A sedução intelectual do homem é um mistério que me
fascina.
E neste meu terceiro degrau da vida, nunca vi um sedutor
“burro”! Por isso quando Graco de Fafá me falou de um primo que tem uma boa
biblioteca e vindo de outros casamentos passados, eu logo pensei num fado
antigo que diz: “ Se tudo que a gente sente, cá dentro, tivesse voz...” Ah! Meu
querido e amado Graco... De boca calada eu pensei, será que o primo conhece
aquele Emplasto Brás Cubas, que cura azia e melancolia e sabe que a dor é uma
ilusão? –“vigeee”! Nossa Senhora, como eu gostei dele...
Mas, será que ele é daqueles que usa pijamas listrados,
assim uma listra estreita e outra larginha, e no casaco de mangas longas – três
bolsos acham que é para guardar sonhos, sonhos antigos, mas “sonhos, sonhos
são”.
E a voz? Igual a de Yves Montand dizendo ao meu ouvido:
“Quand je la prend dans mes bras
Elle me parle tout bas
Je vois la vie en rose
Elle me dit des mots d'amours
Des mots de tout les jours
Et ça m'fait quelque chose”
Elle me parle tout bas
Je vois la vie en rose
Elle me dit des mots d'amours
Des mots de tout les jours
Et ça m'fait quelque chose”
Ah!!! Graquinho… aí não tem viúva
fraca que aguente...
Bjs. Tia Date.