terça-feira, 10 de abril de 2012

Carta aberta a Ricardo Sá Pinto




Esta carta é para ti Ricardo!
Nem fechei o sobrescrito. Vai assim, aberta, como tu e eu somos. Transparentes e com um grande amor dentro do coração. O que tenho cá dentro para te dizer, todos os sportinguistas podem saber. Os outros, coitados, pouco importa que venham a saber ou não. Porque este filme, já me restam poucas dúvidas ou incertezas, acabará sempre como tu e eu gostamos: com o Sporting no topo do mundo!...
Olha, vou-te abrir o meu coração. Sabes bem que o que estás a provocar em nós, sportinguistas como tu, é uma alegria muito grande. É um reviver enorme de um orgulho que tem vivido recalcado, amargurado, mortinho por explodir um dia destes, mas que os pedregulhos deste caminho de cabras que é o futebol português, nos obrigam a conter e a guardar sempre para amanhã. "P'ró ano é que vai ser" esbarra em cada época com a "igreja roubada" ou com meia dúzia de tiros nos pés e quando nos descuidamos, já estamos afastados da luta. E olha que não têm sido precisas muitas jornadas...
Porém, estarás a colocar sobre os teus ombros uma tremenda responsabilidade. É que “subir aos céus”, será sempre uma proposta irrecusável para todo o gigantesco universo leonino. Difícil será depois, para muitos, compreender quão difícil é permanecer por lá…
Não andarei muito longe da verdade se disser que todos temos a convicção profunda de que este Sporting ainda não é o teu Sporting. O Sporting que tu desejas é um outro, ainda mais à tua imagem, na entrega e seriedade, exibindo em cada novo momento, mais personalidade, inteligência, técnica, classe, categoria e ambição, consubstanciados no exercício de um domínio que seja a exaltação de todos esses atributos. O Sporting que tu queres é um Sporting "mandão" e consciente da sua superioridade. Que jamais vacile perante os escolhos da nomenclatura saloia e da crítica demolidora e acintosa, encomendada ou reflexo de raivas e invejas de quem a faz e inunda, seja vertida em papel, tornando-o indigno do mais primário dos gestos, seja plasmado nos horizontes de tecnologias novas em prodigiosos ensaios de cegueira colectiva.
E também não precisarei de dotes muito especiais para adivinhar o teu sucesso. Acredito que vais conseguir colocar o teu e nosso Sporting a jogar como no sonho que te inunda a mente, a jogar “à Sporting”! Mas depois, meu amigo, há-de surgir-te pela frente o tal e famigerado “caminho de cabras”, com alguns machos à mistura, que te hão-de fazer a vida negra. Por isso, a ti, grande e corajoso “coração de leão”, eu quero dar-te o conselho de um “velho leão”, para que te prepares para o que aí vem! Cuidado com muitas das palmadinhas nas costas com que hoje és obsequiado. Cuidado com os ladrões dos louros que conquistares. Cuidado com as “bruxas más” que perto ou longe de ti, vão cavalgando vassouras. Cuidado com os pedregulhos “sistemáticos” que a inocência dos anjos há-de atravessar no teu caminho. Cuidado com os maviosos “cantos de sereia” que pretendam adormecer o teu coração apaixonado, como com as amoras silvestres e convidativas que esconderão os picos agrestes de provocatórias silvas que hão-de querer minar o teu génio. Cuidado com todos. Acredita apenas em ti e no Sporting que estarás a devolver à savana, à liberdade e à felicidade de ser grande e rei dos animais.
E não esqueças mais uma pequenina recomendação. Quando começares a nova época, arranca e faz arrancar, como leão que és e são aqueles que te acompanham, com uma verdadeira e incontornável, entrada de leão! Um autêntico vendaval leonino! E depois… Quem vier atrás, que feche a porta!!!...

Um abraço Ricardo e... OBRIGADO!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Podiam ter sido mais !!!...


O "derby" de Portugal terminou e o Sporting Clube de Portugal ganhou! Merecidamente e ... podiam ter sido mais!...
Ricardo Sá Pinto continua na senda das vitórias. E independentemente do que a equipa possa ainda conseguir neste final de temporada, já ninguém conseguirá menorizar e muito menos negar aquilo que conseguiu até agora. Restaurou a velha mística leonina e recuperou a dignidade e a honra de uma instituição centenária, devolvendo à equipa, segurança defensiva, equilíbrio tático e uma garra e um querer que vão movendo montanhas e surpreendendo todos aqueles que lhe adivinhavam um futuro negro, ou pelo menos uma papel secundário no futebol português.
Disse aqui algumas vezes, que a atribuição do título poderia muito bem passar por Alvalade. E passou! De forma categórica e inapelável. A equipa que se prepara para encomendar as faixas terá o seu mérito nesse pressuposto. Mas não poderá jamais negar, que a vitória que o Sporting hoje alcançou sobre o seu mais directo adversário, não significou meio caminho para que possa vir a alcançar esse desiderato. E o Sporting ainda não terá esgotado os sérios abanões na tabela classificativa que eu antevi.
Toda a equipa correspondeu às mais legítimas aspirações da fantástica massa adepta, que encheu Alvalade e fez disparar as audiências televisivas e radiofónicas. Todos tiveram uma prestação irrepreensível que merece o nosso aplauso e determina um orgulho sem medida. Mas a pedra de toque deste jogo estará, quanto a mim, na espectacular lição táctica que Ricardo Sá Pinto terá "oferecido" ao treinador adversário: eliminou completamente todos os pontos fortes do Benfica e explorou suficientemente as suas deficiências. A única coisa enganadora no final do encontro, terá sido a escassez do resultado que é demasiado losonjeiro para as camisolas vermelhas.
A arbitragem de Artur Soares Dias, foi uma arbitragem equilibrada, com uma clara nota positiva. Assistiremos à sua diabolização pelos dirigentes, técnicos e os adeptos benfiquistas do costume, como sempre acontece quando falham os argumentos mais importantes do jogo.
Agora, sem vacilar, todos teremos que mudar o rumo para a equipa de Marcelo "El Loco" Bielsa, que se me afigura uma jornada de grau de dificuldade bastante superior ao do jogo de hoje.
Vamos celebrar a espectacular e merecida vitória de hoje. Mas amanhã vamos virar a agulha para uma nova batalha, terrivel, mas que nos poderá dar o céu !...

Leoninamente,
Até à próxima

sábado, 7 de abril de 2012

Legítima defesa!...

No final de um recente jogo que o Sporting Clube de Portugal disputou em Barcelos, o seu director Carlos Freitas, traduzindo a indignação da nação sportinguista, disse o que todos nós pensávamos e sentíamos, visando a “paixão” que havia sido usada pelo chefe do colectivo de juízes incumbido de arbitrar o encontro, no que viria a ser mais tarde secundado pelo presidente do clube.
Ao sujeito visado pelo indignado desabafo dessas duas figuras leoninas, terá faltado a coragem para uma resposta à violência das acusações. Comeu e calou, talvez porque a "paixão" usada no apito e o cinismo dos sorrisos que exibiu em cada uma das atrocidades cometidas, lhe tivessem golpeado os argumentos, instintos, impulsos e a dita coragem, ou então a estratégia que lhe havia sido imposta pelos “padrinhos” da sua excelsa causa, a isso o tenha obrigado.
O tempo passou e dissipou as dúvidas. Integridade, carácter, honra e consciência, obviamente, serão atributos que nem o nascimento, nem a educação, a formação ou a vida lhe terão dado. O seu silêncio de então, mais não foi que o cumprimento servil e óbvio de uma estratégia planeada pelos mentores de uma excelsa causa que vive, essencialmente, da servidão humana dos seus prosélitos. Porque a um outro qualquer comparsa de tão excelsa causa, obrigatoriamente estranho aos factos de então, mas chafurdando na mesma imundície, estaria reservado o papel da apresentação da queixa que os actuais regulamentos impõem. Bastava esperar a oportunidade.
A oportunidade surgiu agora aos olhos de todos, porque o esperado “derby dos derbies” se aproxima e o secretismo recentemente adoptado para as nomeações dos colectivos arbitrais, ainda não permitiu que na ribalta surgissem os seus nomes. Mas não será difícil adivinhá-los. Porque a famigerada e obrigatória queixa regulamentar já é pública, como público é o nome do seu autor, com óbvias e fortes ligações e prejuízos resultantes dos acontecimentos protagonizados por Bruno Paixão, esse exemplo acabado da excelsa arbitragem portuguesa: Duarte Gomes!...
Duarte Gomes é um homem (?) apreciado e respeitado em Alvalade! O histórico das suas actuações sempre que ao longo de toda a carreira foi designado para arbitrar jogos em que participe o Sporting Clube de Portugal, não oferece dúvidas a ninguém sobre a sua isenção, carácter, integridade e honra e a queixa ora apresentada mais o enobrece aos olhos de todos os sportinguistas, a começar pelo seu presidente e a acabar no mais simples e humilde adepto. De modo que quando na próxima 2ª feira à noite pisar a relva de Alvalade, perto de 50.000 sportinguistas vão aplaudi-lo de pé, vibrantemente, mesmo que o homem se lembre de ser isento, correcto e justo, mesmo que não repita liminarmente as boas actuações com que costuma brindar o Sporting Clube de Portugal.
Se vier a verificar-se esta minha premonição, tenho poucas dúvidas de que Vítor Pereira e a excelsa causa que ele, sabe-se lá por que irónicas razões, parece permitir que lhe comande todos os movimentos, irão porventura encontrar aquilo que tão obstinadamente procuram: a sarna para se coçarem! Porque um dia destes, com tantos, repetidos e sistemáticos ataques, muito pouco mais restará ao Sporting Clube de Portugal que enveredar por um caminho de absoluta e declarada confrontação com tão excelsa causa!
Há muitos, muitos anos, na mui nobre, invicta e sempre leal, cidade do Porto, havia um sapateiro corcunda que durante 40 anos suportou diariamente, batendo solas sentado no banco colado ao chão da sua humilde oficina, o insulto de “marreco” vomitado por um habitual transeunte. Um dia, perante novo insulto, o pobre sapateiro atirou com toda a força que tinha, a forma de aço em que batia as solas, na direcção da porta donde vinha, mais uma vez, o insulto e matou o homem. Foi preso e julgado, mas o juiz, depois de se inteirar de todos os factos, mandou-o em liberdade, na presunção de que o pobre corcunda teria agido em legítima defesa...

Leoninamente
Até à próxima

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A admiração e o respeito são muito bonitos !...


Ainda soam os acordes da "sinfonia da alegria" com que o Sporting Clube de Portugal brindou a sua fantástica massa universal de adeptos. Ainda estão na nossa retina e receio bem que alguma vez deixemos que desapareçam, as fabulosas imagens daquele lançamento com o "pé mais pobre" que Diego Capel fez para a área e que Ricky van Wolfswinkel, magistralmente, colocou fora do alcance do guarda-redes do Metalist e bem dentro da baliza que guardava e do nosso coração e o inimaginável reflexo de Rui Patrício, que ordenou ao seu "pé mais rico" que salvasse o nosso desespero e nos recuperasse a fé por momentos abalada.
Ainda correm nas televisões as imagens da apoteose com que muito mais de um milhar de adeptos sportinguistas receberam no aeroporto, em horas mais de sono reparador que de juramentos de fidelidade, os nossos heróis de Kharkiv.
Ainda continua ensurdecedor o silêncio dos cépticos "velhos do Restelo" que quiseram adivinhar primeiro, hecatombes em Manchester,  depois inapelável eliminação na Ucrânia, mas que agora, com prodigiosa agilidade viraram agulhas para o País Basco...


País Basco, pátria do Athletic Cub de Bilbao, que a saga de Kharkiv colocou na estrada do nosso futuro próximo e onde mora o homem que há pouco mais de um ano eu e muitos outros sportinguistas sonhámos ver em Alvalade: Marcelo "El Loco" Bielsa! Estava livre na ocasião e viria a correr para Lisboa se um lenço verde lhe tivesse acenado. Louco por futebol de ataque, louco porque vive apaixonadamente o futebol e para o futebol. Louco porque só um louco poderia algum dia fazer reviver no Sporting, a época áurea dos saudosos "cinco violinos"! Loucos os que sonhámos com ele, porque já não há por aí "moínhos de vento" e imperam as gigantescas pás eólicas do progresso.

Não veio Bielsa, ficou apenas o sonho, meu e de mais alguns e certamente a nossa profunda admiração. Mas o mundo não parou de girar. E girando, girando, trouxe-nos Ricardo Sá Pinto. Não tão louco, mas com um amor parecido, tão parecido que parece ter-lhe entregado a alma e a vida: Sporting Clube de Portugal! E, ironicamente, estes dois loucos, tem encontro marcado no próximo dia 19 em Alvalade. Uma semana depois repetem o abraço no velhinho S. Mamés, porventura a última vez em tal local, que o novíssimo já morde os calcanhares ao ancião.
Falar do último eventual obstáculo à nossa presença na final da Liga Europa, será o mesmo que falar de "El Loco". Mas muito melhor e mais lúcido do que eu debitar por aqui as razões da minha admiração por esse visionário do futebol, será entregar, com a devida vénia, a tarefa a Miguel Lourenço Pereira, autor do blogue que admiro e sigo atentamente, "EM JOGO", que aqui vos poderá dar uma imagem mil vezes mais correcta e profunda  que a minha. Leiam e contem-me depois. Se já conhecerem, melhor. A história do clube que nos caberá defrontar e as qualidades do seu actual líder técnico, impõem-nos profundos conhecimento, respeito e admiração.

Leoninamente,
Até à próxima

P.S.1 - Já agora passem por aqui e votem.
P.S.2 - E já agora reparem no respeitinho da "Marca": Sporting de Portugal!... As vitórias na Europa trazem alegria, orgulho e... RESPEITO!!!...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Patrício, a aranha verde de Alvalade !!!...



Patríííííííííííííííííííííííííííííícioooooooooooooooooo!!!...
Peço humildemente perdão a todos os seus heróicos companheiros, mas hoje tenho que gritar bem alto o nome do nosso fabuloso guarda-redes. Porque se todos merecem o nosso rasgado aplauso, Rui Patrício foi a chave desta eliminatória. Só um guarda-redes do outro mundo consegue com aquele golpe de génio, afastar com a perna a bola que levava o selo do golo e dar-nos a alegria de estarmos na meia-final.
Ricardo Sá Pinto, em pézinhos de lá, sem outros alardes que não sejam o seu sportinguismo e o seu esforçado trabalho,  vai subindo a escada da nossa admiração. Sem desculpas esfarrapadas, apenas exibindo a garra tremenda que sempre demonstrou como jogador, com um sentido comunicacional tremendo, com a contenção que toda a crítica julgava impossível e com o saber táctico que quase todos nem sequer imaginavam que já integrasse o seu conhecimento de técnico promissor, mas ainda demasiado jovem, qual rei Midas, vai puxando a equipa para cima, vai transformando os cacos que lhe entregaram, vai conseguindo fazer de uma sociedade de nações que desarmava outros, um conjunto forte, coeso, solidário, que sabe atacar e marcar quando surge a oportunidade e tocar a reunir quando o seu líder lhes diz que é hora defender e fazer das tripas coração.
Como sportinguista manifesto aqui a minha tremenda e incontida alegria. Vou abrir a sagrada garrafa de espumante natural da minha Bairrada, que já está no fresquinho desde meio da tarde, como sempre que o meu coração de leão pressente um momento sublime como o de hoje!...
Deixo-vos com uma lágrima ao canto do olho! Sou assim, porque sou um icorrigível poeta  e cantarei sempre este meu grande amor pelo  SPOOOOOOOORTING!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

Banha de cobra e balde de água fria !...

Ontem assisti com pena, através da transmissão televisiva, à eliminação do Benfica da Liga dos Campeões, por um Chelsea que nem sombra é da fabulosa equipa que José Mourinho construiu e com que conquistou os adeptos londrinos e o mundo do futebol em geral.
A equipa inglesa cumpriu os mínimos, sem alegria, sem coerência e equilíbrio nas movimentações e que revelou uma faceta perdulária a que Drogba e seus companheiros nunca nos habituaram.
Da equipa portuguesa direi que revelou durante todo o jogo que o seu treinador apenas se deslocou a Londres para cumprir calendário, incapaz de deixar de pensar no confronto da próxima 2ª feira. Até as substituições de Cardozo, Gaitan e Bruno César, provaram que Jorge Jesus tinha a cabeça repleta de Sporting e vazia de "Champions". Foi uma pena !...
Mas em tempos de crise, um dos dois habituais orgãos planfletários das virtudes do clube da Luz, veio chamar à equipa que ontem foi tão tristemente eliminada, de "enorme Benfica", quais vendedores de "banha de cobra" que inundam as feiras da nossa terra, com o ensurdecedor ruído histriónico de apelo à compra do produto. O outro orgão de título vermelho, refere que a equipa "caiu de pé"! Pudera, é sempre assim que os jogadores do Benfica terminam os jogos, a menos que Jorge Jesus, em correria desenfreada pela linha lateral, fora da área técnica, lhes mande "atirarem-se para o chão". Tivesse Nelson Oliveira endossado a bola a um Djaló isolado, em vez de optar pelo remate tresloucado que se perdeu e o Benfica passaria para a frente e aí... ai deles que não se atirassem para o chão. Aí, não teriam caído de pé, mas voado para o céu cinzento de Londres.
Temo que as crónicas que hoje surgiram escarrapachadas nesses dois orgãos, já estivessem escritas antes do jogo começar, ou então os seus autores não viram o jogo que eu tive a oportunidade de ver. Porque eu não vi nenhum Benfica enorme. Se o tivesse visto, teria tido a felicidade de ver o pior Chelsea de que me lembro, ultrapassado na eliminatória. A meia-final com o Barcelona há-de confirmá-lo. 
Em jeito de remate, direi que alguém terá despejado sobre Jorge Jesus, à chegada a Lisboa, um balde de água gelada. Li a notícia aqui e acho que o homem - Jorge Jesus - não mereceria um tal "folar" pascal, loguinho depois de ser "enorme" e ter "caído de pé" !...

Leoninamente,
Até à próxima

P.S. - Saudações leoninas para a nossa gente em Kharkiv e boa sorte!...



terça-feira, 3 de abril de 2012

João Rocha, eterna saudade leonina !!!...

Eterna saudade !...
A entrevista a Luís Godinho Lopes, a que acabámos de assistir no Canal 1 da RTP, constituiu uma tremenda decepção. O dia e a hora escolhidos, coincidentes com aquele que se previa ser um jogo sensacional - F.C.Barcelona - A.C.Milan -, é mais do que um erro de palmatória. A escolha da jornalista, outro erro monumental. Imagino as horas que a senhora terá gasto a preparar o trabalho, para no final resultar uma trapalhada de ideias, que mais pareceu um daqueles programas que à segunda-feira vão para o ar, com os "paineleiros" do costume. È óbvio que por mais enxertos que lhe façam, uma figueira jamais dará laranjas! Nos actuais quadros disponíveis na televisão pública, salvo melhor opinião, apenas Carlos Daniel me parece ter a estatura adequada a um trabalho desta natureza.
Por outro lado, Godinho Lopes, claramente prejudicado pela falta de um interlocutor capaz e inteligente, debitou do princípio ao fim uma "cabazada" de lugares comuns, que nos confirmaram a sua falta de perfil e de carisma para ser o líder que todos os sportinguistas desejariam. Tenho pena de ver o meu clube, hoje tão pobremente representado. Um outro líder sportinguista, teria respondido a uma boa meia dúzia de perguntas armadilhadas e estudadamente provocatórias, com ironia directa e demolidora, sem medo de arrasar o "chico-espertismo" da entrevistadora e, eventualmente, acabaria por arrastá-la, mesmo que ela não o quisesse, para os temas que mais lhe conviessem. Godinho Lopes nunca revelou ao longo de toda a entrevista a argúcia e a subtileza necessárias para desmontar a lição que a jornalista encomendada e absolutamente formatada, trazia demasiado bem estudada.
Assim, Sandra de Sousa apenas acentuou as saudades de Maria Elisa e Judite de Sousa, para só falar de senhoras jornalistas. E Godinho Lopes, trouxe-me uma nostalgia cada vez mais intensa e profunda, de um senhor chamado João Rocha, eterna saudade leonina!...

Leoninamente,
Até à próxima

Patrício, Sporting e os limites do horizonte!...

Não constituirá surpresa para nenhum sportinguista esta notícia. E mais do que isso, nenhum leão colocará em dúvida ou discordará sequer das pretensões do excelente guarda-redes, que o Sporting certamente não conseguirá segurar por muito mais tempo nos seus quadros. Rui Patrício, para além de ter conseguido conquistar toda a numerosa falange de adeptos leoninos é, hoje por hoje, o principal activo do clube de Alvalade.
Longe vão os tempos em que Patrício era assobiado nas bancadas ao mínimo gesto menos perfeito que evidenciasse em qualquer jogo no solar dos leões. Uma personalidade forte, uma estrutura mental de eleição e uma inquebrantável confiança nos seus próprios recursos, levaram-no a superar todos os erros normais num jovem demasiado cedo atirado às feras e obrigado a suportar ainda menino, as responsabilidades de defender a baliza outrora ocupada por lendas míticas que ficaram na memória e no coração dos adeptos da grande família leonina, como Carlos Gomes e Vitor Damas, autênticas legendas que permanecerão eternamente na gloriosa história do clube que José Alvalade fundou há bem mais de um século.
Hoje Rui Patrício é o responsável maior por grande parte dos poucos êxitos que a equipa vem conseguindo.
Poder-se-ia considerar ainda demasiado cedo, para que abandone o clube que o colocou no topo dos guarda-redes portugueses e europeus. Mas as inexoráveis leis do mercado, as dificuldades económicas e financeiras por que passa o Sporting e as legítimas aspirações do jovem atleta, dificilmente permitirão que ele continue em Alvalade depois do Europeu.
Restará à enorme legião de admiradores desta promessa/certeza leonina, desfrutarem da sua excepcional qualidade até ao dia em que Rui Patrício parta para outras paragens, que lhe permitam dar asas aos seus legítimos sonhos. Nunca num clube cujo historial e projecção europeia e mundial seja inferior ao clube onde se formou e fez homem e atleta de eleição. Os sonhos cumprem-se no alto, lá em cima, tendo apenas o céu por limite. O céu onde voa a sua classe e a grandeza ímpar do clube que o descobriu em Marrazes e lhe deu tudo!...

Leoninamente,
Até à Próxima

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O rico "par de botas" velhas de Matias !...

Paulinho adora taças !...
Com Pedro Proença, à terceira lá conseguimos ganhar!... Primeiro foi contra o Marítimo em Alvalade, na 3ª jornada: penalty, expulsão perdoada e golo anulado, que transformaram uma vitória mais que justa, numa derrota que nos começou a precipitar a queda na classificação. Depois contra o F.C. do Porto à 14ª jornada, fora de jogo mal assinalado a Wolfswinkel, que no momento do passe se encontrava sobre a linha de meio campo e no máximo em linha com o penúltimo adversário e que ficaria isolado e preparado para um golo fácil, transformando uma muito provável vitória, num empate de ouro sobre o azul dos nortenhos. Agora, como o Sporting já não incomoda ninguém e muito menos o seu clube do coração, que lhe paga com "tête-à-têtes" carinhosas no Colombo e com subsequente dentadura novíssima, porventura implantada na "Maló Clinic", Pedro Proença não quis ter interferêcia no resultado e deixou que os leões trouxessem os três pontos da Marinha Grande. Quando Matias Fernandez deu ordens à redondinha para beijar o véu da noiva da baliza da equipa de Dominguez, ainda pensei que o Pedro invalidasse o golo, alegando que o chileno estaria a utilizar umas botas demasiado velhas. Mas não, as "ordens" de Fernando Gomes parece terem sido claras e precisas: nada de vigarices nesta jornada, que a coisa poderia ficar preta para a próxima jornada, com a famigerada ameaça de greve, pela primeira vez não "ordenada" pela CGTP.
Os leões, antes de se abraçarem felizes para celebrar o golo que do céu lhes caiu em tempo de descontos por via da greve da EDP, ainda olharam desconfiados uns para os outros, porque traumatizados por um passado ainda fresco nas suas memórias, julgaram ver no sorriso brilhante dos dentes novos de Proença, aquele sorriso de "paixões" antigas que nunca mais esquecerão. E conta quem assistiu, que quando Paulinho Gama se apresentou perante Matias, para dele receber o equipamento que religiosamente costuma guardar e tratar com zelo e amor, este lhe terá contado que estava muito triste com a recusa do sr. Proença em aceitar o velho "par de botas" que lhe quizera oferecer, como recordação de tão conseguida arbitragem. Paulinho terá animado o chileno, dizendo-lhe que ainda bem que o nosso mais credenciado e internacional árbitro se recusara a ficar com aqueles trastes velhos, porque ninguém sabe a falta que poderão fazer na próxima 5ª feira !...

Quem sabe se com as suas proverbiais bonomia e simplicidade, Paulinho não terá exibido aquela premonição que habita o espírito carregado de crença e esperança de todos os sportinguistas?!...

Leoninamente,
Até à próxima

domingo, 1 de abril de 2012

O resto discutiremos depois...

Aparentemente, o jogo de logo à noite na Marinha Grande contra a União de Leiria, revestir-se-ia de importância menor, tendo em conta que a luta pelo título e mesmo por qualquer dos outros lugares do pódio, já não deriva do resultado que hoje possa ser alcançado. Mas não haverá um único sportinguista capaz de entender uma postura diferente por parte da equipa, que não seja empenhamento total e busca sem qualquer tipo de abrandamento ou facilitismo, de uma vitória clara das nossas cores.
A presença no estádio, de uma parte significativa da formidável massa de adeptos sportinguista implantada em toda a região do Oeste e a defesa da honra, dignidade e lema do glorioso Sporting Clube de Portugal, exigem uma resposta apropriada por parte dos atletas que Ricardo Sá Pinto colocar no terreno, independentemente de gestões e "poupanças", cautelas e cuidados e do secretismo do árbitro designado pelo Conselho de Arbitragem da FPF ou da não divulgação da lista de convocados pelo técnico sportinguista.
Seja qual for o árbitro que se apresente para conduzir o jogo e sejam quais forem os atletas leoninos escolhidos, aos sportinguisstas apenas interessará assistir a um bom jogo de futebol e à conquista dos três pontos em disputa. O resto serão "fait-divers" dos organismos responsáveis pela organização do espectáculo e uma original resposta do Sporting com a não divulgação dos convocados, que noutras circunstâncias pessoalmente não aplaudiria, mas que me parece plena de cabimento e propósito.
Em qualquer espectáculo, surge como normal e recomendável a divulgação prévia dos  intervenientes, nomeadamente, tanto os protagonistas, quanto qualquer das envolventes que garantam a sua realização. Assim não o entenderam os organismos responsáveis, pelo que ao Sporting caberá o legítimo direito de fazer o mesmo. Quem com ferros mata...
Venha o jogo e vença o Sporting!... O resto discutiremos depois...

Leoninamente,
Até á próxima