Machado de Carlos
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Minha noite está na onda do fado...
Os pensamentos voam além-mar...
No firmamento procuro a estrela pra amar;
- sou a única voz que se embriaga!...
Na aurora boreal apenas divago!...
(Conformo!...) - já estou no mesmo luar...
- Um bem-te-vi não pára de cantar,
Feliz mergulha ao fundo do lago...
Quero que teu sonho seja só meu;
que o brilho do anel róseo-camafeu
não seja somente uma fantasia!...
Nos versos quero ser o cancioneiro
a vibrar às margens do ribeiro,
E oferecer-te esta simples poesia...
Carlos
terça-feira, novembro 28, 2006
domingo, novembro 26, 2006
O SONETO
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Machado de Carlos
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- I -
Ela vem toda de vermelho... Um tesão!
Uma silhueta!... Uma pose tão bonita!
No espelho, vejo-a nua... Está tudo escrito:
Ela é minha!... leio os lábios!... suas mãos!
No Jeans está o bailar da emoção,
Meu pensamento some no infinito!...
Beijo a pele negra. Perco os sentidos!...
Nas pernas roliças fujo à razão!...
- II –
- Beleza púrpura: - És diferente!...
Perco-me nos teus seios comoventes,
Beijo teus lábios, num gozo sem nexo!
Absorvo o perfume da tua flor;
E sem rumo me lanho no teu amor!
No ápice, morro no teu sexo!...
Carlos,
sábado, novembro 25, 2006
ALMA IRMÃ
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Machado de Carlos
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Navegava na tempestade fria;
Procurava quem me ensinasse o Sol.
— Oh! – Como eu era triste! Como sofria!...
Acolheste-me no teu amor maior.
Na tua meiguice vi o claro do dia;
Tudo se floresceu ao derredor!
Passei a viver horas de fantasias;
Hoje a minha vida tem mais cor...
No meu jardim cultivo uma rosa;
Ouço tua música!... Minh’alma cora!...
Tuas letras d’ouro... já sei de cor!
Peço a Deus, nunca esquecer teu perfume,
Com ele pude encontrar o lume,
Que me levará, um dia, ao teu esplendor!...
Carlos,
sexta-feira, novembro 24, 2006
O AMOR
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Machado de Carlos
O tema central da minha poética é o amor. Em cada verso tento cantar o amor, da maneira mais sublime que a própria palavra. Uma palavra que ao meu ver, denota uma profundidade infinita. Quando amamos uma pessoa, queremos ver esta pessoa feliz. Ao notarmos a falta de felicidade nessa pessoa, fazemos de tudo para que ele seja feliz. Em contrapartida, o nosso egoísmo exige que aquela pessoa nos ame com a mesma intensidade. Aí, começamos a estudar cada movimento, cada frase, cada ato daquela pessoa; para encontrar respostas positivas ou negativas. Então, às vezes, nos deparamos com o ciúme, que é um jato de anticorpos, que emitimos, para proteger o nosso amor diante da nossa própria fragilidade. Mas o amor é a alavanca que move o ser humano. Não vivemos sem ele. Quando o amor nos falta, de um lado, sofremos. Perdemos o nosso sono. Perdemos o nosso equilíbrio, enfim. Quando encontramos a pessoa amada, o amor nos faz sonhar. Melhora nossa auto-estima. Nos faz sentir mais gente. O Sol nasce mais colorido. A Lua parece sorrir.Descobrimos a palavra saudade quando se está distante, e, é um sofrimento benéfico, quando temos a certeza de que somos amados. Ribeirão Preto, 29 de janeiro de 2004. 23h40 min.
O PÁSSARO
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Machado de Carlos
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Um pássaro azulado estava preso em sua gaiola. A única comunicação com o mundo era um pombo correio-correio, que todos os dias, sem falta; passava por lá e lhe trazia notícias. Através dessa ida e vinda de correspondências uma linda pássara encantada conheceu o pássaro azulado. Ela conhecia apenas a sua letra. Adorava a letra do pássaro. Começou a lhe entregar, diariamente, muitas cartas. Nas cartas nunca deixava de elogiar as idéias do pássaro, preso na sua gaiola particular. De outro lado o pássaro não entendia bem aquele volume de cartas que entortavam o bico do amigo pombo-correio. Pudera, a passarinha escrevia coisas lindas! O pássaro foi gostando dessa idéia e se sentiu cativo de tantas cartas perfumadas. Certa vez, como prometera, a pássara encantada apareceu por lá. Apaixonaram-se. Foram felizes! Bem, a pássara era nômade e tinha a sua natureza. Contra a natureza não se deve lutar, não é? O pássaro azul também tinha a sua natureza, porém, era preso. A pássara encantada foi-se. Tinha lá outras visitas. Nunca mais deu trabalho ao pombo-correio, que todo dia chegava com o seu bico praticamente vazio. Só restava ao pássaro escrever mais cartas a esmo. Sentia a falta da pássara. Chorava, chorava, chorava!... Hoje voa livremente no Além-túmulo! Ribeirão Preto, 09 de janeiro de 2004 00h02 min.
quarta-feira, novembro 22, 2006
FIM
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Machado de Carlos
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Ele segue sem rumo, desnorteado!...
Perdido no tempo ainda é criança
Na memória há a menina de trança!...
Na condição de réu, fica calado.
O poeta morreu desesperado...
Deixou - de vez - uma eterna aliança;
Foram-se os sonhos e as esperanças;
Tudo ficou no arquivo do passado.
Um dia chegou com jeito de gana!
Pensou que seu mundo era só chama;
Quis abrir os arquivos da memória...
A vida mostra os desenganos,
Tudo se perde ao corroer dos seus anos,
A morte do poeta marca a história!...
terça-feira, novembro 21, 2006
Acalento
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Machado de Carlos
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Canto teus olhos numa ode, menina!
Ouvi a tênue mensagem de cristal.
Quando estava na viagem espacial,
chorei ao som de tua voz cristalina.
- Uma carta chegou! - a letra domina,
a estampa tinha a marca da tua nau.
- Será que veio do mundo celestial?
Dela sorvi o perfume que ilumina.
Em dias fatigados tenho tua flor
Recebo forças... forças do teu amor!
... e navego feliz! É o teu mar...
Curvo-me, amor, ao poder da tua luz,
contemplo teu semblante no Céu azul...
Entorpecido, vou ao mundo estelar!...
Carlos,
sábado, novembro 18, 2006
ORAÇÃO
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Machado de Carlos
Senhor, Vós que sois toda Luz Suprema,
Dizei-me, onde encontrar minha querida,
A mais bela flor da minha vida;
Que perfumou, um dia, minh’alma pequena?
Ela afagou-me nas noites serenas;
Curou os males... minha intensa ferida!
Mas foi-se sem adeus... sem despedida...
Hoje sofro na noite que envenena.
Vós que Sois de Infinita Bondade,
Apagai este véu, esta saudade!...
Preciso encontrar o meu coração!
Sei, a morte chegará na realidade;
Creio, Senhor, na santa imortalidade;
...E de alma livre chegarei à razão!
sexta-feira, novembro 17, 2006
quinta-feira, novembro 16, 2006
sábado, novembro 11, 2006
ESPÍRITO PROTETOR
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Machado de Carlos
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Ela vem com singular alegria!
Espalha suas rosas ao amanhecer!...
Enriquece, sem tributos, meu ser,
com a voz afetuosa de um bom-dia!
- De onde vens, anjo, cheio de melodia?!
- Teu verbo harmoniza o meu viver!
Quando a jornada chega ao anoitecer,
Ela vem e abençoa o fim do meu dia!...
À noite, ela volta, e parte pro além!...
Será o sorriso de mais alguém...
Que ainda não tem a luta por vencida.
Outro dia!... Vou atrás da felicidade
Procuro, de novo, a sua bondade!...
- Donde vem esta alma tão querida?!...
terça-feira, novembro 07, 2006
SIMPLES
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Machado de Carlos
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Caminhei... A maré salientava o teu canto.
Reencontrei o meu amor. Voltei ao tempo, à raiz!
- Incrível a tua flor! A tua boca de anis!
Sorvi teu beijo tépido qual ouro santo.
Tremi no teu balé! Tive a luz do recanto
Inspirei-me na cor. Resumi o teu matiz!
Amo-te com ardor. Gravo um verso feliz!
Nobres são teus pés. Tenho teu rosto de encanto!
...! e os astros do Céu?! A Lua iluminou meu anjo lindo,
com sua timidez nua nos abraça sorrindo!...
Os raios quase nus tocam tua veste – um sal!
Urge bela união. É o teu poema no cio...
Tenho teu coração e o amplexo no rio...
O momento é de luz. Tua alma é o meu fanal!...
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