sábado, 30 de abril de 2011

Mudar.

E mais uma vez fui assolada por aquela vontade, já muito comum na minha rotina, de mudar. Renovar. Começar do zero, deixando tudo que importava para trás. Recomeçar. Sempre repito mentalmente para mim que será a última vez, que eu conseguirei recomeçar e que vou gostar das mudanças que fiz. Mas nem sempre é assim. Decepções novas aparecerem e a confusão mental me deixa desnorteada. A certeza de não ter certeza e o desespero de estar ciente disso.

Todo recomeço é consequência de uma longa jornada de pensamentos profundos, sobre o que é realmente “ser”. Questões sobre o existencialismo, que nunca me levaram a lugar algum. Teorias já existentes que se modificam um pouco, com esclarecimentos novos.

A certeza da minha solidão e a vontade de mudar isso. Aí nasce a vontade de mudar. A vontade de viver. Na minha realidade atual sinto que estou apenas sobrevivendo, sem ter certeza sobre o que quero, apenas balançando a cabeça e deixando acontecer, sem se impor. Sem temer as consequências.

Mais uma vez eu vou recomeçar, mas dessa vez irei deixar uma vida de lado. A vida que eu alimentava secretamente no mundo ilusório que criei. Por mais que não tenha certeza se essa vai ser a melhor opção, e esteja com um nó de choro preso na garganta, eu vou tentar.

Vou fugir mais uma vez...

sábado, 16 de outubro de 2010

Ser ou não ser? Eis a sociedade.

Hoje em dia, pelo que me parece, as pessoas têm rotulado cada personalidade. Eu quero dizer, pra você ser pseudo cult, você tem que amar café, gostar de filmes dramáticos e antigos (de preferência), admirar a Audrey Hepburn, ler A menina que roubava livros, gostar de coisas alternativas e mais uma série de coisas; pra você ser rockeiro, precisa idolatrar a cor preta, apoiar tudo que os astros do rock fazem, fumar, gostar de beber (...)

Presumo, que de toda essas regras pra você ser tal coisa, eu só tirei um fundamento digno: Basta ser você. Você não tem que se tornar algo que você não é, mas gostaria de ser, pra se encaixar dentro de tal sociedade. Aliás, você sabe quem criou essas regras fúteis? Pois é, eu também não sei.

Pra você ser, você não precisa se tornar, você precisa ser, somente. Não é porque você não gosta de café ou nunca ouviu falar em Audrey Hepburn que, obrigatoriamente, você não é ou não pode admirar um pseudo cult. Não é porque você não fuma ou não gosta de beber que você não pode ser rockeiro.
Na minha concepção, ser rockeiro é a pessoa que gosta de ouvir rock; ser pseudo cult é uma pessoa culta. Mas é claro que existem desavenças nisso tudo, por exemplo, como uma pessoa se diz rockeira, se toda sexta-feira ela vai ao baile funk? Não que eu tenha alguma coisa contra os bailes, mas se você escuta rock e pensa que é rockeira, mas vai à bailes funk, você é eclética, e não rockeira, certo?

Quando você é, nós vemos com clareza que você não está tentando ser alguém apenas pra entrar n'um grupinho. Quando você é, você simplesmente se encaixa automaticamente.

Esse tipo de assunto, tais como religião e política, é tudo uma questão de opinião e ponto de vista, e é também um daqueles assuntos que envolve mais um monte de outros aspectos, mas creio que acima de tudo, você não pode se deixar levar pela sociedade, que cria regras baseando-se em sites desconhecidos.