Época 2015/16

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Os óculos italianos da UEFA

«A UEFA abria ontem a sua página na internet dedicada à Liga Europa com o título sugestivo: “Juventus a um golo da final em casa”. Cada um vê a realidade com os óculos que tem, dizem os sociólogos da comunicação, e a organizadora das eurotaças escolheu o olhar italiano, de quem quis organizar o jogo da decisão e tem uma bela oportunidade de o disputar – afinal está a um golo de distância. Existem outras formas de catrapiscar o jogo de quinta-feira, tipo “Benfica a um empate de voltar à final da Europa” ou “Juventus obrigada a ganhar e a fechar a baliza”. Mas não, a UEFA preferiu ver a preto e branco. Ou a amarelo e azul. Tanto faz. Pode ser o olhar mais comodista, clássico, a partir de quem precisa de ter a iniciativa para tomar a eliminatória em mãos, mas talvez devesse pertencer a um jornal italiano, nunca à UEFA, que deve reger-se por um imperativo de neutralidade. Enfim, o Benfica que não estranhe, vai jogar com a Juventus, organizadora da final. 
...»

Concordo plenamente!

Já começam ...

É certo que Sílvio manifestou apenas um sonho, mas mesmo assim deveria ter mantido esse sonho secreto.
Já o Record, vem com a história de "Jesus poder imitar Villas-Boas" e conquistar 4 troféus numa época.
Qual o benfiquista que não sonha com isso, mais a mais depois do que aconteceu na época passada, mas daí a vir apregoar isso publicamente vai uma grande diferença.
Quero ganhar tudo, sim, mas prefiro manter esse sonho apenas entre os mais chegados.
Está-se mesmo a ver, depois desta notícia, se o Benfica falhar a conquista de algum dos troféus em que ainda está na luta, os mesmos (Record) virão com todo o estrondo apelidar isso de falhanço.

Benfica é TV

«Chegou a hora de dar o braço a torcer: a Benfica TV é um sucesso. Poucos diriam. Eu não disse. Eu disse que não. Mas nenhum outro clube poderá repetir a proeza.

O lançamento do canal, e mais tarde a não renovação do contrato de direitos televisivos, parecia uma loucura. Como é que o Benfica ia perder receitas de 22 milhões de euros por ano, garantidos pela Olivedesportos, e lançar-se num canal que implicava custos? Os números não batiam certo e por isso aqui concluí então que o único objetivo da Benfica TV só poderia ser o de quebrar o poder indisputado de Joaquim Oliveira no futebol. Ainda hoje penso que esse era o objetivo. Mas, além disso, os números mostram que Luís Filipe Vieira tinha razão. A televisão é uma máquina.

A Benfica TV tem hoje cerca de 300 mil assinantes. A Sport TV tem mais de 400 mil assinantes. Mas os custos da Benfica TV são incomparavelmente menores. O truque, parece ser hoje claro, foi a compra dos direitos da Premier League: atraiu até não benfiquistas. Só isso pode explicar tamanha adesão, que nem os operadores de televisão por cabo, que conhecem bem o negócio, alguma vez contaram. O Benfica diz-se o clube do Mundo recordista em sócios, mas tem o dobro de assinantes da televisão. É obra.

Isto dá um grande poder a Luís Filipe Vieira, não só por fazer contrapeso ao até aqui monopólio de Joaquim Oliveira, mas também para se tornar ele próprio um presidente... incontestado. A forma desintermediada, sem depender da comunicação oficial independente, como o Benfica consegue hoje comunicar com os seus adeptos é poderosa – e potencialmente manipuladora.

Como alguém terá dito, Luís Filipe Vieira é o novo Jorge Nuno Pinto da Costa: vai eternizar-se no poder. A Benfica TV foi uma teimosia sua, é uma vitória sua – e será uma arma sua. Para quê? É o que veremos.

PS: A saída de Angelino Ferreira da administração da SAD do FCPorto é muito mau sinal. Por que razão saiu? E que consequências terá isso na sociedade – e no clube?»

Quem escreveu isto é sportinguista e chama-se Pedro Guerreiro!

Perderam o respeito, o que é bom sinal

Dia após dia vou lendo e ouvindo coisas nunca antes ditas por sportinguistas, e até por jornalistas.
Quem se atrevia até há pouco tempo a dizer coisas em desabono dos azuis da cidade do Porto? Ninguém, a não ser os benfiquistas!
Nestes últimos dias tem sido um fartote. E não vai ficar por aqui.
«Sobre o último dérbi, nada de especial há a dizer. O Sporting não jogou um caracol e, entre a festa da espuma de domingo e o jogo de terça, perdeu-se o efeito surpresa de Jardim. Mas nem ele o salvaria. A vitória do Benfica foi limpinha. E não me refiro à ausência de lã de rocha no relvado e de bocados da cobertura nas bancadas. Mas nestes últimos meses ficou clara para mim uma coisa: pelo menos no campo, o campeonato será decidido no confronto entre o Benfica e o Sporting. Quanto ao Porto, que nos tem presenteado com exibições abaixo de deprimentes, lá terá, se ainda souber, de voltar a tentar ganhar no campeonato da secretaria.

E, regresso ao tema, as coisas vão bem encaminhadas numa competição menor: a Taça da Liga. Herculano Lima é juiz jubilado e conhecido amigo do Futebol Clube do Porto. Em pleno processo de investigações do Apito Dourado disse, em declarações públicas, que a montanha iria parir um rato. O experiente obstetra deste mundo pouco salubre da bola viu o seu desejo confirmado. Herculano também é presidente do Conselho de Disciplina da FPF e dissipou todas dívidas logo na primeira audição sobre o caso do atraso do Porto no jogo com o Marítimo. Segundo o Record, o que o juiz queria saber de Fernando, o jogador que só se lembra das dores uma semana depois de as sentir, era se o Porto também teria vencido o jogo caso tivesse entrado em campo na hora marcada. Como a resposta é impossível de dar e a pergunta era para um jogador do FCP, fica a parecer que o objetivo destas inquirições é o convívio. Onde também participou o vogal Ricardo Pereira, que, seguramente imparcial nestas guerras, foi advogado de Lourenço Pinto contra Carolina Salgado.

Não há, portanto, qualquer ansiedade para o Sporting. Ao contrário do dérbi, o resultado é mais do que certo e parece-me que não será “limpinho”. E, no entanto, não há qualquer dúvida que o Porto quis atrasar o jogo para daí obter vantagem. E que os regulamentos punem esse comportamento com derrota. Ficam a saber os árbitros: quando marcarem uma grande penalidade ao Porto, por causa de uma rasteira na grande área, terão de perguntar ao faltoso se aquela jogada mudaria o desfecho do jogo. Porque é assim que se faz justiça no futebol nacional.» (Daniel Oliveira, um sportinguista, in Record)

Demónios e anjinhos!

«Paulo Fonseca parecia possuído quando se apresentou aos jornalistas para dissecar as emoções extremas da última jornada do apuramento da Taça da Liga, sintetizando o que acabara de se passar com a frase lapidar que, no FCPorto, figura em primeiro lugar na tábua dos mandamentos para uma vida feliz: “Nós não fazemos o papel de anjinhos.”

À mesma hora, em Penafiel, treinador e presidente do Sporting falavam de imoralidade e de suspeitas de favorecimento por omissão, por parte da Liga, incapaz de garantir a mais básica das equidades desportivas, a da garantia que todos os concorrentes têm as mesmas condições para lutar pelas vitórias, a começar pelo respeito e observância dos próprios regulamentos de competições. E sim, as queixas do Sporting voltam a soar como justificação tardia e como demonização de um vencedor que nunca olha a meios para alcançar os objetivos. Neste caso, o FCPorto fez tudo o que, aparentemente, a permissividade dos delegados da Liga lhe permitiu, com um elevado grau de profissionalismo, perversidade à parte, que fez toda a diferença na reta final da corrida ao golo, com o Sporting. Mais penálti, menos penálti, mais golo duvidoso menos erro escandaloso, já se sabe como acaba a história: no fim ganha o Porto.

Muitos anos e quatro presidências depois da célebre denúncia de Dias da Cunha, o Sporting prossegue a sua luta virtual contra moinhos que sopram cada vez mais forte, tendo acrescentado em Penafiel a sua longa lista de vitórias morais ou, de acordo com o presidente, mais uma derrota imoral. Parece sina, mas trata-se simplesmente da expressão de diferenças acumuladas pelo tempo, com a consolidação de profissionais e métodos que não se importam, não se importam mesmo nada, de serem confundidos com demónios e coriscos.

A equipa do Sporting realizou nos últimos meses uma enorme recuperação desportiva e bate-se agora em campo de igual para igual com os rivais, chegando a dar a sensação de que já nada lhe falta para poder chegar novamente aos títulos. No entanto, a meio da temporada, já foi eliminada das duas Taças e resta-lhe o campeonato, com apenas 14 jogos para disputar em quatro meses – o que pode redundar em handicap positivo, considerando que os adversários vão jogar duas vezes por semana a partir daqui, em quatro frentes.

Vai sobrar muito tempo aos responsáveis leoninos para estudarem os métodos diabólicos e deixarem, o mais rapidamente possível, de serem tratados como anjinhos pelos adversários.»

(João Querido Manha, in Record)

Um "leão" de mau carácter!

Um dos muitos apaniguados verdes que escrevem no Record preferiu falar mal do Benfica na sua crónica semanal para esconder a frustração de ter visto o seu clube perder a liderança isolada do campeonato.
E escreveu com tal despeito que deixou à mostra o seu mau carácter.
Eles preferem ver o seu clube enrabado sistematicamente pelos azuis do norte do que ver o Benfica ganhar alguma coisa. 
As equipas verdes, desde o futebol às modalidades, fazem dos jogos com o Benfica os últimos das suas vidas. Vidé o jogo de ontem no hóquei em patins!
Segue a crónica para confirmarem o que escrevi acima.

«Nestes últimos anos, o Benfica confunde-se, no discurso, com o seu treinador e a sua comunicação fica, quase sempre, fora da realidade. No início desta temporada, dispararam o objetivo/sonho de alcançarem a final da Liga dos campeões, no Estádio da Luz. Morreu na fase de grupos.

Ainda não tinham acordado desse pesadelo e já estava no ar a vitória na Liga Europa, como nova convicta meta. Se as vitórias fossem desejos tornados públicos, o Benfica ganhava tudo. O real é bem mais duro, é que não ganhou nada nestes últimos três anos e a coisa não promete para este. Mas as fanfarronice e arrogância não cedem aos factos.

O maior endividamento dos clubes portugueses, um brutal investimento no futebol e um número surreal de jogadores contratados nada mais têm conseguido do que resultados medíocres. Cada um manda em sua casa e todos têm direito ao exercício delirante, mas tudo tem limites. Não é possível bater, de forma continuada, de frente com a realidade sem que um dia o céu não caia em cima.

As águias arrecadaram os três pontos em Setúbal, mas a exibição foi dececionante e mais parecia uma peladinha a meio-campo, como se a baliza do Vitória não fosse o objetivo e não interessasse para nada. Fracas uvas ao preço de milhões.

É certo que o FC Porto não está nos seus melhores dias, apesar disso, com este Benfica, não se vislumbram dificuldades em vir ganhar à Luz e continuar a fazer dos encarnados gato sapato, como habitual.

O Sporting tropeçou com o Nacional. Um verdadeiro jogo de campeonato, duro, repartido e com as equipas a dar tudo em campo. Os madeirense mereceram o ponto que arrancaram em Alvalade, embora assombrado por um golo mal invalidado ao Sporting.

Estas cenas dos árbitros são assunto muito sério, elas desvirtuam a verdade desportiva e, neste campo, os leões têm um longo caminho a percorrer até ao respeito que lhes é devido.» (Alberto do Rosário)

O cancro do futebol português

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) considera que o movimento de alguns emblemas visando a sua destituição assenta em pressões do operador que detém os direitos de transmissão televisiva da grande maioria das equipas.

"O que está em causa é que estamos a chegar ao mês de dezembro - altura em que o operador [Olivedesportos] paga a primeira prestação [dos direitos televisivos] aos clubes relativos à época em curso - e os clubes estão numa situação de estado de necessidade perante esses pagamentos", disse esta terça-feira Mário Figueiredo, à margem de um seminário em Lisboa sobre "Direitos Televisivos no Desporto".

O presidente da Liga de clubes defende que a capacidade de negociar coletivamente os direitos televisivos dos clubes de futebol profissionais deve estar centralizada na estrutura que dirige e apresentou em outubro do ano passado uma queixa na Autoridade da Concorrência contra a situação atual no futebol português.

Vários clubes de futebol das ligas profissionais reúnem-se hoje no Porto para concertar posições com vista à destituição do atual presidente da LPFP.

Mário Figueiredo diz que neste momento "está a haver uma certa pressão do operador em relação aos clubes", sobretudo sobre aqueles que estão mais próximos das posições da Liga, atrasando pagamentos ou substituindo as transferências de soma por letras.

"Aquilo a que estamos a assistir neste momento é a medidas desesperadas por parte do operador, que (...) está a fazer pressão junto dos clubes, nomeadamente a alguns clubes que estão mais do lado da Liga, que em vez de cheque ou dinheiro são pagos em letras", exemplificou Mário Figueiredo.

Para o presidente da Liga, o operador tem prejudicado os clubes que estão próximos da Liga "em relação a outros que podem estar a servir de ponta de lança dos interesses do operador".

O dirigente da Liga reiterou que os direitos de transmissão televisiva dos clubes em Portugal repercutem-se num volume de negócios que ronda os 150 milhões de euros, dos quais menos de metade chega aos clubes.

"Os clubes na sua globalidade estão a receber 60 milhões. Não é aceitável que os clubes sejam espoliados de dois terços das receitas que andam à volta do futebol. Foi o facto de ter posto o dedo na ferida e ter demonstrado publicamente estas contas que criou esta situação. Obviamente, é difícil para os clubes morderem a mão que ainda os alimenta", concluiu.(in Record)

Porque será que agressões a jornalistas é sinónimo de FCP?

No final do jogo entre o Belenenses e o Futebol Clube do Porto, João Fonseca, jornalista da Rádio Renascença, terá sido agredido por Rui Cerqueira (na foto), diretor de comunicação do FCP. Vários camaradas seus foram testemunhas desta agressão, entre os quais um jornalista da TSF. Os repórteres procuravam ter reações de Helton e Rui Cerqueira, que é ex-jornalista, decidiu intervir. O próprio garante que terá sido empurrado e agarrado depois de dar ordens para não haver declarações. Uma horda de jornalistas a bater num diretor de comunicação para conseguir declarações de jogadores. Já ouvi histórias mais credíveis, mas no futebol tudo é possível.

A acusação de agressão a jornalistas, seja por seguranças, seja por adeptos, seja por dirigentes, é um clássico em jogos em que o Porto esteja envolvido. Nunca se ouviu da boca de Pinto da Costa uma palavra de condenação. Achou sempre mais interessante fazer piadas. Quando uma vez foi confrontado com o tema, respondeu: “Vou montar um hospital lá nas Antas, porque com tantos feridos isso é capaz de ser um bom negócio”. Muitos risos. Não é grave. O Estado de Direito, já se sabe, fica à porta dos estádios.

Mas apesar de o “guarda Abel” ser um símbolo à memória da arbitrariedade e da impunidade no futebol, seria injusto ficar-me pela relação obviamente difícil que o Porto mantém com a liberdade de imprensa. Esse mal é bem mais abrangente. Não se mede apenas por situações mais radicais, como insultos e agressões. Vê-se nos blackouts, nas interdições seletivas de entrada de jornalistas em estádios e em intimidações várias. Por eles são responsáveis os dirigentes dos clubes e uma justiça permissiva. Mas também uma classe de jornalistas incapaz de mostrar laços de solidariedade, demasiado temerosa da popularidade dos dirigentes desportivos e, em alguns casos, promíscua na sua relação com os clubes. Não é preciso imaginar o escândalo que seria se um qualquer jornalista fosse agredido por um dirigente partidário. O movimento de solidariedade entre jornalistas que tal provocaria... Pois está na altura de os jornalistas desportivos se verem como merecedores do mesmo respeito. Boicotando coletivamente, se preciso for, qualquer clube que ponha em causa a sua segurança. (Daniel Oliveira, in Record)

Até tu Octávio?

Quem lê as crónicas do jornalista Octávio Ribeiro sabe que ele não é benfiquista e também que raramente afronta o "papa", mas hoje perdeu a vergonha e aí vai disto.
 
«Como aqui prevíamos na passada semana, Vítor Pereira lá saiu do FC Porto para um mercado rico mas pouco atraente – nunca pensámos é que fosse tão para baixo no ranking mundial quanto a tórrida Arábia Saudita. Lá vai Vítor Pereira, resignado, de Fátima para Meca, ganhar os milhões que nunca viu de Pinto da Costa.

Com a contratação de Paulo Fonseca, o eterno presidente do FC Porto visa apostar num valor emergente da nossa excelente escola de treinadores e também reforça o agradecimento ao Paços de Ferreira por aquele passeio ameno na última jornada da Liga...» (Octávio Ribeiro, in Record)
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E não é que hoje todos deram para atacar a norte!

«... Quase à mesma hora, Pinto da Costa apresentou Paulo Fonseca como novo treinador do FCPorto. Fonseca assumiu-se como um homem muito feliz e, embora não tenha referido que chegara à sua cadeira de sonho, não deixou de replicar a mensagem que André Villas-Boas transmitiu quando chegou ao Dragão: “No FC Porto, o compromisso com a vitória é permanente”. Coincidência ou não, a verdade é que não basta a Paulo Fonseca confiar na eficácia da estrutura. Terá de mostrar serviço.

Feliz parece ter ficado Vítor Pereira com um convite das arábias que normalmente não tenta os treinadores que ainda estão numa fase da sua carreira em que pretendem afirmar-se noutro quadro competitivo. O desafio não cola, aliás, à ambição transmitida pelo ex-treinador do FCPorto. Eventualmente sem saídas mais aliciantes,Pereira preferiu encher os bolsos (o que é respeitável) e esperar nova oportunidade. (António Magalhães, in Record)

Corajoso!

Um cronista sportinguista disse o que muitos jornalistas não têm coragem de dizer. 
Outros, quando querem criticar PC ou o fcp metem sempre o Benfica e Luís Filipe Vieira no mesmo saco.
Se é verdade que o Benfica, o Sporting e outros, através dos seus adeptos, cometem algum acto reprovável, os cometidos pelos azuis e seus adeptos são infinitamente em maior número, por isso concordo em absoluto com a crónica abaixo.

Este fim de semana, por ocasião da final da Taça de Portugal em andebol, um vice-presidente do FC Porto recusou estender a mão ao presidente do Sporting, permitindo-se ainda dirigir-lhe palavras menos corretas. Este fim de semana, o jogo do FC Porto contra o Benfica, em futebol escalão de juvenis, decisivo para o título, acabou em pancadaria, porque não terão caído bem aos adeptos portistas os festejos do golo do Benfica, que deu a este o campeonato. Este fim de semana, houve mosquitos por cordas, na final-four da Liga Europeia de hóquei em patins, por via de provocações da claque do FC Porto à do Benfica, segundo relatou a comunicação social.

Estes desagradáveis incidentes têm todos um elemento comum: o FC Porto. E revelam claramente uma tendência: este FC Porto lida mal com o diálogo e com a derrota. Não basta dizer, como já vi, que o FC Porto não saiu do campo aquando da atribuição dos troféus aos adversários vencedores; se releva de pouco desportivismo abandonar o campo, não é menos censurável permanecer, mas, por outro lado, semear a confusão. O que eu sinto é que o FC Porto está, de alguma maneira, refém de um punhado de rufias, recorrentes na desestabilização e intimidação, sobretudo quando a sua equipa perde. O clube devia distanciar-se dessa gente, que tão mal o representa, mas o facto é que não o faz.

Ainda tenho presente o aparatoso espetáculo de Pinto da Costa a apresentar-se no tribunal de Gondomar, escoltado pela sua guarda pretoriana de Super Dragões; e, claro está, quem consente prestar-se a estes circos, que autoridade tem para reprimir ou castigar os excessos que cometem?

O FC Porto é um grande clube, que muito respeito e que, como é óbvio, não se confunde com estas condenáveis práticas hooliganísticas. Mas só ganhava em separar águas. Dir-me-ão que o FC Porto não tem o exclusivo destes episódios, que também ocorrem com outros clubes, o que, infelizmente é verdade; mas em abono dessa mesma verdade, neste “desporto”, o FC Porto leva a taça, pela frequência e virulência das confusões e desmandos em que se envolve, de que a destruição de uma área de serviço (!) na A1 terá sido a façanha mais emblemática.

E à luz de que valores se podem qualificar esses comportamentos de fundamentalismo dirigista, que confundem animosidades pessoais com relações institucionais? E o que mais me admira é não terem percebido ainda que, por muito que o FC Porto vença, só ganha o respeito e o estatuto que merece se também souber perder. (Carlos Barbosa da Cruz, in Record)

Vitória chochinha, chochinha!

«É uma prova com 16 equipas e 30 jogos – e no fim o campeão é o FC Porto. Assim se podia definir a Liga portuguesa.

Aconteça o que acontecer, o Porto é (quase) sempre campeão. O Benfica pode jogar melhor, marcar mais golos, ter um futebol mais entusiasmante, mas não serve de nada.

Na véspera do jogo com o Estoril, o treinador portista tinha dito que o Benfica ganharia “de qualquer maneira”. Afinal foi o Porto a ganhar de qualquer maneira em Paços de Ferreira. De um erro clamoroso do árbitro à passividade da equipa da casa, viu-se de tudo na capital do móvel. “Ou vai ou racha”, é o lema do Dragão.

Que diferença entre o Estoril que empatou na Luz e o Paços de domingo passado! Uns pareciam ter tomado cafés duplos, corriam endiabrados, os outros pareciam encharcados em Xanax.

De todos os modos, pode dizer-se que esta época acrescentou prestígio ao Benfica, que brilhou nacional e internacionalmente, e não trouxe quase nada ao FC Porto. A prova disso é que o Benfica quer conservar o treinador, mesmo perdendo, e o Porto quer despedi-lo, mesmo ganhando. Sente-se que o Benfica está em crescendo e o Porto em declínio. Matic e Lucho ilustram esta verdade: um evoluiu e mostra-se pujante, o outro é um talento já cansado.

Esta vitória do Porto no campeonato faz lembrar o título de Trapattoni no Benfica: os portistas festejaram mas não gostarão de recordar esta época. Foi um êxito envergonhado. Uma vitória chochinha, chochinha.

Agora, para a época terminar “em beleza” para o Benfica, só faltava perder a Taça de Portugal no minuto 90+2.» (José António Saraiva, in Record)

E ainda têm a lata de falar de Estorilgates, de túneis, de Capelas, de sujinho, etc.

Faço minhas as suas palavras

A base está montada
«Terminou mais um campeonato e o FC Porto voltou a fazer a festa. Impressionante a colheita de títulos dos dragões no passado recente, conquistando assim a plena hegemonia a nível nacional.

Mas se na época passada já se falou mais em demérito do Benfica do que mérito dos dragões, então esta temporada as coisas ganham outros contornos. Isto porque as águias conseguiram, através de bom futebol e de grandes exibições, criar todas as condições necessárias para reconquistarem a Liga Portuguesa e acabam por perdê-la num empate em casa frente ao Estoril. Sim, porque por muito que se fale do golo de Kelvin no último minuto, foi frente à equipa canarinha que os encarnados acabaram por entregar o título ao rival da Invicta.

Aprender com os erros e refletir no que aconteceu é mais do que obrigatório. Há motivos para tristeza, claro que há. Mas também há razões para o universo benfiquista estar otimista e perceber que não se deve fazer soar o alarme. A base está construída, Jorge Jesus é um treinador do melhor que há em Portugal e, com alicerces tão fiáveis, é impossível não encarar o futuro com otimismo. E pelo que se tem visto nos últimos dias, os próprios adeptos do Benfica percebem que não é com uma limpeza ou com o desmontar da estrutura, como acontecia sempre que os resultados desportivos não eram os esperados, que a equipa terá sucesso no futuro. As mentalidades para os lados da Luz mudaram. Manifestações de carinho como se viram depois dos jogos com o FCPorto, Chelsea e Moreirense são um sinal claro de que existe um Benfica unido e ciente de que a única forma de voltar aos sucessos é continuar com este projeto e com Jorge Jesus ao leme do emblema lisboeta. Só faz sentido que assim seja.» (Miguel Belo, in Record)

Faço minhas as suas palavras. E quem vier para aqui falar de LFV e JJ, pela enésima vez, escusa de deixar comentários porque essa conversa já chateia.
O grande Alex Fergusson passou alguns anos de "seca" antes de começar a dar títulos ao Manchester United.
O grande Bayern de Munique na época passada perdeu o campeonato para o Borússia Dortmund (8 pontos a menos), perdeu a final da Liga dos Campeões (em casa) para o Chelsea e perdeu (5-2) a final da Taça para o mesmo Borússia. Esta época venceu o campeonato com 25 pontos de vantagem sobre o Borússia, vai jogar (25/05) outra vez a final da Liga dos Campeões, desta vez contra o Borússia, e a final da Taça da Alemã (01/06) contra o VfB Stuttgart.

O hipócrita Júlio Magalhães

O seu clube do coração ganhou nos últimos 30 anos campeonatos a fio com ajudas de árbitros e arbitragens lesivas ao Benfica e não só. No entanto, para ele e outros do mesmo clube, foram sempre vitórias inquestionáveis e sem mácula. Já as vitórias do Benfica nunca são limpas, ora foi o túnel da Luz, ora foram as arbitragens. Enfim, mais um hipócrita!
Como sei que muita gente não tem acesso às crónicas integrais do Record, aqui vos deixo a transcrição.
«No próprio dia do dérbi, no domingo, um jornal desportivo lembrou que o juiz de linha nomeado era o mesmo que não tinha assinalado o fora-de-jogo a Maicon, no jogo com o FC Porto há mais de um ano. Um jogo que, curiosamente, o FC Porto não só ganhou como arrasou o adversário, mas que foi desculpado com um fora-de-jogo milimétrico que ninguém viu, a não ser nas imagens repetidas da televisão e que serviram para mascarar ao longo de todo este tempo a inferioridade do Benfica e, mais do que isso, justificar o título perdido.

Mas não era preciso ir tão longe na memória porque já este ano, não mais do que há três meses, no mesmo Estádio da Luz, o FC Porto voltou a subjugar o Benfica e só uma escandalosa arbitragem que permitiu as mais variadas agressões de jogadores do Benfica e três foras-de-jogo barbaramente assinalados a jogadores azuis e brancos permitiram aos encarnados continuar a respirar. Percebeu-se aí que dificilmente o Benfica ia perder este campeonato.

O jogo com o Sporting foi apenas mais uma confirmação e, mais do que isso, a certeza das forças conjugadas para que o título desta vez fique na Luz, pois seria de mais tanto investimento e tão poucos títulos. Ler os mesmos que lembraram o fora-de-jogo a Maicon nem sequer referirem a forma como João Capela e seus auxiliares dirigiram o jogo com o Sporting, ouvir a forma como foram comentados por alguns os lances evidentes do clássico da Luz, é bem a imagem da falta de coerência e até falta de vergonha de como todos tentam disfarçar o pânico que têm de perder este campeonato.

Nem Jorge Jesus escapou a esse manto ridículo que cobriu todos os que se referiram ao Benfica-Sporting. A preocupação que teve em dizer que a vitória foi limpinha foi a mesmíssima que teve em andar muito tempo a dizer que o FC Porto tinha ganho o campeonato anterior porque o fora-de-jogo a Maicon não foi assinalado.

O técnico do Benfica não quer que os adversários apontem qualquer mácula ao eventual título, mas a verdade é que nos dois jogos mais importantes, com o FC Porto e o Sporting, o Benfica só não perdeu porque jogou com 14. Assim como há três anos foi preciso um singular caso de um túnel para fragilizar o FC Porto e garantir o campeonato a todo o custo, o deste ano vai pelo mesmo caminho. Anteontem, na Luz, o Sporting foi claramente impedido de ganhar. Em janeiro, também na Luz, o FC Porto foi impedido de ganhar. A supremacia do Benfica perante todos os outros adversários esbarrou em ambos os casos no poderio do FC Porto e a forma como Vítor Pereira entrou na Luz para ganhar e na sagacidade e experiência de Jesualdo Ferreira. Valeram ao Benfica em ambos os casos os trios de arbitragem. Coisas do futebol, é certo, mas para quem anda há mais de um ano a lembrar um difícil fora-de-jogo de Maicon, calarem-se e ainda elogiarem árbitros por erros ainda mais grosseiros para justificarem as vitórias é demasiado pobre.

Não é por acaso que no domingo já se viam tarjas gigantes clamando Benfica Campeões. Não é difícil adivinhar o futuro quando o rio corre de tal maneira para o mar. E o Benfica nem sequer precisava de mascarar o bom futebol que tem apresentado com estas ajudas extras que lhe retiram brilho.»

Disse exactamente o que eu penso

José António Saraiva, é o director do jornal Sol e confesso adepto do Belenenses, já o disse publicamente.
Há dias ouvi a sua entrevista num programa da Benfica TV e confesso que gostei.
Na sua crónica semanal de hoje, no Record, sobre Jorge Jesus, disse isto:

«Os adversários do Benfica rezam, neste momento, para que Jesus deixe a Luz no fim da época. Independentemente de ser ou não ser campeão, já se percebeu que Jesus é o treinador que interessa ao Benfica. E que pode levar o Benfica, de novo, à hegemonia no futebol português.

Ganhar ou perder um título depende, às vezes, de muito pouco. O Manchester United perdeu há um ano a Liga para o Manchester City mercê de dois golos marcados nos descontos! Ora, Ferguson não passou, por isso, a ser pior treinador.

Neste momento, Jesus já deu todas as provas na Luz: conseguiu 70% de vitórias, levou sempre o Benfica aos quartos-de-final em competições europeias, ganhou quatro títulos (um campeonato e três Taças da Liga), construiu um ataque demolidor, pratica um futebol espetacular, valorizou jogadores, fez adaptações impensáveis. O que é preciso mais?

O Benfica até pode ainda vir a perder as provas onde está. Mas uma coisa é clara: o clube está no bom caminho. E não deve voltar para trás. Num momento em que Pinto da Costa parece dar sinais de quebra, o Benfica não pode conceder trunfos ao rival.

Isto é evidente para todos os que estão fora do clube, como eu. Só não o é para certos benfiquistas – que, fora e dentro da estrutura, continuam a torcer o nariz ao treinador. Os piores inimigos dos clubes são os insatisfeitos, os que querem sempre mais, os que não sabem valorizar o que têm. Esses acabam por, involuntariamente, entregar o jogo aos adversários. Funcionam como toupeiras, que minam o próprio terreno onde se movem. Luís Filipe Vieira, que se tem mostrado um homem sensato, saberá com certeza tomar a decisão certa.»

O sublinhado é meu!

Assobiar de barriga cheia

Nem de propósito, um artigo que não foi escrito por mim, mas que assino por baixo.

«A forma como os adeptos do Benfica se despediram ontem da equipa, com uma forte assobiadela, não deixa de ser intrigante. Que raio!, com a equipa em 1.º lugar no campeonato; com um pé na final da Taça de Portugal e bem encaminhada para os quartos-de-final da Liga Europa, qual a razão de ser para aquela vaia no final do jogo com o Bordéus?

O Benfica exibiu-se a um nível modesto? É um facto. Está a faltar a nota artística? Com certeza que sim. Já foi assim com o Beira-Mar (vitória 1-0), já foi assim em Braga (na eliminação da Taça da Liga) e já tinha sido assim também com a Académica (vitória 1-0, no último minuto) e o Bayer Leverkusen (2-1, na Luz, com muita felicidade). Mas mesmo com este ciclo de exibições tristes, mastigadas, pálidas e até sofridas, assobiar uma equipa com tão impressionante dinâmica ganhadora é qualquer coisa que não se compreende.

Por vezes é preciso recorrer aos números para se chegar à verdadeira dimensão das coisas: o Benfica realizou ontem o 39.º jogo da temporada, tendo somado a 29.ª vitória. De resto, oito empates e apenas duas derrotas, ambas em outubro, em jogos da Liga dos Campeões. A primeira frente ao Barcelona e a segunda, em Moscovo, com o Spartak. Será que o “cliente” tem sempre razão?» (Nuno Farinha, Record)

Há quem ande ansioso pela quebra física

Eles andam ansiosos à espera da quebra física!
 
No final do Benfica-Académica, um jornalista perguntou a Jorge Jesus se ele temia a semana que tinha pela frente, na qual disputaria 3 jogos (Académica, Bayer Leverkusen e Paços de Ferreira). O treinador sorriu e respondeu que já tinha terminado um ciclo de 3 jogos numa semana (Nacional, Bayer Leverkusen e Académica). O tema morreu ali.

«Na verdade, o ciclo que o Benfica está a atravessar contempla 7 jogos em 3 semanas, na pior das hipóteses (se não atingir os oitavos-de-final da Liga Europa). Mas se quinta-feira os encarnados derem sequência ao bom resultado conseguido na Alemanha, esse mesmo ciclo estende-se a 11 desafios em 5 semanas. Será praticamente um jogo a cada 3 dias, repito, durante 5 semanas! Em Portugal, nunca uma equipa foi sujeita a tal experiência. Não se pode antever, portanto, que Benfica chegará ao fim desta maratona. Mas pelo que se viu em anos anteriores, com ciclos menores de “jornada dupla”, sobreviver a uma “borrasca” destas sem custos desportivos é quase impossível. Seria inédito.

Frente à Académica viu-se um Benfica a acusar algum desgaste. Não tanto físico, mas mais mental. Faltou imaginação para quebrar a rotina ofensiva. Os lances foram construídos quase sempre da mesma forma. Faltou pensar rápido para desbloquear o sistema defensivo do adversário. Com o acumular de jogos, ao cansaço mental irá juntar-se, inevitavelmente, o físico. E estarão reunidos os ingredientes para o desastre.

A questão que deve colocar-se é: o Benfica aguenta este mês louco? Aguentar, aguenta. Tem de aguentar. Ainda só fez 3 jogos e passou-se apenas uma semana. Há mais quatro pela frente, nas quais discutirá a continuidade na Liga Europa (16 avos e, provavelmente, oitavos-de-final) na Taça da Liga (meia-final em Braga) e na luta pelo título (4 jogos). Se as ambições encarnadas aguentam, isso já serão outras contas.» (José Ribeiro, in Record)

Manha continua ao ataque

«Faz amanhã um ano, o Benfica recebeu o Nacional da Madeira, venceu por 4-1 e manteve 5 pontos de avanço sobre o FC Porto, sem dar conta de que se tratava de uma ficção. Estava a começar um tenebroso mês de fevereiro para Jorge Jesus e sua equipa, com vários erros de cálculo que degeneraram na perda de todo o avanço e três derrotas na prova europeia. No final de março, já a época esgotava-se na possibilidade de vencer a Taça da Liga e nas discussões florais sobre os méritos do árbitro Pedro Proença.

Determinou o calendário para este ano uma repetição do argumento e dos protagonistas, embora com cenários diferentes, como um remake atualizado. O Nacional volta a ser o adversário da 18.ª jornada, mas no estádio da Madeira, onde a altitude e o microclima adensam as tramas mais misteriosas em episódios de muitas peripécias, como as duas interrupções da época passada devido ao nevoeiro. O FC Porto continua a ser o concorrente, à coca do deslize anunciado para janeiro que está tão atrasado como as expulsões de Matic e Maxi Pereira. E a seguir vem o regresso à Europa, no patamar abaixo da Liga dos Campeões, com as dificuldades climatéricas de Leverkusen a diferirem pouco do congelador de S. Petersburgo.

Jesus tem realizado melhor gestão dos recursos do que em 2012, quando avaliou mal o avanço confortável e deitou tudo a perder por sobranceria e distração com os efeitos especiais. Está focado nos objetivos, consciente de que os múltiplos jogos marcados até ao fim do mês nada garantem, mas podem deitar tudo a perder.

No futebol, diz-se, não há jogos iguais, mas os belos espíritos estão sempre a reencontrar-se. E por isso, com um toque de ironia fina, entende-se o reaparecimento do árbitro maldito, sempre na calha para melhor artista secundário, do meio das névoas da Choupana: para vencer os medos, é preciso enfrentar os fantasmas.»

Afinal não somos só nós que vemos

Muitos benfiquistas têm levantado a lebre sobre a excepcional condição física dos azuis do Porto. É preciso não esquecer que já estamos com mais de meia época disputada e a rotação dos principais jogadores não tem sido muita.

«... O FC Porto dos últimos jogos (contra Gil Vicente e Guimarães) é uma equipa quase imbatível. Constrói uma muralha a meio campo que os adversários raramente transpõem, e depois impõe-se como quer. Os seus jogadores são autênticos “cavalões”, exibindo uma capacidade física e atlética que chega a ser estranha. Correm do primeiro ao último minuto, ganham sempre no choque, saltam como macacos, vão buscar bolas ao “cimo dos arranha-céus” (como diria Freitas Lobo) e reduzem os opositores a zero. Chegou a meter dó a máscara de impotência no rosto dos vimaranenses.»

É certo que o autor deste excerto (José António Saraiva, que se intitula adepto dos azuis, mas de Lisboa) faz elogios, mas duma forma polida disse tudo sobre a condição física dos jogadores azuis do Porto.

Fernando Tordo sem papas na língua

O grande benfiquista Fernando Tordo arrasa os lagartos!
 
Em entrevista a Record, o benfiquista Fernando Tordo comenta a atualidade do clube de Alvalade, considerando "lamentável que um clube com a grandeza do Sporting tenha servido de delegação antibenfiquista do FC Porto em Lisboa".

R – O momento do Sporting é para esquecer?

FT – Não fui educado contra o Sporting. Desde criança fui sempre amigo de muitos sportinguistas. Em casa, a minha mulher é do Sporting, vai fazer 60 anos de sócia. Lamento profundamente que o Benfica seja a preocupação do Sporting, porque, ao ser assim, o FC Porto passou a ter uma delegação autónoma em Lisboa, que é o Sporting Clube de Portugal.

R – É, na sua opinião, a razão para esta crise?

FT – O clube esteve à beira de eventualmente descer de divisão. O momento deve-se justamente, e por arrastamento, a uma união tática que resultou fracassada. É lamentável que um clube com a grandeza do Sporting tenha servido de delegação antibenfiquista do FC Porto em Lisboa.

«Ambição de fazer 75 anos de sócio»

R – Enquanto sócio do Benfica, tem alguma meta a atingir?

FT – O meu pai fez-me essa coisa fantástica de me tornar sócio do Benfica. Aconteceu esta coisa extraordinária de já levar 60 anos como sócio número 1.675 do Benfica. A única grande ambição que tenho em relação ao clube, a nível pessoal, é a de estar vivo e um dia conseguir receber o anel de diamantes, de 75 anos de sócio. É uma ambição. A seguir à família, penso que é isso o que mais me preocupa. Ter saúde para chegar aos 75 anos de sócio do Benfica. Às vezes sonho com esse dia, porque isso mexe comigo. O Benfica é uma coisa que mexe com a minha estrutura, com a minha educação e a minha formação.

O Manha arrasou a máquina infalível

«O descuido do FC Porto na violação das regras de utilização de jogadores da equipa B antes do tempo permitido na formação principal foi uma enorme surpresa para todos os que se habituaram a considerar a organização portista uma máquina infalível. 

Desta vez, parece não se ter tratado de mais uma esperteza para reverter em próprio benefício a ingenuidade dos adversários, nem mais um episódio de batota ou abuso de confiança. 

No meio da obsessão com os habituais tratamentos de favor ao Benfica, agora à cata dos cartões mostrados ou por mostrar nos jogos do rival e nos dos seus adversários seguintes, a tal máquina descuidou-se e trabalhou com uma falta de rigor que assusta. 

Estes acidentes de percurso têm sempre um lado positivo, despertando mentes adormecidas pela rotina do sucesso fácil implantado por José Mourinho no ano antes do Apito Dourado: "Em condições normais vamos ser campeões e em condições anormais também seremos campeões". 

Pela conversa de Vítor Pereira, que imita terrivelmente as poses afetadas, a barba descuidada e 'o tom agreste, o FC Porto não teria adversários privados de jogadores expulsos ou com 5 amarelos, quando na verdade idênticas limitações afetaram metade dos seus opositores na 1.ª volta da Liga, atirando para cima do Benfica o odioso de uma situação que o beneficia por igual.

Quando a organização coloca o treinador nos ecrãs a manipular estatísticas, também aposta na ignorância e na falta de referências dos concorrentes, sempre lerdos a reagir e normalmente apanhados desprevenidos pela capacidade de antecipação das diatribes portistas, para quem a generalidade dos meios de comunicação são mais complacentes. 

O rigor é o primeiro mandamento da cartilha profissional e a sua falta acarreta uma má imagem para as instituições, não se percebendo que a Liga tenha demorado três semanas a detetar uma falha tão evidente, ou que esperasse que ela prescrevesse sem ninguém dar por nada. 

Esta é uma daquelas situações anormais a que Mourinho ou o seu émulo se podiam referir em voz ameaçadora e serem na mesma campeões.» (João Q. Manha, in Record)

Mais palavras para quê?
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