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Se de nós ficasse gravada uma imagem na eternidade, julgo que do meu pai ficaria esta: aquela que ofereceu à minha mãe, como primeira fotografia de namoro, em 17 de Julho de 1952. Conheceram-se num eléctrico de Lisboa, o meu pai seguiu-a até casa, oferecendo-se para a ajudar com embrulhos de compras, e ela, com 20 anos, ficou "caidinha" por aquele jovem de 21 tão bem "embrulhado" numa farda de cadete da Escola do Exército. O amor não se agradece, mas estou-vos tão grato!