_ La Salette, diga ao Sr. Coelho que eu estou a almoçar e já vou. Ele que deixe as valises na entrada e veja se se contém.
(só me faltava mais esta...)
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Não querem lá ver...
Acabadinha de chegar e tenho esta à espera, com uma malinha...que é para me abalar.
Mas a mulher é parva ou quê?
Não filha, não me vou daqui para lado nenhum e muito menos com essa malinha minúscula, onde mal cabe um par de sapatos decente. Não queriam lá ver...
Que são os senhores do governo...pois que que mandem todos que eu estou como o "outro "Jamé, Salomé". Fico-me! Nem que seja num deserto. Mas fico-me! (mesmo no deserto há-de haver bolos! Nem que sejam ums míseros pastelinhos...)
Eu a minha caixinha dos Ferrero Rocher (a original. Aquilo lá na televisão, como toda a gente já sabe, é uma imitação barata do chinês) e este emplastro, que se me atropela a caléche por tudo quanto é sítio: ficamos! Estou farta de lhe dizer:
-Suba os passeios homem!
Que não...que não pode ser. Desde que chegou de Angola que é isto. O que foi para lá fazer nem sei...veio de volta, o idiota, que não tinha "up grade" para conduzir camelos e elefantes...
Era o que me faltava. Logo hoje que tenho um chá.
Arruma mas é a valise filha!
E já agora, passa-me as luvas, que vou sair...
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Termas e Edelweisses
Depois da água...a água. Ao que se seguiriam "os ares".
Nem se tratando de uma "entrevadinha militante", resistiria a tanto. Mas o maldito do phisico foi claro: termas e edelweisses, garantiriam um Inverno de fazer inveja a qualquer condessa de trazer por casa.
Ignorando por completo toda e qualquer regra de acautelamento e decência, tratei de mandar mensagem ao Maan. Que sim, que desta vez. (só desta vez), poderia contar com a minha "ascensão"...ao que se revelou um inferno. Adiante.
Seriam uns dias a águas e a ares, e sempre chegaria a tempo da saison...
Incauta, iniciei a subida, não sem antes me prevenir de chaise longue e, mantinha para a sesta. Ainda me aproximei do Mann a ver se ma levava...mas chiava já desalmadamente, da pleura. Posto que tive que alancar.
O homem, que pouco préstimo revelou, afinal, só me incentivava:
-É mágica! É mágica!
Não que tivesse visto alguma magia no tempo que lá estive...sestas intermináveis e o Thomas numa insistência de tez desbotada e quem sabe uma thysica... que me arreliava os dias.
Que não! Que não me desbotava.( Eu sei que os benefícios do sol ainda não tinham sido descobertos)
Foi quando a insistência deu lugar à tentativa de me demover, à força de tosses ininterruptas.
Como devem calcular tive que ser veemente. Escusasse de pensar em thysicas. A saison não tardava e não havia tempo a perder...
Foi um ápice: deixei a chaise longue à Karenina, que tinha entretanto chegado, exausta de bailes e estepes e fugi dali para fora.
Aqui me têm, de volta ao vosso convívio, nesta nossa metrópole pejada de chatices.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
A Banhos
Não me venham dizer...eu sei. Foi a pior coisa que podia ter feito. Mais valia os "achaques" e "desvanecimentos" a isto...Resisti, como pude, para mais de duas décadas...mas o phisico, desta vez, ameaçou-me com "definhamento acelerado", e a possibilidade de ter que abdicar das empadinhas de leitão, dos jesuítas, dos pastelinhos de Sta Clara, das soirées...caso não anuísse. Era muito sacrifício...
De modos, que preparei dois fatos, uma sombrinha, merenda e rumei com a receita, a Paço D'Arcos, sem sequer ter coragem para a "reler", nem de relance...
Um erro, como verifiquei, assim que o banheiro, um selvagem de tronco nu, me tomou em baços e me submergiu nas águas geladas do oceano. Entrou-se-me areia nos olhos, água salgada nos ouvidos. As mãos congelaram-se-me a pontos de ainda hoje sentir um formigueiro de cada vez que tiro as luva. E os cabelos, meu Deus, os cabelos...os meus longos cabelos, esmeradamente empoados, ficaram-se numa rodilha que não me permitem saídas, mais do que umas fugazes, pela porta de serviço, a um jesuíta matinal à saída do forno, antes que os demais banhistas acordem.
Sendo que a prescrição é clara: duas submersões por dia durante uma penosa quinzena.
Pedi barraca, evidentemente, para trocar de fato e não me arriscar a uma pneumonia e à respectiva estadia em ares montanhosos, na contemplação das cabras com barbicha, em companhia do Thomas Mann, esse especialista de altitudes e maleitas. E não querem lá ver o que me deram... isto, que acima reproduzo em imagem, para a qual mandei vir fotógrafo credenciado.
Não vejo a hora de retomar a minha vidinha no chiado...no terreiro...na Benárd...enquanto tal não me é possível, resisto como posso a esta maldita prescripção: dos banhos. E entro nesta espécie de soirée virtual com V. Ex.as, que vislumbro com o meu lorgnon, a lerem com algum espanto, esta minha sui generis aventura nos mares gelados da nossa Pátria. É por uma boa causa diz o phisico: sempre me livro às bichas no Inverno, que me sangram até ao osso e me deixam inerte. Aliás deitei fora o frasco assim que pus o sapato ao areal. Foram-se ao mar, as sanguessugas. Pode ser que o suguem todo e amanhã me livre do banho...
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