou seja, o seu método de “reprodução” mudara e o dever do verdadeiro socialista estava agora em destruir essa nova maquinação da burguesia. Ora como esta venenosa manobra da “classe dominante” assentava, por um lado, nos privilégios que se “herdavam” da família e, por outro, no carácter selectivo da escola, que o exame e a nota simbolizavam, o objectivo essencial era obviamente transformar a escola num lugar de prazer e acabar com o exame e a nota.
Que as criancinhas ficassem num estado de completa ou quase completa ignorância interessava pouco. A operação pelo menos destruía os filhos da “classe dominante”, que sem “capital” e sem “saber” seriam absorvidos por um igualitarismo militante; e também alegrava os professores que deixavam de responder pelo seu trabalho perante o Estado da burguesia (Bourdieu detestava os professores que ensinavam e em 1968 tentou correr com Aron da Sorbonne). Como se calculará, esta perfeita idiotia foi recebida em Portugal por meia dúzia de profetas, que durante o PREC arrasaram a “escola” a pretexto de a “sanear” primeiro e de a “salvar” a seguir. A balbúrdia que estabeleceram liquidou a vida a muita gente.
As reformas do ministro Tiago liquidarão mais.
Nunca fui para a cama com a mãe dele!...
... num texto de Francisco Gouveia, cheio de humor, que corre na net.
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Francisco Gouveia e a "Mãe dele"... do Estado!...
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Somos um país de boateiros. Ponto final.Os nossos Governos são geringonças mentirosas. Ponto e vírgula;
Este Governo é caluniador. Dois pontos:
estou danado e com razão. Aliás, os danados, desde que Tarantino meteu os sacanas na Lei, têm sempre razão. E eu, como cliente deste país, especialmente da Autoridade Tributária que me fidelizou por toda a vida, tenho razão duas vezes.
Explico.
Esta minha danada indignação resulta do Governo ter ressuscitado um defunto já putrefacto, que se chama “imposto sucessório”. Considerado globalmente como um imposto sem sentido, foi abolido há anos. É agora reabilitado e requalificado como mandam as boas normas da moderna treta política. E mesmo que o Governo diga que o tal imposto só se aplica a heranças acima do milhão de Euros, a realidade é que por esta porta, agora reaberta, tanto entra o gordo como o magro. Ou seja: os herdeiros de palácios, pagam, e os herdeiros de barracos vão pagar também. E eu, como pai de filhos e filha, fico sem jeito perante eles, que nunca imaginaram ter mais um irmão. Já para não falar do olhar estupefacto e acusador da minha esposa, que nunca me julgou capaz de tal infidelidade.
Explico outra vez.
Ao cobrar o imposto sucessório (que ao cabo e ao resto é uma percentagem da herança) o Estado só o pode justificar como sendo meu herdeiro. Neste caso, meu filho. Porque só assim pode entrar na partilha dos meus parcos bens. E é perante esta calúnia que me revolto. Porque eu não sou pai do Estado, e juro por tudo o que tenho de mais sagrado, (incluindo um emblema platinado do meu clube) que nunca fui para cama com a mãe dele: a República! E digo mais: a não ser das fotos antigas, em que a senhora aparece de barrete à campino, empunhando o estandarte verde-rubro, com as tetinhas ao léu e mostrando um démodé umbigo balzaquiano, que nunca a vi em lado nenhum. E afirma agora o Governo que me meti na cama com a senhora, e que da noitada resultou um filho?
Até porque, deste infame boato, não saio só eu com problemas. A senhora também não fica bem vista. Ora vejam só com quantos portugueses é que a senhora acamou, e quantos filhos teve!
Falta de respeito, é o que é! E uma grande imaginação dos nossos governantes, que são génios em descobrir razões para nos sacar dinheiro e meter o bedelho em tudo o que na nossa vida possa ser taxado!
Dizem que o Sr. Primeiro-ministro, que até inventou a taxa de 1 Euro para quem dormir em Lisboa, anda a pensar aplicá-la somente a quem dormiu sozinho. Porque quem dormiu acompanhado vai pagar taxa agravada.
Mas tem mais: mesmo que eu tivesse ido para a cama com a República, fique o Governo a saber que havia de ir latexmente protegido, como aconselha aquele senhor de barba à poeta e óculos grossos à intelectual, que é quem manda na saúde da gente.
Era o que faltava: pai do Estado!
Vão chamar pai a outro. E ponto final.
16 janeiro 2016
15 janeiro 2016
Escrito na pedra...
In. “Público”
30.09.2015
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“Não se pode descobrir novas terras sem aceitar perder de vista a costa por um longo tempo.”
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André Gide
1869-1951
Escritor francês
14 janeiro 2016
Actas da Câmara Municipal de Setúbal...
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Sessão de 06 de Maio de 1970
…realizou-se a reunião ordinária semanal, sob a
presidência do Excelentíssimo Doutor Manuel José Constantino de Goes, estando
presentes, além do Senhor Vice-Presidente, Doutor João José Mendes de Matos, os
seguintes vereadores Senhores Doutor José Caldeira Areias, Afonso Henriques
Rocha, José Maria da Silva Belo, Carlos José Pinto, Fernando Batalha Pedrosa
Não compareceu o vereador Senhor Manuel Pacheco
Calanane Wengorovius cuja falta foi julgada justificada.
Assistiu à reunião o Chefe da Secretaria António
Maria de Rhodes Sérgio Callapez.
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O átrio da Câmara Municipal de Setúbal
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Generalização
do regime de fim-de-semana.
O
vereador Senhor Fernando Batalha Pedrosa solicitou que se estudasse o problema
da generalização do regime de fim-de-semana, com a supressão do trabalho em
todas as profissões, aos sábados após o almoço, introduzindo a Câmara no
respectivo Regulamento, as alterações
necessárias e levando a efeito as diligências no sentido de beneficiarem de
igual regalia, as classes que esse regulamento não abrange.
O
Senhor Presidente disse que o assunto seria estudado para o que seria
comunicada a sugestão daquele vereador, ao Instituto Nacional de Trabalho.
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Em
defesa dos Valores Concelhios
…deliberou
a câmara agradecer ao deputado Senhor Doutor Rogério Peres Claro a sua
brilhante e oportuna intervenção, na Assembleia Nacional, em vinte e nove de
Abril findo, na defesa do extraordinário património constituído pelas belezas
naturais da Península de Setúbal.
13 janeiro 2016
Se fosses só o sal...
...num poema de Alexandre O´Neill
Alexandre O´Neill
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Portugal
Ó Portugal, se fosses só três sílabas,
linda vista para o mar,
Minho verde, Algarve de cal,
jerico rapando o espinhaço da terra,
surdo e miudinho,
moinho a braços com um vento
testarudo, mas embolado e, afinal, amigo,
se fosses só o sal, o sol, o sul,
o ladino pardal,
o manso boi coloquial, a rechinante
sardinha,
a desancada varina,
o plumitivo ladrilhado de lindos
adjectivos,
a muda queixa amendoada
duns olhos pestanítidos,
se fosses só a cegarrega do estio, dos
estilos,
o ferrugento cão asmático das praias,
o grilo engaiolado, a grila no lábio,
o calendário na parede, o emblema na
lapela,
ó Portugal, se fosses só três sílabas
de plástico, que era mais barato!
.
Doceiras de Amarante, barristas de
Barcelos,
rendeiras de Viana, toureiros da Golegã,
não há "papo-de-anjo" que seja o
meu derriço,
galo que cante a cores na minha
prateleira,
alvura arrendada para o meu devaneio,
bandarilha que possa enfeitar-me o
cachaço.
Portugal: questão que eu tenho comigo
mesmo,
golpe até ao osso, fome sem entretém,
perdigueiro marrado e sem narizes, sem
perdizes,
rocim engraxado, feira cabisbaixa,
meu remorso,
meu remorso de todos nós
.
Alexandre O'Neill,
in 'Abandono
Vigiado'
12 janeiro 2016
11 janeiro 2016
São quadras, meu bem... são quadras!...
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As meias pretas de seda
Que usas com tantos cuidados
Ficam rotas com os olhos
Que te olham consolados...
As meias pretas de seda
Que usas com tantos cuidados
Ficam rotas com os olhos
Que te olham consolados...
10 janeiro 2016
Recordações...
Faz hoje 10 Anos
que a Gi partiu...
.
que a Gi partiu...
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Gi
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Na Igreja de São Paulo, realiza-se hoje,
dia 10 de Janeiro, pelas 10 horas,
a Missa do 10º Aniversário.
09 janeiro 2016
Parabéns, Luísa Tody!... 9 de Janeiro
Nasceu em 9 de Janeiro de 1753
Faleceu em 1 de Outubro de 1833
Faleceu em 1 de Outubro de 1833
Luísa de Aguiar Todi
vista por Helena Maria de Carvalho Fernandes
Um conto de Fayza Hayat...
“O pior do melhor e o melhor do
pior”
é o título escolhido por Faíza
Hayat
para este conto que publicou em
Janeiro de 2008
Faíza Hayat
No último dia do ano sobressaltei-me
ao descobrir no Público quatro páginas dedicadas ao melhor e ao pior lado dos
portugueses. A lista do pior lado ocupava, em grandes letras, as duas páginas
por completo.
A lista do melhor ocupava metade desse espaço. Na lista do
melhor havia itens que fariam mais sentido na lista das desgraças. Compreendo,
por exemplo, que o facto de os portugueses visitarem mais os médicos do que os
restantes europeus possa ser um indicador de preocupação com a saúde. Mas também
pode ser um indicador de hipocondria. Eu preferia passar os próximos cinquenta
anos sem visitar médicos nem advogados. Na lista consta também que os
portugueses reclamam muito enquanto consumidores. Isto pode significar que conhecemos
os nossos direitos e lutamos por eles, o que realmente me parece positivo, Mas também
significa que não somos bem servidos.
Outro item
um tanto estranho na lista d’”o nosso melhor lado” tem a ver com a preferência
nacional por casas com vista para o mar. Provavelmente os húngaros, os austríacos
e os luxemburgueses também apreciam as casas com vista para o mar, embora
naqueles países seja um pouco difícil conseguir vista para o mar. Eu cá
gostaria de ter uma casa com vista para o mar – já agora para o mar de Parati –
e do lado de trás com uma imensa varanda com vista para o Grand Canyon. Melhor
ainda seria ter uma casa com muitas janelas, cada uma com uma vista diferente.
Por outro
lado não consigo compreender o motivo porque a lista d’”o nosso melhor lado” é
tão breve.. Eis outros itens que eu acrescentaria à tal lista, sem pensar
muito, e sem necessidade de consultar relatórios, inquéritos ou sondagens:
somos um dos países com mais horas de sol da Europa. Somos um dos países com
maior número de caixas multibanco. Somos um dos países europeus onde se come
melhor, e por melhor preço. Temos os melhores pastéis de nata do mundo e o
melhor vinho do Porto. Eu acho que só pelos pastéis de nata já vale a pena ser
portuguesa.
Passo a
maior parte do ano fora de Portugal. Os meus olhos já são um pouco estrangeiros.
Talvez por isso veja mais facilmente o lado bom do que o lado mau dos
portugueses. A dificuldade em ver o lado bom do que quer que seja é uma das
marcas do caracter nacional -- e aqui temos um item a juntar ao “nosso pior
lado” .
Segundo o Público, “o
nosso pior lado” inclui excentricidades como não gostarmos de falar do cancro
colorectal, e morrermos de medo de perder o emprego. A verdade é que o nosso
pior lado nunca chega a ser realmente mau. Somos tão pequenos, tão acanhados,
que nem em maldade conseguimos ser grandes .
A Alemanha teve Hitler, e ainda hoje tem nazis. A França enfrenta gravíssimos
problemas com a integração dos emigrantes. A Bélgica está à beira do fim.
Espanha tem a ETA. Podia continuar assim até ao final desta página. Ao lado da
maioria dos países europeus, e fiquemo-nos apenas pela Europa, Portugal é um oásis
de minúscula felicidade. Só os portugueses não se apercebem disso.
O início do
ano é uma boa altura para coligir listas. Talvez mais vantajoso do que saber
qual o nosso lado bom e o nosso lado, digamos, menos apresentável, seja uma
lista das melhores coisas que podemos fazer esta ano, e daquilo que seria
excelente se conseguíssemos evitar. Eu, por exemplo, gostaria de conseguir
evitar, além dos advogados e dos médicos, as multidões, a celulite, as longas
filas, os imbecis e os maus filmes, não necessariamente por esta ordem. Já
entre as melhores coisas que pretendo fazer esta ano está uma viagem à Líbia
para visitar Sabratha, concluir o doutoramento e casar-me com Caetano Veloso. Bem
sei que Caetano já não é um menino mas, ao menos em palco, ainda se move como
um menino – eu vi o último espectáculo – e além disso está solteiro.
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Publicado em 06.01.2008
no suplemento “Pública”
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