sábado, 26 de outubro de 2013
domingo, 20 de outubro de 2013
Sugestões dos Leitores #2
A segunda sugestão de um dos leitores foi referente à obra "As Velas Ardem até ao Fim" de Sandór Márai.
Confesso que nunca tinha ouvido falar da obra, o que torna este desafio das sugestões ainda mais interessante, pois mostra como posso estar a perder obras fantásticas. Segundo a pessoa que me sugeriu a obra trata-se "da história de 2 amigos que no fim da vida se encontram num jantar depois de 41 anos sem se verem e sem se falarem. Nesse jantar acertam contas sobre o passado e sobre o que ocorreu há 41 anos." Acrescentando que "a forma de escrever do autor é muito bonita. É um livro que fala da amizade, o amor, a traição e as relações entre 3 personagens".
A forma como foi resumida a obra deixou-me curiosa e a pensar sobre o que se teria passado com estes dois amigos de modo a que se deixassem de falar e que segredo seria aquele que guardavam. Depois da sugestão, vi algumas opiniões por alto e parece realmente muito interessante e algumas pessoas consideram a obra como sendo uma das suas preferidas, pelo que fiquei bastante curiosa de a experimentar e mal tenha oportunidade irei, sem dúvida, adquirir a obra. :)
E vocês, já leram a obra? Em caso afirmativo, gostaram?
Obrigada a quem realizou esta sugestão e aos restantes que já o fizeram. Até à próxima. :)
sábado, 19 de outubro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Presa e Predador
Nome: “Presa e
Predador”
Autor: Gordon Reece
Nº de Páginas: 240
Editora: Saída de
Emergência
Sinopse: “Shelley e a sua mãe já sofreram a
sua dose de ameaças e violência. Quase morta por um trio de agressores na
escola, e ainda fragilizada pelo humilhante divórcio dos pais, a jovem
encontrou refúgio com a mãe num retiro sossegado no campo.
Os problemas parecem ter terminado e nada lhes dá mais prazer do que saborear uma vida segura em torno de livros, jardinagem, chocolate quente e música à lareira. Mas na véspera do seu aniversário, um visitante perturba a paz da mãe e filha e algo em Shelley rebenta.
O que era um idílio transforma-se numa história de medo, lealdade familiar e luta pela segurança, mesmo que implique quebrar todas as convenções morais. O que está certo ou errado quando a sobrevivência está em jogo? Quando é que a presa se transforma em predador?”
Os problemas parecem ter terminado e nada lhes dá mais prazer do que saborear uma vida segura em torno de livros, jardinagem, chocolate quente e música à lareira. Mas na véspera do seu aniversário, um visitante perturba a paz da mãe e filha e algo em Shelley rebenta.
O que era um idílio transforma-se numa história de medo, lealdade familiar e luta pela segurança, mesmo que implique quebrar todas as convenções morais. O que está certo ou errado quando a sobrevivência está em jogo? Quando é que a presa se transforma em predador?”
Opinião: Gordon Reece é um escritor e
ilustrador nascido em 1963 em Inglaterra. O autor estudou Literatura Inglesa na
Universidade de Oxford e especializou-se em Literatura Contemporânea. Depois de
vários anos a trabalhar como professor, decidiu formar-se em Direito e exerceu
durante alguns anos advocacia. Em 1999, emigra para Espanha e permanece no país
durante seis anos. Entre o Reino Unido e Espanha publicou vários livros
infantis ilustrados e romances gráficos. “Presa e Predador” é o seu romance de
estreia e encontra-se traduzido em mais de 15 países.
Shelley
tem 15 anos e encontra-se no penúltimo ano de liceu. É uma jovem normal, com
sonhos e receios característicos da adolescência, que ambiciona um dia entrar
na faculdade, contudo há um ano que a sua vida mudou. Vítima de Bullying na escola pelas pessoas menos
prováveis, esta adolescente sofre em silêncio a violência psicológica sucedida
pela física, até que um dia é agredida de um modo que a moldará para sempre.
Após
este acontecimento, Shelley muda-se com a mãe para uma casa de campo,
praticamente isolada, e as coisas começam a voltar ao normal, criam rituais e
Shelley começa a ter aulas em casa enquanto a mãe trabalha. Todavia, uma noite
a paz conquistada é colocada em causa por causa de um estranho e todas as
provações porque Shelley passou na escola a farão realizar uma escolha que
moldará o seu futuro e o da sua mãe.
Desde
que li a sinopse desta obra que me senti cativada, por abordar o tema do Bullying e por parecer remeter a como
situações extremas podem moldar o indivíduo e levá-lo a cometer futuramente
actos atrozes. Pelo que foi com alguma curiosidade e expectativa que iniciei
esta leitura e posso afirmar desde já que não foi de forma alguma uma
desilusão, tendo-me deslumbrado desde o início.
Nesta
obra somos confrontados com vários temas, desde a forma como por vezes nos sentimos
desajustados na adolescência, em que sentimos que não pertencemos a lado nenhum
e que não somos aceites. Aborda igualmente, de uma forma soberba, o Bullying, a realidade do que é ser
vítima de violência; a forma como se sofre em silêncio por se pensar que não se
deve sobrecarregar outra pessoa com essa dor; o modo como essa violência molda
a pessoa, a leva fechar-se e a mudar, não só as suas rotinas, mas também
enquanto pessoa. Defendendo igualmente que as provações porque passamos nos
moldam e definem aquilo que seremos futuramente, sendo que a linha entre a inocência e as trevas é muito ténue. Por vezes um indivíduo encontra-se
em situações de tal modo extremas que comete actos atrozes e isso coloca-nos a
pensar até que ponto esse acto poderá não ser justificável, tendo em conta o
passado do mesmo e o ambiente em que esse acto ocorreu.
Relativamente
às personagens gostei muito de ambas. A mãe por todas as provações porque
passou, desde um casamento sem futuro, em que o marido a acaba por trair, o que
leva ao fim do casamento, à forma como defende a sua filha afincadamente e tudo
o que faz para a sua sustentabilidade e felicidade. Quanto à Shelley, é
impossível não nos sentirmos ligados a ela, por todas as provações porque passa
e a forma como as mesmas a moldam, até ao modo como tenta reconstruir a sua
vida e dar a volta por cima. Ambas as personagens são bastante complexas,
baralhando-nos um pouco e este aspecto leva-me a outro dos aspectos que mais
apreciei no escritor, ao modo como nos consegue baralhar os sentimentos.
Começamos a obra praticamente à beira das lágrimas, com todas as provações porque
Shelley passa na escola, sentindo pena e solidariedade por esta menina e raiva
pelas pessoas que lhe fazem os actos mais cruéis. Para mais tarde sentirmos um misto entre revolta e até um pouco de
receio relativamente aos seus actos.
Numa
escrita fluída e tremendamente cativante, Gordon Reece apresenta-nos uma
história onde o Bullying, recomeços, a lealdade e a tentativa de sobrevivência
são uma realidade, conjugadas com cenas de terror, suspense e adrenalina. Nesta
obra é defendido que nunca é tarde para refazermos a nossa vida, que com coragem
somos capazes de tudo e que devemos fazer frente aos nossos receios e não
deixar que eles tomem grandes proporções antes de agirmos.
Frases a Reter: “Tudo o que me ocorria era que, por
mais intimidade que tenhamos com alguém, há limites, barreiras entre nós que
não podemos mesmo ultrapassar, coisas que nos tocam tão fundo que não podem ser
partilhadas com mais ninguém. Talvez seja o que não podemos partilhar com os
outros o que verdadeiramente nos define.”
Avaliação: 4/5 (Gostei
Bastante!)
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Selo Óscar Literário
Este selo foi criado pelo Leandro do canal Palavras de um Leitor, que consiste em escolhermos para cada categoria um determinado livro que tenha sido lido este ano, e foi-me atribuído pelas simpáticas Mafi e Ne do blogueAlgodão Doce para o Cérebro.
Dos
livros que li até ao momento, o que mais me disse foi “Mariana” de Susanna Kearsley, que achei absolutamente fantástico e o único a que dei cotação cotação máxima este ano.
Nunca
tinha pensado muito no assunto, mas apercebo-me agora que leio muito mais
autoras do que autores, mas se tivesse que eleger um do sexo masculino seria John Green. Li o ano passado o
fantástico “A Culpa é das Estrelas”, que se tornou um dos meus livros preferidos
e este ano li outro dele, “Cidades de Papel”, do qual também gostei muito.
Anthony da obra “Prazeres Proibidos” de
Laura Lee Guhrke, por ser um personagem bastante humano, honrado, integro, forte, com um sentido de lealdade bastante vincado.
Estive
indecisa entre duas Daphne’s :P, mas
elejo a personagem principal de “Crónicas de Paixões e Caprichos” de Julia Quinn, primeiro volume da Série
Bridgerton, pela sua personalidade forte, por ser uma pessoa sensata,
tremendamente alegre, com uma mente bastante aberta, sempre disposta a defender
aquilo em que acredita e a dizer o que realmente pensa.
Esta
foi uma escolha particularmente difícil, mas escolho Riley da obra “Interligados” de Gena Showalter, por me fazer ansiar
pelos momentos protagonizados por ele e pela sua maneira de ser protectora e carinhosa.
Se
calhar a Hermione em "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban". Gosto bastante da sua perspicácia, da sua inteligência e da forma como
defende aquilo em que acredita.
“Corações sem Dono” de
Lucy Dillon. É uma
capa simples, mas muito fofinha, que representa muito bem a obra e o que é ter
um animal doméstico, o companheirismo, o amor e a lealdade que damos e
recebemos dos nossos amigos de quatro patas.
“A Saga de Alex 9” de
Bruno Martins Soares. Penso que a obra se encontra muito original, alternando na perfeição um mundo
futurista com a Idade Média.
“O Teu Rosto Será o Último” de
João Ricardo Pedro.
“Harry Potter e o Cálice de Fogo” de J. K. Rowling.
O final deste livro foi de cortar a respiração e deixou-me cheia de vontade de
pegar no seguinte volume!
Livros escolhidos:
Blogues a que passo o selo:
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Filha do Sangue
Nome: “Filha do Sangue”
Autora: Anne Bishop
Nº de Páginas: 384
Editora: Saída de Emergência
Sinopse: “Há setecentos anos atrás, num mundo governado por
mulheres e onde os homens são meros súbditos, uma Viúva Negra profetizou a
chegada de uma Rainha na sua teia de sonhos e visões. Agora o Reino das Sombras
prepara-se para a chegada dessa mulher, dessa Feiticeira que terá mais poder do
que o próprio Senhor do Inferno. Mas a Rainha ainda é nova, passível de ser
influenciada e corrompida.E quem controlar a Rainha controlará o mundo...”
Opinião: Desde pequena que Anne Bishop foi escrevendo pequenas
histórias, contudo compreendeu que não eram narrativas de qualidade e deixou de
o fazer durante algum tempo. Anos mais tarde, com maior experiência
profissional e de vida, voltou a escrever e a ler livros e revistas sobre
escrita, tal como sobre organização e gestão do tempo. À medida que trabalhava
e lia, tornou-se mais habilidosa e a conseguir criar histórias maiores, o que
levou ao surgimento do seu primeiro romance. Bishop vive actualmente em Nova
Iorque e é uma apreciadora de jardinagem, música e escrita, sendo autora de 16
romances, incluindo a premiada Trilogia das Jóias Negras, que foi vencedora do Crawford Fantasy Award, em 2000.
“A Filha do Sangue”, primeiro
volume da Trilogia das Jóias Negras”, editado inicialmente em 1998 e traduzido
em 2006 pela Saída de Emergência, retrocede 600 anos e apresenta-nos um mundo
governado por mulheres, onde uma Viúva Negra profetizou que iria chegar uma poderosa
feiticeira. Ao tomarem conhecimento da existência desta mulher e de perceberem
que ainda é uma criança, que necessita de ser protegida, Saetan, Senhor do
Inferno, Lucivar, um jovem eyrieno, e Daemon, um escarvo, irão fazer de tudo
para a proteger das forças malignas. Deste modo somos apresentados a um mundo
de magia, repleto de intriga e originalidade.
Tenho de confessar que me custou
imenso ler este livro no início. Demorei vários meses a ler as primeiras 150
páginas, devido à complexidade do mundo, da hierarquia das jóias, o que
condicionou a minha leitura e me levou por diversas vezes a adiar a mesma. Após
a estranheza inicial, comecei a compreender melhor o mundo e a verdade é que
após estes momentos li em poucos dias as restantes páginas.
A escritora presenteia-nos com
uma história bastante original e diferente de tudo o que já li até ao momento
dentro da fantasia, um mundo onde as mulheres são detentoras do poder, onde são
abordados temas como as jóias, teias de sonhos, trevas, contudo não existe
qualquer introdução do mundo, somos nós enquanto leitor que temos de ir
descobrindo, à medida que a narrativa evolui, como se processam as hierarquias,
como são realmente os poderes dos diferentes personagens e das suas jóias. Este
elemento pode ser interessante para alguns leitores, porque vamos descobrindo
aos poucos os meandros deste mundo e da imaginação de Bishop, mas para outros,
como sucedeu comigo, foi difícil habituar-me ao mundo e sinceramente preferia
que houvesse anexos com uma explicação mais aprofundada ou que o mundo nos
fosse dado a conhecer logo desde o início, pois certamente que teria apreciado
a obra de outra forma.
Relativamente às personagens,
confesso que o facto de algumas personagens terem diferentes denominações
também não me facilitou a leitura porque demorei algum tempo a habituar-me a
esse aspecto. Gostei do Daemon, Lucivar e Saetan, pela história que têm em
comum, pelas suas histórias de vida, poderes e pela forma como tentam proteger
a jovem feiticeira. Quanto a Jaenelle gostei bastante da mesma, pela sua força,
pelos seus poderes, por ser mais adulta do que a sua idade parece prever, pelas
suas provações e pela forma como tenta ultrapassar as barreiras. Efectivamente ser tão jovem e detentora de um poder capaz de condicionar a existência do mundo é um fardo muito pesado para uma pessoa tão jovem e esta menina por passa tantas provações ao longo da narrativa, que é impossível não nos sentirmos ligados à mesma e torcermos para que tudo lhe corra de feição.
Numa escrita bastante descritiva,
Anne Bishop apresenta-nos uma história que aprendemos a gostar a cada virar de
página, apresentando-nos uma obra original, com um mundo interessante, mas que
tem de ser lida com muita atenção. Tenho de confessar que não fiquei
maravilhada, nem completamente convencida, mas irei certamente ler o seguinte
volume da trilogia.
Avaliação: 3/5 (Gostei!)
domingo, 13 de outubro de 2013
Sugestões dos Leitores #1
Foi criada no passado domingo uma nova rúbrica no Magia, "Sugestões dos Leitores", onde cada um de vós me poderá sugerir uma obra que pensem que poderei gostar e/ou que seja a vossa preferida.
Deste modo, e após receber algumas sugestões ao longo da semana, a quem agradeço a paciência e o tempo dispendido, hoje temos a divulgação da primeira sugestão feita pelo Fiacha do blogue Leituras do Fiacha - O Corvo Negro.
O livro eleito pelo Fiacha foi "O Terror" de Dan Simons, editado pela editora Saída de Emergência em dois volumes. Quando questionado sobre o porquê desta escolha defende que "é uma grande demanda que vale a pena ser lida".
Tenho acompanhado algumas opiniões positivas relativamente a este livro e após esta recomendação e da leitura da opinião do Fiacha, sem dúvida, que terei de experimentar esta obra, que já se encontra na minha Wishlist.
Obrigada novamente aos que já participaram nesta nova rúbrica e até à próxima. :)
E vocês, já leram este livro? Em caso afirmativo, gostaram?
sábado, 12 de outubro de 2013
Frases Mágicas (21)
“A reader lives a thousand lives before he dies, said Jojen. The man who never reads lives only one.” ― George R.R. Martin, in A Dance With Dragons
Um Lugar Chamado Evalon [Divulgação]
Catarina Seabra é uma jovem estudante, que desde terna idade se dedica à idealização de histórias. Apaixonada pela escrita, a autora defende que a possibilidade de poder colocar em palavras algo tão grandioso como a vida, é um dos aspectos que mais a fascina no mundo da literatura. "Um Lugar Chamado Evalon" é a sua obra de estreia, que foi editada no presente ano pela Corpos Editora.
Sinopse: "Ally é uma rapariga comum, habituada a viver uma vida simples numa aldeia desinteressante, sem grandes surpresas ou aventuras extraordinárias, mas tudo isso muda no dia em que ela descobre que é especial. Ally é uma credentis levada numa viagem surpreendente para o mais misterioso e perfeito dos mundos, Evalon um lugar cheio de criaturas diferentes que só existe devido à crença desinteressada de alguns humanos. Neste mundo indescritível, Ally conhece um dos mais poderosos sentimentos do homem, o amor que é capaz de trespassar todas as barreiras impostas pela vida com que ela se depara. De humana a credentis, de débil a portadora de um poder imenso, esta é a história de uma rapariga que se deixa levar pelos mais fortes sentimentos e que se atreve a lutar contra tudo que lhe foi imposto apenas para se dar à possibilidade de ser eternamente como é."
Sobre a autora: "Chamo-me Catarina Seabra, uso o nome do meu pai porque gosto mais da forma como soa quando o digo em voz alta. Tenho 18 anos, feitos em Setembro do ano passado, o que me leva a pensar que continuo a crescer a uma velocidade pouco desejada… Quer dizer crescer como quem diz, o número muda, mas pouco mais muda com ele. Moro em Vila Nova de Gaia, para quem não sabe é um lugar bem pertinho da praia. Consigo sentir o cheiro a mar quando abro a janela, por isso mudemos o “pertinho
” para muito perto. Sou estudante ou pelo menos essa é aquela que todos dizem ser a minha profissão, mas para ser sincera não estudo assim tanto, já estudei mais e hoje faço outras coisas com o meu tempo, como escrever, apagar o que escrevo e escrever de novo. E basicamente é isto, se faltar alguma coisa a vida completa, ela completa sempre."
Mais informações: Na Página do Facebook e/ou no Site da Editora.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista
Nome: “A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista”
Autora: Jennifer E. Smith
Nº de Páginas: 248
Editora: Suma de Letras
Sinopse: “O amor acontece quando menos esperamos.
Quem diria que quatro minutos podem mudar uma vida?
Os caprichos do destino e as casualidades da vida são o motor deste emocionante romance sobre laços familiares, segundas oportunidades e primeiros amores. A história de Hadley e Oliver é um bálsamo para quem gosta de acreditar que o verdadeiro amor existe. E que aparece nas nossas vidas quando menos esperamos.”
Quem diria que quatro minutos podem mudar uma vida?
Os caprichos do destino e as casualidades da vida são o motor deste emocionante romance sobre laços familiares, segundas oportunidades e primeiros amores. A história de Hadley e Oliver é um bálsamo para quem gosta de acreditar que o verdadeiro amor existe. E que aparece nas nossas vidas quando menos esperamos.”
Opinião: Jennifer E. Smith, que é autora das
obras “This is What Happy Looks Like”,
“The Statistical Probability of Love at
First Sight”, “The Storm Makers”,
“You Are Here” e “The Comeback Season”, tem um mestrado em
Escrita Criativa e é actualmente editora na cidade de Nova Iorque. O seu
próximo volume, “The Geography of You and
Me” está com publicação prevista para a Primavera de 2014.
Hadley encontra-se no aeroporto à
espera de um novo avião que a levará a Londres, para o casamento do pai que já
não vê há um ano, após ter perdido o seu. É neste local que conhece Oliver, que
a ajuda a transportar a sua bagagem e quando começam a falar percebem que se
dirigem os dois para o mesmo país, no mesmo avião, e por sorte acabarão por
ficar lado a lado na viagem, onde terão a possibilidade de se conhecer e quem
sabe algo mais.
Confesso que o título da obra me
deixou um pouco reticente, pois não acreditando em amor à primeira vista pensei
que este livro poderia não me agradar, ao presentear-me com um romance
instantâneo. Todavia, acompanhei algumas opiniões bastante positivas da mesma, o
que me convenceu a experimentá-la e ainda bem que o fiz, pois mostrou ser uma
obra muito agradável.
Quando terminei este volume a
minha primeira reacção foi pensar que esta obra é uma autêntica ternura, onde
temos a possibilidade de ver o amor entre estes dois jovens florescer, ao
contrário do que é dado a entender pelo título da obra. Apreciei a forma
particular como ambos se conheceram, afeiçoaram e trocaram histórias,
vivências, sonhos e de como se tentaram ajudar mutuamente das mais pequenas
formas. Efectivamente esta é uma história que embora se passe somente no espaço
temporal de 24 horas, nos apresenta diversos acontecimentos e emoções, que nos
levam a sentir que se passaram dias e não somente horas.
Relativamente às personagens,
adorei o casal da trama. Hadley pela sua humanidade, pelos seus debates
internos e pela forma como a vemos a amadurecer, de certo modo, à frente dos
nossos olhos graças a Oliver, pois com ele percebe que tem todas as razões para
lutar pela sua família e que não é tarde para reconstruir a sua ligação com o
pai. Quanto a Oliver também gostei muito do mesmo desde o primeiro instante,
desde o momento em que é um cavalheiro e ajuda Hadley, quando mostrava o seu
lado mais engraçado, mas essencialmente quando se parecia fechar dentro de si
mesmo, em que nos deixava curiosos de saber porque criava ele essa barreira.
Relativamente às restantes personagens, também me agradaram, pois mostraram ser
todas bastante humanas, com um passado que as definia, com receios e sonhos,
que nos levam a crer que poderiam ter efectivamente existido.
Numa escrita repleta de ternura, envolvente e
carismática, Jennifer E. Smith apresenta-nos uma história de amor que temos a
possibilidade de ver florescer, contendo também temas como a perda de alguém
que se ama, recomeços, novas oportunidades e a importância da família.
Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Intriga em Monte Carlo
Nome: “Intriga em Monte Carlo”
Autora: Elizabeth Adler
Nº de Páginas: 428
Editora: Quinta Essência
Sinopse: “Sunny Alvarez está farta de amar um homem que não se quer
comprometer e o desejo de se afastar de tudo é mais forte do que nunca. Em
Monte Carlo, espera encontrar descanso e tranquilidade; mas é apanhada numa
teia de intrigas que envolvem uma série de roubos de joalharias elegantes. Será
que Sunny pode confiar nos novos amigos que conhece naquele hotel glamoroso do
Sul de França? A velha amiga de Sunny, a estrela de cinema Allie Ray, que
possui uma vinha em França, vem em seu auxílio e tenta, ao mesmo tempo,
transformar a vida e a aparência da sua velha amiga, Pru Hilson, com uma
mudança de visual que altera não só o seu aspeto desleixado e com excesso de
peso, mas converte também Pru numa detetive amadora. Se Sunny não deslindar
esta embrulhada, poderá acabar como cúmplice involuntária de roubo, chantagem e
até homicídio. Quando o seu namorado, Mac Reilly aparece, vem preparado para
fazer tudo para recuperar Sunny, não sendo de somenos ter de resolver os crimes
e salvar-lhe a vida. Repleto de pormenores decadentes e com a escrita
inconfundível que tem encantado a legião de fãs de Elizabeth Adler, Intriga em
Monte Carlo é uma perfeita gema e uma perfeita evasão.”
Opinião: Elizabeth Adler é uma escritora britânica, reconhecida
internacionalmente, com mais de 20 romances, publicados em 25 países e com mais
de 4 milhões de cópias vendidas. Amante de viagens, que são indispensáveis na
sua vida, Adler transporta para as suas obras a sua paixão, apresentando-nos
inúmeros locais do mundo. Quando não se encontra em viagem permanece em La
Quinta, na Califórnia, com o seu marido e os seus dois gatos.
Sunny Alvarez, após um novo
adiamento do casamento com Mac Reilly, o homem da sua vida, decide deixá-lo, partindo para França. Durante
a viagem conhece um homem que a ajuda a esquecer por momentos a sua dor e que a
ajuda a encontrar um hotel em Monte Carlo, onde garante que não se sentirá
sozinha, nem mesmo na altura em que se encontram, na véspera de Natal. Quando
chega ao hotel, Sunny rapidamente conhece algumas pessoas, contudo as
aparências iludem e quem parece preocupado e solidário, poderá ser na verdade
um criminoso sem escrúpulos.
No próprio dia da sua chegada,
esta jovem contacta a sua velha amiga Allie Ray, uma estrela de cinema, que se
encontra radicada numa vinha em França, que rapidamente vem ao seu auxílio,
trazendo consigo uma amiga, Pru Hilson, que necessita de realizar algumas
mudanças na sua vida.
Quando Mac parte para
reconquistar o coração de Sunny irá ter uma missão difícil, não só porque esta
tem o coração destroçado, mas porque Sunny se encontra embrulhada numa enorme
trapalhada.
Já tinha tido a possibilidade de
ler outra obra da escritora, “Verão na Riviera”, que me tinha agradado pela sua
escrita agradável, pelas descrições do Sul de França e por conter mais do que
romance, mas também um toque de intriga e acção. Quando vi este livro à venda e
precisando de um livro para ler nas férias, por não ter a minha estante à
disposição, decidi experimentar, contudo rapidamente percebi que era parte
integrante de uma saga.
“Intriga em Monte Carlo” é o terceiro
volume de uma saga, constituída até ao momento por quatro volumes, que tem como
foco Mac Reilly e infelizmente não é colocada qualquer referência na capa sobre
esse facto, o que considero um ponto negativo, pois senti necessidade de
conhecer a história por detrás deste casal. Porém, também não deixa de ser
verdade, que a obra me proporcionou prazer na mesma e que me deixou curiosa sobre
como se conheceram, embora a autora faça uma pequena referência, mas
essencialmente sobre algumas das aventuras que são referidas na obra, que me
deixaram bastante expectante.
Nesta obra continuo a apreciar a
escrita da autora, com descrições fantásticas do ambiente, com uma escrita
cuidada e muito envolvente, que nos transporta para os diferentes locais abordados
na narrativa, desde Malibu, Monte Carlo, Praga, a Bombaim. Contudo, contínuo a
achar que um dos aspectos mais negativos da escritora se centra na estruturação
das personagens, sendo que neste volume considerei muitas delas fúteis, algumas
ingénuas, muito ligadas ao consumismo e aos bens materiais.
Como aspectos negativos tenho a
apontar na obra a futilidade das personagens, as referências ao consumismo e
materialismo, diversos momentos “enche chouriços”, que não trouxeram nada de
novo à narrativa. Considerei a trama previsível, onde desde o início conhecemos a
identidade do criminoso por detrás do roubo das jóias e rapidamente deslindamos
os desenvolvimentos da narrativa e, por último, a revisão da obra, pois são diversos
os erros ao longo da mesma.
Numa escrita fluída e envolvente,
Elizabeth Adler apresenta-nos, deste modo, uma obra repleta de amor, intriga e
acção, defendendo que não devemos acreditar sempre nas nossas primeiras
impressões, pois, por vezes, alguém que poderá parecer muito prestável e solidário
para connosco, poderá ser na realidade bastante diferente e que nunca devemos desistir
de lutar por aquilo em que acreditamos.
Avaliação: 2.5/5 (Está Ok!)
Outras obras da escritora, com opinião no blogue:
domingo, 6 de outubro de 2013
Sugestões dos Leitores
Hoje inicia-se uma nova rúbrica no Magia, "Sugestões dos Leitores". Tenho acompanhado alguns blogues com esta iniciativa de pedir aos seus leitores algumas sugestões literárias e como apreciadora de diversos géneros, que gosto de me desafiar e experimentar coisas novas, decidi criar um espaço onde vocês terão um papel preponderante.
Tenho recebido algumas sugestões por email de livros, que muitas vezes nunca tinha ouvido falar e, também por essa razão, decidi criar este espaço onde me poderão sugerir livros que pensem que eu poderei gostar e/ou que sejam os vossos preferidos. Se tiverem interessados em participar, preencham, por favor, o questionário que se encontra de seguida, fazendo um pequeno resumo da obra e o porquê da recomendação.
À medida que for recebendo as recomendações irei criando um post para cada uma, dando a conhecer as obras e o porquê de terem sido escolhidas.
sábado, 5 de outubro de 2013
O Beijo Mais Escuro
Nome: “O Beijo Mais Escuro”
Autora: Gena Showalter
Nº de Páginas: 352
Editora: Harlequin
Sinopse: “Poderiam viver aquele amor?
Embora já vivesse há muitos séculos, Anya, a deusa da Anarquia, nunca conhecera o prazer. Até aparecer Lucien, a encarnação da Morte, um guerreiro condenado para toda a eternidade a levar as almas para o além. Ele atraía-a como nenhum outro, e Anya estava disposta a arriscar tudo para o ter. No entanto, quando Lucien recebe dos deuses a ordem de capturar a alma de Anya, a incontrolável atracção transforma-se numa angustiante perseguição. Tinham de vencer as forças que os controlavam antes que a sede que sentiam um pelo outro lhes exigisse um sacrifício de amor inimaginável…”
Embora já vivesse há muitos séculos, Anya, a deusa da Anarquia, nunca conhecera o prazer. Até aparecer Lucien, a encarnação da Morte, um guerreiro condenado para toda a eternidade a levar as almas para o além. Ele atraía-a como nenhum outro, e Anya estava disposta a arriscar tudo para o ter. No entanto, quando Lucien recebe dos deuses a ordem de capturar a alma de Anya, a incontrolável atracção transforma-se numa angustiante perseguição. Tinham de vencer as forças que os controlavam antes que a sede que sentiam um pelo outro lhes exigisse um sacrifício de amor inimaginável…”
Opinião: Gena Showalter é
uma autora bestseller pelo New York Times e EUA Today New Autor, com mais de trinta livros entre romances
paranormais, contemporâneos e para jovens-adultos.
No segundo volume da saga
Senhores do Submundo, “O Beijo Mais Escuro” somos apresentados a Anya, a Deusa da
Anarquia, e Lucien, que se encontra possuído pelo demónio da Morte. Anya, que
nunca conheceu o amor, devido a uma maldição, sente-se automaticamente atraída
por Lucien e tenta a todo o custo conquistá-lo, todavia este guerreiro, apesar de
se sentir atraído pela deusa, duvida que ela se sinta verdadeiramente atraída
por ele, devido a ter o seu rosto desfigurado. Como se não bastasse este
problema, tudo se torna mais difícil quando o guerreiro é incutido de matar
Anya. Conseguirá Lucien gerir o que sente e as ordens que lhe foram conferidas?
Será Anya capaz de conquistar Lucien e sobreviver às provações?
Esta foi uma saga que sempre me
suscitou interesse, pelas sinopses cativantes e pelas opiniões entusiásticas, e
apesar de ter achado a parte do romance no primeiro volume um pouco apressada,
a verdade é que a mitologia me agradou muito, o que me levou a ficar curiosa com
este segundo volume. Os Senhores do Submundo têm uma maldição devido a terem
aberto a Caixa de Pandora, sendo que cada um dos indivíduos que se encontrava
nessa demanda se encontra possuído por um dos demónios libertados. No caso de
Lucien encontra-se possuído pelo demónio da Morte, o que o leva a ter de
desempenhar diversas missões penosas, como o transporte das almas e o assassinato
de determinadas pessoas.
Continuo a achar que o mundo é
bastante original, tanto no caso dos guerreiros, no que se refere à razão
porque cada um ficou com um demónio agregado, tal como foi interessante
conhecer o mundo dos deuses, as suas histórias, vinganças e poderes. Também neste volume continuamos a acompanhar a demanda destes guerreiros pela descoberta de uma forma de contornar a maldição que os atormenta, o que tornou a obra ainda mais interessante.
Quanto às personagens principais,
Anya é uma rapariga que, devido à sua maldição, teve de aprender a defender-se,
sendo divertida, persistente, apaixonada, provocadora e obstinada. Lucien é um
homem sofrido, sendo que parte dessa tristeza tem ligação com as cicatrizes que
percorrem o seu rosto e parte do corpo, contendo uma missão muito difícil,
especialmente quando se vê obrigado a transportar almas de inocentes e
crianças. Foi muito interessante descobrir o passado e os receios de ambos os
personagens, tendo sido muito simples sentir-me ligada a ambos, o que levou a que
torcesse para que tudo corresse bem entre ambos, pois mereciam, após tantas
provações, serem felizes. Contrariamente ao que sucedeu no anterior volume, temos
a possibilidade de ver o amor entre estes dois personagens florescer. No
princípio sentem-se atraídos fisicamente, contudo à medida que narrativa evoluí
outros sentimentos levam a que se aproximem.
Relativamente às restantes
personagens, temos a possibilidade de voltar a visitar Maddox, o demónio do
anterior volume, e a sua companheira, onde nos são dadas algumas novidades sobre o casal, que me agradaram e me deixaram curiosa. Temos também a possibilidade de conhecer melhor
Paris, que contém o demónio da Promiscuidade, e que atravessará uma provação ao
longo da narrativa, tal como dos outros guerreiros possuídos, acompanhando neste volume as suas lutas.
Numa narrativa repleta de
suspense, com várias cenas de acção, com um mundo muito rico e original, que
certamente maravilhará os fãs do fantástico, Gena Showalter conjuga na
perfeição o romance e o fantástico, contendo vários momentos de adrenalina,
sensualidade e romantismo. Neste volume é defendido que nem tudo o que parece à
primeira vista o é efectivamente, que não devemos fazer juízos de valor, que,
por vezes, aquilo que menos gostamos em nós, poderá ser considerado um atractivo
por outras pessoas, sendo igualmente uma história sobre luta pela salvação,
sobre escolhas e cedências por quem se ama.
Avaliação: 3.5/5 (Gostei!)
Outras obras da escritora, com opinião no blogue:
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Segredos de Família
Nome: “Segredos de Família”
Autora: Kim Edwards
Nº de Páginas: 414
Editora: Livraria Civilização Editora
Sinopse: “Numa noite de Inverno de 1964, quando uma tempestade de
neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto dos seus filhos gémeos. O filho,
o primogénito, é perfeitamente saudável, mas David apercebe-se de imediato de
que a filha é portadora de síndrome de Down. Convencido de que está a fazer o
que está correcto, David toma uma decisão precipitada que irá ensombrar as suas
vidas para sempre. Pede a Caroline, a enfermeira, que leve a bebé para uma
instituição, mas ela acaba por fugir para outra cidade, onde irá criar a bebé
como sua própria filha.”
Opinião: Kim Edwards é uma escritora americana e professora assistente
de Inglês na Universidade de Kentucky. A autora foi finalista do PEN/Hemingway Award em 1998 e galardoada
com o Whiting Award e o Nelson Algren Award. “Segredos de
Família”, editado inicialmente em 2005, foi seleccionado para o Barnes and Noble Discovery Award, venceu
o Kentucky Literary Award for Fiction
em 2005 e foi o número 1 no New York
Times Bestseller.
David Henry, um conceituado
médico adorado por todos os seus pacientes, encontra-se no início da narrativa
a caminho do seu hospital, durante uma tempestade, porque a sua mulher se
encontra em trabalho de parto. Entretanto o médico que deveria realizar o parto
acaba por não conseguir comparecer, por ter um pequeno acidente, e é David quem
tem de o fazer, juntamente com uma enfermeira, Caroline. Será durante este
parto que David irá realizar uma escolha que o ligará para sempre a Caroline e
a sua vida nunca mais será a mesma.
Um segredo pode corromper uma
pessoa, enlouquecê-la e moldar a sua vida de tal forma que tudo se altera.
Quando o mesmo ganha raízes será justo expô-lo e comprometer a vida de
terceiros? Contar um segredo ou uma traição servirá somente para apaziguar a
consciência e a culpa ou ajudará também os outros envolvidos?
“Segredos de Família” é uma
história de segredos, sobre o modo como uma escolha nos pode perseguir ao longo
da vida e como poderá comprometer a felicidade futura. Se tivermos um segredo
que envolve outras pessoas, não lhes podendo contar o mesmo, compromete para
sempre a relação, convivência e felicidade em conjunto. Esta é também uma
história sobre escolhas entre o certo e o errado e o modo como essas decisões
nos moldam, tanto naquilo que seremos futuramente, como na relação com outras
pessoas. Sendo igualmente abordado os recomeços, a luta pela acção mais
correcta e por quem se ama.
No que diz respeito às
personagens, confesso que não consegui odiar David em nenhum momento, apesar
das escolhas que comete, devido ao seu passado, de menino pobre, que perdeu a
sua irmã muito cedo devido à mesma ter problemas cardíacos, ao jovem que
batalhou muito por se tornar um médico reputado, ao homem que mais tarde depois
do parto da mulher, se vê confrontado com a culpa, os remorsos, ao sofrimento e
recriminação pela escolha tomada. Devido a este erro cometido, David começa a
pensar que cada percalço, cada mal que lhe sucede, tem origem no seu segredo,
levando-o a sofrer em silêncio, aceitando todos estes momentos. Por este
conjunto de acontecimentos, não consegui de forma alguma sentir ódio por ele,
mas sim até alguma compaixão por tudo aquilo que passa e por todos os
sentimentos negativos que acarreta até ao fim.
A mulher de David foi outra
personagem que me transmitiu sentimentos contraditórios. No início senti muita
pena por ela, por tudo o que passa, por toda a sua mágoa, mas à medida que a
narrativa avança e ela toma alguns comportamentos, comecei a sentir alguma
tristeza por presenciar a dor que os seus actos causavam no seu marido e no
filho de ambos. Embora perceba, em certa medida, estes seus comportamentos, não
conseguir deixar de ficar triste e foi esta contrariedade de sentimentos que
mais me fascinou na obra, colocando-me a pensar e confundindo-me os sentimentos
do princípio ao fim. Como Kafka defendeu devemos ler aqueles livros que nos
batem, que nos picam, pois são esses que verdadeiramente nos tocam e que
perduram na nossa memória. “Segredos de Família é um bom exemplo desse género
de livros, não me deixando, de forma alguma, indiferente.
Quanto a Caroline foi uma
personagem de quem gostei muito, pela sua integridade, força, fidelidade e
garra, portadora de uma humanidade incrível, que mostrou ser uma pessoa
fantástica. Foi, sem dúvida, uma das minhas personagens preferidas, que me
surpreendeu do princípio ao fim.
Relativamente às restantes personagens,
gostei muito de todos, mostraram ser personagens fortes, bem estruturadas,
carismáticas, com bastante força de vontade por superar os
problemas/limitações, tendo tornado esta obra ainda mais real.
Numa escrita envolvente e algo
descritiva, alternando entre capítulos de David e Caroline, Kim Edwards
destaca-se neste volume pela sua história real, cativante, que nos sensibiliza
e que nos transmite um enorme role de sentimentos. Portadora de personagens
reais, que poderiam ter efectivamente existido, esta obra não nos deixa
indiferentes, colocando-nos a pensar de mil e uma maneiras, passando do ódio à
compaixão com a rapidez de um pestanejar. Neste volume a autora defende que nunca
é tarde para tentar remediar um erro cometido, que com força de vontade e perseverança
somos capazes de tudo e de ultrapassar todas as barreiras que a vida possa
hipoteticamente nos colocar, terminando com uma nota de esperança.
Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)
Aquisições de Setembro
No mês passado aproveitei uma das campanhas, que apareceram em várias editoras com os livros da Saga Sangue Fresco de Charlaine Harris. No meu caso aproveitei a promoção da Fnac, em que na compra de 2 livros só pagávamos 1, adquirindo assim "Segredos de Sangue" e "Sangue Ardente".
Também através da Fnac e da mesma saga acima referida aproveitei a promoção em que na compra do último volume "Sangue Final", ofereciam o livro de contos "Um Toque de Sangue.
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