quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Não foi nada planejado e nem como se merecia, cresceu rolando na lama e de barriga vazia, o seu caminho sempre foi desconhecido, pois era o seu, comeu da carne pútrida e favos de mel, bebeu da água mais pura e taças de fel, viveu intensamente dentro da morte do dia a dia e morreu ao lado de esperanças tão vivas, costurou sonhos que não eram seus, teve os próprios espedaçados rolando no vento e perdidos no meio da saudade, mas vive sem lamentos e mágoas é apena a saga de qualquer filho de Deus!

O Poeta de Branco

Léo Fernandes


sexta-feira, 25 de dezembro de 2015




Vendaval



Tudo começou igual a um pequeno redemoinho, eu vi as folhas secas sendo levantadas flutuando calmamente, e em poucos segundos, da calmaria a vendaval, virou a minha vida do avesso e o que me restou, foi gritar por socorro a Maria! Se um raio me cair vai me partir em pedaços espalhar por ai as minhas dores e agonias, mas em cada um deles terá também partes das minhas alegrias.

Léo Fernandes 









O meu coração não é Terra estéril que precisa de reparações ou mereça desprezo, ele aceita de bom grado todas as sementes, é o jardineiro que há de ser cuidadoso, pois dependendo do Sol e da chuva pode nascer cem por um. Ele não se importa com os sulcos do arado e nem tão pouco se sangra, mas quem planta há de colher é a regra da vida e ele descobriu à duras penas, que viver bem é pra quem sabe lavorar e não pra qualquer um.


Léo Fernandes

domingo, 20 de dezembro de 2015

Mais um Ano que chegou ao fim, quantos sonhos que morreram e me fizeram sofrer e o quanto fazer com os milhares que nasceram quantas alegrias me salvaram nas horas amargas e quantas amarguras me fizeram crescer. Gente nova na família, de sangue e de Alma, gente que me fez perder a paciência e outras que me encheram de calma. Dores velhas que rolaram nesse ano, algumas sumiram e outras chegando, algumas me matando e outras me salvado. 
Foi um Ano inseto, cheio de loucura nessa vida dura de todos nós, um Ano de muitas labutas, muitas sementes, poucas frutas, mas as que vingaram valeu a luta. Um ano de guerra externa, interna, com a sensação de derrotas, como se os resultados fossem parar aonde “o Judas perdeu as botas”.
Um ano de amor, de paixão, de perdão de tudo que é bom, de grandes tristezas, grandes perdas, coração partido, ferido, redondo de alegrias, de gargalhadas, felicidades que parecia que até rolavam pelas calçadas!
O ano cheio, completo como deve ser a vida de quem luta de foice e machado pelos caminhos do Bem e do mal, espero que o Novo Ano, possa eu tê-los comigo, os de perto e os virtual, para rir, ouvir, aprender, crescer, dividir, desejo a todos Felicidades verdadeiras neste Natal.
Que Jesus abençoe 2016, o meu, o seu e o do Mundo!


Léo Fernandes





sábado, 19 de dezembro de 2015

Bati de frente com várias coisas que muitos falam, mas não viram e na queda de braço perdi para a sorte, no tabuleiro da vida quem ganhou foi o destino e nas horas que tive que ser Grande, foi pequeno.

Fui pedra que rola morro a baixo morro a acima, vi a morte levando gente e a vida devolvendo, corri contra o tempo e o tempo me devendo, nos palácios já fui rei na miséria só mais um, da fome fiz o meu prato e das mágoas a minha cama.


Léo Fernandes 



O sangue corre nas veias
a vida escorre fora
a vontade transborda no peito
enquanto a esperança devora...


A vida é uma corrente
cada elo uma paixão
alguns estão de mãos dadas
e outros na solidão...


Os males são as peias
as dores são os dramas
a tragédia é mãe do espanto
e a desgraça faz a cama...


O canto é um refugio
a porta é a entrada ou saída
enquanto uma convida ao sofrimento
a outra mostra a vida...

Léo Fernandes 









domingo, 6 de dezembro de 2015

No mundo sempre foi assim, o amor está para todos, mas estranhamente é a dor que é ovacionada, há aqueles que além de sofrer não se contentam em sofrer sozinhos, tem o dom de propagar e espalhar para que todos à sua volta sintam o peso do que vives. 

Léo Fernandes 


Não permitas que a infelicidade alheia atrapalhe a sua vida, isso não é falta de caridade e sim precaução, há de sujar os pés em ajudar nos ossos irmãos e também sermos ajudados, mas não há necessidade de ninguém se mergulhar na lama.



Léo Fernandes