«O Boavista foi jogar ao Funchal apenas com 16 jogadores, porque está impedido de registar na Liga novos contratos.
Estulto se torna esclarecer que o Boavista não pode inscrever jogadores, por motivo de dívidas a atletas, situação que é recorrente no clube.
O accionista maioritário da SAD do Boavista, é o Sr. Gérard Lopez, a quem a Liga Francesa obrigou a ceder as acções que possuía no Lille, por motivo de dívidas acumuladas.
O Sr. Gérard Lopez era ainda dono do clube belga Mouscron, impedido de participar nas competições profissionais, por não cumprir os requisitos financeiros mínimos.
Em Portugal, o mesmo personagem continua, com toda a descontracção, a controlar o Boavista, permanentemente engasgado em sufocos financeiros.
Fui ler o "Manual de Licenciamento para as Competições", editado pela Liga, que compila as diversas e numerosas condições de elegibilidade de toda a natureza, para ser aceite a competir no campeonato.
Tomei nota da existência de um "Programa de Sustentabilidade Económica e Financeira", que visa introduzir nas contas dos clubes, o saudável conceito de "break-even"; tais medidas, contudo, só se farão sentir a partir da época 2022/23.
Até lá, o clube que apresente as certidões de dívidas regularizadas com a AT e SS, declare que não deve a atletas, funcionários e treinadores e produza um orçamento, mesmo que para inglês ver, é aceite.
E quando estala a bernarda, a tendência é sempre contemporizar, porque pior que não deixar entrar, é excluir alguém a meio de uma competição.
Parece que a triste saga do Desportivo das Aves não ensinou nada a ninguém.
Que tipo de garantias oferece um clube, que, mesmo antes de começar o campeonato, já não consegue solver os seus compromissos? E que tem como accionista de referência, alguém com este curriculum "artístico"?
Cereja no topo do bolo: o PER do Boavista foi rejeitado pelos credores e, aparentemente a decisão de abrir insolvência só não transitou ainda, por uma daquelas minudências processuais em que o nosso ordenamento jurídico é tão fértil.
Nada tenho contra o Boavista , esclareça-se, mas este processo tem todos os ingredientes para correr mal.
Se assim acontecer, fica afectada a lealdade concorrencial, a verdade desportiva e a reputação organizacional.
Não serão motivos sobejos para se agir preventivamente? Mesmo que tal colida com interesses há muito instalados?»
O que nos vale é que apenas a 12 de Dezembro caberá ao Sporting CP receber o Boavista FC em Alvalade, em encontro da 14ª jornada da nossa Liga!...
Até lá, que se queixem os mais prejudicados!...
Leoninamente,
Até à próxima