Um blog que traz analises e reflexões sobre política e políticos, existência e vida, Internet e mídias digitais, e todos os temas que possam vir nos causar inquietações.
domingo, 4 de maio de 2014
A arte de se inventar
sábado, 18 de junho de 2011
Pintura em spray
Ele pinta pelas ruas de Paraty, para ser precisa, na rua cultural, onde todo tipo de cultura acontece a noite. A rua do comércio é uma espécie de palco artistico.
domingo, 12 de junho de 2011
Filigranar
Esse anel ai da foto ao lado é feito através da arte de filigrana. A arte de entrelaçar fios de metais sem o uso de solda. Surgido na China e extremo oriente em meados do século VIII, ganhou notoriedade na Espanha e Portugal posteriormente, e sendo trazida para a América por colonizadores.
A técnica é intrinsecamente manual, e artesanal. Embora atualmente já usem maçarico para fixar as peças, o que não remonta a verdadeira técnica.
O artesão que fez essa peça (exclusivamente para mim) conhecido em Paraty como “Canela” e seu atelier é sob à luz da lua e estrelas. Enquanto não manipula as peças – geralmente feitas na hora para a pessoa que ele aborda aleatoriamente (talvez nem tão aleatoriamente considerando a complexidade da nossa mente com todas as suas intuições).
Senta-se nas portas das casas históricas, toca sua flauta ( feita artesanalmente de madeira) á sua frente fica um pedaço de pano com seu instrumental de trabalho.
Como bom e sábio artista enquanto produz peças fala sobre a arte, sobre a vida, sobre o cosmos... FASCINANTE!!!
Ele não coloca preço em suas peças, deixa livre para que a pessoa escolhida, contribuir com o que queira... ou não contribuir, o que é difícil acontecer, diante de tamanha beleza das peças.
Canela não utiliza ouro ou prata, devido ao custo e ao tratamento que os mesmos tendem ter. Utiliza então o cobre, que além de dar um efeito diferente das bijuterias que conhecemos, também tem algumas propriedades terapêuticas e místicas.
Um toque especial no contato com o artista, é a despedida, na qual Canela faz questão de cumprimentar não apertando as mãos, mas saudando com um “bater de mãos”, segundo ele ao bater as mãos, faz-se a energia das pessoas e do universo vibrarem, o que é mais importante do que transferir energias (as vezes desequilibradas) um para o outro.
No meu anel ele modelou um trevo de 4 folhas para dar sorte, e um espiral, pois a vida é um espiral, que simboliza a energia feminina e a dinamicidade da vida, com seus altos e baixo, mas sempre seguindo seu curso.
SANDRO CANELA >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
PETER LIMA
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Por que brasileiros não são felizes?
Em conversa com o rapaz francês eu perguntei porque ele tinha certa inveja dos brasileiros. Ele disse que se referia as belezas naturais do país, as condições climáticas ao sabor dos alimentos, ao futebol e a forma “graciosa” de dançar.
Ele explicou que o graciosa era no sentido de habilidade (gingado). Mas que infelizmente o dom da dança abre espaço para o exibicionismo. Uma mulher não samba para si, para exercitar o corpo e apresentar uma cultura local. Samba para exibir seu corpo ao outro, o seu conhecimento ao outro, e isso vulgariza a imagem.
No futebol, não há um jogador brasileiro que jogue apenas porque é bom nisso, para apresentar a arte do futebol, a essência ( um esporte, mas um jogo de corpos e habilidades). A maioria joga não para defenderem um time, mas pelo salário, pelo status, pela fama. Na verdade não jogam apenas de exibem. Até certo ponto concordo com ele, até porque ele fala dos grandes times, muito da seleção brasileira. Mas se pensarmos no passado, ou atualmente Rogério Ceni ( ele não conhece muito jogadores antigos apenas Zico e Pelé, também não sabia sobre Rogério Ceni)
Segundo o rapaz (Henri seu nome), não comemos bem para a saúde, mas para manter o corpo em forma para o outro. Nunca ouviu uma brasileira falar que estava gorda e estava preocupada com a pressão arterial, sempre fala que a “saia” não está entrando, ou aperta a barriga.
Foi enfático dizendo que o brasileiro não é feliz porque não faz nada pra si, mas pelo outro, para mostrar o outro, para tentar ser superior. Pelo outro só devemos fazer o que ele precisa, ou nos solicita.
Na discussão sobre saúde pública (essa foi mais fácil, havia tradutor simultâneo) ele disse que é contra o Brasil ou qualquer outro país tentar se basear e imitar programas de saúde estrangeiros, cada realidade é única. E a primeira providência a ser tomada não é na saúde, mas na educação, na responsabilização de cada cidadão – eu já vinha dizendo isto não é?
Diante disso, é interessante cada um de nós realizarmos coisas pensando não por que estamos fazendo isto ou aquilo. Só vale a pena fazer pelo outro quando este solicita, ou você detecta que precisa. No mais faça por você!