terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Adeus 2013. Olá 2014!

2013 deu-me muito mais do que eu poderia sequer imaginar há um ano atrás.
Para ser sincera, não esperava nada de muito especial ou decisivo.
Mas a vida surpreendeu-me e, entre muitas outras coisas, tive o privilégio de conhecer a aprender com a fabulosa Kaysie Lackey, fiz muitos bolos, lancei-me numa aventura que já não pensava fazer parte do meu futuro e, acima de tudo, nos momentos mais importantes, pude perceber quem são os meus amigos.
Por isso, e embora eles saibam, agradeço aos meus pais por, cada um à sua maneira, me estarem a permitir realizar um sonho, ao meu marido que me tem apoiado sempre, aos meus filhos lindos que eu amo de paixão por me terem escolhido para ser sua mãe, e a Deus e ao Universo que me têm reservado lindas surpresas neste meu caminho.
Por incrível que possa parecer, ao passar este ano em revista, não me lembro dos momentos maus, dos erros, das indecisões. Só recordo os momentos felizes!
Conheci muitas pessoas novas, fiz boas amizades e chego ao final do ano com o sentimento de dever cumprido. 
Eu sou muito abençoada e 2014 vai ser um ano ainda mais especial. Porque agora já sei para onde vou, e vou muito bem acompanhada! 
Feliz Ano Novo para todos!

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal!

Que seja um Bom Natal, para todos nós!


terça-feira, 22 de outubro de 2013

"Pede-se a uma criança: Desenha uma flor!"

Pede-se a uma criança: Desenha uma flor! Dá-se-lhe papel e lápis. A criança vai sentar-se no outro canto da sala onde não há mais ninguém. Passado algum tempo o papel está cheio de linhas. Umas numa direcção, outras noutras; umas mais carregadas, outras mais leves; umas mais fáceis, outras mais custosas. A criança quis tanta força em certas linhas que o papel quase não resistiu. Outras eram tão delicadas que apenas o peso do lápis já era demais. Depois a criança vem mostrar essas linhas às pessoas: Uma flor! As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor! Contudo a palavra flor andou por dentro da criança, da cabeça para o coração e do coração para a cabeça, à procura das linhas com que se faz uma flor, e a criança pôs no papel algumas dessas linhas, ou todas. Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares, mas, são aquelas as linhas com que Deus faz uma flor!

Almada Negreiros
"O Regresso ou o Homem Sentado - III parte"

sábado, 28 de setembro de 2013

Pedido aos meus leitores que estão no estrangeiro

Será que algum dos meus leitores em Inglaterra ou por terras estrangeiras me consegue arranjar este livro?

"Molly & Jasmine Paintings and Cakes" das autoras Jasmine Becket-Griffith and Molly, que não consigo encontrar por cá...
Ficava muito agradecida!


domingo, 15 de setembro de 2013

Que tal?

Ver três dos meus bolos ganharem destaque internacional é uma alegria imensa!
Claro que nem sempre aqueles que fazem mais sucesso são aqueles que acho mais bonitos ou os mais trabalhosos, mas de qualquer forma estou muito bem representada e fico toda babada com este feito.
Vou continuar a trabalhar para ver se um dia destes chego aos três primeiros lugares... Isso é que vai ser ;)



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Tão orgulhosa :)

Um dos meus bolos em 4.º lugar no Top 15 da CakesDecor.com!
Foi uma surpresa tão boa!


domingo, 28 de julho de 2013

Dissertação acerca do preço dos bolos

Ultimamente tenho lido tudo o que apanho sobre como calcular o preço a cobrar por um bolo decorado com pasta de açúcar. Mas nem por isso consegui ainda chegar a uma fórmula infalível que resolva de uma vez todas as minhas dúvidas acerca deste assunto.
De facto trata-se de algo complexo porque há mil e uma maneiras de fazer os cálculos... e nenhuma delas me convence plenamente.
Será que o problema é meu? Acho sinceramente que não e que muita gente se questiona também sobre o mesmo.
Há quem venda bolos ao quilo, ao número de fatias, de acordo com o número de modelagens, de acordo com o número de cores utilizadas, orçamentando cada projecto individualmente... enfim, já li de tudo!
Pessoalmente concordo mais com a última hipótese, que é aquela que sigo e tento melhorar a cada bolo.
Mesmo assim, num mercado com cada vez mais oferta, torna-se difícil praticar o preço justo por cada trabalho.
Vou partilhar convosco a minha experiência pessoal.
Faço bolos ainda nem há um ano (não estou a contar com os de consumo interno).
Mas quando o bichinho me mordeu decidi logo procurar formação qualificada, porque se era para aprender então que fosse como deve ser! Sempre pensei assim em todas as áreas da minha vida: se é para fazer que seja bem feito! Sou sim uma perfeccionista, com tudo o que isso tem de bom e de mau!
Fiz um curso Wilton com a Sónia Azóia e um PME com a Carina Costa. Depois disso, tendo já as bases, fiz alguns workshops de modelagem com a Margarida Duarte para aperfeiçoar a figura humana - a minha maior dificuldade ainda hoje - e mais recentemente a fabulosa master class da Kaysie Lackey.
Se há um ano atrás me tivessem dito que iria chegar a este nível num tão curto espaço de tempo, não acreditaria. 
Pessoalmente sinto-me muito realizada a decorar bolos e embora tendo consciência de que tenho muito por onde melhorar, considero que evoluí bastante. E se em parte li muitos livros, fiz muita pesquisa e muitas experiências sozinha, também é verdade que a formação fez toda a diferença! E isto leva-nos ao primeiro ponto de interrogação: quanto pesa num orçamento o investimento feito na formação? Esta é uma das perguntas a que ainda não consegui responder.
Sinto-me confortável a fazer um bolo redondo, quadrado, esculpido (que adoro), de vários andares, e recebo sempre cada pedido com entusiasmo. No entanto, também aqui há diferenças: um bolo esculpido deve ser mais caro que um bolo normal? Creio que há unanimidade ao responder que sim, porque se gastam mais horas a esculpir um bolo do que a desenformá-lo. 
Actualmente recebo diariamente vários pedidos de orçamento para bolos de aniversário. Posso dizer-vos que são muito poucos aqueles que se formalizam em encomenda e eu garanto-vos que muitas vezes até fecho os olhos a umas horitas de trabalho. Ou porque são amigos e eu gostava mesmo de lhes fazer o bolo ou porque é algo que tenho vontade de experimentar e então "que se lixe" vou arredondar para baixo... Sei que é um erro e que não devo fazê-lo porque as pessoas ficam com uma ideia errada acerca do preço real do bolo e no futuro irão sempre fazer comparações. Tenho consciência disso mas mesmo assim acabo por fazê-lo.
E depois ainda há outra questão, é que quando faço um orçamento que se traduz em encomenda, por vezes o resultado final não coincide com o esboço inicial. Seja porque me dão liberdade total e eu me entusiasmo e vou por aí fora a acrescentar pormenores até ficar satisfeita, ou porque a certa altura há uma alteração que tem mesmo de ser feita. O que fazer nestes casos? Depois de dar um orçamento não posso chegar ao fim, pedir desculpa e dizer que afinal o preço é outro. 
Também o inverso não me deixa confortável: fazer um bolo sem orçamento e apresentar o preço no final. 
Há quem prefira assim - e eu, para ser sincera, até gosto mais porque posso criar à vontade e sem limitações - mas fico sempre constrangida na hora de apresentar a conta porque nessa altura a pessoa não vai poder dizer se concorda ou não e eu entretanto já ali tenho o bolo. E mais uma vez a solução encontrada muitas vezes é cortar numas horitas para não chocar tanto.
Não posso cortar no preço dos ingredientes, dos acessórios, dos custos inerentes à produção do bolo, mas no meu trabalho, nas horas de dedicação posso e faço-o. E quem me conhece e já me pediu trabalhos sabe que faço cada bolo como se fosse para um dos meus filhos. Com todo o amor!
É por estas e por outras que muitas vezes, num bolo de 60€ o meu lucro são 15€. E eu sei que não pode ser, e que isso não paga as noites em claro a ouvir os comentários ao European poker tour (porque a minha televisão da cozinha está sem comando e os canais que prestam estão lá para a posição quarenta e muitos e perco muito tempo a procurá-los) ou as horas gastas em pesquisa por exemplo, mas se cobrar o que deve ser então o mesmo bolo chegaria no mínimo aos 90€. 
Dá para ver a diferença não é?
Não vou falar de nenhum bolo em concreto pois não seria correcto mas posso dar o exemplo do bolo da Cuca, que ofereci com todo o carinho à minha amiga Ana (que merece isso e muito mais, que amizades verdadeiras hoje em dia são difíceis de manter)! Contas feitas por alto, porque não as fiz com rigor, seria um bolo para custar cerca de 110€. Quantos de vós estariam dispostos a comprá-lo? (Espero os vossos comentários sinceros). 
A verdade é que a maioria das pessoas que pede um bolo destes personalizado não tem a mínima noção do trabalho que dá fazê-lo. Porque vão ao hipermercado e há bolos a 15€ ou porque no espaço escolhido para a festa de aniversário do filho(a) "oferecem" o bolo.
Compreendo que há uma grande diferença entre pagar 15€ ou 90€ por um bolo mas as pessoas também têm de compreender a diferença que isso representa ao nível da qualidade, personalização, etc.
Por outro lado, há muitas pastelarias (sublinho desde já que não são todas) que sem qualquer problema pegam num bolo que está na vitrina há vários dias, raspam o creme que o cobre e voltam a cobri-lo e vendem-no sem qualquer problema ao cliente que pensa que está a comprar um bolo fresquinho! Se não sabiam ficam a saber. 
Este texto tornar-se-ia muito longo se continuasse a esmiuçar todos os pontos que considero necessários debater por isso hoje fico-me por aqui.
Mas queria apenas deixar o meu testemunho para que percebam que isto de fazer bolos não é algo tão simples como pode parecer. Pelo menos para quem quer fazê-los com rigor e seriedade.
Hei-de fazer bolos toda a minha vida, não tenham dúvidas. Mas quanto a vendê-los talvez tenha os dias contados.
Bom domingo!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Saudades que doem

Faz este mês 11 anos que o meu avô partiu! 
Desde então sonho sempre com ele. Se não é num dia é no outro. Não falha. 
Dizem que as almas se encontram nos sonhos e se assim for encontramo-nos muitas vezes.
O meu avô era um homem muito autoritário. Com toda a gente, mas não comigo.
Mesmo quando me repreendia fazia-o de uma forma especial. E não o fazia com mais ninguém.
Eu era a preferida do meu avô. O meu irmão era o preferido da minha avó.
Sempre o soubemos, sempre o sentimos, muito embora isso não signifique que o outro nos tratasse mal. Longe disso.
Os meus avós paternos estiveram sempre muito presentes na minha infância (embora menos na adolescência) e guardo recordações tão boas dos dois...
Nos últimos tempos de vida do meu avô eu fui a pessoa que mais o acompanhou. E como me custou vê-lo a perder as forças aos poucos...
Nunca na minha vida fui tão corajosa como nesses tempos, em que esqueci os meus medos para não lhos transmitir.
Há conversas que relembro muitas vezes e também o sorriso dele quando eu chegava para lhe dar o jantar...
Mas passado este tempo todo, parece que as saudades aumentam em vez de se atenuarem.
Se lá vou a casa, naqueles instantes em que meto as chaves à porta, até me esqueço que ele não está lá. É como se o fosse encontrar sentado em frente à televisão.
Há dias em que não me lembro dele e outros em que não consigo deixar de pensar. Porque o sinto aqui ao pé de mim. Porque ele me acompanha sempre. Disso não tenho dúvidas.
Hoje foi um desses dias, um dia difícil.
Gosto muito de ti avô! Ainda e sempre.

E assim se passam os meus fins-de-semana

Pensei que fosse um pouco mais tarde mas enganei-me. Já chegámos ao tempo em que os meus fins-de-semana se resumem praticamente a garantir a vida social activa da minha filha.
O mais novo fica a dormir a sesta, com a casa em silêncio... Ela diverte-se nos mais variados programas...
E eu faço de motorista e aproveito para arrumar a casa.
Praia? Apetece tanto... mas não sei quando vou dar-me ao luxo :(

sábado, 29 de junho de 2013

É o que dá não dormir

Percebo que estou muito cansada quando ao chegar à escola da Maria reparo que ela tem calçados os...
... chinelos de quarto!
Mais uma voltinha no "carrossel" e voltamos a casa para mudar de sapatos :(

segunda-feira, 24 de junho de 2013

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Portugal ao Vivo 1993

Há 20 anos (!!!!!!!!!!!!!) foi assim!


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Este post poderia ter vários títulos...

... por isso escolham um dos três que aqui deixo à consideração ou dêm-lhe outro!

a) Vê-se que andava a pensar nisto há algum tempo!
b) O preconceito aqui em casa?
c) A atracção pela fama ;) 

Há cerca de duas semanas recebemos no correio a "Dica da Semana", jornal do Lidl, que normalmente até vai directamente para o caixote do lixo e nem chega sequer a passar a porta de entrada porque não tenho tempo de o ler.
No entanto, nesse dia, olhando para a primeira página, vi que trazia a Ana Isabel Arroja - a propósito do livro que lançou recentemente - e saíu-me o seguinte comentário: "Olha Maria, esta menina era da minha turma da faculdade".
Ela olhou para mim e apenas perguntou: "Ai era?"
Respondi que sim, e aquilo passou.

Esta semana estava ela a fazer zapping enquanto eu arrumava os brinquedos que o Dinis espalhara pela sala toda e na CMTV estava o Miguel Fernandes. Reconheci a voz, olhei e disse: "Olha o Miguel!"
E ela perguntou: "Conheces mãe?"
E eu respondi: "Sim, era da minha turma na faculdade." 

[Abro aqui um parêntesis para acrescentar que de cada vez que vejo/ ouço alguém que estudou comigo - os que já citei e outros, que por acaso até foi uma turma que deu "bons frutos" - ou até quando vejo antigos professores na TV (como o Luis Manso ou o Pedro Pinto, por exemplo) comento em voz alta cá em casa, porque fico verdadeiramente feliz por vê-los vingar na profissão que escolheram.] 

Hoje estavamos à mesa e a conversa foi mais ou menos assim:
[Ela] - Ó mãe, porque é que não és famosa?
[Eu]- O quê?
[Ela] - Sim, porque é que todos os teus colegas da escola são famosos menos tu?
[Eu quase me engasguei]- Explica lá isso se faz favor que não estou a perceber...
[Ela] - Sim, porque é que os teus amigos da escola aparecem na televisão, na rádio, nos jornais, nas revistas, e tu estás a fazer bolos????
[Eu hesitei um bocado na resposta porque não estava à espera da pergunta]- Então, cada pessoa tem os seus objectivos. Eu não teria à vontade para estar a entrevistar pessoas e acredito que talvez eles não tenham paciência para estar horas a decorar um bolo. A sociedade precisa de todas as pessoas, certo?
[Ela] - Porquê?
[Eu]- Porque se fossemos todos apresentadores de televisão não havia pessoas para entrevistar ou se todos fizessemos bolos não havia ninguém a querer comê-los.
[Ela] - Não, não foi isso que eu perguntei! Porque é que ficaste TU a fazer os bolos e ELES ficaram famosos?

Perceberam? 
A partir daqui é desnecessário continuar a citar.
A Maria é uma criança muito independente e extrovertida, gosta de dar nas vistas e para ela ser conhecida ainda é  "O" objectivo de vida!
Fiquei a pensar nesta conversa porque de facto compreendo que possa parecer confuso (até para nós adultos, até para mim confesso) que uma pessoa vá para a faculdade tirar um curso superior seja daquilo que for (excluem-se daqui os cursos de pastelaria obviamente) para depois ficar em casa a fazer bolos, mas a forma como ela colocou as coisas foi tão crua que ainda agora ao escrever este texto estou a pensar na melhor maneira de voltar a abordar a questão para ver se lhe consigo explicar que não me sinto diminuída pelo facto de ter abdicado de uma carreira mais "vistosa" para estar de volta dos tachos...

segunda-feira, 20 de maio de 2013

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Nós e os carros dos outros

Enquanto estou sem carro tenho utilizado os carros dos "outros" para dar as minhas voltinhas.
E quando digo "tenho utilizado" devo antes dizer "temos utilizado", já que o Dinis é o meu apêndice (salvo seja)!
Então, há dias em que vamos no carro do pai (quando entra mais tarde ou chega mais cedo), outros em que vamos no carro da avó (o mais usual), outros houve em que fomos no carro da tia (quando o da avó estava na oficina) e esta semana utilizámos também o do avô que estava fora.
Acontece que por causa destas trocas o meu filho anda todo baralhado, coitado!
Hoje quando o acordei da sesta disse-lhe: - "Bebé, vamos à escola da mana?"
Ele ainda com a chucha na boca fez que sim com a cabeça e disse:
- "Carro pai"?
- "Não bebé, não vamos no carro do pai".
- "Carro bô?" (que é como quem pergunta "carro do avô"?)
- "Não Dinis, não vamos no carro do avô."
- "Carro tia?"
- "Não, também não vamos no carro da tia."
- "Carro bó?" 
-  Sim, vamos no carro da avó."
- "Xim, carro bó!" (com uma expressão que parecia que estava a pensar "estava a ver que nunca mais acertava"!)

É que se há coisa que o meu filho preza muito é a pertença das coisas. Cataloga tudo e não lhe escapa nada. Quando me vê a segurar numa peça de roupa do pai começa aos gritos "Goupa pai, goupa pai!", como se eu a fosse comer. O mesmo acontece com as coisas da irmã ou quando me vê a calçar os chinelos da avó (tenho que os descalçar senão não pára de apontar o dedo e dizer "Pato bó!"). 
Agora imaginem a cabeça da criança todos os dias a tentar adivinhar em que carro vai passear:)

Morta de curiosidade

Emília, a princesa já tem nome?

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Desabafo

Nunca fui apologista de publicar a minha vida na internet.
Escrevo aqui e no Facebook alguns "flashes" que considero que não invadem a minha/ nossa privacidade.
Não publico fotos dos meus filhos, mas chamo-os pelos nomes.
Não publico fotos com o meu marido, mas todos os meus amigos sabem quem ele é.
Só aceito pedidos de amizade de pessoas que realmente conheço.
Mas hoje estou a precisar de escrever para mim e no final decidirei se posso ou não publicar.

Licenciei-me com 21 anos. (Era uma criança!) 
Trabalhei os primeiros anos na minha área (Marketing) e aprendi muito.
Juntei algum (pouco) dinheiro que depois, com 23 anos, "enterrei" na minha primeira sociedade falhada!
Felizmente percebi cedo o tamanho do erro e mudei de rumo.
Voltei ao mercado de trabalho, casei, nasceu a minha filha e decidi - porque na altura pude dar-me a esse luxo - ficar com ela até aos dois anos e meio e acompanhá-la na primeira infância.
Findo esse tempo senti necessidade de voltar ao trabalho. 
Já não me sentia realizada no Marketing. Antes da Maria nascer cheguei a trabalhar 15 horas por dia na empresa onde estava! E isso já não fazia sentido.
Organizei eventos, tirei um curso profissional de Contabilidade e trabalhei depois algum tempo nessa área. 
Durante uma temporada trabalhei em casa. Não tinha horários para nada. Chegava a desligar o computador às 4 da manhã e às 7 já estava a ligá-lo novamente.
Também não ficaria aqui muito mais tempo.
Aos fins-de-semana rumava ao Porto onde tirei uma Pós-Graduação em Gestão de Ginásios e Health-Clubs e depois disso fui "abrir" um ginásio.
Mais tarde nasceu o meu filho e, mais uma vez, fiz uma pausa para ficar com ele.
Apaixonada por crianças, já trabalhei como auxiliar de acção educativa só pelo prazer da "profissão". 
Antes disso tirei a carta de condução de carrinhas de transporte de crianças.
O meu CV tem de tudo; já experimentei fazer imensas coisas. Sempre estive à procura do meu caminho.
Ganhei alguns prémios em exposições de pintura e fotografia (antes de entrar na faculdade e quando pensava que se podia viver da arte em Portugal), e sempre estive ligada às artes.
E eis que, com 33 anos, e questionando tudo mais uma vez, entrei no mundo dos bolos, do cake design, e apaixonei-me.
Quis aprender mais. Tirei vários cursos profissionais com excelentes formadoras. Investi em mim e nesta área. Dedico-me. Procuro. Leio. Treino.
Mas como toda a gente tenho contas para pagar, tenho dois filhos, a mais velha estuda num colégio privado e eu não estou a trabalhar.
Há muito tempo que não viajo. E que saudades tenho! E que falta nos faz!
Mas sabem o que me custa mais do que ter de cortar nas férias? 
É não poder dar-me ao luxo de gastar 650€ nesta formação, que embora me fosse enriquecer muitíssimo mais que o valor gasto, não teria retorno. Não em Portugal. Não aqui, onde as smart shops abrem como cogumelos mas quem quer vender bolos não consegue legalizar-se.
E mais uma vez tenho de tomar uma decisão...




domingo, 21 de abril de 2013

Aula de português


[Ela] - Mãe, vou bazar!
[Eu] – Vais o quê?
[Ela] - Vou bazar!
[Eu] – O que é isso?
[Ela] – É como os meninos mais crescidos da minha escola dizem quando vão embora. 
[Eu] – Ai sim? Mas está errado. Tu por acaso sabes o que estás a dizer?
[Ela] – Não.
[Eu] – Sabes o que é um bazar?
[Ela] – Não.
[Eu] – Então eu explico-te: um bazar é uma loja. Uma loja que vende muitas coisas. Achas que é a mesma coisa? 
[Ela] – Não.
[Eu] – Pois. Por isso quando vais embora dizes que vais embora, não dizes que vais "bazar". Entendido? Não te quero ouvir a falar mal.
[Ela, muito séria] – Ó mãe, já percebi o que aconteceu. Uma vez um menino disse aos outros: - “vou ao bazar”, porque ía a essa loja. Mas os outros meninos não perceberam bem o que ele disse e só ouviram “vou bazar”. Como esse menino era muito popular na escola todos começaram a repetir essa frase e foi assim que começou esta confusão.

* Eu sei que é inevitável e que daqui por uns anos ela vai dizer tudo como os outros mas por enquanto não faz mal nenhum ensinar a criança a falar português. Para mal dos meus pecados já ela levou com o novo Acordo Ortográfico!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Outra pérola da minha filha


Hoje no regresso a casa, depois de ter ido buscar a minha filha à escola, perguntei-lhe, como de costume:
[Eu] - Então Maria, tens alguma novidade para me contar?
[Ela] - Não.
[Eu] - Não? Nada?
[Ela] - Não. Já disse que não!
[Eu] - Então passamos o dia inteiro separadas e não há nada de novo do teu dia que me possas contar?
[Ela] - Mãe, todos os dias são assim. Todos os dias estamos separadas. É o habitual. Cada uma tem a sua vida percebes?

Seguiu-se um silêncio em que me ouvi a pensar:
Se percebo? Não, não percebo!
Não percebo como é que uma miúda que ainda ontem era um bebé me vem dizer a mim aos 6 anos (!!!) que cada uma tem a sua vida…
Assim estilo “habitua-te mãe, que daqui para a frente não te vou contar nada”.
Ainda estou a digerir.
Help!

terça-feira, 9 de abril de 2013

Para quê complicar?

Hoje foi o aniversário da professora da Maria.
Quando chegámos a casa perguntei-lhe:
- "Então Maria, quantos anos fez a Marta?"
Respondeu-me:
- "Não sei bem, acho que foram 30 ou então 13."
- "13??????????? - perguntei - Mas tu sabes o que é uma pessoa com 13 anos?"
- "Sim mãe. É uma pessoa que não é casada e não tem filhos. Como a Marta."

Ok. Fiquei esclarecida.

sexta-feira, 15 de março de 2013

2 anos, hoje!

Faz hoje dois anos, o meu principezinho.
O meu amor mais pequenino, que nem por isso é menor.
Nesse ano de 2011, a Primavera chegou para nós uma semana mais cedo.
Completamente diferente da irmã - sei que não devemos comparar as crianças - este bebé veio completar a nossa família e completar-me como mãe! 
Com a chegada do Dinis (reparem como já começo a aceitar escrever o nome dele com "s"), percebi ainda melhor a minha mãe e como fui injusta tantas vezes com ela ao achar que preferia o meu irmão.
Toda a vida senti muitos ciúmes do meu irmão. Nunca o tratei mal, sempre o adorei  e sempre o protegi, mas cá dentro havia sempre um sentimento de insegurança que me fazia crer que ele era "o preferido"!
Hoje sei que uma mãe pode amar duas crianças com a mesma intensidade, que serão necessariamente dois amores diferentes por se tratarem de pessoas diferentes... E claro, ainda há os feitios, que podem ser mais ou menos compatíveis... 
Mas no final, o que resta, é um amor lindo, maior, transcendente, e no meu caso, que sou muito dramática, de vez em quando sofrer angustiada com a ideia de que um dia teremos de nos separar. 
Sem os meus filhos eu não seria feliz. 
Sem o Dinis, eu saberia o que é ser mãe de uma princesa, de uma menina doce, afirmativa, segura, alegre, inteligente, despachada, teimosa (...), mas não saberia quão bom é ser mãe de um rapaz reguila, que gosta de carros, de bolas e de música, que pisa e destrói os brinquedos que a irmã estimou durante os últimos seis anos, que faz covinhas quando ri, que se aninha em mim para dormir, agarrado à chucha e à fralda... 
Podia ficar aqui dias a fio a escrever sobre os meus filhos mas nunca seria demais, porque o amor pelos filhos sente-se nas mais pequenas coisas e cresce todos os dias.
Hoje celebro o segundo aniversário do meu filho e apenas lamento que os dois não possam conviver com os que já partiram.
Mas mesmo não estando cá fisicamente, moram dentro de mim e vivem também um bocadinho nos meus filhos quando lhes conto as histórias da minha infância.
Hoje é um dia feliz e não há espaço para tristezas.
Parabéns Dinis!

segunda-feira, 11 de março de 2013

Sonhar (a dormir)

Tenho uma mente atormentada!
De há uns tempos para cá tenho com cada sonho que não vos digo nada!!!
Bolas, é com cada estupidez! E é a noite inteira com o mesmo enredo...
Acordo cansada e a pensar onde irei arranjar inspiração para tantos filmes.
Ao pé dos meus sonhos, os quadros do Dali deixam de ser surrealistas.
E mais não posso contar (que vocês também não íam gostar de saber:)).

segunda-feira, 4 de março de 2013

E aos 34 anos...

... comecei a aplicar um cocktail de vitaminas no rosto e um creme para as rugas :(
Soube que tomei a decisão certa quando a senhora da farmácia me disse no final: "De facto a sua pele já estava a precisar de um tratamento!"


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Um dia...

 
Este livro é lindo! Mas faz-me chorar sempre que o leio...
Por isso ainda não o comprei cá para casa, já que teria de o ler à Maria e não posso fazê-lo aos soluços...
O pior nem são os soluços e as lágrimas, é a angústia que eu sinto e que ela também sente quando se fala na nossa longínqua separação.
Assim, sempre que vou à Fnac e o vejo na prateleira, agarro-o e penso em trazê-lo, mas acaba por ficar lá.
No entanto, para pessoas bem resolvidas que não tenham pavor da morte e da separação, aconselho vivamente pois é mesmo maravilhoso.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Filhos do coração

Esta semana a jornalista Alexandra Borges esteve no colégio da Maria para falar com os meninos e os pais acerca do seu projecto "Filhos do Coração".
Antes disso eu nada sabia acerca deste assunto.
Sei agora que já é muito mediático e já tem vários anos mas eu consegui passar todo esse tempo ao lado desta realidade que desconhecia.
Depois da sua apaixonada exposição sobre o tema - os meninos escravos no Gana e a sua/ nossa luta para os resgatar - não consigo deixar de pensar nestas crianças, que os próprios pais venderam e que trabalham 14 horas por dia dentro de um barco a pescar, num lago com crocodilos.
Não sabem o seu nome - chamam-se "quinta-feira" ou "sexta-feira" consoante o dia da semana em que foram comprados - não sabem em que dia nasceram, não sabem rir, brincar, comem apenas uma vez por dia...
Enfim, uma profunda tristeza!
A Maria ficou particularmente horrorizada com o facto dos pescadores ameaçarem os meninos dizendo-lhes que "não vão com os brancos porque eles matam-vos e tiram-vos a pele"!
E assim, quando são resgatados para o orfanato, saem da água aterrorizados antecipando o horror que pensam que os espera.
Só ao fim de muito tempo conseguem começar a falar e a viver!
 
Perante tudo isto a mensagem é clara: juntar dinheiro - todo o que for possivel - para resgatar mais e mais crianças e levá-las para a escola, para que tenham uma infância e um futuro.
Com mil euros é possível garantir um ano de escola, casa, saúde, alimentação, etc, para uma criança.
Todo o dinheiro angariado reverte na íntegra para esta causa, pois nesta instituição todos são voluntários.
Há vários materiais que se podem comprar para ajudar: livro infantil "Filhos do Coração", livro para adolescentes ou adultos "Resgate", CD e merchandising variado.
Em Fevereiro vai também estrear uma peça infantil no Tivoli, cujo valor do bilhete é igualmente entregue na totalidade a esta organização.
 

 
 
De uma forma ou de outra todos podemos ajudar.
Nós aceitámos o desafio de pensar em algo que possamos fazer para contribuir um pouco mais. E já estamos a trabalhar nisso:)
Mas ao escrever este post pretendo ainda atingir alguns objectivos:
 
- Passar a palavra - pois é possível que alguns dos meus leitores ainda não conheçam esta realidade, e com isto angariar mais pessoas para esta causa;
 
- Pedir a todos que assinem a petição online (em http://www.peticaopublica.com/PeticaoAssinar.aspx?pi=P2012N23130 ) para que seja possível chegar às mais altas entidades políticas e governamentais nacionais e internacionais, que continuam a fechar os olhos a esta realidade;
 
- Pedir aos meus amigos/ leitores com sites/ blogues com maior visibilidade que o meu que também eles passem a mensagem nos seus espaços;
 
Se conseguir tocar nem que seja uma só pessoa a mais já ficarei muito feliz!
 
Durante aquela manhã o que mais me impressionou foi ouvir a Alexandra dizer que depois de já ter feito tantas reportagens de guerra, ter visto crianças a morrer nos seus braços (!), não é facilmente impressionável e no entanto aqueles meninos conseguiram-no!
Santo Deus, mas haverá algo pior que ver uma criança morrer ao nosso lado por causa da guerra que os adultos fazem?
A mim parece-me que não mas pelos vistos há.
Vamos então ajudar?
Obrigada.