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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Lisboa, século XIX


“Oh! - escreve Eça em O Mandarim - Saborear a noite, no Café Martinho, sorvendo um café aos pequenos golos, ouvindo tagarelas injuriarem a pátria!” O lisboeta estilo Dâmaso de Salcede passa a vida a praguejar que Lisboa é um chiqueiro e só em Paris se pode respirar. Copia-se Paris até à exaustão. Lê-se Zola e bebe-se champanhe. Abancado no Café Tavares da Rua da Misericórdia (então Rua de S. Roque), o grupo Vencidos da Vida evidencia hábitos de consumo típicos dos intelectuais da época (1889). Segundo a factura de um jantar: “bacalhau com pão - 18 vinténs; champanhe - 18 mil réis” (in Lisboa Desaparecida, volume IV)