No meu anterior post, referi-me á vida. Vida como é, vida como tem e deve ser.
Hoje, volto ao meu ponto de escrita para me voltar, novamente, para a vida. Porém, desta vez, numa outra vertente.
É com algum choque que vejo, e acompanho, as noticias sobre o tráfico de mulheres por esse mundo fora. É monstruoso o que se faz. Aqui, estamos perante um derespeito para com a dignidade humana. As mulheres, principais visadas e principais vitimas, não têm defesa com estas máfias internacionais.
Há hipotese de parar este flagelo? Podem as mulheres deixarem de ser escravas?
Tudo tem o seu remédio.
O titulo do blog pode dar pistas.
Da mesma maneira que se acabava com o flagêlo da droga, com o contrabando e outras "artes" subterraneas, podia haver um fim á vista para este pesadelo: A legalização.
Poderá parecer estranho, mas tentarei fazer-me entender.
Pode parecer ridiculo, mas a legalização de um crime é o primeiro passo para que ele deixe de existir. Diz-me agora o leitor: Seria bom, vamos legalizar o roubo!
Não quero ser extremista, cada coisa no seu lugar.
Este é um assunto diametralmente oposto: estamos a falar de vida.
Veja-se, há casos mundiais onde a prostituição é legal. O exemplo mais bem conseguido é o distrito vermelho de Amesterdão. É sabido que, naquele sitio, a prática de sexo em troco de dinheiro é legal.
Para mim, correndo o risco de parecer ridículo, tudo são vantagens: tratam-se de pessoas (as donzelas da zona a que me refiro) protegidas pelo Estado, estão sujeitas a controlos de saúde e produzem.
Volto a dizer: Protegidas pelo Estado. Não teriam fim as organizações que intentassem contra a dignidade feminina? Agora, teriam um Estado protector. Deixaria de haver "escravatura". Nunca se iria explorar alguém da forma que tem sido feito.
Ainda assim, só uma atitude concertada a nivel mundial teria efeito.
Se apenas um País tivesse esta iniciativa, tornar-se-ia um oasis sexual, onde o desrespeito continuaria.
Uma atitude concertada seria suficiente. Estados que protegessem as mulheres, neste tipo de profissão, teriam uma força coerciva sobre quem oussasse o desrespeito.
Não se pretende transformar o Estado num empresário da noite. Pretende-se, sim, proteger a vida e dignidade das pessoas, veja-se, tanto a nivel da oferta como da procura.
De uma vez, não podemos tapar o sol com uma peneira. O problema destas mulheres é real.
Torna-se estranha a maneira que tenho de abordar o tema, bem o sei. O importante aqui são dois factores: um é, como supra referi, proteger as mulheres desta neo-escravatura, outra é acabar com o degradante inferno visual que são algumas ruas da capital, onde pessoas se vendem como mercadoria. Passar de crime a lei, seria passar de cegueira a visão um problema real.