Trouxe flores para você:
uma guirlanda colhida dos milharais
plantados em sua Rosa de Pedra
onde as flores amarelas das espigas
transformaram-se em loiras bonecas.
Dos milharais vermelhos trouxe, ainda,
vermelhas papoulas para lhe adornar.
Trouxe amor para você, um amor puro
para compensá-la do seu
[...] arrastado amor antigo
desmanchado do contigo
desfibrado do comigo
quebrado na encantação[...].
Que se foi, [...] que era nada,se acabou.
Quero, então, cantar uma canção
ao colher as flores, abraçando-as,
versos burilados por você
plenos de ternura e saudade:
[...] Agora é tudo um sol encantamento[...]
"as ramas do algodão reverdecidas
habitam-se de flores amarelas[...]"
E junto à canção que canto
entrego-lhe as flores multicores
- cheias de lirismo e amor -
colhidas para realçar sua beleza
em manhã clara de sol
amornando seus cabelos,
exaltando seu caminhar na terra.
(Tributo aos 81 anos do nascimento de Zila, ocorrido a 15 de setembro. Utilizei alguns excertos de seus poemas, em NAVEGOS, Ed. original).
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
VISÃO
Nas pedras de Petra
pretas pedras deslizam
vento areia sol
luz e sons
formas cores emoção.
De longe
meus olhos enxergam
nas fendas pétreas
flores róseas bailando ao vento
presas no pétreo chão.
pretas pedras deslizam
vento areia sol
luz e sons
formas cores emoção.
De longe
meus olhos enxergam
nas fendas pétreas
flores róseas bailando ao vento
presas no pétreo chão.
CONTOS DE UM PASSADO PERFEITO
"Este livro precisava ser repartido como o Pão de Cristo, precisava ser multiplicado como os Eus do poeta português Fernando Pessoa, precisava ser compartilhado com as crianças da idade de Anis".
Com esse sentimento de partilha, Maria Maria escreveu seu terceiro livro, não somente para crianças. Nele, os adultos incursionam pela infância, num retorno maravilhoso aos seus sonhos e desejos, marcas indeléveis para a realidade.
Compartilhe com esse momento de alegria para a autora, no dia 13 de dezembro, às 19 horas, em A VILLA, Currais Novos-RN.
Postado por Maria José Mamede Galvão
Com esse sentimento de partilha, Maria Maria escreveu seu terceiro livro, não somente para crianças. Nele, os adultos incursionam pela infância, num retorno maravilhoso aos seus sonhos e desejos, marcas indeléveis para a realidade.
Compartilhe com esse momento de alegria para a autora, no dia 13 de dezembro, às 19 horas, em A VILLA, Currais Novos-RN.
Postado por Maria José Mamede Galvão
terça-feira, 15 de setembro de 2009
FALSA ODE CAMONIANA - Zila Mamede
aos que amam Zila e sua poesia
Se nesta ode eu te ofereço o canto
do meu amor contido, como a rosa,
possa minhalma desvendar-se em quanto
alumbramento ela se oculta; possa
doar-se, a ti falar com desassombro
dessa ternura, desse amornamento
que me possui, me pousa, me acalanta
quando, em te vendo, meu amor te alcança.
Que despertar-te tanta vez subido
ao pensamento para dar-se, desça
dos olhos; pássaros migrando teu
abandono, pousem depois, campinas
que, no lirismo teu, hás de habitar.
* Poema publicado no livro NAVEGOS (original)- Exercício da Palavra, p. 70, Ed. VEGA S.A., Belo Horizonte, 1978.
Se nesta ode eu te ofereço o canto
do meu amor contido, como a rosa,
possa minhalma desvendar-se em quanto
alumbramento ela se oculta; possa
doar-se, a ti falar com desassombro
dessa ternura, desse amornamento
que me possui, me pousa, me acalanta
quando, em te vendo, meu amor te alcança.
Que despertar-te tanta vez subido
ao pensamento para dar-se, desça
dos olhos; pássaros migrando teu
abandono, pousem depois, campinas
que, no lirismo teu, hás de habitar.
* Poema publicado no livro NAVEGOS (original)- Exercício da Palavra, p. 70, Ed. VEGA S.A., Belo Horizonte, 1978.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
A Ponte
Natal!
Ribeira!
Cais!
Ribeira cais
dos barcos
dos barcos de vela
"de vela panda ao vento"
dos barcos de remo
dos barcos velozes
jangadas...
Cais da Ribeira
"do Potengi amado":
o rio das pontes
- a velha e a nova.
O rio dos homens...
os homens passaram...
"Salto esculpido"
sobre o vão de água
em chão de água
em verde chão de água
em verde chão de água do Rio
em verde chão de água do Rio Potengi!
Os homens chegaram...
Os homens cantaram...
A P O N T E!!!!!!!!!!
Ribeira!
Cais!
Ribeira cais
dos barcos
dos barcos de vela
"de vela panda ao vento"
dos barcos de remo
dos barcos velozes
jangadas...
Cais da Ribeira
"do Potengi amado":
o rio das pontes
- a velha e a nova.
O rio dos homens...
os homens passaram...
"Salto esculpido"
sobre o vão de água
em chão de água
em verde chão de água
em verde chão de água do Rio
em verde chão de água do Rio Potengi!
Os homens chegaram...
Os homens cantaram...
A P O N T E!!!!!!!!!!
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Sou raíz, sou chão
pássaro e aboiadeiro
sou rio, sou canção
cancela e caminheiro
sou chuva, sou trovão
minério e cavaleiro...
Sou sol, sou amanhecer
lajedo, açude e calor
sou cacimba, sou entardever
vereda, espinho e flor
sou lua, sou anoitecer
poema, viola e cantador...
Sou a seca, sou Seridó.
. Poema extraído da Introdução do livro de minha autoria, Entre sertãO e mar:
CAMINHOS, Natal, EDUFRN, 2007.
pássaro e aboiadeiro
sou rio, sou canção
cancela e caminheiro
sou chuva, sou trovão
minério e cavaleiro...
Sou sol, sou amanhecer
lajedo, açude e calor
sou cacimba, sou entardever
vereda, espinho e flor
sou lua, sou anoitecer
poema, viola e cantador...
Sou a seca, sou Seridó.
. Poema extraído da Introdução do livro de minha autoria, Entre sertãO e mar:
CAMINHOS, Natal, EDUFRN, 2007.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DO GRUPOE SCOLAR "TOMÁZ DE ARAÚJO"
Na data de 13 de março de 2009, Acari aplaudiu, em toque de clarim (como num prólogo), o nascer desta escola no ano de 1909. A Matriz da Virgem da Guia vestiu-se de flores ao som dos cânticos do Coral "Amália Rodrigues de Carvalho"; das palavras proferidas em homenagens diversa; e da sonoridade inconfundível da Filarmônica "Felinto Lúcio Dantas" - um prenuncio do grande preito ora acontecendo.
Este momento da Festa de Nossa Senhora da Guia foi uma escolha ímpar e criteriosa para a culminância das homenagens exaltando a grandeza desta escola: cem anos de educação, cultura e tradição aqui disseminadas. Portanto, esta mensagem está impregnada de saudades, de emoções diversas, na significação mais pura para os acarienses que se sentaram em suas carteiras, transeuntes das salas de aula, cujo diálogo professor-aluno gravou-se em sua alma e foi ressonância para além, através das largas janelas da Escola.
Enaltecer o Grupo Escolar "Tomáz de Araújo" é falar de uma escola de vida, de alegria e criatividade; escola de grandes mestres e alunos brilhantes. Escola que durante cem anos de existência, tentou acompanhar as mudanças na educação e na cultura, onde a prática curricular se desenvolvia coerente com o crescimento do Acari, e com o progresso em termos de Estado, Brasil e do Mundo, neste terceiro milênio.
Para este evento foi inprescindível o esforço coletivo dos que hoje compõem esta escola - gestores, supervisores, professores, fucinários, alunos e os pais; e, ainda, os que por aqui passaram - os diversos atores que proporcionaram a educação, e aqules que a receberam, viandantes do tempo, para o ato único na sublimação do homem - O ENSINAR E O APRENDER.
E, desde os primeiros mestres que essa emoção - a sublimação desse ato - conduziu os homens e mulheres do Acari à descoberta do mundo através das janelas da alma. Desde a Carta de ABC, a Cartilha Ensino Rápido; os primeiros cálculos aritméticos; a geometria; a caligrafia e o ditado; o desenho, até os modernos recursos de aprendizagem - livros, revistas, fotografias,internet, pesquisas científicas diversas, natureza. Os que caminharam por esta escola, tiveram oportunidades diversas para tornarem-se pessoas capazes de projetar e conquistar sua própria destinação no mundo.
Na oferta de um ensino de qualidade, houve um esforço de toda a comunidade escolar, onde o lazer, o esporte, a criatividade - a poesia, a dança, o teatro, a música contribuissem para o somatório da cultura que cada um poude e soube amealhar.
Embora com a emoção atrapalhando meu coração, repito as palavras do saudoso escritor acariense Bianor Medeiros, em seu livro Tempo de Menino, ao referir-se às atividades rotineiras da velha escola, e que perduraram por longos anos: "as aulas do Grupo Escolar começavam às 7 da manhã. Os alunos iam chegando, com vestes simples, mas limpas e engomadas, e procuravam os lugares determinados pelos profesores.[..] Mandados entrar, após a oração devida, todos os alunos punham as mãos sobre as carteiras, a fim de que a professora examinasse se as unhas estavam limpas [...], sem deixar de examinar os cabelos, ouvidos, vestes e dentes. O asseio era indispensável e obrigado. Valia ponto." Mas, isso foi há muito tempo! É apenas uma ilustração. É importante refletir-se em seu significado.
Anos depois, ouviam-se as vozes infantis dos alunos entoando o Hino Nacional Brasileiro nesse início de aulas, e às quinta-feiras, mais solenemente, ao hastear-se a Bandeira Nacional. Ao lado dos alunos, os dirigentes, professores e funcionários assistiam atentos. Ao adentrar-se na escola, continuava-se a ouvir cânticos de saudação aos professore e colegas, bem como, de alegria pela saborosa merenda ofetada antes do recreio.
Hoje é um tempo novo. São outros homens, outros atores no processo ensino e aprendizagem. A história da educação registra, que houve grandes mudanças ao longo do tempo, na intenção de ofertar-se um ensino de qualidade, através de novas e surpreendentes tecnologias e processos avançados para o ensino.
Parabéns, portanto, a todos que deram de si e de seu amor para essa oferta, capaz de atender aos reclamos universais do Século XXI.
Parabéns, Grupo Escolar "Tomáz de Araújo". Acari, o Rio Grande do Norte associam-se ao elenco de homenagens por esse tempo tão significativo - Cem anos!
Obrigada pelo convite. Grata, ainda, por representar, com muita honra, minhas companheiras - primeiras gestoras -, que hoje se encontram numa dimensão maior: Professoras Mirtes de Araújo Bezerra, Iracema Brandão de Araújo e Almira de Araújo, aqui representadas por familiares; e ex-gestoras da atualidade, representadas pelas Professoras Jória Rivone Galvão, e Tânia Maria, atual gestora.
Obrigada, meu Deus, por fazer parte desta história, com a intercessão da Virgem da Guia!.
Acari, 11 de agosto de 2009.
Este momento da Festa de Nossa Senhora da Guia foi uma escolha ímpar e criteriosa para a culminância das homenagens exaltando a grandeza desta escola: cem anos de educação, cultura e tradição aqui disseminadas. Portanto, esta mensagem está impregnada de saudades, de emoções diversas, na significação mais pura para os acarienses que se sentaram em suas carteiras, transeuntes das salas de aula, cujo diálogo professor-aluno gravou-se em sua alma e foi ressonância para além, através das largas janelas da Escola.
Enaltecer o Grupo Escolar "Tomáz de Araújo" é falar de uma escola de vida, de alegria e criatividade; escola de grandes mestres e alunos brilhantes. Escola que durante cem anos de existência, tentou acompanhar as mudanças na educação e na cultura, onde a prática curricular se desenvolvia coerente com o crescimento do Acari, e com o progresso em termos de Estado, Brasil e do Mundo, neste terceiro milênio.
Para este evento foi inprescindível o esforço coletivo dos que hoje compõem esta escola - gestores, supervisores, professores, fucinários, alunos e os pais; e, ainda, os que por aqui passaram - os diversos atores que proporcionaram a educação, e aqules que a receberam, viandantes do tempo, para o ato único na sublimação do homem - O ENSINAR E O APRENDER.
E, desde os primeiros mestres que essa emoção - a sublimação desse ato - conduziu os homens e mulheres do Acari à descoberta do mundo através das janelas da alma. Desde a Carta de ABC, a Cartilha Ensino Rápido; os primeiros cálculos aritméticos; a geometria; a caligrafia e o ditado; o desenho, até os modernos recursos de aprendizagem - livros, revistas, fotografias,internet, pesquisas científicas diversas, natureza. Os que caminharam por esta escola, tiveram oportunidades diversas para tornarem-se pessoas capazes de projetar e conquistar sua própria destinação no mundo.
Na oferta de um ensino de qualidade, houve um esforço de toda a comunidade escolar, onde o lazer, o esporte, a criatividade - a poesia, a dança, o teatro, a música contribuissem para o somatório da cultura que cada um poude e soube amealhar.
Embora com a emoção atrapalhando meu coração, repito as palavras do saudoso escritor acariense Bianor Medeiros, em seu livro Tempo de Menino, ao referir-se às atividades rotineiras da velha escola, e que perduraram por longos anos: "as aulas do Grupo Escolar começavam às 7 da manhã. Os alunos iam chegando, com vestes simples, mas limpas e engomadas, e procuravam os lugares determinados pelos profesores.[..] Mandados entrar, após a oração devida, todos os alunos punham as mãos sobre as carteiras, a fim de que a professora examinasse se as unhas estavam limpas [...], sem deixar de examinar os cabelos, ouvidos, vestes e dentes. O asseio era indispensável e obrigado. Valia ponto." Mas, isso foi há muito tempo! É apenas uma ilustração. É importante refletir-se em seu significado.
Anos depois, ouviam-se as vozes infantis dos alunos entoando o Hino Nacional Brasileiro nesse início de aulas, e às quinta-feiras, mais solenemente, ao hastear-se a Bandeira Nacional. Ao lado dos alunos, os dirigentes, professores e funcionários assistiam atentos. Ao adentrar-se na escola, continuava-se a ouvir cânticos de saudação aos professore e colegas, bem como, de alegria pela saborosa merenda ofetada antes do recreio.
Hoje é um tempo novo. São outros homens, outros atores no processo ensino e aprendizagem. A história da educação registra, que houve grandes mudanças ao longo do tempo, na intenção de ofertar-se um ensino de qualidade, através de novas e surpreendentes tecnologias e processos avançados para o ensino.
Parabéns, portanto, a todos que deram de si e de seu amor para essa oferta, capaz de atender aos reclamos universais do Século XXI.
Parabéns, Grupo Escolar "Tomáz de Araújo". Acari, o Rio Grande do Norte associam-se ao elenco de homenagens por esse tempo tão significativo - Cem anos!
Obrigada pelo convite. Grata, ainda, por representar, com muita honra, minhas companheiras - primeiras gestoras -, que hoje se encontram numa dimensão maior: Professoras Mirtes de Araújo Bezerra, Iracema Brandão de Araújo e Almira de Araújo, aqui representadas por familiares; e ex-gestoras da atualidade, representadas pelas Professoras Jória Rivone Galvão, e Tânia Maria, atual gestora.
Obrigada, meu Deus, por fazer parte desta história, com a intercessão da Virgem da Guia!.
Acari, 11 de agosto de 2009.
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