manto de plumas
domingo, 21 de outubro de 2012
domingo, 16 de setembro de 2012
vê-se nas colinas
o que há muito não se via
muitas folhas novas
cuidadosamente eu ando
sob a chuva do caminho
**
após o jantar
penso em descansar na rede
sentindo este vento
saudades do seu olhar
na brilhante lua cheia
**
luar de primavera
sentindo o vento no rosto
adormeço só
e só o tempo me fará
sentir o que eu sentia antes
entre suas mãos
todas estrelas do céu
queria eu ser estrela
apodera-se de nós
a solidão das palavras
**
hoje o entardecer
sobre as imensas montanhas
já é tudo névoa
vem a noite e com ela o frio
que nos aproxima mais
**
como se fosse além
dos sentidos dos sentidos
lua alba em meus sonhos
recita uma valsa tensa
a silhueta do cipreste
fio a fio
o tear
entardece minhas unhas
ao som da garoa
tudo o que me resta agora
é a silhueta das montanhas
**
pela manhãzinha
encontro em minha varanda
os velhos prazeres
através do vidro sujo
seu olhar vai me seguindo
**
uma borboleta
sonhando em círculos sai
do bambuzal
em seu rosto atormentado
a solidão não bate asas
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