segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Um passeio pelas bibliotecas

Nas várias mudanças de casa que fiz na vida, sempre procurei levar meus livros comigo. É verdade que tive de me desfazer de alguns (não sem uma certa dor no coração), mas procurei preservar aqueles que me eram mais caros, pensando em um dia formar e ter a minha biblioteca.

Ainda não consegui um espaço e uma estante adequados, de forma que meus livros estão entulhados (esta é a palavra certa) no meu armário, misturados com minhas roupas, acessórios e perfumaria. Alguns, contudo, circulam pelo meu quarto, repousando sobre minha cama, poltrona e mesinha.

Gosto de tê-los por perto, me dão uma sensação de acolhimento e proteção, e depois facilita quando preciso folheá-los para ver uma ou outra passagem que me interessa. A maioria eu já li, mas há outros que esperam pacientemente pela minha atenção. Não é que eu não goste deles, isso nem pensar, mas a simples existência deles já é suficiente para alimentar o meu ego. Isso me faz lembrar uma cena que vi na novela “Duas Caras”, com o personagem Macieira, interpretado pelo ator José Wilker. Professor, Macieira disse que sempre é bom estar rodeado pelos nossos livros, mesmo que nunca viéssemos a ler todos. Basta que estejam por perto.

Acho, também, que é assim que deve ser.

A propósito, há dois tipos de livros para mim: os que quero ter e os que quero apenas ler.

Os que quero ter, vou comprando aos poucos. Alguns eu já li e gostei tanto que quero ter na minha futura estante; muitos adquiro e depois leio em outra oportunidade; e ainda outros leio imediatamente.
Já os que quero ler, geralmente empresto com amigos ou em bibliotecas públicas, por isso, tenho carteirinha e freqüento umas quatro em São Paulo, além de três instaladas nas estações do metrô Paraíso, Tatuapé e Luz.

As bibliotecas que frequento foram escolhidas pela minha conveniência diária: perto de casa (Cassiano Ricardo e a do metrô Tatuapé), perto do trabalho (Viriato Corrêa e a do metrô Paraíso), perto do curso da pós (Monteiro Lobato) e uma no trajeto entre casa e trabalho (Sérgio Millet, no Centro Cultural). A do metrô Luz está fora do meu circuito, mas eu não resisti em não fazer carteirinha ali também. Assim, quando não encontro um livro em uma, corro para outra e assim vai, até estar com o exemplar na mão.

Duas das bibliotecas públicas que freqüento são temáticas: a Cassiano Ricardo, que tem como foco a música e possui um bom acervo sobre o assunto; e a Viriato Corrêa, que é especializada em Literatura Fantástica, com programação e cursos voltados para o tema. Já a Monteiro Lobato, embora não seja temática, conta com um bom acervo de quadrinhos em sua Gibiteca. E a Sérgio Millet, tem praticamente tudo o que procuro, é a mais completa para mim.

Com tantas opções, não sei como tem gente que não tem paciência e não gosta de bibliotecas. É um prazer para mim estar naquele espaço com inúmeros livros à mão para me deleitar e fazer voar a minha imaginação. As bibliotecas públicas de São Paulo estão sendo repaginadas e informatizadas, e oferecem um leque bem maior de opções aos apaixonados pela leitura.

Assim, embora não frequente, por serem fora dos meus limites de circulação, há outras bibliotecas públicas temáticas em São Paulo: a Alceu Amoroso Lima (Poesia); a Belmonte (Cultura Popular); a Hans Christian Andersen (Contos de Fadas); a Roberto Santos (Cinema); a Mário Schenbert (Ciências); e a Raul Bopp (Meio Ambiente). E uma ainda em formação: a Prestes Maia (Arquitetura e Urbanismo).

Se você estiver em São Paulo e quiser saber mais acesse:


Caso não seja de São Paulo, procure na sua cidade, as bibliotecas disponíveis. Você só tem a ganhar.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

"Palavrão é coisa séria"

“... enquanto aprontavam o baú de José Arcádio, Úrsula se perguntava se não era preferível se deitar logo de uma vez na sepultura e lhe jogarem a terra por cima, e perguntava a Deus, sem medo, se realmente acreditava que as pessoas eram feitas de ferro para suportar tantas penas e mortificações; e perguntando e perguntando ia atiçando a sua própria perturbação e sentia desejos irreprimíveis de se soltar e não ter papas na língua como um forasteiro e de se permitir afinal um instante de rebeldia, o instante tantas vezes desejado e tantas vezes adiado, para cortar a resignação pela raiz e cagar de uma vez para tudo e tirar do coração os infinitos montes de palavrões que tivera que engolir durante um século inteiro de conformismo.
Porra! – gritou.
Amaranta, que começava a colocar a roupa no baú, pensou que ela tinha sido picada por um escorpião.
– Onde está? – perguntou alarmada.
– O quê?
– O animal! – esclareceu Amaranta.
Úrsula pôs o dedo no coração.
– Aqui – disse.”

Em Cem Anos de Solidão, a personagem Úrsula permite-se soltar um palavrão, depois de tantos anos se reprimindo. Ao ler essa passagem, lembrei-me de um texto que escrevi recentemente durante as aulas de Fundamentos Narrativos, no curso de Jornalismo Literário que faço. Na aula, o professor pediu para descrever o temperamento de uma pessoa que conhecêssemos bem e eu logo pensei em uma colega do trabalho, que tem um comportamento explosivo, com muitas facetas a serem exploradas, mas que no fundo tem um coração de ouro.
Escrevi um texto curto, sem pensar muito, com aquilo que vinha na mente, ficou até engraçado e o pessoal da classe gostou. Fiquei satisfeita na hora, porque dificilmente escrevo com humor, por isso admiro quem o faça.
O professor, contudo, disse para focar em apenas uma característica mais forte e colocar falas, com as frases proferidas pela personagem. Então refiz o texto. E agora, lembrando da cena de Úrsula, sinto que pela voz da minha personagem eu também cometi meu ato de rebeldia e coloquei para fora as palavras que estavam guardadas por tanto tempo dentro de mim.
Escrever, é também falar. E “falar palavrão é coisa séria”, disse certa vez o poeta José Paulo Paes (1926 – 1998).
O resultado do texto você confere aqui.

Ela chega de repente na sala e rasga o verbo:
Puta que o pariu!
Resmunga um pouco, mas depois começa a trabalhar.
Do outro lado da sala, os companheiros de trabalho aproveitam a deixa e começam a fazer piadinhas para provocá-la ainda mais. Um deles chega até a imitá-la e, fazendo-se de seu eco, acrescenta:
Puta que o pariu, seu lazarento.
Ela não deixa por menos, corresponde “gentilmente” na mesma moeda e retruca:
– Eu quero que todos vocês se
fodam!
O dia não podia começar com melhor astral. Todos riem porque é mais uma brincadeira com minha colega jornalista, que divide comigo as mazelas do trabalho na agência de comunicação.
Ela não tem papas na língua, fala o que lhe vier “na telha”, como costuma-se dizer. De dez palavras pronunciadas, oito pelo menos são palavrões.
Seguindo sua rotina diária, ela passa o dia xingando o chefe, de tudo quanto é nome e jeito, principalmente quando ele cobra por uma frase mal colocada ou um erro ortográfico nos textos publicados.
– O que ele está precisando é de uma
puta daquelas.
Depois, faz-se de vítima, culpa também os outros, diz que vai pedir demissão, que não aguenta mais ser injustiçada e que está cansada daquele trabalho.
Caralho, chega de humilhação.
É mais um drama passional.
Daqui a pouco ela alterna o seu temperamento explosivo e desbocado por um mais brando e submisso, senta-se calmamente na sua cadeira, relembra os anos que está ali trabalhando, diz que não consegue viver sem a agência e termina reafirmando seu afeto pelo chefe.
– Vai fazer o quê? Eu gosto de
merda mesmo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Para não esquecer dos SONHOS

“Estar numa fila por horas pode ser uma experiência desagradável. E é. Mas para mim, que estava ali parada por quatro longas horas, o prazer falou mais alto. E não foi somente quando consegui o autógrafo desejado, mas sim ao descobrir o real significado daquele instante para mim.
Enquanto aguardava a minha vez chegar, múltiplas sensações tomavam conta do meu ser e de minha mente. Pensava no sonho que finalmente se concretizava, na oportunidade da viagem, na coragem e disposição de deixar tudo para trás. E também na firmeza com que abdiquei da companhia de três amigas que não quiseram se aventurar comigo naquele imenso corredor de fãs, debaixo de um sol forte, ainda que em pleno inverno.

Para ser justa, uma delas permaneceu comigo, até certo ponto, e foi muito reconfortante sua companhia porque dividimos aquela emoção de uma maneira única, aprofundando ainda mais nossa amizade. Mas não sei se foi para poupá-la ou se no íntimo eu queria fazer daquele um momento só meu, deixei-a à vontade para partir se quisesse, e assim ela o fez.

Nesse instante, senti que era a primeira vez que estava fazendo algo que realmente desejava, sem precisar fazer concessões, sem ter de deixar de lado aquilo que realmente me era caro, como tantas vezes havia feito na vida. Ali, eu não precisava fingir, vestir uma máscara. Ali eu podia ser eu mesma e fazer valer a minha vontade. E o que era melhor: sem culpa.

Por isso eu não pensei duas vezes. Estava naquela fila porque queria, era esta a razão principal de ter me aventurado em uma viagem que a princípio pareceu louca, mas que ao final se mostrou extraordinária e rica em emoções.
Parada, no meio de tantas outras pessoas eu tive a certeza de que era exatamente naquele lugar que eu queria estar; era para viver aquele momento que eu tinha deixado minha família, minha casa, meu bairro, minha cidade, meu estado. Era para experimentar aquele momento único, mágico, indefinível.

Então uma sensação boa se apoderou de mim. Uma sensação de paz e de tranquilidade. Aí eu sorri. Estava feliz, imensamente feliz.”

* Para situar o leitor, esta historinha se passou em 2008, na Festa Literária de Paraty. O autor é Neil Gaiman, e o livro autografado é Coraline, uma aventura infanto-juvenil, adaptada para o cinema e que esteve em cartaz no início deste ano.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Além das expectativas

O dia amanheceu lindo e luminoso no 7 de setembro. O sol estava forte, vigoroso, perfeito para um passeio ao ar livre. Eu teria feito isto se não tivesse tantos afazeres em casa, mas até que valeu a pena não ter saído. Mais tarde assisti a um DVD que foi uma ótima surpresa: O Corajoso Ratinho Despereaux, uma animação pra lá de encantadora, que foi baseada no best-seller de Kate DiCamillo, A História de Despereaux, com ilustrações de Timothy Basil Ering, e editado pela Martins Fontes.
A trama se passa em um mundo encantado, onde destacam-se o camundongo Despereaux, que nasceu com enormes orelhas e uma coragem extrema, a ratazana Roscuro, que adora sopas e acaba condenado a viver na escuridão do calabouço, e a garota Mig, que trabalha como empregada e sonha em ser princesa.
Em torno desses três personagens circulam rei, rainha e princesa de verdade, chefe de cozinha, guardião da masmorra, o povo da cidade e o mundo dos camundongos e das ratazanas. E Despereaux, com seu coração enorme, tece os caminhos que unirá esses personagens tão diferentes entre si.
Mas uma das passagens mais graciosas foi quando Despereaux descobre a biblioteca e, ao invés de comer os livros, acaba se deleitando com as histórias contidas neles. A cena em que ele caminha por entre as páginas de um livro, descobrindo o prazer da leitura e a força das palavras (expectativa é uma delas), é encantadora. Você se sente caminhando com ele pelas letras, frases e linhas do livro. Muito lindo!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O que eles falam sobre livros

Adoro colecionar frases sobre livros. Eis algumas delas, para ler, pensar e sonhar.


É isto que amo na leitura: uma pequena coisa o interessa num livro, e essa pequena coisa o leva a outro livro, e um pedacinho do que você lê nele o leva a um terceiro. Isso vai em progressão geométrica - sem nenhuma finalidade em vista, e unicamente por prazer". - A sociedade literária e a torta de casca de batata - Mary Ann Shaffer, Annie Barrows.

"Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria." - Jorge Luís Borges

Aí onde se queimam livros, também acabam queimando seres humanos.” - Heinrich Hein

Quem escreve implica. Quem lê explica".

"É claro que meus filhos terão computadores, mas antes terão livros", - Bill Gates

Quando se lê em silêncio, só o escritor tem um desempenho. Ao se ler em voz alta, o desempenho é uma colaboração. Um dos parceiros fornece as palavras e o outro, o ritmo”. - Anne Fadiman em Ex-Libris – Confissões de uma leitura comum

Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem”.- Mário Quintana

"Ler é fazer amor com as palavras". - Rubem Alves

"Você não precisa queimar livros para destruir uma cultura. Basta fazer com as pessoas parem de lê-los". - Mahatma Gandhi

"Livros relidos são livros eternos". - Machado de Assis

Comprar livros seria uma coisa boa se o indivíduo pudesse comprar, também, tempo para lê-los: mas, como regra geral, a compra de livros é confundida com a apropriação de seu conteúdo". - Arthur Schopenhauer

Lê em primeiro lugar os bons livros, ou muito provavelmente não terás a oportunidade de os ler". -Henry David Thoreau

"O livro é uma extensão da memória e da imaginação". – Jorge Luis Borges

Os leitores são os meus vampiros”. - Ítalo Calvino

"Eu não sei o que é que é light, sei o que é light em relação a cigarros. Há literatura, e não há literatura. Pois a literatura não é isso, é uma coisa nobre, a literatura é o que faz o Dostoiévski". – Antonio Lobo Antunes

Há duas espécies de livros: uns que os leitores esgotam, outros que esgotam os leitores". -Mário Quintana

Acho a televisão muito educativa. Todas as vezes que alguém liga o aparelho, vou para outra sala ler um livro”. - Groucho Marx

"Sempre começo um livro pela última página. Assim, se eu morrer antes de terminá-lo, já saberei o final". - Nora Ephronn

Só empreste livros que você não se importa em perder". - S. Brown

Há livros de que apenas é preciso provar, outros que têm de se devorar, outros, enfim, mas são poucos, que se tornam indispensáveis, por assim dizer, mastigar e digerir". - Francis Bacon

“"É ainda possível chorar sobre as páginas de um livro, mas não se pode derramar lágrimas sobre um disco rígido" - José Saramago

Ler será, no futuro, um ato de rebeldia”. – Alberto Manguel

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

About MJ

Sempre que vejo uma pessoa lendo no metrô fico tentada a saber qual é o livro, e não fico sossegada enquanto não consigo decifrar. Entre outros, já vi muitos Crepúsculo, de Stephenie Meyer, e me lembro que o livro está em casa, esperando que eu me aventure em suas páginas; vi também alguns Marley & Eu, de John Grogan (este já li, com dificuldade sim, embora o achasse lindo: é que as lágrimas no final não me deixavam ler direito para terminá-lo); ou ainda 1808, de Laurentino Gomes, que mostra como relatos da História podem ser interessantes.
Outro dia, porém, enquanto aguardava o trem chegar na plataforma, vi uma pessoa com um livro grosso repousado em uma das mãos, . Me contorci toda para saber que livro era, e qual não foi minha surpresa quando li no título Michael Jackson - A magia e a loucura, de Randy Taraborrelli, e imediatamente minha mente voou até 1993, ano em que um acontecimento gravou-se para sempre em minha memória. Resolvi, então, escrever sobre ele.

"A lembrança que eu tenho dele é uma imagem apoteótica, vibrante, hipnotizante.
Ela está gravada na minha memória desde outubro de 1993, quando em companhia da minha irmã e de um namorado na época, estive no estádio do Morumbi, em São Paulo, para acompanhar a
Dangerous Tour Brazil. E ali, junto a centenas de outras pessoas, tive a certeza de estar participando de um momento único e mágico na história da música pop.
O estádio estava lotado, não havia um lugar vago sequer. Até parecia final de campeonato paulista, uma partida entre Palmeiras e Corinthians, times cuja rivalidade é suficiente para encher um estádio como o do Morumbi.
Eu estava nas arquibancadas e de lá podia ver o amontoado de pessoas no gramado e em frente ao palco, aguardando ansiosas o início do espetáculo. Não demorou muito. As luzes se apagaram e o som de
“Carmina Burana”, de Carl Orff, e de imagens exibidas nos telões com uma retrospectiva da carreira do cantor, anunciavam que o show iria começar.
Mas foi somente quando ele entrou no palco, após uma explosão de efeitos visuais, é que o
frenesi foi total. Gritos, assovios, choros, aplausos repercutiam de todos os lados e a cada menor gesto dele, como o simples tirar dos óculos escuros, o público chegava ao delírio. Imagine então quando mostrou o seu famoso passinho para trás. Era impossível se conter.
Nas arquibancadas, eu o via de longe, mas a sensação que experimentei, tenho certeza, era a mesma de quem estava lá na frente, vendo tudo de pertinho. E quando ele chamou uma fã para subir ao palco, enquanto cantava
“She´s out of my life”, era como se eu mesma estivesse lá, no lugar dela. Pude sentir o seu abraço com toda intensidade.
Os efeitos especiais surgiam a toda hora e a música, aliada à dança, envolvia o público cada vez mais. Ao avançar sobre a platéia em um guindaste móvel, ele parecia soberano, absoluto. Mas o momento de maior êxtase, para mim, foi ao final, quando ele cantou
“Heal the World” ao lado de um grupo de crianças. Aí eu fiquei entregue, seduzida, hipnotizada. Não pude conter as lágrimas. Sim, eu estava ali, vendo Michael Jackson, o Rei do Pop, ao vivo e em todas as cores..."

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Um pouco mais de poesia

Quando assisti ao filme Em seu lugar, do diretor Curtis Hanson, e estrelado por Cameron Diaz e Toni Collette, eu não sabia que era baseado no livro de Jennifer Weiner. Mas, independente disso, a história me prendeu do início ao fim, por se tratar de relacionamentos humanos e familiares.

A trama gira em torno de duas irmãs de personalidades diferentes e que têm de conviver juntas: a desempregada Maggie (Cameron) que adora festas e a ambiciosa advogada Rose (Toni). Apesar das diferenças, elas acabam descobrindo um laço de união que não imaginavam que tivessem.

Tenho uma irmã, e as nossas relações são cordiais, mas não somos confidentes e, às vezes, a convivência é difícil, então ora me vi na pele de uma personagem ora me vi na pele da outra. E, no final do filme, me emocionei muito, principalmente quando Maggie lê um poema de e.e. cummings, no casamento da irmã.

No link http://www.youtube.com/watch?v=XzVEgeIWNcg
você vê a cena e ouve o poema, mas se quiser apenas ler, então leia aqui. É muito lindo!

Eu carrego você comigo..
(Poema de e.e. Cummings)

Carrego seu coração comigo
Eu carrego no meu coração
Nunca estou sem ele

Onde quer que vá, você vai comigo
E o que quer que faça
Eu faço por você

Não temo meu destino
Você é meu destino meu doce
Eu não quero o mundo por mais belo que seja

Você é meu mundo, minha verdade.
Eis o grande segredo que ninguém sabe.

Aqui está a raiz da raiz
O broto do broto e o céu do céu
De uma árvore chamada VIDA
Que cresce mais que a alma pode esperar ou a mente pode esconder
E esse é o pródigo que mantém as estrelas a distância

Eu carrego seu coração comigo
Eu o carrego no meu coração.