Contra o dia burocrático e o modo funcionário de viver
24.5.07
17.5.07
16.5.07
As boas notícias que correm depressa
E chegam ao 31 da Armada. Pena é que, não sei se satisfeito com Sarko, ou infeliz por Ségolène, um dos doutos bloggers da Companhia não saiba jogar às diferenças.
15.5.07
Call me Tony
Quando um político marca décadas da cena internacional, e marcado por esses mesmos anos abandona o palco, logo começam os comentadores a adiantar trabalho aos historiadores, quais profetas da adivinhação histórica. Como será lembrado Tony Blair?
A prognose raramente substitui a realidade e o porvir. Não será o Iraque a grande marca ou sequer a grande mancha. Anthony Blair, ou Tony, como sempre preferiu, levou o Old Labor por caminhos inesperados, mesmo depois do desgaste da governação dos Tories, intimamente marcada por Tatcher.
E se os Tories foram de ferro, ele foi das pessoas. Se os conservadores privatizaram, Blair manteve-se discursivamente fiel à ideia de serviço público. Se a Dama de Ferro e o seu partido eram cépticos ante a verdade da Europa, o New Labor de Tony foi tão europeísta quanto um partido político britâncio saberá ser.
Houve tréguas irlandesas, os Parlamentos e Autonomias Escócia fora. Houve um Chancellor escocês que fez da economia britânica um sucesso e soube jogar com os seus orçamentos.
Houve aliança atlântica, mesmo quando deveria ter inexistido. Mas também houve quando devia estar presente. Se Tony não ficou bem na fotografia das Lajes, foi ficando bem na fotografia destes longos anos em que soube sempre ir a jogo. Soube, até perder.
Quando um político marca a sua história na de um país e até do mundo, a despedida é sempre cruel, tempo de ajuste de contas, questionada a sua terceira via que dizem não ser nada disso - via ou terceira?
As imagens que a História guardará, em registo para gerações futuras, serão de Anthony Blair, grande político e estadista. Por agora, a fita de cinema relembra o recém-chegado a Downing Stree que insiste, e será que insistia já para os anais da História, call me Tony?
A prognose raramente substitui a realidade e o porvir. Não será o Iraque a grande marca ou sequer a grande mancha. Anthony Blair, ou Tony, como sempre preferiu, levou o Old Labor por caminhos inesperados, mesmo depois do desgaste da governação dos Tories, intimamente marcada por Tatcher.
E se os Tories foram de ferro, ele foi das pessoas. Se os conservadores privatizaram, Blair manteve-se discursivamente fiel à ideia de serviço público. Se a Dama de Ferro e o seu partido eram cépticos ante a verdade da Europa, o New Labor de Tony foi tão europeísta quanto um partido político britâncio saberá ser.
Houve tréguas irlandesas, os Parlamentos e Autonomias Escócia fora. Houve um Chancellor escocês que fez da economia britânica um sucesso e soube jogar com os seus orçamentos.
Houve aliança atlântica, mesmo quando deveria ter inexistido. Mas também houve quando devia estar presente. Se Tony não ficou bem na fotografia das Lajes, foi ficando bem na fotografia destes longos anos em que soube sempre ir a jogo. Soube, até perder.
Quando um político marca a sua história na de um país e até do mundo, a despedida é sempre cruel, tempo de ajuste de contas, questionada a sua terceira via que dizem não ser nada disso - via ou terceira?
As imagens que a História guardará, em registo para gerações futuras, serão de Anthony Blair, grande político e estadista. Por agora, a fita de cinema relembra o recém-chegado a Downing Stree que insiste, e será que insistia já para os anais da História, call me Tony?
14.5.07
Lisboa, a bravura e os outros
Há direitos que assistem a qualquer pessoa. Militante de um partido político, independente - estatuto a que se vem conferindo uma natureza para-divina, distante da mesquinhez que ocupa os seres terrenos -, simples e anonimamente cidadão.
Enquanto advogado, Sá Fernandes usou o arsenal jurídico seu conhecido para marcar a sua opinião e, vê-se hoje, o seu espaço. Foi eleito Vereador e o estilo agudizou-se. Mas está no seu direito.
Helena Roseta resolve candidatar-se à Presidência - ou, mais modestamente, à Vereação - da Câmara Municipal de Lisboa, nas intercalares marcadas agora para o dia 1 de Julho. No uso pleno de um seu direito. Antecipou-se, reactivamente a uma aparente não reacção, e assume-se, uma vez mais, como o rosto da cidadania. Dos cidadãos.
Considero que o único direito de que Helena Roseta fez uso foi o de candidatar-se a um cargo público. Sem mais. Acessível a qualquer um de nós - a menos que consideremos uma candidatura presidencial e estejamos abaixo dos 35 anos. Talvez, também, e como dizia o outro, o direito à indignação.
Mas não encontro sombra de estoicismo, bravura ou heroísmo no acto de candidatura. Helena Roseta tem ido a muitas. Em homenagem ao que entendeu, e onde nunca me revi. Mas a menos que a persistência em contrição seja uma virtude ímpar, direi apenas que uma lisboeta quer governar a cidade. E que me cansa o discurso da cidadania, vindo daqueles que acusam os partidos de sufocar o exercício daquela, mas não abdicam da militância sufocadora naqueles. E neste equilíbrio vão habitando o espaço político.
Posso, no entanto, perspectivar as coisas de outro modo: será bravo todo aquele que se predisponha a governar Lisboa por dois anos, com uma assembleia municipal que passa incólume ao terramoto, e com uma estrutura orgânica, pessoal e financeira cuja solidez é próxima à de um areal sob o ataque de marés vivas.
Bravos, vinde!
3.5.07
Lá vai Carmona...
... sempre a somar pontos e capital da simpatia de todos quantos entendem que os partidos expelem os corpos estranhos, também conhecidos como independentes.
Adivinhando o corrupio consternado na Rua de São Caetano, pergunto: e agora, Dr. Marques Mendes? Como acaba este enredo que foi criando e agora lhe foge e parece não ter fim?
O barco agita-se, agita-se muito, e Carmona não quer ser o primeiro a saltar borda fora...
Veremos quem salta. E para quando.
2.5.07
Ao centro, no centro e para o centro
Le Pen apela à abstenção em massa do seu eleitorado. Talvez confundindo os seus 11% com um voto massivo, e o jogo democrático com as vontades caprichosas da sua extrema-direita.
Bayrou pode ser primeiro-ministro, mas Strauss-Khan também. E Sarkozy, o enfant terrible que, reciclado, não quer mostrar-se terrible, perde terreno, quotidianamente, para Royal.
E o vencedor é.....?
Chávez, o imparável
As instituições de Bretton Woods vão mal, é sabido. A metodologia impositiva do FMI tem sido severamente criticada, numa das melhores versões pelo Nobel da Economia Joseph Stiglitz. O Banco Mundial está envolto num escândalo de proporções cor-de-rosa. Mas se houve lição que o mundo aprendeu depois da Segunda Guerra Mundial foi essa das vantagens do multilateralismo, e a pretensão de manter esse estado de coisas nas relações económicas internacionais.
Pois Chávez, esse arauto de um neo-socialismo sul-americano, decidiu a retirada da Venezuela do FMI e do Banco Mundial. Com o petróleo e recursos afins nacionalizados, os perigos capitalistas hostilizados e um conjunto de discípulos nos países vizinhos, vai sendo tempo de perceber que a América do Sul - onde os objectivos do milénio, estabelecidos pela ONU, se apartam do cumprimento - é um enorme conjunto de problemas, potenciais e efectivos, mas já transcendendo o aparente.
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