terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Para "ouver" e dia bom

"A educação é o grande motor do desenvolvimento pessoal. É através dela que a filha de um camponês se torna médica, que o filho de um mineiro pode chegar a chefe de mina, que um filho de trabalhadores rurais pode chegar a presidente de uma grande nação."  Nelson Mandela

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

domingo, 30 de novembro de 2014

Ontem comprei um "bilhete" para Paris...

A morte do toureiro, Picasso, 1936

La Dépoiulle du Minotaure, Picasso 1931

... hoje, andei por lá, Marais, para quando(?).
Numa viagem" lowcost," 11 euros ida e volta..., na papelaria do meu burgo.
Sentada em poltrona de conforto, imaginando-me em executiva, dedilho cada página da revista L' Art, dedicada ao remodelado Hotel Salé, Museu Picasso,  fechado desde 2009, eu que por lá  entardeci , no ano da graça de 2006... E fiquei "touché"...
Porque exacerbo Picasso? Porque ele me exacerbou a mim, em 1975, quando pela 1ª vez fui a Paris levada por mão de mestre. Museu do Homem.
Hoje, em papel "couché", viajo pelo novo brilho que as salas ostentam , e por obras para mim menos conhecidas.
Comprem, meninos e meninas, que vale a pena.

sábado, 29 de novembro de 2014

Leituras breves...

"Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade."

Albert Eistein
Ilustração de Maria Keill

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

"a narrartiva...", in fashion...


Relõgio do Convento da Arrábida
A minha solidão não depende da presença ou ausência de pessoas, pelo contrário. Detesto quando roubam a minha solidão sem, em troca, me oferecerem companhia verdadeira.
Nietzsche


Belém e uma razão para ir até lá, com ou sem chuva. Ir.


Exposição de cavaquinhos, Mosteiro dos Jerónimos


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

"E agora José?"

Felix Vollotton, "Money", 1898
JOSÉ

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Joaquim?
e agora, você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais!
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Carlos Drummond de Andrade ANDRADE, C. D. Poesia até agora. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1948.

Leituras breves

Cagne Valley, F. Vollotton, (1865-1925)
«Não distribuímos nada da nossa riqueza: Atiramo-la à rua para que os mais fortes e gananciosos lutem por ela»

Georges B. Shaw, em entrevista dada em 1931

Boa semana para os que por aqui vão passando...

Pintura de Felix Valltton