"Quando os últimos perfumes
Da primavera
Se desfazem no ar
E a quimerada vida
Um olhar...
Um amor...
Querida!
Novamente aparece com o frio que chega,
Pelas ruas da cidade,
Em quantidade,
Há mulheres bonitas, bonitas
Tão bonitas! ...
Então desperta a flor do inverno, perfumada
Nos lábios rubros da mulher agasalhada". Flor de Inverno, Ary Barroso.
Feliz final de semana! Beijos, Amor, Paz e Luz!
sexta-feira, 25 de junho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Iansã, Bela Oyá, colar perfumado
Iansã ou Oyá é Orixá do fogo, dos ventos, dos raios, das tempestades. Guerreira, é regente das paixões. Iansã é a paixão, o sentimento mais forte que a razão. Eparrei, Iansã! Eparrei, Oyá!
"O raio de Iansã sou eu
Cegando o aço das armas de quem guerreia
E o vento de Iansã também sou eu
E Santa Bárbara é santa que me clareia.
A minha voz é vento de maio
Cruzando os mares dos ares do chão
Meu olhar tem a força do raio que vem de dentro do meu coração.
Eu não conheço rajada de vento mais poderosa que a minha paixão.
Quando o amor relampeia aqui dentro, vira um corisco esse meu coração.
Eu sou a casa do raio e do vento
Por onde eu passo é zunido, é clarão
Porque Iansã desde o meu nascimento, tornou-se a dona do meu coração.
O raio de Iansã sou eu
O vento de Iansã também sou eu". A dona do raio: o vento, canção de Dorival Caymmi.
Feliz semana! Beijos, Amor, Paz e Luz!
"O raio de Iansã sou eu
Cegando o aço das armas de quem guerreia
E o vento de Iansã também sou eu
E Santa Bárbara é santa que me clareia.
A minha voz é vento de maio
Cruzando os mares dos ares do chão
Meu olhar tem a força do raio que vem de dentro do meu coração.
Eu não conheço rajada de vento mais poderosa que a minha paixão.
Quando o amor relampeia aqui dentro, vira um corisco esse meu coração.
Eu sou a casa do raio e do vento
Por onde eu passo é zunido, é clarão
Porque Iansã desde o meu nascimento, tornou-se a dona do meu coração.
O raio de Iansã sou eu
O vento de Iansã também sou eu". A dona do raio: o vento, canção de Dorival Caymmi.
Feliz semana! Beijos, Amor, Paz e Luz!
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Flor do Inverno, cachecol-colar de crochê
"Os sinais eram inequívocos. Aquelas nuvens baixas, escuras. O vento que soprava desde a véspera, arrancando das árvores folhas amarelas e vermelha. Não queriam partir. É, estava chegando o inverno. Deveria nevar. Viriam então a tristeza, as árvores peladas, a vida recolhida para funduras mais quentes, os pássaros já ausentes, fugidos para outro clima, e aquele longo sono da natureza, bonito quando cai a primeira nevada, triste com o passar do tempo.
Resolvi passear, para dizer adeus às plantas que se preparavam para dormir, e fui, assim, andando, encontrando-as silenciosas e conformadas diante do inevitável, o inverno que se aproximava. Qualquer queixa seria inútil.
E foi então que me espantei ao ver um arbusto estranho. Se fosse um ser humano, certamente o internariam num hospício, pois lhe faltava o senso da realidade, não sabia reconhecer os sinais do tempo. Lá estava ele, ignorando tudo, cheio de botões, alguns deles já abrindo, como se a primavera estivesse chegando. Não resisti e, me aproveitando de que não houvesse ninguém por perto, comecei a conversar com ele, e lhe perguntei se não percebia que o inverno estava chegando, que os seus botões seriam queimados pela neve naquela mesma tarde. Argumentei sobre a inutilidade daquilo tudo, um gesto tão fraco que não faria diferença alguma. Dentro em breve tudo estaria morto. E ele me falou, naquela linguagem que só as plantas entendem, que o inverno de fora não lhe importava, o seu era um ritmo diferente, o ritmo das estações que havia dentro.
Se era inverno do lado de fora, era primavera lá dentro dele e seus botões eram um testemunho da teimosia da vida que se compraz mesmo em fazer o gesto inútil. As razões para isso? Puro prazer".
A árvore que floresce no inverno, por Rubem Alves.
Beijos, Amor, Paz e Luz!
Resolvi passear, para dizer adeus às plantas que se preparavam para dormir, e fui, assim, andando, encontrando-as silenciosas e conformadas diante do inevitável, o inverno que se aproximava. Qualquer queixa seria inútil.
E foi então que me espantei ao ver um arbusto estranho. Se fosse um ser humano, certamente o internariam num hospício, pois lhe faltava o senso da realidade, não sabia reconhecer os sinais do tempo. Lá estava ele, ignorando tudo, cheio de botões, alguns deles já abrindo, como se a primavera estivesse chegando. Não resisti e, me aproveitando de que não houvesse ninguém por perto, comecei a conversar com ele, e lhe perguntei se não percebia que o inverno estava chegando, que os seus botões seriam queimados pela neve naquela mesma tarde. Argumentei sobre a inutilidade daquilo tudo, um gesto tão fraco que não faria diferença alguma. Dentro em breve tudo estaria morto. E ele me falou, naquela linguagem que só as plantas entendem, que o inverno de fora não lhe importava, o seu era um ritmo diferente, o ritmo das estações que havia dentro.
Se era inverno do lado de fora, era primavera lá dentro dele e seus botões eram um testemunho da teimosia da vida que se compraz mesmo em fazer o gesto inútil. As razões para isso? Puro prazer".
A árvore que floresce no inverno, por Rubem Alves.
Beijos, Amor, Paz e Luz!
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