Gostaria de agradecer a todos aqueles que participaram e prestigiaram a mostra “A Ferro e Flor”.
Aos que ainda não tiveram oportunidade de conferir a exposição, estarei na galeria Tina Zappoli dia 17 (Sexta-feira) a partir das 18 Hrs, conforme convite abaixo.
No Sábado, dia 18, estarei na galeria das 10 às 14 Hrs, para brindarmos o encerramento do evento.
" A pintura deve desafiar o espectador [...] e o espectador, surpreendido, deve ir ao encontro dela como se entrasse em uma conversa." Roger de Piles, 1676
Iberê Camargo - Desenhos
Mais de dois séculos separam estes dois geniais artistas, e ainda assim podemos perceber uma "similaridade" mais que pictórica ideológica.
Há neles uma espécie de almas gêmeas. Linhas fortes, gestos rápidos e precisos. Como dizia Iberê: "Faço uma pintura que morde". Artistas engajados em seu tempo, da ordem à desordem, da superfície ao abismo.
O eterno drama da existência humana. Assim como Goya, basicamente em suas gravuras, satirizava a hipocrisia social, o clero, as guerras...
"Goya - Locos" Detalhe de "Iberê - A Idiota"
"Goya - Aun Aprendo" "Iberê - Desenho"
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Detalhe de "Goya - O enfeitiçado" "Iberê - Motociclistas"
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"Goya - El espejo indiscreto" "Iberê - Desenho"
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Iberê também o fez em as Idiotas, as manequins etc. Ora, ninguém é ingênuo em pensar que Iberê Camargo enquanto pintava, pensava em Goya ."O artista desvia-se dos seus precursores (de Goya principalmente) para cair no seu próprio abismo feito das contradições entre a vontade de existir singularmente e a dor dessa existência." Iberê Camargo.
Eu poderia traçar o mesmo paralelo com outros magistrais pintores, El Greco, Daumier, Rembrandt, Velazquez, e os desenhos de Alberto Giacometti entre outros.
"Goya - Disparate de Miedo"
"Iberê - Solidão"
"Goya - La Lealtad" "Iberê - Tudo te é falso e inútil II"
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"Goya - Aquelarre, Sabbath das Bruxas" "Iberê - Desenho"
"Goya - Cruel Lastima "Iberê - No vento e na terra II"
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Enfim, o inimigo da arte é o mau pintor, o grande artista é sobretudo atemporal. A obra de arte define-se por si mesma, pela sua presença.
Montagem sobre telas de Goya e fotografia de Iberê
O misterioso cão de Goya e o famoso gato Martim de Iberê Camargo.
Como dizia Rilke em Cartas a um jovem poeta (1976, p. 21) "As coisas estão longe de ser todas tão tangíveis e dizíveis quanto se nos pretenderia fazer crer; a maior parte dos acontecimentos é inexprimível e ocorre num espaço em que nenhuma palavra nunca pisou. Menos suscetíveis de expressão do que qualquer outra coisa são as obras de arte, - seres misteriosos cuja vida perdura, ao lado da nossa, efêmera."