Inicialmente pensei utilizar este espaço para registar a evolução e crescimento da minha "maria patanisca" mas rapidamente mudei de ideias... afinal não sou apenas mãe e o meu universo estende-se para lá das fraldas e chuchas. Tenciono, por isso, utilizar este blog para registar os meus pensamentos diários. Pretendo que esteja actualizado de opiniões, emoções, imagens ou qualquer outro tipo de conteúdo que mereça ser aqui exposto.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Algumas coisas que a Maria faz e que me irritam profundamente
Hoje foi um desses dias e, para aumentar a minha neura, não consegui ir ao ginásio.
A minha filha é um amor mas estar em casa o dia inteiro com ela não é tarefa fácil… ainda por cima porque há coisas que ela insiste em fazer que me irritam profundamente:
- Parece a minha sombra. Bolas! É que nem à casa de banho posso ir sem que ela venha atrás de mim…
- Pendura-se em cima do ecoponto. Com os pés pisa o pedal, com as mãos empurra a tampa para baixo e não a deixa levantar. Resultado, o pedal salta! Não é por nada mas eu vejo-me grega para encaixar aquilo outra vez… E qualquer dia está partido.
- É uma mãe extremosa para os seus Nenucos e de vez em quando lembra-se de ir dar banho aos bonecos no bidé. Eu que já sei o que a casa gasta fecho sempre a porta da casa de banho mas outras pessoas que também moram cá em casa não têm o mesmo cuidado e, portanto, de vez em quando, lá vai ela toda contente encharcar-se toda e inundar-me a casa de banho.
- Só fica descansada no sofá quando consegue tirar-lhe a coberta e atirá-la para o chão. Não é por nada mas, para começar, aquela coberta só lá está precisamente por causa dela e para o proteger dos seus lindos pezinhos e das suas mãos sempre sujas com qualquer coisa. Ora bem, eu também preferia tirar-lhe a coberta (que detesto) mas há que pesar prós e contras e, por isso, por enquanto, a coberta fica. Só ela é que ainda não percebeu isso.
- Tem um péssimo sentido de oportunidade e só quer ajudar quando não é oportuno. Eu, que quero incentivá-la a ajudar, lá tenho de perder o triplo do tempo só para poder incluí-la nas tarefas!
- É capaz de ver o Shreck ininterruptamente um dia inteiro e sabe as falas de cor. O mais cansativo é que depois aplica os diálogos no dia-a-dia e nós nunca sabemos se estamos a falar com a Maria ou com a Fiona.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Outono
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O Outono chegou hoje às 15 horas e 44 minutos.
Não é a estação do ano de que mais gosto (eu detesto despedir-me do Verão) mas é uma época muito especial e bonita (o vermelho das árvores, as castanhas, o meu aniversário)...
No Outono não resisto a pisar as folhas secas que cobrem o chão. Adoro aquele barulhinho bom do estalar das folhas debaixo dos meus pés.
Defraudada
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Pequena artista
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
O poder da escrita
Ontem, já depois de ter perdido a esperança, encontrei duas(!!) chuchas de borracha esquecidas numa farmácia da Moita.
Escusado será dizer que trouxe as duas!
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
A dependência da chucha
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Sei que não sou a única a debater-me com este problema mas às vezes pergunto-me porque é que ainda não resolvi esta questão.
Quer dizer, eu sei a resposta, não resolvi porque isso implica várias noites sem dormir e algumas birras e então vou deixando andar porque até há pediatras que defendem que não se deve retirá-la a uma criança que ainda não esteja preparada para tal. Ficará frustrada e insegura, dizem uns, terá efeitos negativos na vida sexual, dizem outros, e o que eu sei é que não quero ser responsável por tão grandes traumas na vida da minha filha.
Então, há que esperar que seja ela a querer deixá-la.
Ora bem, a Maria é dependente da chucha para dormir. Aliás, em bom rigor, ela tenta subornar-me várias vezes ao longo do dia para que eu lha dê (ó mãe, só um bucuguinho) mas eu mantenho-me firme e não lha dou. E ela esquece-se.
A Maria só pegou na chucha com dois meses. Lembro-me perfeitamente do dia 21 de Julho de 2006 pois a partir dessa data as noites e os dias passaram a ser muito mais calmos. Em desespero de causa, e como não pegava nas anatómicas, comprámos 7 exemplares e nem foi preciso abri-las todas pois à primeira tentativa a escolha estava feita: uma chucha horrível, com a bandeira americana e formato cereja.
[Quem tem alguma informação sobre a matéria sabe perfeitamente que as chuchas em formato cereja são as menos recomendáveis por deformarem a boca das criancinhas.]
Mas enfim, passámos todos a dormir mais, e nessa altura foi uma bênção.
Claro que depois tivemos de comprar mais para ter de reserva e nessa altura trouxemos aquelas redondas da Chicco, todas em borracha, que praticamente tapam a cara dos bebés.
Foi uma maravilha porque eram macias e ela adorou. E como foi sempre muito poupadinha o stock durou até há bem pouco tempo.
O que se passa é que as últimas já estavam muito para lá do seu tempo de vida útil e estavam sempre cheias de pêlos e porcarias agarradas e decidi substituí-las pelas que estão na fotografia. O importante mesmo era ter o formato cereja e isso estava garantido.
Pois bem, a Maria patanisca adoptou-as rapidamente, e com a mesma rapidez ganhou um tique que consiste em empurrar a argola da chucha contra o nariz com toda a força e com isso já conseguiu que o seu nariz se pareça um pouco com o da Miss Piggy.
Eu que não aprecio o género decidi que aquilo tinha que acabar e corri para a farmácia em busca das ditas chupetas de borracha. (Ao menos essas não dão para empurrar contra o nariz)!
E foi então que me disseram que essas chupetas tinham sido retiradas do mercado.
Não me dei por vencida e procurei em todas as farmácias do concelho para ver se alguém teria alguma esquecida nas prateleiras. Nada.
Nem aqui, nem em lado nenhum.
Passo seguinte: escrever um e-mail para a Chicco e explicar o meu problema. Talvez tivessem pena de nós e com um bocadinho de boa vontade enviar-me-iam uma por correio.
Dias depois chega a resposta: «o modelo solicitado no seu e-mail já não é comercializado».
Ora bolas, isso sei eu e por essa razão é que os contactei.
Nova tentativa. Respondo à senhora que não percebo porque razão as retiraram do mercado e suplico que procure se não restou nem uma
Hoje o esclarecimento foi mais seco: «Lamentamos mas não podemos aceder ao seu pedido».
E pronto, perante isto desisto, conformo-me. Fiz tudo o que podia.
E agora, como se já não bastasse ficar com o palato deformado, a minha filha vai ficar também com o nariz achatado.
Coitadinha da miúda.
Que eu saiba os meus pais não tiveram problemas destes. Tiraram-me a chucha com 1 ano e pronto. Mal ou bem lá me habituei e não há registos de quaisquer dramas.
É um facto que sou um bocado insegura mas será que devo atribuir isso à falta de chucha?
Pelo sim pelo não acho que vou esperar que seja a Maria a querer deixá-la.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Começam a ganhar côr
terça-feira, 2 de setembro de 2008
O meu momento zen
Deixar a Maria na avó e passar duas horas sem pensar em mais nada a não ser em mim…
Agora que tenho ido menos vezes (já se sabe que a praia é melhor que qualquer ginásio), tenho sempre de lutar contra a resistência inicial que se apodera de mim. De repente tudo parece ser mais urgente: «devia ficar a passar a ferro», «se calhar vou aproveitar para lavar as varandas», etc.
Mas acabo sempre por me arrastar (só quem sabe como sou preguiçosa é que consegue compreender o meu esforço) e quando lá chego é mesmo um prazer.
Queimo umas quantas calorias e no fim posso usufruir daquela sensação de leveza e dever cumprido que é mesmo uma das melhores sensações do mundo.
Hoje fui para a sala de exercícios. Amanhã, quem sabe, uma aula de GAP ou uma massagem:)
Fim de um ciclo
Depois de ter passado dois anos em casa a educar a minha filhota, chegou agora a altura de voltar ao mercado de trabalho.
Faço-o por mim, mas também por ela.
Sempre soube que, mais cedo ou mais tarde teríamos de cortar o cordão umbilical mas está a custar-me muito mais do que podia supôr.
Tenho a certeza de que, faça eu o que fizer, a minha menina me vê como o exemplo a seguir, mas sei também que quando crescer terá muito mais orgulho da mãe se esta não se confinar apenas às tarefas domésticas...
Para ser sincera, nunca me senti menos valorizada enquanto me dediquei a ela todos estes dias.
Confesso que me senti muitas vezes isolada, também devido ao facto de me ter casado com uma pessoa cuja vida profissional foi sempre muito preenchida.
Gostava muito de poder continuar por aqui mas é tempo de mudar.
Com quase 30 anos e depois de tanto tempo afastada terei muito que palmilhar para encontrar um espaço feito à minha medida mas acredito que existirá por aí uma boa oportunidade algures à minha espera.
Vou continuar à procura.